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Jovens preocupam-se pouco com a saúde

Um estudo desenvolvido pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) concluiu que os jovens se envolvem pouco nos cuidados com a sua saúde, particularmente no sentido de terem uma alimentação equilibrada.

Jovens preocupam-se pouco com a saúde

SOCIEDADE E SAÚDE

PORTUGAL E AS DESCOBERTAS BIOTECNOLÓGICAS

 
“Os jovens adultos – faixa etária 18-24 anos – envolvem-se pouco nos cuidados que têm com a própria saúde, sendo que, dentro destes, o nível mais baixo no comprometimento se situa na diligência que imprimem para conseguirem uma alimentação equilibrada”, revela um estudo coordenado pela professora da ESEnfC Conceição Alegre de Sá.
 
Exemplos da falta de cuidado com a alimentação são o facto de se preocuparem pouco em tomar o pequeno-almoço – comportamento comum a “cerca de 40 por cento” dos mais de mil inquiridos – ou em ingerirem “alimentos que consideram necessários” para a sua saúde, afirma a ESEnfC, num comunicado.
 
A pesquisa, iniciada no ano letivo de 2011/12, incidiu sobre “uma amostra probabilística de 1 168 estudantes, selecionada de entre 22 041 jovens que, naquele ano letivo, frequentaram os vários estabelecimentos de ensino público de Coimbra” (secundário, superior e profissional).
 
A investigação concluiu, entretanto, que “quanto maior é a afetividade/apoio do pai no exercício da disciplina na infância mais elevados são, depois, os autocuidados dos jovens adultos de ambos os sexos associados a uma alimentação equilibrada”, destaca a ESEnfC.
 
“Também o recurso ao aviso na correção dos maus comportamentos infantis, quando exercido pelas mães, teve um efeito positivo nos autocuidados para manter ou alcançar uma boa alimentação das jovens”, acrescenta a ESEnfC.
 
A docente da ESEnfC propõe “mudanças nos métodos de correção dos maus comportamentos infantis”, que passem pela “partilha equitativa” dessa tarefa por parte dos pais e das mães, pelo “recurso ao elogio e a métodos explicativos” (evitando o recurso a métodos punitivos e à impulsividade) e pela promoção da “afetividade e apoio na correção dos maus comportamentos infantis”.
 
Noutro plano, a investigadora preconiza, designadamente, a existência de “planos de apoio aos jovens adultos que incluam a alimentação” e que não se centrem “exclusivamente na prevenção do consumo de substâncias psicoativas ou de outros consumos e comportamentos de risco”.

Fonte: ESEnfC (press release)

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