Vacina viva contra o sarampo

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento
O que é
É uma Vacina indicada para imunização contra o sarampo e prevenção de suas complicações.

A Vacina é preparada com vírus da cepa Schwarz, os quais derivam da cepa Edmonston A, atenuados por múltiplas passagens em culturas de células de embrião de galinha.

O sarampo é uma patologia infecciosa aguda, de contagiosidade elevada, causada por um Paramixovirus (RNA vírus).

O risco de complicações graves do sarampo é maior em crianças jovens e adultos.

Em alguns países em desenvolvimento o sarampo constitui uma das principais causas de mortalidade infantil.

As complicações da doença podem variar desde diarreia, desnutrição e acometimento do tracto respiratório resultando em otites, sinusites ou pneumonias, até alterações do sistema nervoso central, incluindo a encefalite que em alguns casos deixa sequelas neurológicas e a panencefalite esclerosante subaguda que evolui para a morte.

Não há registro de efeitos causados pela vacinação contra o sarampo em indivíduos que já apresentam imunidade.

Também não há evidências de que a vacinação em indivíduos que estejam incubando a doença possa ser prejudicial.

Pelo contrário, uma vez que os anticorpos contra o sarampo induzidos pela Vacina desenvolvem-se mais rapidamente do que aqueles resultantes da infecção natural, pode ser utilizada para proteger contactos susceptíveis durante um surto de sarampo.

Entretanto, nestas circunstâncias, a vacina deve ser administrada dentro de um período de 72 horas após o contágio.

Também não há evidência de que ocorra transmissão do vírus do sarampo, de pessoas imunizadas para contactos susceptíveis.

Em países onde a incidência e a mortalidade do sarampo são elevadas no primeiro ano de vida, recomenda-se imunização tão logo seja possível, a partir dos 9 meses de idade.

A imunização contra o sarampo é particularmente importante para crianças institucionalizadas, crianças desnutridas ou indivíduos com doenças crónicas como doenças cardíacas, fibrose cística, asma, tuberculose ou outras doenças crónicas pulmonares.

A actividade imunogénica da Vacina inicia-se 7 a 10 dias após sua aplicação.

A imunidade é obtida em cerca de 85-95% dos casos e permanece por no mínimo 18 anos.
Usos comuns
É uma Vacina utilizada na prevenção do sarampo em crianças a partir de 9 meses de idade.

O sarampo é uma doença altamente contagiosa, causada por um Paramyxovirus e transmitida por via aérea através de gotículas respiratórias e aerossóis.

O objectivo da Vacina é evitar o sarampo e as complicações que podem decorrer da doença como: pneumonia, infecção de ouvido, sinusite, diarreia, convulsões, dano cerebral e morte.

A Vacina age estimulando o organismo a produzir sua própria protecção (anticorpos) contra a doença.

O efeito protector da Vacina aparece 7 a 10 dias após sua aplicação e persiste por no mínimo 18 anos.
Tipo
Sem informação.
História
No Hospital Infantil de Boston, o Dr. Thomas C.Peebles trabalhou com o colega Dr. John Franklin Enders, conhecido como "O Pai das vacinas modernas", que ganhou o Prémio Nobel em 1954 por sua pesquisa sobre o cultivo do vírus da poliomielite que levou ao desenvolvimento de uma vacina para a doença.

Ao estudar o sarampo, Peebles foi enviado para uma escola onde um surto da doença estava em curso e foi capaz de isolar o vírus a partir de algumas das amostras de sangue e swabs de garganta que havia colhido dos estudantes.

Mesmo depois de Enders o ter tirado da equipa de estudo, Peebles foi capaz de cultivar o vírus e mostrar que a doença pode ser transmitida aos macacos inoculados com o material que ele havia coletado.

Enders foi capaz de utilizar o vírus cultivado para desenvolver uma Vacina contra o sarampo em 1963 com base no material isolado por Peebles.

