Capecitabina

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento DCI com Advertência na Condução
O que é
A capecitabina é um derivado carbamato de fluoropirimidina.

A Capecitabina é um agente quimioterapêutico administrado oralmente utilizado no tratamento de cancro da mama metastásico e cancros colorrectais.

A Capecitabina é um profármaco, que é convertido enzimaticamente em fluorouracil (antimetabólito), no tumor, onde inibe a síntese de ADN e retarda o crescimento do tecido do tumor.
Usos comuns
A Capecitabina pertence ao grupo de medicamentos designados “medicamentos citostáticos”, que impedem o crescimento de células cancerígenas.

A Capecitabina não é um medicamento citostático em si.

Só depois de ser absorvida pelo organismo é que se transforma num medicamento anticancerígeno activo (mais no tecido tumoral do que no tecido normal).

A Capecitabina é utilizada para o tratamento dos cancros do cólon, do reto, do estômago ou da mama.

A Capecitabina pode também ser utilizada para prevenir o reaparecimento do cancro do cólon, após a remoção completa do tumor por cirurgia.

A Capecitabina pode ser utilizada isoladamente ou em associação com outros medicamentos.
Tipo
Molécula pequena.
História
Capecitabina foi patenteada em 1992 e aprovada para uso médico em 1998.
Está na Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial de Saúde.
Indicações
A Capecitabina é indicada no tratamento adjuvante, após cirurgia, dos doentes com cancro do cólon estadio III (estadio Dukes C).

A Capecitabina é indicada no tratamento do cancro colorectal metastático.

A Capecitabina é indicada no tratamento de primeira linha do cancro gástrico avançado, em associação com um regime baseado em platina.

A Capecitabina, em combinação com o docetaxel, é indicado no tratamento de doentes com cancro da mama localmente avançado ou metastático, após falha da quimioterapia citotóxica.

A quimioterapia anterior deverá ter incluída uma antraciclina.

A Capecitabina está também indicada, em monoterapia, no tratamento de doentes com cancro da mama localmente avançado ou metastático, após falha de um regime de quimioterapia contendo taxanos e uma antraciclina, ou para quem não esteja indicada terapêutica adicional com antraciclinas.
Classificação CFT

16.1.3 : Antimetabólitos

Mecanismo De Acção
A capecitabina é um carbamato de fluoropirimidina não-citotóxico, de administração oral, que actua como um precursor da fracção citotóxica 5-fluorouracilo (5-FU).

A capecitabina é activada via várias etapas enzimáticas.

A enzima envolvida na conversão final em 5-FU, a timidina fosforilase (ThyPase), encontra-se nos tecidos tumorais, e também nos tecidos normais, embora habitualmente em menores concentrações.

Em modelos de xenotransplante de cancro humano, a capecitabina revelou um efeito sinérgico em associação com o docetaxel, que pode estar relacionado com o aumento da timidina fosforilase pelo docetaxel.

Há indícios de que o metabolismo do 5-FU na via anabólica bloqueia a reacção de metilação do ácido desoxiuridílico a ácido timidílico, interferindo deste modo com a síntese do ácido desoxirribonucleico (ADN).

A incorporação do 5-FU conduz também à inibição do ARN e da síntese proteica.

Uma vez que o ADN e o ARN são essenciais para a divisão e crescimento das células, o efeito do 5-FU pode ser o de originar uma deficiência em timidina que provoque um crescimento desequilibrado e a morte celular.

Os efeitos da privação em ADN e ARN são mais marcados nas células de proliferação mais rápida e que metabolizam o 5-FU mais rapidamente.
Posologia Orientativa
A dose de Capecitabina é baseada na sua área da superfície corporal.

Esta é calculada a partir da sua altura e peso.

Nos adultos, a dose habitual é de 1250mg/m2 de superfície corporal, administrada duas vezes por dia (de manhã e à noite).

Descrevem-se em seguida dois exemplos:
1 - A área de superfície corporal de um doente com 64kg de peso e 1,64m de altura, é de 1,7m2, pelo que este deverá tomar 4 comprimidos de 500mg mais 1 comprimido de 150mg, duas vezes por dia.

2 - A área de superfície corporal de um doente com 80kg de peso e 1,80m de altura, é de 2,00m2, pelo que este deverá tomar 5 comprimidos de 500mg, duas vezes por dia.

Os comprimidos de Capecitabina são normalmente tomados durante 14 dias, seguido de um período de descanso de 7 dias (no qual os comprimidos não são tomados).

Este período de 21 dias constitui um ciclo de tratamento.
Administração
Via oral.
A Capecitabina deve ser prescrita apenas por um médico com experiência na utilização de medicamentos anticancerígenos.

Os comprimidos de Capecitabina devem ser engolidos inteiros com água e até 30 minutos após a refeição.
Contra-Indicações
• História clínica de reacções graves ou inesperadas à terapêutica com fluoropirimidinas,
• Hipersensibilidade à capecitabina, ou ao fluorouracilo,
• Doentes com deficiência conhecida da dihidropirimidina desidrogenase (DPD)
• Durante a gravidez e a lactação,
• Em doentes com leucopenia, neutropenia ou trombocitopenia graves,
• Em doentes com compromisso hepático grave,
• Em doentes com compromisso renal grave (depuração da creatinina inferior a 30ml/min),
• Tratamento com sorivudina ou os seus análogos quimicamente relacionados, como a brivudina
• Se existirem contra-indicações para qualquer medicamento no regime em associação, esse medicamento não deve ser utilizado.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Parar imediatamente de tomar Capecitabina e contactar o médico se aparecer algum destes sintomas:
- Diarreia: se tiver um aumento de 4 ou mais dejeções, em comparação com o seu número normal de dejeções por dia, ou se tiver algum episódio de diarreia durante a noite.

