Ácido para-aminossalicílico
O que é
Ácido 4-amino-salicílico, vulgarmente conhecido como o PAS, é um antibiótico utilizado para tratar a tuberculose.
Este composto orgânico também tem sido utilizada desde a década de 1940 para o tratamento de doenças inflamatórias do intestino (IBD), onde ele tem mostrado maior potência no ulcerativa colite e doença de Crohn.
Acredita-se que actua via NF-kB (factor nuclear kappa B) por inibição e eliminação de radicais livres.
O ácido 5-aminossalicílico, vendido sob o nome de mesalazina, é um composto intimamente relacionado, que também tem utilizações médicas.
Este composto orgânico também tem sido utilizada desde a década de 1940 para o tratamento de doenças inflamatórias do intestino (IBD), onde ele tem mostrado maior potência no ulcerativa colite e doença de Crohn.
Acredita-se que actua via NF-kB (factor nuclear kappa B) por inibição e eliminação de radicais livres.
O ácido 5-aminossalicílico, vendido sob o nome de mesalazina, é um composto intimamente relacionado, que também tem utilizações médicas.
Usos comuns
O ácido para-aminosalicílico é usado em associação com outros fármacos no tratamento da tuberculose multirresistente.
Tipo
Molécula pequena.
Indicações
O ácido para-aminosalicílico é usado em associação com outros fármacos no tratamento da tuberculose multirresistente.
Classificação CFT
1.1.12 : Antituberculosos
Mecanismo de ação
O mecanismo de acção do ácido para-aminosalicílico assemelha-se ao das sulfonamidas, competindo com o ácido paraminobenzóico (PABA) pela dihidropteroato sintetase (DHPS), uma enzima chave na biossíntese dos folatos.
No entanto, ao contrário das sulfonamidas, o ácido para-aminosalicílico aparenta ser um fraco inibidor da DHPS in vitro, levantando a possibilidade de que possa ter um alvo diferente.
O ácido para-aminosalicílico é sujeito a um processo de acetilação a nível hepático, que o converte em metabólitos inactivos, sendo os principais os ácidos N-acetil-p-aminosalicílico e o para-aminosalicilúrico, desprovidos de actividade bacteriostática.
A semi-vida plasmática deste agente é de cerca de 1 hora, não sendo as suas concentrações substancialmente alteradas por disfunção renal ou hepática.
Os seus metabólicos apresentam uma maior sobrevida podendo ser prolongada em caso de insuficiência renal.
No entanto, ao contrário das sulfonamidas, o ácido para-aminosalicílico aparenta ser um fraco inibidor da DHPS in vitro, levantando a possibilidade de que possa ter um alvo diferente.
O ácido para-aminosalicílico é sujeito a um processo de acetilação a nível hepático, que o converte em metabólitos inactivos, sendo os principais os ácidos N-acetil-p-aminosalicílico e o para-aminosalicilúrico, desprovidos de actividade bacteriostática.
A semi-vida plasmática deste agente é de cerca de 1 hora, não sendo as suas concentrações substancialmente alteradas por disfunção renal ou hepática.
Os seus metabólicos apresentam uma maior sobrevida podendo ser prolongada em caso de insuficiência renal.
Posologia orientativa
A dose diária recomendada é de 8 a 12 g nos adultos e de 150 mg/kg nas crianças, divididos em duas a três tomas diárias.
Estas dosagens permitem atingir concentrações plasmáticas cerca de 40 a 100 vezes superiores à concentração inibitória mínima (CIM: 1 μg/ml) para a maioria das estirpes de M.Tuberculosis, incluindo algumas multi-resistentes, sendo em todo o caso superior noutra ordem de grandeza à CMI de estirpes multirresistentes mais agressivas (CIM: 4-8 μg/ml).
Estas dosagens permitem atingir concentrações plasmáticas cerca de 40 a 100 vezes superiores à concentração inibitória mínima (CIM: 1 μg/ml) para a maioria das estirpes de M.Tuberculosis, incluindo algumas multi-resistentes, sendo em todo o caso superior noutra ordem de grandeza à CMI de estirpes multirresistentes mais agressivas (CIM: 4-8 μg/ml).
Administração
Os comprimidos revestidos de ácido para-aminosalicílico são administrados por via oral.
O ácido para-aminosalicílico pode ser administrado com alimentos.
O ácido para-aminosalicílico pode ser administrado com alimentos.
Contraindicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.
Hipersensibilidade a produtos derivados do ácido salicílico.
