Défice de vitamina K associada a incapacidade em idosos
Os adultos de idade mais avançada com níveis reduzidos de vitamina K circulante poderão apresentar um maior risco de limitações e de incapacidade de mobilidade, concluiu um estudo publicado no The Journals of Gerontology: Series A.
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A vitamina K circulante reflete a quantidade dessa vitamina na alimentação seguida. As melhores fontes de vitamina K são as folhosas verdes como o espinafre, os brócolos e a couve kale, e ainda alguns produtos láteos.
Uma chávena de espinafre cru oferece 181 por cento da dose diária recomendada de vitamina K a um adulto e metade de uma chávena de brócolos cozidos contém 138 por cento.
Para o estudo, que foi liderado por investigadores da Universidade Tuffs, nos Estados Unidos, foram analisados dados de 635 homens e 688 mulheres com idades compreendidas entre os 70 e os 79 anos de idade.
A mobilidade dos participantes foi avaliada a cada seis meses, durante um período de seis a dez anos, através de consultas clínicas e entrevistas por via telefónica.
Os investigadores consideraram como limitações na mobilidade dois relatos semestrais, consecutivos, de qualquer nível de dificuldade em caminhar 400 metros ou subir dez degraus sem descansar.
A incapacidade de mobilidade foi definida como dois relatos semestrais consecutivos de muita dificuldade ou incapacidade de caminhar a mesma distância ou subir a mesma quantidade.
Foi apurado que os adultos mais velhos com níveis reduzidos de vitamina K circulante (filoquinona) eram quase 1,5 vezes mais propensos a desenvolverem limitações na mobilidade e quase o dobro da possibilidade de desenvolverem incapacidade de mobilidade, em comparação com os que registavam níveis suficientes.
“O estado de pouca vitamina K tem sido associado ao desenvolvimento de doenças crónicas que conduzem à incapacidade, mas o trabalho para perceber esta ligação está ainda nos primórdios. Desenvolvemos aqui estudos anteriores que descobriram que os níveis reduzidos de vitamina K estão associados a um ritmo mais lento e um maior risco de osteoartrite”, concluiu Kyla Shea, primeira autora do estudo.