- Vómitos: se vomitar mais do que uma vez num período de 24 horas.

- Náuseas: se perder o apetite e a quantidade de comida que comer por dia for muito inferior ao habitual.

- Inflamação da boca: se tiver dor, vermelhidão, inchaço ou feridas na boca e/ou garganta.

- Inflamação da pele das mãos e dos pés: se tiver dor, inchaço, vermelhidão ou formigueiro nas mãos e/ou pés.

- Febre: se tiver temperatura igual ou superior a 38ºC.

- Infecção: se tiver sinais de infecção causada por bactérias ou vírus ou outros organismos.

- Dor no tórax: se tiver dor localizada no centro do tórax, especialmente se esta ocorrer durante o exercício físico.

Se identificados numa fase inicial, estes efeitos secundários geralmente melhoram nos 2 a 3 dias após a interrupção do tratamento.

No entanto, se estes efeitos secundários persistirem contacte imediatamente o médico.

O médico pode dizer-lhe para recomeçar o tratamento com uma dose mais baixa.

Em adição ao descrito acima, quando a capecitabina é utilizada sozinha, os efeitos secundários muito frequentes, que poderão afectar mais de 1 pessoa em 10, são:
- dor abdominal
- erupção, secura ou comichão na pele
- cansaço
- perda de apetite (anorexia)
Estes efeitos secundários podem tornar-se graves.

Assim, é importante que fale imediatamente com o médico quando começar a sentir um efeito secundário.

O médico pode pedir-lhe para diminuir a dose e/ou interromper temporariamente o tratamento com Capecitabina, uma vez que isso diminuirá a probabilidade de esse efeito persistir ou se tornar grave.

Outros efeitos secundários são:
Efeitos secundários frequentes (podem afectar até 1 em cada 10 pessoas)
- diminuição do número de glóbulos brancos ou glóbulos vermelhos (observada nas análises),
- desidratação, perda de peso,
- falta de sono (insónias) depressão,
- dores de cabeça, sonolência, tonturas, sensação anormal na pele (dormência ou sensação de formigueiro), alterações do paladar
- irritação nos olhos, aumento do lacrimejar, vermelhidão nos olhos (conjuntivite)
- inflamação das veias (tromboflebite),
- falta de ar, sangramento do nariz, tosse, corrimento nasal,
- herpes labial ou outras infecções por herpes,
- infecções pulmonares ou do sistema respiratório (por ex, pneumonia ou bronquite),
- hemorragia do intestino, prisão de ventre, dor na parte superior do abdómen (zona do estômago), indigestão, gases, boca seca,
- erupção na pele, ligeira perda de cabelo (alopécia), vermelhidão da pele, pele seca, comichão (prurido), alteração da cor da pele, perda de pele, inflamação da pele, alteração das unhas,
- dor nas articulações ou nos membros (extremidades), peito ou costas.
- febre, inchaço dos membros, mal-estar
- problemas da função hepática (observados nas análises ao sangue) e aumento da bilirrubina do sangue (excretada pelo fígado).

Efeitos secundários pouco frequentes (podem afectar até 1 em cada 100 pessoas) incluem:
- infecção no sangue, infecção do tracto urinário, infecção da pele, infecções do nariz e da garganta, infecções fúngicas (incluindo as da boca), gripe, gastroenterite, abcesso dentário,
- caroços por baixo da pele (lipoma),
- diminuição das células do sangue incluindo plaquetas, diluição do sangue (observada nas anáises)
- alergia
- diabetes, diminuição do potássio no sangue, mal-nutrição, aumento dos triglicéridos do sangue
- estado de confusão, ataques de pânico, humor deprimido, diminuição da líbido,
- dificuldade em falar, alteração da memória, perda da coordenação dos movimentos, alterações do equilíbrio, desmaios, lesões nos nervos (neuropatia) e problemas de sensação
- visão dupla ou turva,
- vertigens, dor de ouvido,
- batimentos cardíacos irregulares e palpitações (arritmias), dor no peito e ataque cardíaco (enfarte),
- coágulos de sangue nas veias profundas, tensão arterial alta ou baixa, rubores quentes, membros frios (extremidades), manchas roxas na pele
- coágulos de sangue nas veias dos pulmões embolia pulmonar), colapso pulmonar, tossir sangue, asma, falta de ar ao fazer esforços,
- obstrução intestinal, acumulação de líquido no abdómen, inflamação do intestino delgado ou grosso, do estômago ou do esófago, dor na parte inferior do abdómen, desconforto abdominal, azia (refluxo dos alimentos para o estômago), sangue nas fezes,
- icterícia (amarelecimento da pele e dos olhos)
- feridas e bolhas na pele, reacção na pele à luz solar, vermelhidão da plamas das mãos ou inchaço ou dor da face
- inchaço ou rigidez das articulações, dor óssea, fraqueza ou rigidez muscular,
- acumulação de líquido nos rins, aumento da frequência para urinar durante a noite, incontinência, sangue na urina, aumento da creatinina do sangue (sinal de disfunção renal)
- hemorragia invulgar da vagina
- inchaço (edema), arrepios e tremores
Alguns destes efeitos secundários são mais frequentes quando a capecitabina é utilizada com outros medicamentos para o tratamento do cancro.

