Conhece os sinais de que uma escova de dentes deixou de ser útil?
Uma escova de dentes com cerdas tortas parece um simples objeto desgastado, mas é antes um sinal claro de que deixou de cumprir a sua função corretamente. A partir dessa altura, em vez de limpar com eficácia pode, na verdade, estar a causar mais danos do que a evitá-los.

Quando as cerdas ficam abertas ou achatadas param de remover a placa bacteriana, o que promove o acúmulo de bactérias, aumenta a irritação gengival e, a médio prazo, afeta o esmalte e a sensibilidade dentária.
De acordo com o médico dentista Simón Pardiñas, uma escova desgastada não só perde a eficácia, como também cria espaço para o rápido crescimento de bactérias que se aproveitam da humidade.
Apesar de a aparência das cerdas ser o sinal mais óbvio, muitas vezes as pessoas demoram algum tempo para o perceber e continuam a utilizar a escova durante semanas, o que promove o acúmulo de tártaro e uma limpeza deficiente. A perda de tensão também aumenta o tempo necessário para obter um resultado aceitável.
E nem se trata apenas da vida útil desta ferramenta, mas também de como ela é usada. Escovar com muita força acelera o desgaste e exige a troca antes do esperado. Assim, verificar a aparência das cerdas a cada poucas semanas é uma prática que pode prevenir complicações.
Além do formato visível, outro indício menos óbvio de que a escova deixou de ser útil é o seu odor. Uma escova de dentes que acumula humidade pode exalar um odor desagradável, o que frequentemente indica a presença de microrganismos. Esse ambiente húmido, combinado com o contacto com restos de alimentos, favorece o crescimento de fungos e bactérias, que retornam à boca a cada escovagem.
A recomendação geral é trocar a escova de dentes a cada três meses, embora essa regra nem sempre seja suficiente. Existem situações específicas que exigem que a pessoa o faça antes. Uma infeção viral ou bacteriana, por exemplo, transforma a escova de dentes num ambiente propício para reinfeções, que devem ser eliminadas o mais rápido possível. Após superar a doença, o melhor é usar uma escova de dentes nova para evitar riscos.
Deixar passar mais tempo significa que milhões de bactérias se acumulam entre as cerdas, e a possibilidade de retornarem à boca. Isto significa que a vida útil real de uma escova de dentes depende não apenas do calendário, mas também das circunstâncias de cada pessoa.
Uma maneira simples de evitar esquecer de trocar a escova de dentes é fazê-lo no início de cada estação. Quatro trocas por ano garantem que se utilize sempre uma escova de dentes de boa qualidade, não dando possibilidade a que deformações ou sinais visíveis de desgaste se manifestem. Esta dica funciona tanto para as escovas de dentes manuais quanto para as elétricas.