Insuficiência renal grave.
Hipersensibilidade a produtos derivados do ácido salicílico.
Insuficiência renal grave.
Efeitos indesejáveis/adversos
Doenças gastrointestinais:
– Tonturas: Frequente;
– Náuseas e vómitos: Frequente;
– Dor abdominal, diarreia: Frequente;
– Anorexia, emagrecimento: Pouco frequente;
– Síndrome de mal-absorção: Raro;
– Úlcera péptica, hemorragia digestiva: Raro.
A reacção adversa do ácido para-aminosalicílico mais frequente é do foro gastrointestinal (cerca de 11%), maioritariamente na forma de náuseas e vómitos ou diarreia.
Estas são habitualmente pouco graves e cessam com a interrupção da administração do medicamento.
Existem alguns casos descritos na literatura que indicam que o ácido para-aminosalicílico pode ter um efeito na absorção intestinal do qual resulta um emagrecimento, diminuição do colesterol e do ácido fólico séricos, e esteatorreia.
Também foi descrita uma interferência do ácido para-aminosalicílico com a absorção da vitamina B12, o que leva à precaução de administrar suplemento vitamínico em doentes sob terapia prolongada com ácido para-aminosalicílico.
Afecções hepatobiliares:
Hepatoxicidade: Rara.
Uma taxa de mortalidade de até 0,21% por hepatotoxicidade ocorreu em pacientes que continuaram sob terapêutica com ácido para-aminosalicílico após aparecimento de sinais de hepatite, habitualmente na quarta semana de tratamento.
Pode existir elevação das transaminases mesmo na ausência de icterícia, pelo que o ácido para-aminosalicílico deve ser descontinuado assim que surgir disfunção hepática, já que este processo de toxicidade hepática pode progredir até causar a morte.
Uma monitorização apertada dos valores das provas hepáticas deve, assim, ser programada.
Cardiopatias:
– Insuficiência cardíaca congestiva: Raro;
– Miocardite, pericardite: Muito raro.
O aporte extra de sódio do ácido para-aminosalicílico pode fazer descompensar uma insuficiência cardíaca pré-existente, com retenção hidrossalina importante, pelo que se aconselha que este fármaco seja administrado com precaução a estes doentes, com monitorização clínica frequente.
Casos isolados de estudos relatam episódios de miocardite e pericardite em doentes sob terapêutica com ácido para-aminosalicílico para Tuberculose pulmonar activa.
Embora a relação causal mereça melhor esclarecimento, atendendo à gravidade dos episódios relatados, opta-se por incluir nos efeitos adversos.
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
– Rash cutâneo: Frequente;
– Dermatite exfoliativa: Muito raro.
Cerca de 5% dos adultos que receberam ácido para-aminosalicílico apresentaram rashes cutâneos.
Este efeito surge normalmente entre a segunda e sexta semana de tratamento.
Os rashes são maioritariamente do género macular ou morbiliforme e estão frequentemente associados a febre.
Quando se conjugam com linfadenopatias ou esplenomegalia, mimetizam uma mononucleose infecciosa.
Os casos de dermatite exfoliativa podem ser severos.
Doenças endócrinas:
– Hipoglicémia: Muito raro;
– Hipotiroidismo: Raro.
Em doentes diabéticos sob ácido para-aminosalicílico foram relatados casos raros de hipoglicémias que não se resolveram após remoção de antidiabéticos usuais, mas só após descontinuação do ácido para-aminosalicílico.
A administração prolongada do ácido para-aminosalicílico está associada a inibição da síntese de tiroxina, induzindo hipotiroidismo.
Este efeito pode ser prevenido pela administração desta hormona durante o tratamento.
Doenças do sangue e sistema linfático:
– Agranulocitose: Muito raro;
– Metahemoglobinémia: Muito raro;
– Trombocitopenia, Púrpura trombocitopénica: Muito raro.
Casos isolados na literatura relatam episódios de agranulocitose e metahemoglobinémia.
Acredita-se que o mecanismo de indução de trombocitopenia seja do tipo de reacção de hipersensibilidade, mas não está completamente esclarecido.
Os casos de Púrpura trombocitopénica resultam duma reacção de hipersensibilidade com formação de um anticorpo dirigido ao metabólito acetilado e não ao composto em si.
Doenças do sistema nervoso:
– Psicose, nervite óptica: Muito raro.
Doenças renais e urinárias:
– Cristalúria: Muito raro;
– Alteração da coloração da urina: Muito raro.