Outros efeitos secundários observados neste enquadramento são os seguintes:
Efeitos secundários frequentes (podem afectar até 1 em cada 10 pessoas) incluem:
- diminuição do sódio, magnésio ou cálcio, aumento do açúcar no sangue,
- dor nos nervos,
- zumbido nos ouvidos (acufeno), perda de audição,
- inflamação das veias,
- soluços, alteração da voz,
- dor ou sensação alterada/anormal na boca, dor na mandíbula,
- transpiração, suores nocturnos,
- espamos musculares,
- dificuldade em urinar, sangue ou proteína na urina, formação de nódoas negras ou reacção no local de injecção (causada por medicamentos administrados ao mesmo tempo por injecção).

Os efeitos secundários muito raros (podem afectar até 1 em cada 10.000 pessoas) incluem:
- estreitamento ou bloqueio do ducto das lágrimas (estenose do ducto lacrimal),
- falência hepática,
- inflamação que origina alteração ou obstrução da secreção da bilis (hepatite colestática),
- alterações específicas no electrocardiograma (prolongamento QT),
- certos tipos de arritmia (incluindo fibrilhação ventricular, torsade de pointes e bradicardia)
- inflamação do olho que causa dor no olho e eventuais problemas de visão,
- inflamação da pele que causa placas vermelhas e escamosas devido a uma doença do sistema imunitário.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:Não deve tomar Capecitabina se estiver grávida ou se pensar que está grávida.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Não deve amamentar se estiver a tomar Capecitabina.
Condução
Condução
Condução:Não deve conduzir se se sentir com tonturas, náuseas ou cansado depois de tomar este medicamento.
Precauções Gerais
Os efeitos tóxicos limitantes da dose incluem diarreia, dor abdominal, náuseas, estomatite e síndroma mão-pé (reacção cutânea mão-pé, eritrodisestesia palmar-plantar).

A maioria das reacções adversas são reversíveis e não exigem a descontinuação definitiva do tratamento, embora possa ser necessário suspendê-lo temporariamente ou reduzir as doses.

Diarreia:
Os doentes com episódios graves de diarreia devem ser cuidadosamente monitorizados e, em caso de desidratação, devem ser administrados líquidos e electrólitos de substituição.
Podem utilizar-se os tratamentos antidiarreicos habituais (por exemplo, loperamida).
A diarreia de grau 2, NCIC CTC, é definida como um aumento de 4 a 6 dejeções/dia ou fezes noturnas, diarreia de grau 3 é definida como um aumento de 7 a 9 dejeções/dia ou incontinência e mal-absorção.
Diarreia de grau 4 é definida como um aumento ≥10 dejeções/dia ou diarreia com sangue ou necessidade de suporte parentérico.
Quando necessário, deve ser efectuada a redução da dose.

Desidratação:
A desidratação deverá ser prevenida ou corrigida aquando do seu aparecimento.
Os doentes com anorexia, astenia, náuseas, vómitos ou diarreia podem ficar rapidamente desidratados.
Se ocorrer desidratação de grau 2 (ou superior), o tratamento com capecitabina deverá ser imediatamente interrompido e a desidratação corrigida.
O tratamento não deverá ser recomeçado até que o doente esteja hidratado e até se ter corrigido ou controlado a causa da desidratação.

As modificações da dose aplicadas devem ser aplicadas ao acontecimento adverso desencadeante conforme necessário.

Síndroma da mão-pé (também conhecido como reacção cutânea mão-pé, eritrodisestesia palmar-plantar ou eritema acral induzido por quimioterapia).

O síndroma da mão-pé, de Grau 1, é definido como entorpecimento, disestesia/parestesia, formigueiro, edema indolor ou eritema das mãos e/ou pés e/ou desconforto que não impede a realização da actividade normal do doente.

O síndroma da mão-pé, de Grau 2, apresenta-se como eritema doloroso e edema das mãos e/ou pés e/ou desconforto e que afecta a actividade diária do doente.

O síndroma da mão-pé, de Grau 3, apresenta-se como uma descamação húmida, ulceração, formação de vesículas e dor intensa nas mãos e/ou pés e/ou intenso desconforto, que incapacita o doente para trabalhar ou para efectuar a sua actividade diária.

Se ocorrer síndroma da mão-pé, de Grau 2 ou 3, deve interromper-se a administração de capecitabina até se ultrapassar este estado ou até à diminuição da sua intensidade para o Grau 1.

Após a ocorrência de síndroma da mão-pé de Grau 3, as doses subsequentes de capecitabina devem ser diminuídas.

Quando capecitabina e cisplatina são utilizadas em associação, não é aconselhável a utilização de vitamina B6 (piridoxina) para o tratamento sintomático ou profiláctico secundário do síndroma da mão-pé, devido a relatórios publicados de que tal pode diminuir a eficácia da cisplatina.

Cardiotoxicidade:
A terapêutica com fluoropirimidina foi associada à ocorrência de cardiotoxicidade, incluindo enfarte do miocárdio, angina de peito, disritmias, choque cardiogénico, morte súbita e alterações electrocardiográficas (incluindo casos muito raros de QT prolongado).

Estas reacções adversas podem ser mais comuns em doentes com antecedentes de doença arterial coronária.

Foi relatada a ocorrência de arritmias cardíacas (incluindo fibrilhação ventricular, torsade de pointes e bradicardia), angina de peito, enfarte do miocárdio, insuficiência cardíaca e cardiomiopatia em doentes em tratamento com capecitabina.

Deve ter-se cuidado nos doentes com antecedentes de doença cardíaca, arritmias ou angina de peito.

