Vacina pneumocócica conjugada

O que é
As vacinas conjugadas são aquelas nas quais os antígenos bacterianos são ligados a carreadores proteicos, facilitando o processamento pelos linfócitos T, gerando então, uma resposta de longa duração de anticorpos protectores mesmo em lactentes jovens.

São utilizadas em larga escala contra o Haemophilus influenza tipo b, resultando em um impacto positivo contra as doenças invasivas causadas por este patógeno.

Tecnologia similar também é utilizada para a vacina conjugada contra o meningococo e para a vacina antipneumocócica, a qual beneficia especialmente crianças de baixa idade.

O Streptococcus pneumoniae (pneumococo) é responsável por significativa parcela das infecções das vias aéreas superiores (otite média e sinusite), sendo o principal agente etiológico bacteriano de pneumonias adquiridas na comunidade e de doenças invasivas (meningite, bacteremia e sepse) em crianças e adultos, além de estar, em menor frequência, associado às infecções ósseas, articulares e de tecidos moles.

Acomete todas as faixas etárias, porém é mais prevalente em lactentes e idosos e em determinados grupos de indivíduos que apresentam condições associadas maior risco de doenças invasivas.

Acredita-se que o S. Pneumoniae seja responsável por uma considerável proporção de mais de 4-5 milhões de mortes anuais associadas à doença respiratória.

Estima-se que nos países em desenvolvimento, o pneumococo seja responsável por mais de um milhão de óbitos por ano em crianças com menos de 5 anos, a maioria por pneumonia, caracterizando-se como a doença responsável pelo maior número de mortes que seria passível de prevenção por meio de vacinas.

A doença pneumocócica, excepto sepse e meningite, é associada à elevada morbidade em crianças:
a) É causa comum de pneumonia em crianças em berçários e creches;
b) É o agente responsável por 13-28% das pneumonias bacterianas em nações industrializadas e acima de 28% das pneumonias em países em desenvolvimento;
c) Os pneumococos são isolados do líquido pleural em 18% das crianças com empiema pleural;
d) O S. pneumoniae é a causa bacteriana mais comum de sinusites e otite média aguda (OMA).

Pneumonia
É a infecção pulmonar mais comum em bebés.
Os sintomas são tosse, dor no peito, febre alta, calafrios e dificuldade para respirar.
Estima-se que o pneumococo seja responsável por 17% a 28% das pneumonias adquiridas entre as crianças.

Meningite
Infeção das membranas que recobrem o encéfalo e a medula espinhal.
Os sintomas em bebés são febre, irritabilidade e choro.
As maiores costumam ter além da febre, vómito em jato, dor de cabeça e rigidez de nuca.

Otite média aguda
Os sintomas de uma infecção de ouvido médio são febre, irritação, perda de apetite e dor.
Pode ocorrer perda de audição e conseqüente atraso na aquisição de linguagem se a otite não for tratada.
Calcula-se cerca de por 30% das otites sejam causadas por essa bactéria.

Sinusite
Infeção dos seios da face.
Se não tratada adequadamente pode levar a uma meningite e a uma infecção generalizada.
Tem como sintomas obstrução nasal, dor de cabeça, secreção com pus e tosse, principalmente à noite.

Bacteremia
É uma infecção do sangue causada, principalmente, pela bactéria pneumococo.
Esse tipo de infecção é responsável por pelo menos 4% das febres dos bebés até os dois anos de vida e só é diagnosticada com um exame de sangue.
Usos comuns
Imunização contra o Streptococcus pneumoniae (pneumococo).
Tipo
Sem informação.
História
Sem informação.
Indicações
Imunização activa de lactentes e crianças com idade inferior a 2 anos contra doença invasiva causada por Streptococcus pneumoniae (incluindo meningite e septicemia).
Classificação CFT

N.D.

Mecanismo De Acção
Sem informação.
Posologia Orientativa
A dose é 0,5 ml, administrada por via intramuscular, com cuidado para evitar a aplicação em nervos e vasos sangüíneos ou suas proximidades.

Os locais preferenciais são a face anterior e lateral da coxa em lactentes ou o músculo deltóide do braço das crianças.

A vacina não deve ser administrada na região glútea.
Administração
A vacina deve ser administrada por injecção intramuscular de preferência na área lateral da coxa.

A vacina não deve, sob nenhuma circunstância, ser administrada por via endovenosa ou intradérmica.
Contra-Indicações
As contra-indicações usuais para todas as vacinas: em caso de febre, doença aguda ou doença crónica progressiva, é preferível adiar a vacinação.

Hipersensibilidade à vacina.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Febre, irritabilidade, reacções no local de injecção, sonolência.
Advertências

Sem informação.

Precauções Gerais
A vacina não deve, sob nenhuma circunstância, ser administrada por via endovenosa ou intradérmica.

