Vacina contra o tétano

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento
O que é
Vacinas (simples e conjugadas).

A bactéria do tétano entra no organismo através de cortes, arranhões ou feridas na pele.

As feridas que infectam mais facilmente são as queimaduras, fracturas, feridas profundas ou feridas contaminadas com terra, pó, excrementos de cavalo ou farpas de madeira.

A bactéria liberta uma toxina (veneno), que pode causar rigidez muscular, espasmos musculares dolorosos, convulsões e até a morte.

Os espasmos musculares podem ser suficientemente fortes para causar fracturas dos ossos da coluna vertebral.
Usos comuns
Imunização activa de reforço, para profilaxia do tétano em adultos, a longo prazo.

- Profilaxia pós-exposição ao tétano, em pessoas com feridas recentes que possam ter sido contaminadas com os esporos do tétano e que não tenham recebido imunização anterior, ou aquelas cuja vacinação anterior seja incompleta ou desconhecida.

- Profilaxia do tétano neonatal (em países onde seja comum), nas mulheres em idade fértil e grávidas que não estejam imunizadas contra o tétano.
Tipo
Sem informação.
História
O primeiro toxóide tetânico inactivo foi descoberto e produzido em 1924.

Esta vacina foi provou ser bem sucedida, quando foi usada para prevenir o tétano no serviço militar durante a Segunda Guerra Mundial.

DTP (que é a vacina contra a difteria, tétano e coqueluche), foi usado pela primeira vez em 1930 e continuou até 1991, quando foi substituída por uma forma diferente, que incluiu a vacina pertussis acelular por questões de segurança.

Metade das pessoas que receberam a vacina DTP tinha vermelhidão, inchaço e dor no local da injecção, que convenceu os pesquisadores a encontrar uma vacina de substituição.

Duas novas vacinas foram lançadas em 1942.

A do tétano e difteria combinado com pertussis acelular (dTpa ou DTPa), que poderia ser dada a adolescentes e adultos (ao contrário da anterior, em que a vacina só era dada a crianças).
Indicações
Imunização activa de reforço, para profilaxia do tétano em adultos, a longo prazo.

Profilaxia pós-exposição ao tétano, em pessoas com feridas recentes que possam ter sido contaminadas com os esporos do tétano e que não tenham recebido imunização anterior, ou aquelas cuja vacinação anterior seja incompleta ou desconhecida.

Profilaxia do tétano neonatal (em países onde seja comum), nas mulheres em idade fértil e grávidas que não estejam imunizadas contra o tétano.
Classificação CFT

18.1 : Vacinas (simples e conjugadas)

Mecanismo De Acção
É uma vacina preparada da toxina do tétano, destoxificada por tratamento com formaldeído e purificada.

A imunidade surge pouco tempo depois da 2ª injecção; é reforçada após a 3ª injecção e dura pelo menos 10 anos após a 4ª injecção.

O nível de anticorpos considerado como protector contra o tétano é de 0,01 UI/ml.
Posologia Orientativa
a) Imunização de reforço para profilaxia do tétano em adultos, a longo prazo
Dose única de 0,5 ml de vacina, 10 anos depois da imunização primária e, posteriormente, de 10/10 anos.

b) Profilaxia pós-exposição ao tétano
Primeiro, é recomendável que o médico determine se uma ferida menor está predisposta ao tétano, com base na probabilidade do Clostridium tetaniter estado, ou não, presente no objeto que provocou a ferida.

Além da limpeza da ferida, do desbridamento e da administração de vacina, a imunização passiva com imunoglobulina tetânica humana deve ser iniciada simultaneamente, devendo ser administrada noutro local do corpo, quando necessário.

Os doentes com tétano, em fase de convalescença, necessitam de uma série de imunização primária, tendo em conta que a doença clínica não desenvolve um nível protector de anticorpos fiável.

c) Profilaxia do tétano neonatal
Mulheres em idade fértil e grávidas não imunizadas previamente, devem receber 2 doses de vacina, administradas com um intervalo mínimo de 4 semanas, sendo a primeira injecção administrada, preferencialmente, > 90 dias antes do parto.