Hipo ou hipercalcemia:
Durante o tratamento com capecitabina foi relatada a ocorrência de hipo ou hipercalcemia.
Deve ter-se cuidado em doentes com hipo ou hipercalcemia pré-existente

Doença do sistema nervoso central ou periférico:
Deve ter-se cuidado em doentes com doença do sistema nervoso central ou periférico, por ex. metástases cerebrais ou neuropatia.

Diabetes mellitus ou alterações electrolíticas.:
Deve ter-se cuidado em doentes com diabetes mellitus ou alterações electrolíticas, uma vez que estas se podem agravar durante o tratamento com capecitabina.

Anticoagulantes derivados da cumarina:
Num estudo de interacção medicamentosa, com administração de doses únicas de varfarina, verificou-se um aumento significativo no valor médio da AUC da S-varfarina (+57%).

Estes resultados sugerem a existência de interacção, provavelmente devida a uma inibição do sistema isoenzimático 2C9 do citocromo P450, pela capecitabina.

Os doentes tratados concomitantemente com capecitabina e anticoagulantes derivados da cumarina devem ser cuidadosamente monitorizados quanto à resposta anticoagulante (INR ou tempo de protrombina) e a dose do anticoagulante deve ser ajustada em conformidade.

Compromisso hepático.:
Na ausência de dados de segurança e eficácia, em doentes com compromisso hepático, a utilização de capecitabina deverá ser cuidadosamente monitorizada em doentes com disfunção hepática ligeira a moderada, independentemente da presença ou da ausência de metástases hepáticas.

Se ocorrer uma elevação da bilirrubina, relacionada com o fármaco, >3,0 x Limite Superior do Normal (LSN) ou uma elevação, relacionada com o fármaco, das aminotransferases hepáticas (ALT, AST) >2,5 x Limite Superior do Normal (LSN), a administração de capecitabina deve ser interrompida.

O tratamento com capecitabina em monoterapia pode ser retomado quando a bilirrubina diminuir para ≤3,0 x Limite Superior do Normal (LSN) ou as aminotransferases hepáticas diminuírem para ≤2,5 x Limite Superior do Normal.

Compromisso renal.:
A incidência de reacções adversas, de grau 3 ou 4, é maior em doentes com compromisso renal moderado (depuração da creatinina de 30-50ml/min) do que na população em geral.

Deficiência da DPD: Raramente tem sido atribuída tocixidade grave e inesperada, associada a 5-FU (p. ex., estomatite, diarreia, neutropenia e neurotixicidade), à deficiência da actividade da DPD.

Consequentemente não se pode excluir uma ligação entre a diminuição nos níveis de DPD e o aumento, potencialmente fatal, dos efeitos tóxicos do 5-FU.

Doentes com deficiência conhecida da DPD não devem ser tratados com capecitabina.

Nos doentes com deficiência não conhecida da DPD tratados com capecitabina, podem ocorrer toxicidades com perigo de vida, manifestando-se como sobredosagem aguda.

No evento de toxicidade aguda de grau 2-4, o tratamento deve ser descontinuado imediatamente até a toxicidade observada estar resolvida.

A descontinuação definitiva deve ser considerada com base na avaliação clínica do início, duração e gravidade das toxicidades observadas.

Complicações oftalmológicas: Os doentes devem ser monitorizados atentamente no que respeita a complicações oftalmológicas, tais como queratite e alterações da córnea, principalmente se tiverem história de afecções oculares anteriores.

O tratamento das afecções oculares deve ser iniciado conforme seja clinicamente adequado.

Como este medicamento contém lactose anidra como excipiente, não deve ser administrado a doentes que apresentem problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência em lactase de Lapp ou má absorção da glucose-galactose.

Deve ser particularmente cuidadoso se estiver a tomar qualquer um dos seguintes:
- medicamentos para tratar a gota (alopurinol),
- medicamentos para tornar o sangue mais fluído (cumarina, varfarina),
- determinados medicamentos antivíricos (sorivudina ou brivudina),
- medicamentos para tratar as convulsões ou as tremuras (fenitoína)
- interferão alfa ou
- radioterapia e certos medicamentos utilizados para tratar o cancro (ácido folínico, oxaliplatina, bevacizumab).
Cuidados com a Dieta
Deve tomar Capecitabina nos 30 minutos que se seguem à refeição.
Terapêutica Interrompida
Não tomar a dose esquecida nem tomar a dose seguinte a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de tomar.
Em vez disso, continuar o horário habitual das doses.
Cuidados no Armazenamento
Este medicamento não requer quaisquer condições especiais de conservação.
Para os blisters de PVC/PVdC/alumínio.
Não conservar acima de 30 ºC.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Usar com precaução

Capecitabina Varfarina

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Para além da varfarina, não foram realizados estudos formais de interacção fármaco-fármaco entre a capecitabina e outros substratos CYP2C9. Deve-se ter precaução quando a capecitabina é coadministrada com substratos 2C9 (p.ex., fenitoína). Foi relatada a ocorrência de alteração nos parâmetros da coagulação e/ou hemorragia em doentes submetidos a tratamento concomitante com capecitabina e anticoagulantes derivados da cumarina, como por exemplo a varfarina e o fenprocumon. Estas reacções manifestaram-se entre alguns dias depois e até vários meses após o início da terapêutica com capecitabina, tendo, nalguns casos ocorrido num período de um mês após a suspensão da terapêutica com capecitabina. Num estudo de interacção farmacocinética clínica, após administração de uma dose única de 20mg de varfarina, o tratamento com capecitabina aumentou a AUC da S-varfarina em 57%, com um aumento de 91% no valor da INR (Taxa Internacional Normalizada). Uma vez que o metabolismo da R-varfarina não foi afectado, estes resultados indicam que a capecitabina faz a retro-regulação da isoenzima 2C9, mas não tem efeito nas isoenzimas 1A2 e 3A4. Os doentes em tratamento concomitante com anticoagulantes derivados da cumarina e capecitabina devem ser regularmente monitorizados quanto à ocorrência de alterações nos parâmetros da coagulação (TP ou INR) e a dose de anticoagulante ajustada em conformidade. - Varfarina
Usar com precaução

