Nova variante Ómicron XE pode ser a mais contagiosa
A Organização Mundial de saúde (OMS) alertou recentemente para o aparecimento de uma nova variante híbrida de duas sublinhagens da estirpe Ómicron, a BA.1 e a BA.2.
SOCIEDADE E SAÚDE
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Até agora a nova variante, denominada XE, foi identificada apenas no Reino Unido, e apesar de aparentar ser mais transmissível, e os dados iniciais indicarem aumento na gravidade da infeção, ainda não é encarada como de preocupação pela OMS.
Desde 22 de março foram detetados naquele país 637 casos desta variante híbrida. A previsão é de que a XE se propague 10% mais facilmente em comparação à BA.2, que já é mais transmissível do que a BA.1, a sublinhagem mais comum da Ómicron.
Se a XE continuar a espalhar-se, os cientistas realizarão mais estudos para avaliar a sua infeciosidade e a capacidade de adoecer as pessoas.
Segundo John Brownstein, epidemiologista e diretor de inovação do Boston Children's Hospital, neste momento não há nenhuma preocupação com a saúde pública. As variantes recombinantes acontecem repetidamente. Na verdade, a razão pela qual esta é a variante recombinante XE é porque que já houve a XA, XB, XC, XD, e nenhuma delas acabou por ser uma preocupação real.
As variantes recombinantes não são uma ocorrência incomum, principalmente quando existem várias variantes em circulação, e várias foram identificadas ao longo da pandemia até agora.
Uma variante de recombinação surge quando uma pessoa é infetada simultaneamente por duas estirpes diferentes, ou duas sublinhagens da mesma variante, que misturam o seu material genético dentro do organismo do paciente. É um processo comum entre os vírus, que já aconteceu outras vezes durante a pandemia.