A cristalúria pode ser prevenida pela administração de salicilato de sódio ou mantendo a urina com pH alcalino ou neutro.
O ácido para-aminosalicílico pode provocar alteração da coloração da urina para um tom escuro.
– Tonturas: Frequente;
– Náuseas e vómitos: Frequente;
– Dor abdominal, diarreia: Frequente;
– Anorexia, emagrecimento: Pouco frequente;
– Síndrome de mal-absorção: Raro;
– Úlcera péptica, hemorragia digestiva: Raro.
A reacção adversa do ácido para-aminosalicílico mais frequente é do foro gastrointestinal (cerca de 11%), maioritariamente na forma de náuseas e vómitos ou diarreia.
Estas são habitualmente pouco graves e cessam com a interrupção da administração do medicamento.
Existem alguns casos descritos na literatura que indicam que o ácido para-aminosalicílico pode ter um efeito na absorção intestinal do qual resulta um emagrecimento, diminuição do colesterol e do ácido fólico séricos, e esteatorreia.
Também foi descrita uma interferência do ácido para-aminosalicílico com a absorção da vitamina B12, o que leva à precaução de administrar suplemento vitamínico em doentes sob terapia prolongada com ácido para-aminosalicílico.
Afecções hepatobiliares:
Hepatoxicidade: Rara.
Uma taxa de mortalidade de até 0,21% por hepatotoxicidade ocorreu em pacientes que continuaram sob terapêutica com ácido para-aminosalicílico após aparecimento de sinais de hepatite, habitualmente na quarta semana de tratamento.
Pode existir elevação das transaminases mesmo na ausência de icterícia, pelo que o ácido para-aminosalicílico deve ser descontinuado assim que surgir disfunção hepática, já que este processo de toxicidade hepática pode progredir até causar a morte.
Uma monitorização apertada dos valores das provas hepáticas deve, assim, ser programada.
Cardiopatias:
– Insuficiência cardíaca congestiva: Raro;
– Miocardite, pericardite: Muito raro.
O aporte extra de sódio do ácido para-aminosalicílico pode fazer descompensar uma insuficiência cardíaca pré-existente, com retenção hidrossalina importante, pelo que se aconselha que este fármaco seja administrado com precaução a estes doentes, com monitorização clínica frequente.
Casos isolados de estudos relatam episódios de miocardite e pericardite em doentes sob terapêutica com ácido para-aminosalicílico para Tuberculose pulmonar activa.
Embora a relação causal mereça melhor esclarecimento, atendendo à gravidade dos episódios relatados, opta-se por incluir nos efeitos adversos.
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
– Rash cutâneo: Frequente;
– Dermatite exfoliativa: Muito raro.
Cerca de 5% dos adultos que receberam ácido para-aminosalicílico apresentaram rashes cutâneos.
Este efeito surge normalmente entre a segunda e sexta semana de tratamento.
Os rashes são maioritariamente do género macular ou morbiliforme e estão frequentemente associados a febre.
Quando se conjugam com linfadenopatias ou esplenomegalia, mimetizam uma mononucleose infecciosa.
Os casos de dermatite exfoliativa podem ser severos.
Doenças endócrinas:
– Hipoglicémia: Muito raro;
– Hipotiroidismo: Raro.
Em doentes diabéticos sob ácido para-aminosalicílico foram relatados casos raros de hipoglicémias que não se resolveram após remoção de antidiabéticos usuais, mas só após descontinuação do ácido para-aminosalicílico.
A administração prolongada do ácido para-aminosalicílico está associada a inibição da síntese de tiroxina, induzindo hipotiroidismo.
Este efeito pode ser prevenido pela administração desta hormona durante o tratamento.
Doenças do sangue e sistema linfático:
– Agranulocitose: Muito raro;
– Metahemoglobinémia: Muito raro;
– Trombocitopenia, Púrpura trombocitopénica: Muito raro.
Casos isolados na literatura relatam episódios de agranulocitose e metahemoglobinémia.
Acredita-se que o mecanismo de indução de trombocitopenia seja do tipo de reacção de hipersensibilidade, mas não está completamente esclarecido.
Os casos de Púrpura trombocitopénica resultam duma reacção de hipersensibilidade com formação de um anticorpo dirigido ao metabólito acetilado e não ao composto em si.
Doenças do sistema nervoso:
– Psicose, nervite óptica: Muito raro.
Doenças renais e urinárias:
– Cristalúria: Muito raro;
– Alteração da coloração da urina: Muito raro.