Capecitabina Fenitoína

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Deve-se ter precaução quando a capecitabina é coadministrada com substratos 2C9 (p.ex., fenitoína). Foi relatada a ocorrência de aumento das concentrações plasmáticas de fenitoína, que em casos isolados resultou em sintomas de intoxicação pela fenitoína, durante a utilização concomitante de capecitabina e fenitoína. Os doentes a tomar concomitantemente fenitoína e capecitabina, devem ser regularmente monitorizados relativamente ao aumento das concentrações plasmáticas de fenitoína. - Fenitoína
Usar com precaução

Capecitabina Anticoagulantes orais (Derivados da Cumarina)

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Foi relatada a ocorrência de alteração nos parâmetros da coagulação e/ou hemorragia em doentes submetidos a tratamento concomitante com capecitabina e anticoagulantes derivados da cumarina, como por exemplo a varfarina e o fenprocumon. Estas reacções manifestaram-se entre alguns dias depois e até vários meses após o início da terapêutica com capecitabina, tendo, nalguns casos ocorrido num período de um mês após a suspensão da terapêutica com capecitabina. Num estudo de interacção farmacocinética clínica, após administração de uma dose única de 20mg de varfarina, o tratamento com capecitabina aumentou a AUC da S-varfarina em 57%, com um aumento de 91% no valor da INR (Taxa Internacional Normalizada). Uma vez que o metabolismo da R-varfarina não foi afectado, estes resultados indicam que a capecitabina faz a retro-regulação da isoenzima 2C9, mas não tem efeito nas isoenzimas 1A2 e 3A4. Os doentes em tratamento concomitante com anticoagulantes derivados da cumarina e capecitabina devem ser regularmente monitorizados quanto à ocorrência de alterações nos parâmetros da coagulação (TP ou INR) e a dose de anticoagulante ajustada em conformidade. - Anticoagulantes orais (Derivados da Cumarina)
Usar com precaução

Capecitabina Femprocumona

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Foi relatada a ocorrência de alteração nos parâmetros da coagulação e/ou hemorragia em doentes submetidos a tratamento concomitante com capecitabina e anticoagulantes derivados da cumarina, como por exemplo a varfarina e o fenprocumon. Estas reacções manifestaram-se entre alguns dias depois e até vários meses após o início da terapêutica com capecitabina, tendo, nalguns casos ocorrido num período de um mês após a suspensão da terapêutica com capecitabina. Os doentes em tratamento concomitante com anticoagulantes derivados da cumarina e capecitabina devem ser regularmente monitorizados quanto à ocorrência de alterações nos parâmetros da coagulação (TP ou INR) e a dose de anticoagulante ajustada em conformidade. - Femprocumona
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Capecitabina Ácido folínico (Leucovorina)

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Um estudo da associação de capecitabina com ácido folínico indicou que o ácido folínico não tem efeito significativo na farmacocinética da capecitabina e dos seus metabólitos. No entanto, o ácido folínico tem efeito sobre a farmacodinâmica da capecitabina e a sua toxicidade pode ser aumentada pelo ácido folínico: a dose máxima tolerada (DMT) da capecitabina isolada, utilizando o regime intermitente, é de 3000mg/m2 por dia, sendo de apenas 2000mg/m2 por dia quando a capecitabina foi associada ao ácido folínico (30mg, duas vezes por dia, por via oral). - Ácido folínico (Leucovorina)
Contraindicado

Capecitabina Sorivudina

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Foi descrita a ocorrência de uma interacção medicamentosa, com significado clínico, entre a sorivudina e o 5-FU, resultante da inibição da dihidropirimidina desidrogenase pela sorivudina. Esta interacção, que conduziu ao aumento da toxicidade da fluoropirimidina é potencialmente fatal. Por conseguinte, a capecitabina não deve ser administrada concomitantemente com sorivudina nem com os seus análogos quimicamente relacionados, como a brivudina. Deve ocorrer pelo menos um período de 4 semanas de espera entre o fim do tratamento com sorivudina ou com os seus análogos quimicamente relacionados, tais como a brivudina, e o início da terapêutica com capecitabina. - Sorivudina
Contraindicado

Capecitabina Brivudina

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Foi descrita a ocorrência de uma interacção medicamentosa, com significado clínico, entre a sorivudina e o 5-FU, resultante da inibição da dihidropirimidina desidrogenase pela sorivudina. Esta interacção, que conduziu ao aumento da toxicidade da fluoropirimidina é potencialmente fatal. Por conseguinte, a capecitabina não deve ser administrada concomitantemente com sorivudina nem com os seus análogos quimicamente relacionados, como a brivudina. Deve ocorrer pelo menos um período de 4 semanas de espera entre o fim do tratamento com sorivudina ou com os seus análogos quimicamente relacionados, tais como a brivudina, e o início da terapêutica com capecitabina. - Brivudina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Capecitabina Antiácidos

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Investigou-se o efeito de um antiácido contendo hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio na farmacocinética da capecitabina. Verificou-se um pequeno aumento das concentrações plasmáticas da capecitabina e de um metabólito (5’-DFCR); não se verificou qualquer efeito nos 3 principais metabólitos (5’-DFUR, 5-FU e FBAL). - Antiácidos
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Capecitabina Hidróxido de Alumínio