Administrar com cautela em indivíduos com trombocitopenia ou qualquer outro distúrbio de coagulação, uma vez que pode ocorrer sangramento após a administração intramuscular nesses pacientes.
Cuidados com a Dieta
Não aplicável.
Terapêutica Interrompida
Contacte o médico se não fizer uma dose de reforço.
Certifique-se que completa o esquema de vacinação.
Caso contrário poderá não ficar completamente protegida contra as doenças.
Cuidados no Armazenamento
A vacina deve ser conservada, na embalagem original, para ser protegida da luz e sob refrigeração entre 2°C e 8°C, não podendo ser congelada.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Sem efeito descrito

Vacina viva contra o rotavírus Vacina pneumocócica conjugada

Observações: n.d.
Interacções: A co-administração de Vacina viva contra o rotavírus com vacinas contendo um ou mais dos seguintes antigénios, aproximadamente aos 2, 4 e 6 meses de idade, demonstrou que não foram afetadas nem as respostas imunitárias nem os perfis de segurança das vacinas administradas: - vacina contra a difteria, tétano, tosse convulsa acelular (DTPa) - vacina contra o Haemophilus influenzae tipo b (Hib) - vacina inativada contra a poliomielite (VIP) - vacina contra a hepatite B (VHB) - vacina pneumocócica conjugada (VPC) A co-administração de Vacina viva contra o rotavírus com uma vacina meningocócica conjugada do serogrupo C (MenC, a vacina estudada foi uma anatoxina tetânica conjugada) aos 3 e 5 meses de idade (e principalmente ao mesmo tempo que a vacina DTPa-Hib-VIP), seguidas duma terceira dose de Vacina viva contra o rotavírus, aproximadamente aos 6 meses de idade, demonstrou que as respostas imunitárias a Vacina viva contra o rotavírus e MenC não sofreram alteração. A co-administração resultou num perfil de segurança aceitável. Deste modo, Vacina viva contra o rotavírus pode ser administrado concomitantemente com vacinas infantis monovalentes ou combinadas, contendo um ou mais dos seguintes antigénios: DTPa, Hib, VIP, VAP, VHB, VPC e MenC. - Vacina pneumocócica conjugada
Sem efeito descrito

Vacina contra a difteria, tétano, tosse convulsa, hepatite B, poliomielite e haemophilus tipo b Vacina pneumocócica conjugada

Observações: n.d.
Interacções: Esta vacina pode ser dada concomitantemente com uma vacina pneumocócica conjugada (PCV7, PCV10 e PCV13), vacina meningocócica conjugada do serogrupo C ( conjugados CRM 197 e TT), vacina meningocócica conjugada dos serogrupos A, C, W - 135 e Y (conjugados TT), vacina oral contra o rotavírus e vacina contra sarampo - papeira - rubéola - varicela (MMRV). Os dados não demonstraram interferência clinicamente relevante na resposta dos anticorpos a cada antigénio individual, apesar de ter sido observada uma resposta inconsistente dos anticorpos ao vírus da poliomielite tipo 2 na administração concomitante com a Vacina adsorvida pneumocócica poliosídica conjugada (seroproteção entre os 78% e 100%) e as taxas de resposta imunitária para o antigénio de PRP (Hib) do (Vacina contra a difteria, tétano, tosse convulsa, hepatite B, poliomielite e haemophilus tipo b) após a administração de 2 doses aos 2 e 4 meses de idade serem superiores aquando da administração concomitante com a vacina pneumocócica conjugada com o toxoide do tétano ou meningocócica. A relevância clínica destas observações permanece desconhecida. A informação proveniente de estudos clínicos revela que, quando (Vacina contra a difteria, tétano, tosse convulsa, hepatite B, poliomielite e haemophilus tipo b) é administrado concomitantemente com uma vacina pneumocócica conjugada, a taxa de reacções febris é superior comparativamente à verificada após administração de (Vacina contra a difteria, tétano, tosse convulsa, hepatite B, poliomielite e haemophilus tipo b) isolado. A informação de um estudo clínico revela que quando (Vacina contra a difteria, tétano, tosse convulsa, hepatite B, poliomielite e haemophilus tipo b) é administrado concomitantemente com uma vacina contra sarampo - papeira - rubéola - varicela (MMRV), a taxa de reacções febris é superior comparativamente à verificada após a administração de (Vacina contra a difteria, tétano, tosse convulsa, hepatite B, poliomielite e haemophilus tipo b) isolado e é semelhante à verificada após a administração da vacina MMRV isolada. As respostas imunitárias não foram afetadas. Tal como com outras vacinas, nos doentes que estejam a fazer terapêutica imunossupressora pode não ser possível obter uma resposta adequada. - Vacina pneumocócica conjugada
Usar com precaução

Vacina contra a difteria e o meningococo Vacina pneumocócica conjugada

Observações: n.d.
Interacções: Não estão disponíveis dados com respeito à administração conjunta da Vacina contra a difteria e o meningococo com a vacina da Hepatite B, ou com a vacina pneumocócica conjugada. - Vacina pneumocócica conjugada
Usar com precaução

Amsacrina Vacina pneumocócica conjugada

Observações: n.d.
Interacções: Vacinas A administração da vacina contra a gripe ou vacina pneumocócica concomitantemente com a terapêutica imunossupressora foi associada a um compromisso da resposta imunológica à vacina. Em geral, devem evitar-se todos os tipos de vacinas vivas durante o tratamento com amsacrina. - Vacina pneumocócica conjugada
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Vacina pneumocócica conjugada
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 11 de Novembro de 2021