Álcool isopropílico + Etanol

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento
O que é
É um desinfectante alcoólico da pele (solução cutânea).
Usos comuns
Indicado para desinfecção pré-cirúrgica da pele, desinfecção em caso de biópsias, punções, recolha de amostras sanguíneas, injecções e cateterizações.
Tipo
Sem informação.
Indicações
Indicado para desinfecção pré-cirúrgica da pele, desinfecção em caso de biópsias, punções, recolha de amostras sanguíneas, injecções e cateterizações.
Classificação CFT

13.1.1 : anti-sépticos e desinfectantes

Mecanismo de ação
As substâncias activas, os álcoois Etanol e Álcool isopropílico, são ambos inibitórios e letais para as bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, incluindo micobactérias.

São também potentes agentes virucidas e fungicidas mas não asseguram actividade esporicida.

O efeito antimicrobiano dos álcoois resulta da rápida coagulação das proteínas.

A influência do sangue, proteínas, soro ou outras substâncias orgânicas na sua actividade, é negligenciável.

Os álcoois Etanol e Álcool isopropílico, tanto individualmente como em conjunto, praticamente não apresentam actividade antimicrobiana sem a adição de água.

Dependendo da sua concentração e do tipo de combinação, exercem um efeito óptimo em concentrações entre 75 e 90%.
Posologia orientativa
Durante o período de aplicação, a pele deve permanecer molhada com a solução não diluída.

Aplicar a solução, não diluída, na zona a ser desinfectada e espalhar com uma compressa esterilizada.

Molhar completamente a zona da pele a ser tratada e em seguida deixar que esta seque de acordo com o tempo de exposição aconselhado.

A restante solução deverá ser mantida fechada no seu acondicionamento.

O período mínimo de aplicação em zonas com baixa concentração de glândulas sebáceas é de 15 segundos (para injecções e punções).

No caso de punção de articulações ou do canal raquidiano, o período mínimo de aplicação é de 1 minuto (se necessário, repetir a aplicação).

Em zonas com elevada concentração de glândulas sebáceas (ex. cabeça, na área por cima da zona superior do esterno e na área entre as omoplatas), o período de aplicação deverá ser de 10 minutos (com aplicações repetidas).

A eficácia contra rotavírus é alcançada em teste de suspensão num minuto.

A eficácia contra o poliovírus é alcançada em 5 minutos.
Administração
Uso cutâneo.
Contraindicações
Não utilize:
– se tem alergia (hipersensibilidade) ao Etanol ou Álcool isopropílico.
Devido à maior sensibilidade apresentada, esta solução não deverá ser utilizada no caso de prematuros. Caso seja necessária a sua utilização, aconselha-se a secagem da pele imediatamente a seguir à aplicação.
Efeitos indesejáveis/adversos
Muito raramente, podem ocorrer reacções de hipersensibilidade cutânea (ex. reacções de alergia por contacto).

São pouco frequentes os casos de sintomas de irritação local induzida pelo álcool (ex. prurido, rubor, especialmente após aplicações frequentes do medicamento).

Em estações com baixa humidade (especialmente no verão), podem ocorrer, com pouca frequência, sintomas de pele seca.

Nestes casos, recomenda-se a aplicação de um creme hidratante.

Se sentir quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados aqui, fale com um Médico ou Farmacêutico.
Advertências
Gravidez
Gravidez:
Gravidez:Pode ser usado, de acordo com as recomendações preconizadas, na desinfeção da pele durante a gravidez.
Aleitamento
Aleitamento:
Aleitamento:Pode ser usado, de acordo com as recomendações preconizadas, na desinfeção da pele durante a lactação.
Precauções gerais
Em recém-nascidos e bebés, apenas poderá ser utilizado sob supervisão médica, devido à sensibilidade e reduzida função de barreira da pele neonatal.

Está descrito que os álcoois podem causar queimaduras dérmicas graves em recém-nascidos, podendo também ser absorvidos transdermicamente.

Esta solução é facilmente inflamável (Ponto de inflamação: 12ºC-14ºC quando em contacto com fonte de ignição).

Isto significa que a temperaturas superiores a 12-14ºC, pode ser incendiado por faíscas, cigarros acesos, chamas ou outras fontes de ignição.

