Óleo de rícino

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento
O que é
O óleo de rícino ou óleo de mamona (ou azeite de rícino ou mamona)
O óleo de rícino é um óleo vegetal obtido pela prensagem das sementes da planta do óleo de rícino (Ricinus communis L.) cultivada principalmente na Índia, América do Sul, África e China.
O óleo de rícino é uma fonte rica em ácido ricinoléico, que representa até 90% do conteúdo total do óleo de rícino.
Também consiste em até 4% de ácidos gordos linoléico, 3% oléico, 1% esteárico e menos de 1% linolênico.
O ácido ricinoléico tem um grupo hidroxila que fornece uma localização de grupo funcional para várias reações químicas, tornando-o uma substância favorável em aplicações industriais.
O óleo de mamona não contém ricina, que é um veneno natural encontrado na planta de mamona; a lectina tóxica permanece na polpa do feijão após o isolamento do óleo.
Devido à sua renovabilidade e alta versatilidade, além de ser a única fonte comercial de um ácido gordo hidroxilado, o óleo de mamona tem sido utilizado como matéria-prima vital para a indústria química.
O óleo de rícino era usado principalmente na fabricação de sabonetes, lubrificantes e revestimentos.
É um aditivo alimentar aprovado pela FDA adicionado diretamente a produtos alimentícios para consumo humano.
Também pode ser encontrado em cápsulas duras como um agente de libertação e agente antiaderente, ou vitaminas suplementares e comprimidos orais minerais como um ingrediente para revestimentos protectores.
O óleo de rícino é encontrado em líquidos orais de venda livre como um laxante estimulante e também é adicionado em cosméticos, cabelos e produtos para a pele.
Usos comuns
O óleo de rícino é utilizado pela sua acção laxante, para tratamento ocasional de obstipação e preparações do cólon para exames radiológicos e endoscopia.

Também para exames radiológicos das vias biliares, exames urológicos e cintigráficos.

Produz-se evacuação intestinal no prazo de 2-8 horas.
Tipo
Biotecnologia.
História
Sem informação.
Indicações
O óleo de rícino é utilizado pela sua acção laxante, para tratamento ocasional de obstipação e preparação do cólon para exames radiológicos e endoscopia.
Classificação CFT

6.3.2.1.2 : Laxantes de contacto

Mecanismo De Acção
O óleo de rícino é utilizado pela sua acção laxante.

Possui propriedades emolientes.

O princípio activo deste fármaco é extraído das sementes de Ricinus communis e contém cerca de 80% dos triglicéridos do ácido ricinoleíco, que são hidrolisados no intestino em ricinoleato de sódio.

É considerado um laxativo estimulante.

Estimula a acumulação de água e electrólitos no lúmen do cólon e incrementa a motilidade intestinal.

As concentrações que reduzem a absorção de electrólitos e água, também aumentam a permeabilidade da mucosa.

Os laxativos estimulantes podem inibir a Na+, K+- ATPase intestinal.

Esta acção pode ser a causa de parte do seu efeito.

Alguns dos laxativos estimulantes também aumentam a síntese de prostaglandinas e de AMP cíclico e esta acção pode contribuir para o aumento da secreção de água e electrólitos.

A inibição da síntese de prostaglandinas com indometacina reduz os efeitos de vários destes agentes no fluxo da água.

No intestino delgado, as lipases pancreáticas hidrolisam o óleo em glicerol e ácido ricinoleíco.

O ricinoleato, como outros sulfactantes aniónicos, reduz a absorção dos fluídos e electrólitos e estimula o peristaltismo intestinal.

O ácido ricinoleíco é absorvido e metabolizado como outros ácidos gordos.

Os efeitos do óleo de rícino, exercem-se na modificação da consistência do bolo intestinal e na lubrificação da mucosa intestinal.

As suas propriedades emolientes determinam a aceleração do trânsito do intestino delgado, cerca de duas horas após a sua administração, sem cólicas nem diarreias: os efeitos exercem-se na modificação da consistência do bolo intestinal e na lubrificação da mucosa intestinal.

É desprovido de efeitos secundários (acção drástica e irritante) doutras substâncias uma vez que não actua directamente sobre o peristaltismo nem na secreção intestinal.

Já que o ricinoleato actua no intestino delgado, a evacuação é completa; o esvaziamento do colon é total.

Assim, é frequentemente utilizado para o esvaziamento do tracto gastrointestinal antes de exames radiológicos e endoscopia.
Posologia Orientativa
Via oral: A indicar segundo conselho médico.
Dose usual: 5 a 20 ml (salvo indicação médica).

Como Laxativo: 1-3 colheres (5 ml) no adulto; metade na criança.

Como Purgante: 4-6 colheres (10 ml) no adulto e 1-3 colheres (5 ml) na criança.

Outras vias: Também pode ser usado em clisteres ou enemas.
Administração
Via oral.

Não deve ser administrado antes de dormir devido ao rápido início de seu efeito.

Aconselha-se que seja ingerido longe das refeições (de preferência em jejum) para conservar seu efeito laxativo.
Contra-Indicações
Não deve ser administrado em situações em que existem dores abdominais, obstrução intestinal, náuseas ou vómitos.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
A administração oral de óleo de rícino, particularmente em doses elevadas, pode produzir náuseas, vómitos, cólicas e um efeito purgativo severo.

A acção purgativa forte pode causar alterações no balanço electrolítico e desidratação.

Por estas razões e devido à possível redução da absorção de nutrientes, deve ser evitado o uso prolongado do óleo de rícino.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:O óleo de rícino deve ser usado com precaução durante a gravidez, devendo apenas ser usado mediante receita médica.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:O óleo de rícino deve ser usado com precaução durante a lactação, devendo apenas ser usado mediante receita médica.
Precauções Gerais
Como todo e qualquer laxante, o óleo de rícino ao aumentar a mobilidade intestinal pode diminuir o tempo de trânsito intestinal com concomitante diminuição da absorção de fármacos administrados em simultâneo.

É aconselhável não tomar doses superiores às prescritas.

O óleo de rícino deve ser usado com precaução durante a gravidez e no período menstrual, sendo só administrado mediante receita médica.

Pode inibir a absorção de vitaminas lipossolúveis, principalmente as vitaminas A e D.
Cuidados com a Dieta
Não aplicável.
Terapêutica Interrompida
Não utilize uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Cuidados no Armazenamento
Conservar em local seco e fresco (temperatura inferior a 25°C).
Proteger da luz.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Multiplos efeitos Terapêuticos/Tóxicos

Óleo de rícino Outros medicamentos

Observações: É aconselhável não tomar doses superiores às prescritas.
Interacções: Como todo e qualquer laxante, o óleo de rícino ao aumentar a mobilidade intestinal pode diminuir o tempo de trânsito intestinal com concomitante diminuição da absorção de fármacos administrados em simultâneo. - Outros medicamentos
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções do Óleo de rícino
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

O óleo de rícino deve ser usado com precaução durante a gravidez (e no período menstrual) bem como durante a lactação, devendo apenas ser usado mediante receita médica.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 28 de Janeiro de 2022