No final dos anos 1950 e início dos anos 1960, quase o dobro de crianças morreram de sarampo, comparando com a poliomielite. A Vacina desenvolvida por Enders baseou-se na versão de Edmonston atenuada viva contra o sarampo, aluno a partir do qual Peebles tinha tomado a cultura que levou ao cultivo do vírus".

O Dr. Maurice Hilleman da Merck & Co., empresa pioneira no desenvolvimento de vacinas, desenvolveu a Vacina MMR em 1971, que trata o sarampo, papeira e rubéola numa única toma seguida de um reforço.
Indicações
Prevenção do sarampo em crianças susceptíveis a partir dos 9 meses de idade.
Classificação CFT

18.1 : Vacinas (simples e conjugadas)

Mecanismo De Acção
Sem informação.
Posologia Orientativa
A administração da Vacina deve ser feita por via subcutânea ou intramuscular. Não utilizar a via intravascular ou intradérmica.

A Vacina é apresentada na forma liofilizada e quando reconstituída adquire uma cor que pode variar do amarelo ao vermelho-púrpuro límpido.

A Vacina reconstituída deve ser usada imediatamente.

Recomenda-se administrar a primeira dose da vacina aos 9 meses de idade.
Administração
Deve ser administrada por via subcutânea ou intramuscular.

Não utilize a vacina por via intravascular ou intradérmica.

A Vacina é apresentada sob a forma de pó.

Quando reconstituída com o diluente, adquire uma cor que pode variar do amarelo ao vermelho-púrpura límpido.

Após a reconstituição, a vacina deve ser aplicada imediatamente.
Contra-Indicações
As contra-indicações usuais para todas as vacinas: em caso de febre, doença aguda ou doença crónica progressiva, é preferível adiar a vacinação.

A utilização da Vacina está contra-indicada na gravidez. Além disso, recomenda-se não engravidar nos 3 meses seguintes à vacinação.

A presença de algumas doenças pode afectar a utilização da Vacina. Avise o Médico se a sua criança estiver com alguma doença grave ou febre, pois os sintomas da doença podem ser confundidos com possíveis efeitos colaterais da Vacina.

Se a sua criança tiver alguma doença crónica, condição de imunodeficiência ou se houver histórico de imunodeficiência em sua família, pode haver maior probabilidade de ocorrência de efeitos colaterais decorrentes da vacinação ou diminuição da eficácia da Vacina.

É importante que o Médico saiba se a sua criança tem ou já teve alguma doença do sistema nervoso central, como epilepsia, convulsões (inclusive febris) ou espasmos, pois nestas situações existe maior propensão da criança para desenvolver convulsões após a administração da Vacina.

Notifique também o Médico, antes de usar a Vacina contra o sarampo, se houver necessidade de ser realizada transfusão sanguínea, tratamento com globulinas, outros derivados sanguíneos ou testes tuberculínicos. Febre baixa, diarreia ou infecções respiratórias leves e outras doenças de menor gravidade não devem ser consideradas contra-indicação para imunização.

Não se recomenda o uso desta vacina em crianças abaixo de 9 meses de idade, uma vez que os anticorpos contra sarampo que a criança recebeu da mãe, antes do nascimento, podem interferir na resposta imunológica à vacina.

No nosso meio, actualmente recomenda-se duas doses da vacina contra sarampo, a primeira aos 9 meses de idade e a segunda aos 15 meses de idade. Pode ser administrado em adultos e idosos susceptíveis e/ou naqueles que não receberam a vacina contra o sarampo na infância. Nestas faixas etárias, não são esperados problemas ou efeitos colaterais diferentes dos que ocorrem em crianças.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Procure imediatamente atendimento médico caso ocorra alguma das seguintes manifestações: dificuldade em respirar ou engolir; erupção na pele e comichão; vermelhidão na pele; inchaço nos olhos, na face ou na parte interna do nariz; cansaço ou fraqueza repentinos e muito intensos (hipotensão).