Tem sido referido que uma 3ª dose de anatoxina tetânica, administrada no ano seguinte ou numa gravidez subsequente, proporciona proteção para os recém-nascidos durante, pelo menos, 5 anos e, uma 4ª dose, durante 10 anos.
Administração
Agitar antes de utilizar, de forma a obter uma suspensão homogénea.

Pode utilizar-se a via subcutânea ou intramuscular.

É preferível a administração intramuscular, de forma a minimizar as reacções no local de injecção:
Lactentes: via intramuscular, na zona anterolateral da coxa

Crianças com idade superior a 2 anos e Adultos: via intramuscular, na região do deltóide

Não utilizar a via intradérmica.
Contra-Indicações
As contra-indicações usuais para todas as vacinas: em caso de febre, doença aguda ou doença crónica progressiva, é preferível adiar a vacinação.

O risco letal associado ao tétano, na terapêutica da ferida após exposição, faz eliminar as potenciais contra-indicações.

Em caso de febre, doença aguda ou doença crónica progressiva, é preferível adiar a vacinação.

A ocorrência de qualquer tipo de sinais ou sintomas neurológicos, bem como de reacções sistémicas alérgicas, manifestadas previamente e relacionadas com a anatoxina tetânica, devem ser consideradas como contra-indicações.

Hipersensibilidade à Vacina contra o tétano.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Reacções no local de injecção:
Podem ocorrer dor, exantema, induração e edema no período de 48 horas, persistindo um ou dois dias.

Por vezes, a formação de um nódulo subcutâneo acompanha estas reacções.

Foram notificados casos raros de abcessos assépticos.

A incidência e gravidade destas reacções no local de injecção podem ser influenciadas pelo local, via e modo de administração e pelo número de doses anteriores.

Reacções sistémicas:
Podem ocorrer hipertermia transitória associada, ou não associada, a reacções locais e adenomegália, reacções de hipersensibilidade imediata tais como edema, urticária ou prurido generalizado, sensação de vertigem, pressão arterial baixa, mialgia, artralgia e cefaleia.

Todas estas reacções são mais frequentemente observadas em indivíduos hiper-imunizados, particularmente no caso de múltiplas doses de reforço.

Perturbações neurológicas após a vacinação contra o tétano são extremamente raras e a relação causal não foi claramente demonstrada.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:A experiência clínica com esta vacina, em mulheres grávidas, na prevenção do tétano neonatal em recém-nascidos, indica que não são esperados efeitos nocivos no feto, durante a gravidez, nem no recém-nascido.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Os anticorpos do tétano são excretados no leite, podendo contribuir para a transferência de anticorpos protectores para o recém-nascido
Precauções Gerais
Pode ser associada a outras vacinas, como sejam as da difteria, tosse convulsa, poliomielite, gripe, hepatite B, pneumocócica e raiva.

Devem ser utilizadas diferentes seringas e agulhas e diferentes locais de injecção.

A administração desta vacina, em doentes sob terapia imunossupressora, pode não iniciar uma resposta de anticorpos adequada.

Não injectar por via intravenosa.

Devem ser tomadas precauções para assegurar que a agulha não penetra num vaso sanguíneo.

Informe o médico sobre a existência de alergias conhecidas.

Informe o médico sobre quaisquer problemas médicos que tenham ocorrido após a administração prévia de uma vacina.

De forma a prevenir reacções de hipersensibilidade tipo Arthus, as doses de reforço da vacina não devem ser administradas a adultos que, nos 5 anos anteriores, tenham concluído uma primeira série vacinal ou tenham recebido uma dose de reforço.
Cuidados com a Dieta
Não aplicável.
Terapêutica Interrompida
Contacte o médico se não fizer uma dose de reforço.
Certifique-se que completa o esquema de vacinação.
Caso contrário poderá não ficar completamente protegida contra as doenças.
Cuidados no Armazenamento
Conservar no frigorífico (2ºC – 8ºC).
Não congelar.
Em caso de congelamento, a vacina não deve ser administrada.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Sem efeito descrito