Manter afastada de fontes de ignição.

Não fumar! Em caso de derrame acidental, deve ter-se particular atenção ao risco de ignição.

Absorver com material absorvente inerte ou diluir com água em abundância.

Assegurar ventilação adequada e ter atenção às regras antiexplosão.

Apenas para uso externo.

Não ingerir.

Não aplicar em pele lesada, nos olhos ou em mucosas.

As soluções alcoólicas podem causar irritação dérmica quando usadas sob condições oclusivas prolongadas, se a solução não tiver secado.

Se a solução for usada numa zona que fique coberta pelo corpo ou, por ex., sob uma ligadura ou torniquete, podem ocorrer queimaduras dérmicas.

De forma a evitar possíveis irritações dérmicas, é necessário deixar secar a solução na pele.

Devem ser evitadas condições oclusivas.

Devem tomar-se precauções para evitar a acumulação da solução debaixo do doente.

Antes de se utilizar equipamento elétrico, deixar a solução secar completamente na pele.

Não utilizar mais do que 50 ml/m2.
Cuidados com a dieta
Não aplicável.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligue para o Centro de Intoxicações.

Sintomas
Sendo uma solução cutânea de aplicação local, desde que usada de acordo com as recomendações, não é expectável a ocorrência de sobredosagem.

O excesso de solução pode ser absorvida com compressas estéreis e depois deixar secar.

Devem tomar-se precauções para evitar a acumulação da solução debaixo do doente.

Algumas utilizações incorrectas acidentais são:
– ingestão oral com possível consequente envenenamento alcoólico agudo. Embora não haja notificações de casos reais de ingestão oral, prevê-se que no caso de ingestão inadvertida, os álcoois desta associação (Etanol e Álcool isopropílico) sejam rapidamente absorvidos. Um volume de 100 ml contém no total cerca de 70 g de álcoois, comparável a 200 ml de uma bebida alcoólica a 35%.

Dependendo da quantidade de produto ingerida, o Doente pode vir a sofrer de envenenamento alcoólico agudo.

Alguns sintomas comuns de envenenamento alcoólico são:
– frio, palidez ou cianose (pele azulada)
– vómitos
– inconsciência ou semi-inconsciência
– respiração lenta e fraca (8 movimentos respiratórios por minuto ou menos)
Procurar assistência médica imediata devido ao risco de morte por paragem respiratória ou aspiração de vómito.

– contacto com os olhos, com risco de irritação ocular grave. Tanto o Etanol como o Álcool isopropílico são irritantes para os olhos. Se entrar em contacto com a vista, o doente sentirá imediatamente uma dor ardente no local de contacto.

Tratamento de emergência e antídotos
Ingestão oral:
Nos primeiros minutos após a ingestão, eliminar os álcoois não absorvidos através de lavagem gástrica ou por indução do vómito (apenas sob vigilância médica!).

Devido à rápida absorção do álcool através da mucosa intestinal, esta medida tem valor limitado se efectuada numa fase mais tardia.

Em casos de envenenamento grave, é essencial assegurar suporte respiratório através de condicionamento das vias aéreas e ventilação mecânica.

A hipotermia tem que ser prevenida.

Após estabilização do Doente, as medidas terapêuticas prioritárias incluem hidratação com fluidos intravenosos, controlo sintomático das náuseas e vómitos, e correcção do equilíbrio electrolítico, tal como hipomagnesiémia e hipocaliémia.

Pode ser necessário recorrer a hemodiálise para destoxificação em caso de concentrações sanguíneas de álcool muito elevadas e quando em perigo de vida.

Contacto ocular:
No caso de contacto inadvertido com os olhos, a lavagem imediata dos olhos é o método de eleição.

O olho aberto, bem como o interior das pálpebras, devem ser lavados imediatamente com água em abundância, durante vários minutos.

Caso a irritação ocular persista, deve ser procurada assistência médica.
Terapêutica interrompida
Não aplicável.
Cuidados no armazenamento
Manter o recipiente bem fechado.
Conservar a uma temperatura ambiente, inferior a 25ºC, afastado de fonte de ignição.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e tolerância bacteriológica
Sem informação.
Informação revista e atualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 25 de Março de 2024