Hidroclorotiazida + Propranolol

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento DCI com Advertência na Insuficiência Hepática DCI com Advertência na Insuficiência Renal DCI com Advertência no Dopping
O que é
Hidroclorotiazida + Propranolol é uma associação de dois agentes anti-hipertensivos: cloridrato de propranolol, um agente bloqueador beta-adrenérgico, e hidroclorotiazida, uma tiazida diurética anti-hipertensiva.

O cloridrato de propranolol é um agente bloqueador de receptores beta adrenérgicos, não selectivo, não possuindo qualquer outra actividade sobre o sistema nervoso autónomo.

A hidroclorotiazida é uma benzotiadiazina (tiazida) diurética intimamente relacionada à clorotiazida.
Usos comuns
Hidroclorotiazida + Propranolol está indicado no tratamento da hipertensão, sempre que as doses necessárias dos componentes isolados tenham sido determinadas previamente.

Hidroclorotiazida + Propranolol não está indicado para tratamento inicial ou de emergência da hipertensão.
Hipertensão requer individualização do tratamento de acordo com a resposta clínica de cada paciente.
Caso a associação presente em Hidroclorotiazida + Propranolol represente as doses determinadas, o produto pode ser utilizado para maior conveniência do paciente.
O tratamento na hipertensão não é estático, devendo, por este motivo, a condição de cada paciente ser reavaliada constantemente.
Tipo
Sem informação.
História
O propranolol foi patenteado em 1962 e aprovado para uso médico em 1964. Está na Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da Saúde, os medicamentos mais seguros e eficazes necessários num sistema de saúde.

Duas empresas, Merck e Ciba, afirmam ter descoberto a Hidroclorotiazida que se tornou comercialmente disponível em 1959. Está na lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde, os medicamentos mais seguros e eficazes necessários num sistema de saúde.
Indicações
Hidroclorotiazida + Propranolol está indicado no tratamento da hipertensão, sempre que as doses necessárias dos componentes isolados tenham sido determinadas previamente.

Hidroclorotiazida + Propranolol não está indicado para tratamento inicial ou de emergência da hipertensão.
Hipertensão requer individualização do tratamento de acordo com a resposta clínica de cada paciente.
Caso a associação presente em Hidroclorotiazida + Propranolol represente as doses determinadas, o produto pode ser utilizado para maior conveniência do paciente.
O tratamento na hipertensão não é estático, devendo, por este motivo, a condição de cada paciente ser reavaliada constantemente.
Classificação CFT

N.D.

Mecanismo De Acção
Hidroclorotiazida + Propranolol é uma associação de dois agentes anti-hipertensivos: cloridrato de propranolol, um agente bloqueador beta-adrenérgico, e hidroclorotiazida, uma tiazida diurética anti-hipertensiva.

O cloridrato de propranolol é um agente bloqueador de receptores beta adrenérgicos, não selectivo, não possuindo qualquer outra actividade sobre o sistema nervoso autónomo. Compete especificamente com agentes estimulantes dos receptores beta-adrenérgicos, pelos sítios receptores disponíveis. Quando o acesso aos sítios receptores beta-adrenérgicos é bloqueado pelo propranolol, as respostas cronotrópica, inotrópica e vasodilatadora do estímulo beta-adrenérgico são proporcionalmente diminuídas.

O mecanismo do efeito anti-hipertensivo de propranolol não está totalmente elucidado. Entre os factores que podem estar envolvidos, contribuindo para a acção anti-hipertensiva, estão a diminuição do débito cardíaco, inibição da secreção de renina pelos rins e a diminuição do tónus simpático proveniente dos centros vasomotores do cérebro.

Embora a resistência periférica total possa aumentar inicialmente, ela reajusta-se ao nível anterior ao tratamento ou abaixo dele com o uso crónico de propranolol. Os efeitos sobre o volume plasmático são menores e mais variáveis. Propranolol tem demonstrado causar um pequeno aumento na concentração sérica de potássio, quando usado no tratamento de pacientes hipertensos.

Não há correlação simples entre o nível plasmático ou dose, e o efeito terapêutico; e a variação dose-resposta demonstrada clinicamente é ampla. A principal razão para isto, é que o tónus simpático varia consideravelmente entre os indivíduos. Uma vez que não há teste seguro para estimar o tónus simpático ou determinar se o bloqueio beta-adrenérgico total foi alcançado, a dose exacta requer rastreamento.

O objectivo principal do tratamento com beta-bloqueadores é diminuir a estimulação simpática adversa, a um grau que não prejudique o suporte simpático necessário.

A hidroclorotiazida é uma benzotiadiazina (tiazida) diurética intimamente relacionada à clorotiazida. O mecanismo do efeito anti-hipertensivo das tiazidas não é conhecido. As tiazidas não afectam a pressão arterial normal.

As tiazidas afectam o mecanismo tubular renal de reabsorção de electrólitos. Na dosagem terapêutica máxima, todas as tiazidas são aproximadamente iguais em sua potência diurética.

As tiazidas aumentam a excreção de sódio e cloreto aproximadamente em quantidades equivalentes. A natriurese causa perda secundária de potássio e bicarbonato.
Posologia Orientativa
A dose deve ser determinada por rastreamento individual.
A dose inicial usual de propranolol é de 40 mg, duas vezes ao dia, podendo ser aumentada gradualmente até que se atinja o controle adequado da pressão arterial.
A dose de propranolol usualmente eficaz é geralmente conseguida com 160 mg a 480 mg por dia.

A dose diária de hidroclorotiazida pode variar de 50 mg a 100 mg, conforme critério médico.

Quando doses de cloridrato de propranolol superiores a 320 mg são necessárias, a associação dos componentes em Hidroclorotiazida + Propranolol não é adequada, pois seu uso conduziria a uma dose excessiva do componente tiazídico.

