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Deltacron: a nova variante que combina a Delta com a Ómicron

Uma equipa de cientistas da IHU Mediterranee Infection de Marselha, em França, partilhou um estudo que comprova o surgimento da variante Deltacron, uma mutação do novo coronavírus SARS-CoV-2 que combina genes das estirpes Delta e Ómicron. A Organização Mundial de Saúde (OMS) está já a monitorizar os casos de infeção.

Deltacron: a nova variante que combina a Delta com a Ómicron

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O artigo, que ainda não foi revisto por pares, dá a conhecer três casos de doentes no sul de França infetados pela Deltacron. Análises realizadas em laboratório revelam que o vírus une o perfil da variante Delta com o gene da proteína espícula, ou spike, da Ómicron, responsável por ligar o patógeno com as células humanas.

Segundo os cientistas, a análise estrutural do pico recombinante sugeriu que o seu conteúdo híbrido poderia otimizar a ligação viral à membrana da célula hospedeira (de humanos). Estas conclusões levam a mais estudos sobre as características virológicas, epidemiológicas e clínicas deste recombinante.

Philippe Colson, líder do estudo, refere que devido ao número reduzido de casos ainda é cedo para saber se a Deltacron pode ser mais transmissível ou letal do que as versões anteriores do vírus. Entretanto, desde janeiro que já foram confirmados outros 12 casos de Deltacron por equipas de investigadores na Holanda e na Dinamarca. Estão ainda a ser investigadas mais duas incidências nos EUA.

A Deltacron tem a assinatura genética da Ómicron, mas o genoma da variante Delta. Os casos identificados são mais frequentes entre pessoas internadas com Covid-19 do que em pessoas infetadas com formas mais ligeiras da doença.

Recentemente, a diretora técnica da OMS, Maria Van Kerkhove, confirmou que a agência internacional de saúde está a monitorizar a Deltacron.
Os especialistas ainda não têm muita informação sobre esta nova variante e admitem que é muito cedo para perceber se há ou não motivo de preocupação com esta mistura de vírus da Covid-19. No entanto, tudo indica que a Deltacron até pode desaparecer perante o avanço da estirpe mais contagiosa, a Ómicron.

Fonte: Tupam Editores

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