DERMATOLOGIA

Prurigo nodular: nemolizumab melhora sintomas da doença

Um estudo recentemente publicado no New England Journal of Medicine permitiu concluir que o nemolizumab melhora os sintomas de pacientes com prurigo nodular (PN) moderado a grave. O nemolizumab é um antagonista do receptor alfa da interleucina-31 que regula negativamente as principais vias na patogénese do PN.

Prurigo nodular: nemolizumab melhora sintomas da doença

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Prurigo nodular é uma doença inflamatória crónica da pele caracterizada pela presença de múltiplos nódulos pruriginosos hiperceratóticos. Pacientes com a doença geralmente apresentam prurido intenso e, posteriormente, desenvolvem ansiedade decorrente da condição. O tratamento deve ser feito de acordo com a orientação do dermatologista e tem como objetivo controlar os sintomas.

Uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, realizou um estudo de fase 3, duplo-cego, multicêntrico e randomizado, que envolveu 274 adultos com PN moderado a grave.
Os pacientes foram submetidos à randomização para receber uma dose inicial de 60 mg de nemolizumab seguida de injeções subcutâneas de 30 mg ou 60 mg (dependendo do peso basal) a cada 4 semanas, durante 16 semanas, ou um placebo correspondente (183 e 91 pacientes, respetivamente).

Os especialistas descobriram que na semana 16, a eficácia do tratamento foi demonstrada em relação a ambos os desfechos primários (resposta à comichão e resposta à Avaliação Global do Investigador [IGA]); uma proporção maior de pacientes no grupo nemolizumab do que no grupo placebo teve uma resposta à comichão (56,3 versus 20,9%) e uma resposta IGA (37,7 versus 11,0%).

Observaram-se ainda benefícios para os cinco principais desfechos secundários: resposta à comichão na semana 4 (41,0% vs. 7,7%), pontuação da Escala de Avaliação Numérica de Pico de Prurido (PP-NRS) inferior a 2 na semana quatro (19,7% vs. 2,2%) e na semana 16 (35,0% vs. 7,7%) e uma melhoria de 4 ou mais pontos na escala e melhora de 4 ou mais pontos na escala de avaliação numérica de distúrbios do sono nas semanas quatro e 16.
Os eventos adversos individuais mais comuns foram dor de cabeça (6,6% vs. 4,4%) e dermatite atópica (5,5% vs. 0%).

Segundo Shawn G. Kwatra, a monoterapia com nemolizumab reduziu significativamente os sinais e sintomas de PN. As descobertas do estudo ampliam os resultados de eficácia e segurança do medicamento no estudo de fase 2 em pacientes com PN.

Fonte: Tupam Editores

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