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Investigou-se o efeito de um antiácido contendo hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio na farmacocinética da capecitabina. Verificou-se um pequeno aumento das concentrações plasmáticas da capecitabina e de um metabólito (5’-DFCR); não se verificou qualquer efeito nos 3 principais metabólitos (5’-DFUR, 5-FU e FBAL). - Hidróxido de Alumínio
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Capecitabina Hidróxido de magnésio

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Investigou-se o efeito de um antiácido contendo hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio na farmacocinética da capecitabina. Verificou-se um pequeno aumento das concentrações plasmáticas da capecitabina e de um metabólito (5’-DFCR); não se verificou qualquer efeito nos 3 principais metabólitos (5’-DFUR, 5-FU e FBAL). - Hidróxido de magnésio
Não recomendado/Evitar

Capecitabina Alopurinol

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Observaram-se interacções do alopurinol com o 5-FU, com uma possível diminuição da eficácia do 5-FU. A utilização concomitante de alopurinol e capecitabina deve ser evitada. - Alopurinol
Consultar informação actualizada

Capecitabina Interferão alfa-2a

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: A DMT da capecitabina foi de 2000mg/m2 por dia quando combinado com interferão alfa-2a (3MUI/m2 por dia), comparativamente com 3000mg/m2 por dia quando a capecitabina foi utilizada isoladamente. - Interferão alfa-2a
Consultar informação actualizada

Capecitabina RADIOTERAPIA

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: A DMT da capecitabina em monoterapia, usando um regime intermitente, foi de 3000mg/m2 por dia. Enquanto que, quando em associação com radioterapia para o cancro do reto, utilizando um regime contínuo ou a administração diária, em regime de segunda-feira a sexta-feira, durante um ciclo de radioterapia de 6 semanas, a DMT de capecitabina foi de 2000mg/m2 por dia. - RADIOTERAPIA
Sem efeito descrito

Capecitabina Oxaliplatina

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Quando a capecitabina foi administrada em associação com oxaliplatina ou em associação com oxaliplatina e bevacizumab, não ocorreram diferenças clinicamente significativas na exposição à capecitabina ou seus metabólitos, platina livre ou platina total. - Oxaliplatina
Sem efeito descrito

Capecitabina Bevacizumab

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: O bevacizumab não teve efeitos clinicamente significativos nos parâmetros farmacocinéticos da capecitabina ou seus metabólitos, na presença de oxaliplatina. Quando a capecitabina foi administrada em associação com oxaliplatina ou em associação com oxaliplatina e bevacizumab, não ocorreram diferenças clinicamente significativas na exposição à capecitabina ou seus metabólitos, platina livre ou platina total. - Bevacizumab
Consultar informação actualizada

Capecitabina Alimentos/Bebidas (Soja, fitinas, fitatos, oxalatos, taninos, pectinas)

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Em todos os ensaios clínicos, os doentes foram advertidos de que deveriam tomar capecitabina nos 30 minutos que se seguem a uma refeição. Uma vez que os dados atuais de segurança e eficácia se baseiam na administração com alimentos, recomenda-se que a capecitabina seja administrada com alimentos. A administração com alimentos diminui a velocidade de absorção da capecitabina. - Alimentos/Bebidas (Soja, fitinas, fitatos, oxalatos, taninos, pectinas)
Potencialmente Grave

Cetuximab Capecitabina

Observações: Não foram realizados outros estudos formais de interacção com o cetuximab em humanos.
Interacções: Em associação com fluoropirimidinas, a frequência de isquemia cardíaca incluindo enfarte do miocárdio e insuficiência cardíaca congestiva, assim como a frequência da síndrome mãos - pés (eritrodisestesia palmo - plantar) aumentaram relativamente à perfusão apenas com fluoropirimidinas. Em associação com capecitabina e oxaliplatina, a frequência da diarreia grave pode estar aumentada. - Capecitabina
Sem efeito descrito

Pertuzumab Capecitabina

Observações: n.d.
Interacções: Quatro estudos avaliaram os efeitos de pertuzumab na farmacocinética de fármacos citotóxicos co-administrados, docetaxel, gemcitabina, erlotinib e capecitabina. Não houve evidência de qualquer interacção farmacocinética entre pertuzumab e qualquer um destes fármacos. A farmacocinética de pertuzumab nestes estudos foi comparável à observada nos estudos com apenas um fármaco. - Capecitabina
Contraindicado

Tegafur + Gimeracilo + Oteracilo Capecitabina

Observações: Não foram realizados estudos de interacção em doentes adultos ou pediátricos.
Interacções: Outras fluoropirimidinas: A administração concomitante de outras fluoropirimidinas, como a capecitabina, o 5-FU, o tegafur ou a flucitosina, pode levar a toxicidades aditivas e é contra-indicada. Recomenda-se um período mínimo de descanso de 7 dias entre a administração de Tegafur/Gimeracilo/Oteracilo e de outras fluoropirimidinas. O período de descanso descrito no RCM de outros medicamentos com fluoropirimidinas deve ser respeitado se Tegafur/Gimeracilo/Oteracilo se destinar a ser administrado a seguir a outros medicamentos com fluoropirimidinas. - Capecitabina
Usar com precaução

Capecitabina Substratos do CYP2C9

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Para além da varfarina, não foram realizados estudos formais de interacção fármaco-fármaco entre a capecitabina e outros substratos CYP2C9. Deve-se ter precaução quando a capecitabina é coadministrada com substratos 2C9 (p.ex., fenitoína). - Substratos do CYP2C9
Sem efeito descrito