Consulte também o médico imediatamente se sua criança apresentar convulsões, confusão mental, febre alta (acima de 39,4ºC), dor de cabeça intensa e contínua, irritabilidade ou sonolência incomum, vómito, rigidez da nuca e/ou visão dupla.

Outros sintomas menos graves e que normalmente não necessitam de atendimento médico podem surgir, tais como: febre baixa ou moderada (entre 37,7ºC e 39,4ºC), erupção na pele semelhante ao sarampo, inchaço dos gânglios linfáticos, sensação de queimadura ou ferroadas, endurecimento e/ou prurido no local da injecção.

Ocasionalmente podem surgir alterações gástricas leves ou manifestações de rinofaringite.

A febre e/ou a erupção na pele geralmente surgem entre o 5º e 12º dias depois da vacinação e duram de 1 a 2 dias.

Avise o Médico da ocorrência destas reacções ou de quaisquer outros sintomas desagradáveis e não deixe de solicitar esclarecimentos caso tenha qualquer dúvida.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:Contra-indicado durante a gravidez. Evite a gravidez por 3 meses após a vacinação.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Evitar durante a amamentação. Não há dados. Somente se os benefícios superarem o risco potencial.
Precauções Gerais
Embora certos medicamentos não devam ser usados concomitantemente com vacinas, há casos onde os mesmos podem ser administrados simultaneamente sem problemas.

É importante que informe o Médico se sua criança está usando outros medicamentos, particularmente medicamentos para o tratamento do cancro, corticosteróides, imunossupressores, derivados sanguíneos ou fazendo radioterapia, pois talvez ele tenha que alterar a prescrição ou orientá-lo sobre outras precauções.

Informe o médico se a sua criança já teve alguma reacção alérgica à Vacina contra sarampo, à neomicina, ou a qualquer outro medicamento ou substância.

Avise também se a criança é alérgica ao ovo, pois os vírus contidos na vacina são cultivados em embrião de galinha.
Cuidados com a Dieta
Não aplicável.
Terapêutica Interrompida
Contacte o médico se não fizer uma dose de reforço.
Certifique-se que completa o esquema de vacinação.
Caso contrário poderá não ficar completamente protegida contra as doenças.
Cuidados no Armazenamento
Deve ser armazenada e transportada entre + 2ºC e + 8ºC.
Esta vacina é armazenada em meio hospitalar.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Imunoglobulina humana contra a hepatite B Vacina viva contra o sarampo

Observações: n.d.
Interacções: A administração de imunoglobulinas pode diminuir a eficácia de vacinas de vírus vivos atenuados, tais como as vacinas contra o sarampo, rubéola, papeira e varicela, durante um período de tempo até três meses. A imunoglobulina humana contra a hepatite B deve ser administrada, no mínimo, três a quatro semanas após a vacinação com uma destas vacinas vivas atenuadas; caso seja essencial a administração da imunoglobulina humana contra a hepatite B no espaço de três ou quatro semanas após a vacinação, deverá então efectuar-se uma nova vacinação três meses após a administração da imunoglobulina humana contra a hepatite B. - Vacina viva contra o sarampo
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Imunoglobulina humana contra o citomegalovírus Vacina viva contra o sarampo

