Uma equipa de investigadores da Universidade de Twente, na Holanda, criou um biochip inovador para cultivo de células individuais, o qual permite fixá-las e mantê-las no centro exato de uma gota de hidrogel por mais tempo.

Com recurso a este dispositivo, é possível manter as células vivas por várias semanas, o que facilita o seu estudo, bem como a realização de testes sobre a ação de novos medicamentos.

Com o biochip, será também possível melhorar as terapias de células-tronco, destacaram os pesquisadores. Atualmente, o método convencional para estudar células individuais fora do organismo não permite manter as células fixas no hidrogel por muito tempo, o que impossibilita o seu estudo a longo prazo.

Tom Kamperman, líder da pesquisa, explicou que se trata de um chip microfluídico que capta as células no centro exato dos microgéis, através de um processo de "gelificação retardada".

Com recurso a esta técnica, foi possível evitar que as células "fugissem" do centro do hidrogel, aumentando para mais de 90 por cento a taxa de sobrevivência celular por, pelo menos, 28 dias.

"Atualmente, estamos a testar um protótipo melhorado com uma taxa de produção que é até mil vezes mais rápida. Isso irá eventualmente permitir que essa tecnologia de microgel chegue às aplicações clínicas", sublinhou Tom Kamperman.