Imunoglobulina G

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento DCI com Advertência na Condução
O que é
Imunoglobulina G (IgG) é um anticorpo.
É uma imunoglobulina monomérica simples de 150.000 daltons, cadeias pesadas tipo G, que perfaz 80% das imunoglobulinas do organismo.
Está igualmente distribuída nos compartimentos extracelulares e é a única que atravessa a placenta.
É o anticorpo principal nas resposta imunes secundárias e a única classe antitoxinas.

É usada para a criação da vacina para protecção contra a cólera.

Existem quatro variantes isotípicas ou subclasses de IgG humana, denominadas IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4, que correspondem, respectivamente, a 70, 16, 10 e 4% do teor total de IgG.

Diferenciam-se ainda as suas subclasses pelo número de pontes SS existentes na região da dobradiça: dois para IgG1 e quatro para IgG2 e cinco para IgG3.
No que concerne às propriedades biológicas todas as subclasses de IgG humana são capazes de atravessar a placenta (uma propriedade certamente não relacionada com o peso molecular), porém IgG4 não fixa complemento, IgG2 não é capaz de fixar-se à pele heteróloga e tanto IgG4 são destituídas de acção opsonizante para polimorfonucleares ou citofilia para macrófago.
Usos comuns
Terapia de reposição em:
Síndromes de imunodeficiências primárias, tais como:
- Agamaglobulinemia e hipogamaglobulinemia congénitas
- Imunodeficiência comum variável
- Imunodeficiência combinada grave
- Síndrome de Wiskott-Aldrich
Mieloma ou leucemia linfocítica crónica com hipogamaglobulinemia secundária grave e infecções recorrentes.
Crianças com SIDA congénita e infecções de repetição.

Imunomodulação:
Púrpura trombocitopénica idiopática (PTI), em crianças ou adultos com alto risco de hemorragias, ou antes de serem submetidos à cirurgia, para corrigir a contagem de plaquetas.
Síndrome de Guillain-Barré
Doença de Kawasaki
Transplante de medula óssea alogénico
Neuropatia Motora Multifocal (NMM)
Tipo
Biotecnologia.
História
Sem informação.
Indicações
Terapia de reposição em:
Síndromes de imunodeficiências primárias, tais como:
- Agamaglobulinemia e hipogamaglobulinemia congénitas
- Imunodeficiência comum variável
- Imunodeficiência combinada grave
- Síndrome de Wiskott-Aldrich
Mieloma ou leucemia linfocítica crónica com hipogamaglobulinemia secundária grave e infecções recorrentes.
Crianças com SIDA congénita e infecções de repetição.

Imunomodulação:
Púrpura trombocitopénica idiopática (PTI), em crianças ou adultos com alto risco de hemorragias, ou antes de serem submetidos à cirurgia, para corrigir a contagem de plaquetas.
Síndrome de Guillain-Barré
Doença de Kawasaki
Transplante de medula óssea alogénico
Neuropatia Motora Multifocal (NMM)
Classificação CFT

N.D.

Mecanismo De Acção
A região FC realiza activação de complemento (quando unida ao antígeno) e auxilia a fagocitose por se ligar a macrófagos. Com a activação do complemento, há geração de quimiotaxia de neutrófilos, aumento da permeabilidade vascular e amplificação da resposta inflamatória.
Posologia Orientativa
Conforme prescrição médica.
Administração
Via intravenosa e subcutânea.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade à Imunoglobulina G.
Hipersensibilidade a imunoglobulinas homólogas, especialmente em casos muito raros de deficiência de IgA, quando o paciente apresenta anticorpos anti-IgA.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Administração intravenosa:
Reacções adversas como calafrios, cefaleia, febre, vómito, reacções alérgicas, náusea, artralgia, queda na pressão arterial e dor lombar moderada podem ocorrer ocasionalmente.
Raramente as imunoglobulinas humana normal podem causar uma queda súbita na pressão arterial e, em casos isolados, choque anafilático, mesmo quando o paciente não apresentou hipersensibilidade à administração anterior.

Casos de meningite asséptica reversível, e casos raros de reacções cutâneas transitórias foram observados com a imunoglobulina humana normal. Foram observadas reacções de hemólise reversíveis em pacientes, principalmente em pacientes dos grupos sanguíneos A, B e AB.

Raramente, podem ocorrer casos de anemia hemolítica com necessidade de transfusão, após alta dose de terapia de imunoglobulina.

Foi observado um aumento no nível de creatinina sérica e/ou insuficiência renal aguda.

Muito raramente: Reacções tromboembólicas como enfarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, embolia pulmonar e trombose venosa profunda.

Administração subcutânea:
Não foi observada reacção adversa grave durante os ensaios clínicos para o tratamento subcutâneo. As reacções adversas mais comuns durante o tratamento subcutâneo (observado em ≥5% dos pacientes com imunodeficiência primária) foram: reacção no local da infusão, cefaleia, fadiga, taquicardia, pirexia, dor abdominal superior, náusea, vómito, asma, aumento da pressão sistólica, diarreia, dor de ouvido, estomatite aftosa, enxaqueca, dor orofaríngea e dor na extremidade.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:Só deve ser administrado em gestantes com precaução.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Só deve ser administrado em lactantes com precaução.
Condução
Condução
Condução:Durante o tratamento os pacientes podem apresentar reacções (por exemplo, tontura ou náusea), o que pode afectar a habilidade de conduzir e operar máquinas. Caso isto ocorra, o paciente deve aguardar até que as reacções desapareçam.
Precauções Gerais
Informe o médico ou farmacêutico se estiver a tomar, tiver tomado recentemente ou se vier a tomar outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica, vitaminas e suplementos de ervas.

