Participar em atividades sociais pode prolongar a vida
Um estudo publicado no Journal of the American Geriatrics Society sugere que o envolvimento em atividades sociais pode ajudar os idosos a viver mais.

Na investigação participaram 2.268 indivíduos norte-americanos com 60 anos ou mais, que responderam aos Questionários Psicossocial e de Estilo de Vida e forneceram amostras de sangue em 2016. O envolvimento social foi avaliado através de nove itens, e as respostas classificadas como baixa, moderada ou alta.
Os investigadores verificaram que, ao longo de quatro anos, houve uma forte associação entre o envolvimento em atividades sociais e um risco baixo de mortalidade. Os participantes do grupo com alto envolvimento social apresentaram idade biológica média menor, comportamentos mais saudáveis e menor prevalência de sintomas depressivos do que aqueles nos grupos com um envolvimento social baixo e moderado.
Os níveis elevados de envolvimento social foram associados a um risco de mortalidade 42% menor do que um nível de envolvimento reduzido. Atividades específicas, como trabalhos de caridade, interação com os netos e a participação em clubes desportivos ou sociais, foram preditores particularmente significativos de redução do risco de morte.
Esse efeito foi parcialmente mediado pela atividade física regular (16%) e pela desaceleração da idade biológica (15%). Outros fatores, como sintomas depressivos elevados, consumo excessivo de álcool e tabaco, não apresentaram efeitos mediadores significativos.
De acordo com Ashraf Abugroun, da Universidade da Califórnia, São Francisco, manter-se socialmente ativo é mais do que uma escolha de estilo de vida. Está intimamente relacionado com um envelhecimento mais saudável e com a longevidade. Acima de tudo. os resultados realçam como a participação na vida comunitária contribui para uma melhor saúde dos idosos.