A cristalúria pode ser prevenida pela administração de salicilato de sódio ou mantendo a urina com pH alcalino ou neutro.
O ácido para-aminosalicílico pode provocar alteração da coloração da urina para um tom escuro.
Advertências
Insuf. Renal:Reduzir posologia; não recomendado na IR grave.
Gravidez:Se está grávida não deve tomar este medicamento.
Aleitamento:O médico deverá avaliar uma alternativa a este medicamento ou descontinuar a amamentação.
Precauções gerais
– Insuficiência hepática ou doença hepática activa.
– Úlcera péptica.
– Insuficiência renal.
– Insuficiência cardíaca congestiva.
– Kwashiorkor.
Os doentes devem ser monitorizados cuidadosamente nos primeiros três meses de tratamento com avaliação clínica e laboratorial.
Os pacientes devem ser aconselhados a descontinuar o fármaco aos primeiros sinais de hipersensibilidade.
A dessensibilização pode ser uma forma de contornar a toxicidade do ácido para-aminosalicílico.
Os doentes com doença hepática podem não tolerar tão bem este fármaco, embora se reconheça que o metabolismo hepático do fármaco nestes doentes é comparável ao de indivíduos sem patologia hepática.
Na insuficiência renal grave ocorre acumulação de ácido para amino-salicílico e dos seus metabólitos.
– Úlcera péptica.
– Insuficiência renal.
– Insuficiência cardíaca congestiva.
– Kwashiorkor.
Os doentes devem ser monitorizados cuidadosamente nos primeiros três meses de tratamento com avaliação clínica e laboratorial.
Os pacientes devem ser aconselhados a descontinuar o fármaco aos primeiros sinais de hipersensibilidade.
A dessensibilização pode ser uma forma de contornar a toxicidade do ácido para-aminosalicílico.
Os doentes com doença hepática podem não tolerar tão bem este fármaco, embora se reconheça que o metabolismo hepático do fármaco nestes doentes é comparável ao de indivíduos sem patologia hepática.
Na insuficiência renal grave ocorre acumulação de ácido para amino-salicílico e dos seus metabólitos.
Cuidados com a dieta
O ácido para-aminosalicílico pode ser administrado com os alimentos.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligar para o Centro de intoxicações.
Terapêutica interrompida
Caso se tenha esquecido de tomar uma dose tome-a assim que se lembrar, contudo se a altura da próxima toma estiver próxima não tome a dose esquecida.
Não tome uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de tomar.
Não tome uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de tomar.
Cuidados no armazenamento
Conservar no frigorífico (2ºC - 8ºC). Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.
Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e tolerância bacteriológica
Sem informação.
Ácido para-aminossalicílico + Probenecida
Observações: n.d.Interacções: A probenecida parece induzir ao aumento das concentrações plasmáticas do ácido aminosalicilico, todavia este efeito não se encontra comprovado. - Probenecida
Ácido para-aminossalicílico + Digoxina
Observações: n.d.Interacções: O ácido para-aminosalicílico pode diminuir a absorção gastrointestinal da digoxina, aparentemente por inibir a função de absorção das células intestinais. Doentes sob esta terapia concomitante devem ser sujeitos a monitorização dos valores séricos de digoxina. - Digoxina
Ácido para-aminossalicílico + Etionamida
Observações: n.d.Interacções: A co-administração de ácido para-aminosalicílico e etionamida pode intensificar os efeitos adversos do ácido para-aminosalicílico, maioritariamente os gastrointestinais incluindo icterícia, hepatite, náuseas, vómitos, diarreia, dor abdominal ou anorexia. Estes doentes devem ser monitorizados quanto a estes efeitos e esta associação medicamentosa só deve ser efectuada em doentes com valores basais de provas hepáticas normais, com controlo regular dos mesmos. A etionamida deve ser retirada se estes efeitos surgirem de forma significativa. - Etionamida
Ácido para-aminossalicílico + Difenidramina
Observações: n.d.Interacções: Este fármaco diminui a absorção gastrointestinal do ácido para-aminosalicílico, não devendo, por isso, ser administrado concomitantemente. - Difenidramina
Ácido para-aminossalicílico + Anti-retrovirais
Observações: n.d.Interacções: Estudos efectuados em doentes com infecção pelo HIV a tomar antiretrovirais não revelaram interacção medicamentosa relevante entre estes e o ácido para-aminosalicílico. - Anti-retrovirais
Informação revista e atualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 23 de Setembro de 2024