Lapatinib Capecitabina

Observações: O lapatinib é predominantemente metabolizado pelo CYP3A.
Interacções: A administração concomitante de lapatinib com capecitabina, letrozol ou trastuzumab não alterou significativamente a farmacocinética destes medicamentos (ou dos metabólitos da capecitabina) ou de lapatinib. - Capecitabina
Sem efeito descrito

Vinflunina Capecitabina

Observações: Os estudos in vitro mostraram que a vinflunina não teve, nem efeitos indutivos na atividade no CYP1A2, CYP2B6 ou CYP3A4 nem efeitos de inibição no CYP1A2, CYP2B6, CYP2C8, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6 e no CYP3A4. Estudos in vitro mostraram que a vinflunina é um PGP-substrato tal como os outros alcaloides de vinca, mas com uma menor afinidade. Assim, deve ser pouco provável o risco de interações clinicamente significativas.
Interacções: Não foi observada nenhuma interacção farmacocinética em doentes quando a vinflunina foi combinada tanto com cisplatina, carboplatina, capecitabina, ou com gemcitabina. - Capecitabina
Sem efeito descrito

Trastuzumab Capecitabina

Observações: Não foram realizados estudos formais de interacção medicamentosa. Não foram observadas interações clinicamente significativas entre Trastuzumab e os medicamentos concomitantes utilizados em ensaios clínicos.
Interacções: Efeito do trastuzumab na farmacocinética de outros fármacos antineoplásicos: Os dados de farmacocinética dos estudos BO 15935 e M77004 em mulheres com cancro da mama metastizado HER2 positivo sugeriram que a exposição ao paclitaxel e doxorrubicina (e os seus principais metabólitos 6 α -hidroxipaclitaxel, POH, e doxorrubicinol, DOL) não era alterada na presença de trastuzumab (dose de carga de 8 mg/kg ou 4 mg/kg IV, seguida de 6 mg/kg IV de 3 em 3 semanas ou de 2 mg/kg IV semanalmente, respectivamente). No entanto, o trastuzumab pode elevar a exposição global de um metabólito da doxorrubicina (7- desoxi-13 dihidro-doxorrubicinona, D7D). A bioatividade do D7D e o impacto clínico do aumento deste metabólito não foram claros. Os dados do estudo JP16003, um estudo de um braço deste medicamento (dose de carga de 4 mg/kg IV e 2 mg/kg IV semanalmente) e docetaxel (60 mg/m 2 IV) em mulheres Japonesas com cancro da mama metastizado HER2 positivo sugeriram que a administração concomitante de trastuzumab não tinha efeito na farmacocinética de dose única do docetaxel. O estudo JP19959 foi um subestudo do BO18255 (ToGA), conduzido em doentes Japoneses masculinos e femininos com cancro gástrico avançado, para avaliação da farmacocinética da capecitabina e cisplatina quando utilizadas com ou sem Trastuzumab. Os resultados deste subestudo sugeriram que a exposição aos metabólitos bioativos da capecitabina (p. ex., 5-FU) não era afetada pela utilização concomitante da cisplatina nem pela utilização concomitante da cisplatina mais Trastuzumab. No entanto, a própria capecitabina demonstrou concentrações mais elevadas e uma semivida mais longa quando associada ao Trastuzumab. Os dados também sugerem que a farmacocinética da cisplatina não foi afetada pela utilização concomitante da capecitabina nem pela utilização concomitante da capecitabina mais Trastuzumab. Os dados de farmacocinética do estudo H4613g/GO0 1305 em doentes com cancro HER2 positivo, inoperável, metastizado ou localmente avançado demonstraram que o trastuzumab não tinha impacto na farmacocinética da carboplatina. - Capecitabina
Sem efeito descrito

Bevacizumab Capecitabina

Observações: n.d.
Interacções: Efeito de fármacos antineoplásicos na farmacocinética do bevacizumab: Com base nos resultados de uma análise farmacocinética populacional, não se observaram interacções farmacocinéticas clinicamente relevantes para a farmacocinética de Bevacizumab, decorrentes da co-administração com quimioterapia. Não houve diferença estatisticamente significativa ou clinicamente relevante na depuração de Bevacizumab em doentes tratados com Bevacizumab em monoterapia comparativamente a doentes tratados com Bevacizumab em associação com Interferão alfa-2a ou outras quimioterapias (IFL, 5-FU/LV, carboplatina/paclitaxel, capecitabina, doxorrubicina ou cisplatina/gemcitabina). Os resultados de um ensaio realizado em doentes com cancro colo-retal metastizado demonstraram não existir efeito significativo do bevacizumab na farmacocinética da capecitabina e dos seus metabólitos, nem na farmacocinética da oxaliplatina, como determinado pelas concentrações plasmáticas de platina livre e total. - Capecitabina
Contraindicado

