Um desses mitos é que a água com gás aumenta a pressão arterial. É verdade que a água gaseificada tem sódio, sendo a quantidade variável consoante a fonte da bebida. O sódio está, geralmente, presente em pequenas quantidades mas as pessoas com hipertensão devem ler a lista de ingredientes e a tabela de informação nutricional para evitar o consumo excessivo. Por lei, a água com baixo teor de sódio tem menos de 20 miligramas por litro.

Outro mito muito difundido é que a bebida danifica os ossos. Este equívoco tem origem numa confusão com os refrigerantes, que contêm ácido fosfórico. Esse ácido em excesso e se não houver cálcio suficiente na dieta, pode afetar a saúde óssea, principalmente nas mulheres. Mas a água com gás contém apenas CO.

E os dentes? Apesar de a água com gás ter um pH levemente ácido, não é considerado agressivo para danificar o esmalte. Também não contém açúcar ou outras substâncias que causem cáries. Ainda assim, a água com gás não é uma bebida para todas as pessoas.

Pode estimular a secreção gástrica e acelerar o esvaziamento do estômago e, em algumas pessoas, até melhorar o trânsito intestinal, mas naqueles com síndrome do intestino irritável, dispepsia funcional, aerofagia, refluxo ou hérnia de hiato, os gases podem incomodar mais do que ajudar, pois aumentam o desconforto e o mal-estar.

A água com gás pode ser consumida ao natural, ou usada com frutas, ervas e especiarias em preparações como água saborizada, refrigerante caseiro ou bebidas sem álcool, por exemplo. Ainda não existe uma quantidade recomendada de água com gás por dia, no entanto, aconselha-se intercalar a ingestão de água simples e com gás, para evitar excessos e efeitos colaterais.