Aprovado novo medicamento para cancro do pulmão mortal
Os pacientes que esgotaram todas as opções para tratar o cancro do pulmão de pequenas células em estágio extenso dispõem agora de um novo medicamento. O tarlatamab (Imdelltra), recentemente aprovado pela Food and Drug Administration dos EUA, veio dar esperança a todos os pacientes que necessitam de terapias inovadoras e eficazes para tratar esta complexa e devastadora doença.
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DOENÇAS E TRATAMENTOS
CANCRO, INVESTIGAÇÃO E NOVAS TERAPIAS
A ciência avançou prodigiosamente na luta contra o cancro, mas o mundo natural tem sido o arsenal mais eficaz da medicina, fornecendo desde antibióticos a potentes fármacos. LER MAIS
O novo medicamento ativa as células T de um paciente para atacar tumores que expressam o ligante 3 do tipo Delta (DLL3). Embora os casos de cancro do pulmão de pequenas células representem apenas 15% dos cancros do pulmão, são normalmente mais mortais e mais agressivos do que o cancro do pulmão de não-pequenas células.
Para o Dr. Jay Bradner, diretor científico da farmacêutica Amgen, após décadas de avanços mínimos no cenário do tratamento, a aprovação do medicamento marca um momento crucial para os pacientes que lutam contra este tipo de cancro.
Num ensaio clínico realizado pela Amgen, o tarlatamab triplicou a esperança de vida dos pacientes, dando-lhes uma sobrevivência média de 14 meses. Mas nem todos beneficiaram: 40% dos que receberam o medicamento responderam.
No cancro do pulmão de pequenas células, a doença normalmente já se espalhou para além do pulmão quando é diagnosticada. O tratamento padrão é a quimioterapia combinada com imunoterapias, que acrescentam cerca de dois meses à vida dos pacientes. A maioria dos pacientes vive apenas oito a 13 meses após o diagnóstico, apesar de fazer quimioterapia e imunoterapia.
Os pacientes no ensaio da Amgen já tinham feito duas ou até três rondas de quimioterapia, razão pela qual a sua esperança de vida sem o medicamento era tão curta. Agora dizem que têm uma nova vida.