Brivudina Capecitabina

Observações: n.d.
Interacções: É contra-indicado o uso concomitante com 5-fluorouracilo (incluindo também as suas preparações tópicas ou os pro-fármacos, como capecitabina, floxuridina, tegafur) ou outras 5-fluoropirimidinas, como a flucitosina. Esta interacção, que conduz a uma toxicidade aumentada das fluoropirimidinas, é potencialmente fatal. Brivudina, através do seu principal metabólito, bromoviniluracilo (BVU), exerce uma acção inibitória irreversível sobre a dihidropirimidina desidrogenase (DPD), uma enzima que regula o metabolismo de ambos os nucleosidos naturais (ex: timidina) e dos fármacos derivados da pirimidina como o 5-fluorouracilo (5-FU). Em consequência da inibição da enzima resulta uma sobreexposição e o aumento de toxicidade do 5-FU. Em sujeitos saudáveis medicados com a posologia recomendada de Brivudina (125 mg uma vez por dia durante 7 dias) existiu uma evidência clínica da ocorrência de uma total recuperação funcional da actividade enzimática da DPD, 18 dias após a última toma. Brivudina e o 5-fluorouracilo ou outras 5-fluoropirimidinas como capecitabina, floxuridina e tegafur (ou associações de medicamentos contendo estas substâncias activas) ou flucitosina não devem ser administrados concomitantemente, devendo ser observado, no mínimo, um intervalo de 4 semanas antes do início do tratamento com as 5- fluoropirimidinas. Como precaução adicional, deverá existir uma monitorização da actividade enzimática da DPD antes do início de qualquer tratamento com fármacos 5- fluoropirimidinas, em doentes recentemente medicados com Brivudina. Em caso de administração acidental de 5-FU ou fármacos relacionados a doentes medicados com Brivudina, ambos os fármacos devem ser descontinuados, sendo instituídas medidas rigorosas para reduzir a toxicidade do 5-FU. Recomenda-se hospitalização imediata e a tomada de todas as medidas de prevenção de infecções sistémicas e desidratação. Os sinais de toxicidade do 5-FU incluem náuseas, vómitos, diarreia, e, em casos graves, estomatite, neutropeni a e depressão da medula óssea. - Capecitabina
Não recomendado/Evitar

Fluindiona Capecitabina

Observações: n.d.
Interacções: Combinações não recomendadas: Fluorouracilo (e, por extrapolação, tegafur e capecitabina): Aumento significativo do efeito de anticoagulantes orais e risco de hemorragia. Se for inevitável fazer o acompanhamento, mais frequente do INR. O ajuste da dose do anticoagulante oral durante o tratamento com citotóxicos e 8 dias depois de sua interrupção. - Capecitabina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Erlotinib Capecitabina

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Erlotinib e Capecitabina: A capecitabina pode aumentar as concentrações de erlotinib. Quando o erlotinib foi administrado em associação com a capecitabina, houve um aumento estatisticamente significativo na AUC do erlotinib e um aumento ligeiro da Cmax comparativamente aos valores observados noutro estudo em que o erlotinib foi administrado em monoterapia. O erlotinib não teve efeitos significativos na farmacocinética da capecitabina. - Capecitabina
Sem significado Clínico

Sorafenib Capecitabina

Observações: n.d.
Interacções: Combinação com outros agentes antineoplásicos: Em estudos clínicos, sorafenib foi administrado com uma variedade de outros agentes antineoplásicos nos seus regimes posológicos usuais, incluindo a gemcitabina, cisplatina, oxaliplatina, paclitaxel, carboplatina, capecitabina, doxorrubicina, irinotecano, docetaxel e ciclofosfamida. O sorafenib não exerceu efeito clinicamente relevante sobre a farmacocinética da gemcitabina, cisplatina, carboplatina, oxaliplatina ou ciclofosfamida. Capecitabina: A co-administração de capecitabina (750-1050 mg/m2 duas vezes ao dia, Dias 1-14 a cada 21 dias) e sorafenib (200 ou 400 mg duas vezes ao dia, administração ininterrupta e contínua) resultou numa alteração não significativa na exposição ao sorafenib, mas a um aumento de 15-50% na exposição à capecitabina e a um aumento de 0-52% na expos ição ao 5-FU. Desconhece-se o significado clínico destes pequenos a ligeiros aumentos na exposição à capecitabina e 5-FU quando co-administrados com sorafenib. - Capecitabina
Sem efeito descrito

Pertuzumab + Trastuzumab Capecitabina

Observações: Não foram realizados estudos formais de interacção medicamentosa.
Interacções: Pertuzumab Num sub-estudo de 37 doentes do ensaio principal aleatorizado CLEOPATRA em cancro da mama metastático, não foram observadas interacções farmacocinéticas entre pertuzumab e trastuzumab ou entre pertuzumab e docetaxel. Adicionalmente, na análise farmacocinética populacional, não foi demonstrada evidência de interacção medicamentosa entre pertuzumab e trastuzumab ou entre pertuzumab e docetaxel. Esta ausência de interacção medicamentosa foi confirmada por dados farmacocinéticos dos estudos NEOSPHERE e APHINITY. Em cinco estudos, foram avaliados os efeitos de pertuzumab na farmacocinética de agentes citotóxicos co-administrados, docetaxel, paclitaxel, gemcitabina, capecitabina, carboplatina e erlotinib. Não houve evidência de interação farmacocinética entre pertuzumab e qualquer um destes fármacos. A farmacocinética de pertuzumab nestes estudos foi comparável à observada em estudos de fármaco único. - Capecitabina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Multivitaminas + Ácido fólico Capecitabina

Observações: n.d.
Interacções: As interacções incluem: Fluoropirimidinas (5-fluorouracilo, capecitabina, tegafur): Aumento da citotoxicidade quando combinados com o ácido fólico. - Capecitabina
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Capecitabina
Informe o Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

Não deve tomar Capecitabina se estiver grávida ou se pensar que está grávida.

Não deve amamentar se estiver a tomar Capecitabina.

Capecitabina pode fazê-lo sentir tonturas, enjoado ou cansado.
Por conseguinte, é possível que Capecitabina possa afectar a sua capacidade de conduzir ou utilizar máquinas.
Não deve conduzir se se sentir com tonturas, náuseas ou cansado depois de tomar este medicamento.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 23 de Maio de 2023