Observações: Vacinas virais vivas atenuadas: A administração de imunoglobulinas pode reduzir, durante um período de pelo menos 6 semanas até 3 meses, a eficácia das vacinas de vírus vivos atenuados, tais como as do sarampo, rubéola, parotidite e varicela. Após a administração de Imunoglobulina humana contra o citomegalovírus, deve decorrer um intervalo de 3 meses antes de uma vacinação com vacinas de vírus vivos atenuados. No caso do sarampo, esta interferência pode persistir durante um ano. Assim, os doentes que recebem a vacina do sarampo devem verificar o seu título de anticorpos. Interferência com os testes serológicos: Após a injeção de imunoglobulina, o aumento transitório dos vários anticorpos transferidos passivamente no sangue dos doentes pode resultar em resultados positivos enganadores nos testes serológicos. A transmissão passiva de anticorpos contra os antigénios eritrocitários, por ex., A, B, D pode interferir com alguns testes serológicos de alo–anticorpos de glóbulos vermelhos (por ex., o teste de Coombs), contagem de reticulócitos e haptoglobina.
Interacções: A administração de imunoglobulinas pode reduzir, durante um período de pelo menos 6 semanas até 3 meses, a eficácia das vacinas de vírus vivos atenuados, tais como as do sarampo, rubéola, parotidite e varicela. Após a administração de Imunoglobulina humana contra o citomegalovírus, deve decorrer um intervalo de 3 meses antes de uma vacinação com vacinas de vírus vivos atenuados. No caso do sarampo, esta interferência pode persistir durante um ano. Assim, os doentes que recebem a vacina do sarampo devem verificar o seu título de anticorpos. - Vacina viva contra o sarampo
Consultar informação actualizada

Imunoglobulina humana contra o antigénio D Vacina viva contra o sarampo

Observações: n.d.
Interacções: Vacinas de vírus vivos atenuados (como as vacinas contra o sarampo, rubéola, ou papeira) devem ser adiadas por um período de 3 meses após a administração da imunoglobulina humana contra o antigénio D, porque pode ficar comprometida a eficácia das mesmas. Se houver necessidade de administrar imunoglobulina contra o antigénio D entre 2 a 4 semanas após a vacina com vírus vivos atenuados a eficácia desta vacinação pode estar comprometida. - Vacina viva contra o sarampo
Usar com precaução

Vacina viva contra a varicela Vacina viva contra o sarampo

Observações: n.d.
Interacções: Indivíduos saudáveis: Se a vacina do sarampo não for administrada na mesma altura que a Vacina viva contra a varicela; recomenda-se que seja respeitado, pelo menos, um mês de intervalo, dado ser do conhecimento geral que a vacina contra o sarampo pode contribuir para uma supressão de curta duração da resposta imunológica mediada por células. - Vacina viva contra o sarampo
Sem efeito descrito

Vacina viva contra a febre amarela Vacina viva contra o sarampo

Observações: n.d.
Interacções: Vacina viva contra a febre amarela pode ser administrada no mesmo momento que a vacina contra o sarampo, se estiver de acordo com as recomendações oficiais. - Vacina viva contra o sarampo
Não recomendado/Evitar

Everolímus Vacina viva contra o sarampo

Observações: O everolímus é um substrato da CYP3A4, e também é um substrato e inibidor modera do da gp-P. Por esta razão, a absorção e eliminação subsequente do everolímus pode ser influenciada por produtos que afetem a CYP3A4 e/ou a gp - P. In vitro, o everolímus é um inibidor competitivo da CYP3A4 e um inibidor misto da CYP2D6.
Interacções: Vacinação: A resposta imunitária à vacinação pode ser afetada e, por esta razão, a vacina pode ser menos eficaz durante o tratamento com everolímus. A utilização de vacinas vivas deve ser evitada durante o tratamento com everolímus. Alguns exemplos de vacinas vivas são: vacina intranasal contra a gripe, vacina contra o sarampo, vacina contra a parotidite infeciosa, vacina contra a rubéola, vacina oral contra a poliomielite, vacina BCG (Bacilo Calmette - Guérin), vacina contra a febre amarela, vacina contra a varicela e vacina tifoide TY21a. - Vacina viva contra o sarampo
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Vacina viva contra o sarampo
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

Contra-indicado durante a gravidez. Evite a gravidez por 3 meses após a vacinação.

Evitar durante a amamentação. Não há dados. Somente se os benefícios superarem o risco potencial.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 01 de Março de 2024