Efalizumab Vacina contra o tétano

Observações: Não foram efectuados estudos formais de interações medicamentosas com Efalizumab. Os dados disponíveis são limitados quanto aos efeitos da vacinação em doentes a tomar Efalizumab. As respostas imunitárias durante e após o tratam ento com Efalizumab foram investigadas num estudo com 66 doentes com psoríase em placas moderada. Após 35 dias de tratamento com Efalizumab, a proporção de indivíduos tratados com efalizumab com reacções positivas a testes cutâneos à Candida, estava significativamente reduzida em comparação com o grupo placebo. A resposta mediada por anticorpos a um neo-antigénio experimental (ØX174) diminuiu durante a terapêutica com Efalizumab, mas começou a normalizar 6 semanas após a descontinuação da terapêutica com Efalizumab e não demonstrou indução de tolerância. Uma vacina pneumocócica administrada 6 semanas após a descontinuação de Efalizumab produziu resultados normais. A administração de neo-vacinações durante o tratamento com Efalizumab pode induzir níveis de anticorpos inferiores aos observados em indivíduos não-tratados, mas o significado clínico deste facto é desconhecido.
Interacções: Após vacinação antitetânica de reforço (antigénio de anulação), a capacidade de desenvolvimento de uma resposta imunitária à anatoxina tetânica estava preservada nos doentes em tratamento com Efalizumab. - Vacina contra o tétano
Risco Moderado

Vacina contra o tétano Imunossupressores

Observações: n.d.
Interacções: A administração de Vacina contra o tétano em doentes sob terapia imunossupressora pode não iniciar uma resposta de anticorpos adequada. - Imunossupressores
Sem efeito descrito

Vacina contra o tétano Vacinas vivas

Observações: n.d.
Interacções: Vacina contra o tétano pode ser associada a outras vacinas, como sejam as da difteria, tosse convulsa, poliomielite, gripe, hepatite B, pneumocócica e raiva. - Vacinas vivas
Sem efeito descrito

Vacina contra o tétano Vacinas inactivadas

Observações: n.d.
Interacções: Vacina contra o tétano pode ser associada a outras vacinas, como sejam as da difteria, tosse convulsa, poliomielite, gripe, hepatite B, pneumocócica e raiva. - Vacinas inactivadas
Sem efeito descrito

Vacina contra a difteria e o meningococo Vacina contra o tétano

Observações: n.d.
Interacções: A administração concomitante da Vacina contra a difteria e o meningococo com outras vacinas ( mas para as vacinas injectáveis administradas em locais diferentes ), nomeadamente as que a seguir se mencionam, não reduz a resposta imunológica a qualquer dos seguintes antigénios: Polio (vacina da polio inactivada e vacina da polio oral); Difteria e Tétano isoladamente ou em combinação com Pertussis, celular ou acelular; Haemophilus Influenzae tipo B (Hib) ou a combinada Sarampo, Papeira e Rubéola. Foram observadas pequenas variações dos títulos de anticorpos GMT entre os vários estudos; contudo não foi estabelecida a relevância clínica destes resultados. - Vacina contra o tétano
Sem efeito descrito

Dupilumab Vacina contra o tétano

Observações: n.d.
Interacções: As respostas imunes à vacinação foram avaliadas num estudo em que doentes com dermatite atópica foram tratados uma vez por semana, durante 16 semanas, com 300 mg de dupilumab. Após 12 semanas de administração de dupilumab os doentes foram vacinados com uma vacina DTPa (dependente dos linfócitos T) e uma vacina meningocócica polissacárida (independente dos linfócitos T) e as respostas imunes foram avaliadas 4 semanas mais tarde. As respostas de anticorpos com a vacina do tétano e a vacina meningocócica polissacárida foram semelhantes nos doentes tratados com dupilumab e nos doentes tratados com placebo. Não foram observadas interacções adversas entre as duas vacinas não-vivas e dupilumab no estudo. Por conseguinte, os doentes a receber Dupilumab podem receber vacinações concomitantes com vacinas inativas ou não-vivas. - Vacina contra o tétano
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Vacina contra o tétano
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

A experiência clínica com esta vacina, em mulheres grávidas, na prevenção do tétano neonatal em recém-nascidos, indica que não são esperados efeitos nocivos no feto, durante a gravidez, nem no recém-nascido.

Os anticorpos do tétano são excretados no leite, podendo contribuir para a transferência de anticorpos protectores para o recém-nascido.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 01 de Março de 2024