Determinadas reacções adversas graves podem estar relacionadas à velocidade de infusão.
No caso de reacção adversa, a taxa de administração deve ser reduzida ou a infusão deve ser interrompida.
O tratamento necessário depende da natureza e da gravidade da reacção adversa.
Em caso de choque, o tratamento médico padrão para o choque deve ser implementado.

Em todos os pacientes, a administração de imunoglobulina requer:
• hidratação adequada antes do início da infusão de imunoglobulina
• monitorização do débito urinário
• monitorização dos níveis de creatinina sérica
• evitar o uso de diuréticos de alça

Verdadeiras reacções de hipersensibilidade são raras. Podem ocorrer em pacientes com anticorpos anti-IgA.
Imunoglobulina não é indicada para pacientes com deficiência selectiva de IgA, quando a deficiência de IgA for a única anormalidade preocupante.

Há evidências clínicas de uma associação entre a administração de imunoglobulina e os eventos tromboembólicos como enfarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, embolia pulmonar e trombose venosa profunda, que se presume estarem relacionados a um aumento na viscosidade do sangue através do alto influxo de imunoglobulina.

Casos de insuficiência renal aguda foram relatados em pacientes que receberam terapia com imunoglobulina.
Estas reacções incluem insuficiência renal aguda, necrose tubular aguda, nefropatia tubular proximal e nefrose osmótica. Na maioria dos casos, os factores de risco foram identificados como insuficiência renal pré-existente, diabetes mellitus, hipovolemia, obesidade, medicamentos nefrotóxicos concomitantes ou idade acima de 65 anos, sepsia ou paraproteinemia.

Casos de edema pulmonar não carcinogénico (Lesão Pulmonar Aguda Associada à Transfusão (TRALI)) foram relatados em pacientes que administraram imunoglobulina.

Casos de Síndrome da Meningite Asséptica foram relatados em associação com terapia com imunoglobulina.
A descontinuação do tratamento com imunoglobulina resultou na redução da síndrome da meningite asséptica dentro de vários dias sem sequelas.

Produtos contendo imunoglobulina podem conter anticorpos de grupo sanguíneo passíveis de actuar como hemolisinas e induzir o revestimento dos eritrócitos in vivo com imunoglobulina, causando uma reacção positiva de antiglobulina directa (teste de Coombs) e, raramente, uma hemólise. Anemia hemolítica pode ser desenvolvida após a terapia com imunoglobulina, devido ao aumento do sequestro de eritrócitos (RBC).

As medidas padrão para evitar infecções resultantes do uso de produtos preparados a partir de sangue ou plasma humano inclui a selecção de doadores, triagem de doações individuais e pools de plasma para marcadores específicos de infecção e a inclusão de etapas de fabricação efectivas para a inactivação/remoção dos vírus. Apesar disso, quando produtos preparados a partir de sangue ou plasma humano são administrados, a possibilidade de transmissão de agentes infecciosos não pode ser totalmente excluída. Isto se aplica a vírus desconhecidos ou emergentes e outros patógenos.

Os pacientes pediátricos podem ser mais susceptíveis a uma sobrecarga de volume.
Cuidados com a Dieta
Sem informação.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligue para o Centro de intoxicações.

A sobredosagem pode levar a sobrecarga de fluido e hiperviscosidade, especialmente em paciente em risco, incluindo pacientes idosos ou pacientes com comprometimento renal.

Crianças com menos de 5 anos podem ser particularmente susceptíveis a uma sobrecarga de volume. Por conseguinte, a dosagem deve ser cuidadosamente calculada para esta população. Além disso, as crianças com a doença de Kawasaki apresentam um risco especialmente elevado devido a compromisso cardíaco subjacente, pelo que a dose e a taxa de administração devem ser cuidadosamente controladas.
Em caso de sobredosagem, a administração deve ser interrompida e deve ser obtido cuidado médico.
Terapêutica Interrompida
Contacte o médico.
Cuidados no Armazenamento
Este medicamento é armazenado em meio hospitalar.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Imunoglobulina G Vacinas vivas

Observações: n.d.
Interacções: Vacinas de vírus vivo atenuado: A administração de imunoglobulina pode diminuir por um período de pelo menos 6 semanas até 3 meses a eficácia das vacinas de vírus vivo atenuado como sarampo, rubéola, papeira e varicela. Depois da administração deste produto, um intervalo de 3 meses deve transcorrer antes da vacinação com vacinas de vírus vivo atenuado. No caso de sarampo, este efeito pode persistir por até 1 ano. Portanto, os pacientes que receberam vacina contra o sarampo devem ter seus níveis de anticorpos verificados. - Vacinas vivas
Usar com precaução

Imunoglobulina G Testes Laboratoriais/Diagnóstico

Observações: n.d.
Interacções: Após a infusão da imunoglobulina, o aumento temporário dos vários anticorpos transferidos passivamente no sangue dos pacientes pode apresentar resultados falso-positivos no teste sorológico. A transmissão passiva de anticorpos aos antígenos de eritrócitos, por exemplo, A, B, D, pode interferir em alguns testes sorológicos quanto à presença de anticorpos contra hemácias, por exemplo, o teste antiglobulina direto (TAD, teste de Coombs directo). - Testes Laboratoriais/Diagnóstico
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Imunoglobulina G
Informe o Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

Só deve ser administrado em gestantes e lactantes com precaução.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

As imunoglobulinas são excretadas no leite e podem contribuir para proteger o recém-nascido de agentes patogénicos que tem a mucosa como portal de entrada.

Durante o tratamento os pacientes podem apresentar reacções (por exemplo, tontura ou náusea), o que pode afectar a habilidade de conduzir e operar máquinas. Caso isto ocorra, o paciente deve aguardar até que as reacções desapareçam.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 23 de Setembro de 2024