DADOR DE SANGUE

DADOR DE SANGUE

SOCIEDADE E SAÚDE

  Tupam Editores

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Um Dador de Sangue é aquele que ocasionalmente ou de forma regular e altruística faz doações de uma parte do seu sangue a quem dele necessita, devido a acidente, algum tipo de intervenção cirúrgica ou tratamento, cumprindo desse modo o dever cívico que todos os cidadãos saudáveis têm, de contribuir para a satisfação das necessidades de sangue da comunidade, nomeadamente através da dádiva.

Os beneficiários dessa doação são os que sofreram uma perda ou comprometimento das funções de um ou mais dos seus órgãos, nomeadamente durante ou depois de uma intervenção cirúrgica ou de um parto; em acidentes com perdas graves de sangue; em doentes tratados por doenças sanguíneas; nos casos de anemia grave, cancro ou leucemia.

O Estatuto do Dador de Sangue define que o dador de sangue é aquele que depois de aceite clinicamente, doa benevolamente e de forma voluntária parte do seu sangue para fins terapêuticos, competindo ao Estado assegurar a todos os cidadãos o acesso à utilização terapêutica do sangue, seus componentes e derivados, bem como garantir os meios necessários à sua correta obtenção, preparação, conservação, fracionamento, distribuição e utilização.

O candidato a dador de sangue deve cumprir os critérios de elegibilidade previamente definidos pelo Ministério da Saúde, e apresentar-se num serviço oficial de sangue, onde deverá declarar expressamente a sua vontade de doar sangue. Cumprida esta formalidade, ao dador é atribuído um Cartão Nacional de Dador de Sangue que além de o identificar, contém os registos das dádivas por si efetuadas e que estão registadas na base de dados do Cartão Nacional do Dador.

Os pedidos de emissão do cartão de dador é da responsabilidade do serviço que realiza a colheita, sendo o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST, IP), responsável pelo seu processamento, emissão e envio ao doador.

A doação de sangue pode ser feita por todos os cidadãos saudáveis que cumpram os requisitos de elegibilidade básicos para a dádiva de sangue e que consiste em ter mais de 18 anos de idade, um mínimo de 50 Kg de peso corporal e que sigam estilos e hábitos de vida saudáveis. Para esse efeito, antes da dádiva de sangue, é realizada uma triagem clínica por um profissional de saúde qualificado que procede a uma avaliação individual do risco das circunstâncias clínicas identificadas. Caso não sejam identificadas situações que possam pôr em causa a sua segurança enquanto dador e a segurança do receptor, enquanto doente, poderá tornar-se um doador de sangue.

Diariamente, nos hospitais portugueses, em particular nas épocas de férias ou sempre que haja uma catástrofe natural ou provocada, há alguém a quem o sangue doado proporciona uma nova oportunidade de vida. Sabendo-se que o sangue é um bem escasso e que não pode ser criado artificialmente, é fundamental que todos os cidadãos saudáveis que se enquadrem nos padrões de elegibilidade, cumpram o seu dever cívico de contribuir para a manutenção dos suprimentos de sangue nos Bancos de Sangue Nacionais, em níveis adequados a fim de poderem responder às necessidades da comunidade a todo o momento.

Promover as dádivas de sangue, além de outras como dádivas de células, tecidos e órgãos, procurando a autossuficiência nacional, é uma das atribuições do IPST, que para o efeito desenvolve as ações necessárias junto dos Centros de Sangue e Transplantação, além de manter a comunicação com o exterior, através de várias campanhas de sensibilização e atividades dirigidas a segmentos específicos de público e à comunidade em geral.

Adicionalmente, aquele Organismo procede à atribuição de medalhas e diplomas de dador de sangue, como forma de reconhecimento público aos doadores, galardoando a sua dedicação inerente à dádiva de sangue, com vários níveis de avaliação, em função do número de doações feitas e que podem ir desde um simples diploma para as primeiras 10 dádivas até à medalha dourada para os dadores que tenham completado 100 dádivas.

A relevância da doação de sangue a nível global está bem espelhada na criação pela Organização Mundial de Saúde (OMS), do Dia Mundial do Dador de Sangue a 14 de junho de 2005, e que desde essa data é celebrado sem interrupção a cada ano, com o objetivo de sensibilizar as populações para a importância e necessidade de sangue; enfatizar o papel dos doadores de sangue voluntários e não remunerados; apoiar os serviços nacionais de transfusão de sangue, as organizações de dadores de sangue e outras organizações não governamentais no reforço e expansão dos seus programas voluntários de dadores de sangue.

O tema escolhido para 2023 “Dar sangue, dar plasma, partilhar a vida, partilhe frequentemente”, centra-se nos doentes que necessitam de apoio de transfusões durante toda a vida e releva o papel que cada pessoa pode desempenhar dando a valiosa dádiva de sangue ou plasma. Um suprimento de sangue seguro, baseado em doações voluntárias e não remuneradas, é vital para todos os pacientes e, em particular, para muitos que precisam de transfusões de sangue regulares durante toda a vida ou de apoio a pacientes sujeitos a tratamentos de alguns tipos de doenças crónicas.

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
09 de Abril de 2024

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