Quando necessário, pode-se adicionar outro agente anti-hipertensivo gradualmente, começando com 50% da dose usual recomendada, para evitar queda excessiva da pressão arterial.

Pode-se utilizar 1 a 2 comprimidos de Hidroclorotiazida + Propranolol, duas vezes ao dia, para administrar até 320 mg de cloridrato de propranolol e 100 mg de hidroclorotiazida.
Administração
Via oral.
Contra-Indicações
Hidroclorotiazida + Propranolol é contra-indicado em pacientes com:
- Choque cardiogénico;
- Bradicardia sinusal;
- Bloqueio atrioventricular maior que primeiro grau (o bloqueio beta-adrenérgico pode impedir a facilitação da condução induzida pela actividade simpática);
- Asma brônquica;
- Insuficiência cardíaca congestiva, a menos que a insuficiência seja subsequente a uma taquiarritmia tratável com propranolol;
- Anúria;
- Hipersensibilidade à hidroclorotiazida ou a outras drogas derivadas da sulfonamida.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
São descritas a seguir reacções adversas pós-comercialização de Hidroclorotiazida + Propranolol, que não possuem frequência conhecida:

Cardiovasculares
Bradicardia; insuficiência cardíaca congestiva; intensificação do bloqueio atrioventricular; hipotensão; hipotensão ortostática (pode ser agravada pelo álcool, barbitúricos ou narcóticos); parestesia das mãos; insuficiência arterial, geralmente do tipo Raynaud.

Sistema Nervoso Central
Depressão mental manifestada por insónia, lassidão, fraqueza, fadiga, depressão mental reversível progredindo para catatonia; distúrbios visuais; alucinações; sonhos vividos; uma síndrome aguda reversível caracterizada por desorientação de tempo e espaço, perda temporária da memória, labilidade emocional, leves distúrbios sensoriais, e desempenho psicomotor prejudicado; tontura; vertigem; parestesias; cefaléia; xantopsia.

Doses diárias totais de propranolol acima de 160 mg (quando administradas em doses divididas maiores que 80 mg cada) podem ser associadas a aumento da incidência de fadiga, letargia, e sonhos vividos.

Gastrintestinais
Náusea; vómito; dor epigástrica; cólica abdominal; diarreia; obstipação; trombose arterial mesentérica; colite isquémica; anorexia; irritação gástrica; icterícia colestática intra-hepática; pancreatite; sialadenite.

Alérgicas
Faringite; agranulocitose; febre associada a dor e inflamação da garganta; laringoespasmo; dificuldade respiratória incluindo pneumonite; púrpura; fotossensibilidade; rash cutâneo; urticária; angeíte (vasculite, vasculite cutânea); reacções anafilácticas.

Respiratórias
Broncoespasmo.

Hematológicas
Agranulocitose; púrpura não trombocitopénica; púrpura trombocitopénica; leucopenia; anemia aplástica.

Autoimunes
Em casos extremamente raros, lúpus eritematoso sistémico (LES) tem sido relatado.

Outras
Alopécia; reacções semelhantes às do lúpus eritematoso sistémico; erupções psoriasiformes; hiperglicemia; glicosúria; hiperuricemia; espasmo muscular; fraqueza; agitação; olhos secos; impotência masculina; doença de Peyronie; visão obscura transitória tem sido raramente relatada.

Exclusivo 40 e 80 mg + 25 mg
Informações adicionais sobre os componentes individualmente

As reacções adversas abaixo reportadas com os componentes individualmente, também podem ter efeitos indesejáveis com Hidroclorotiazida + Propranolol, mesmo que não tenham sido observadas nos estudos clínicos ou durante o período pós-comercialização.

Propranolol:

Reacção comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Geral
Fadiga e/ou lassitude (frequentemente transitória)

Cardiovascular
Bradicardia, extremidades frias, fenómeno de Raynaud

Sistema Nervoso Central
Distúrbios do sono e pesadelos

Reacção incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento

Gastrointestinal
Distúrbios gastrointestinais, assim como náuseas, vómito e diarréias

Reacção rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Geral
Vertigem

Sangue
Trombocitopenia

Cardiovascular
Piora da insuficiência cardíaca, precipitação do bloqueio cardíaco, hipotensão postural que pode estar associada com síncope e exacerbação de claudicação intermitente

Sistema Nervoso Central
Alucinações, psicoses, alterações de humor, confusão

Pele
Púrpura, alopécia, reacções cutâneas psoriasiformes, agravamento da psoríase, exantema

Neurológico
Parestesia

Olhos
Olhos secos, distúrbios visuais

Respiratório
Pode ocorrer broncoespasmo em pacientes com asma brônquica ou história de queixas asmáticas (algumas vezes com resultado fatal)

Reacção muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Sistema endócrino
Foi relatada hipoglicemia em neonatos, lactentes, crianças, pacientes idosos, pacientes submetidos a hemodiálise, pacientes em terapia antidiabética concomitante, pacientes em jejum prolongado e pacientes com doença hepática crónica

Investigações
Aumento dos anticorpos antinucleares (ANA), entretanto, a relevância clínica deste evento não está clara

Sistema Nervoso Central
Síndrome do tipo miastenia grave ou exacerbação da miastenia grave

A descontinuação do tratamento deve ser considerada se, a critério médico, o bem-estar do paciente estiver sendo afectado por qualquer uma das reacções acima. A interrupção do tratamento com um betabloqueador deve ser gradual.

Na rara possibilidade de intolerância, manifestada como bradicardia e hipotensão, o fármaco deve ser suspenso e, se necessário, deve-se instituir tratamento para sobredosagem.

Hidroclorotiazida:

Reacção comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Distúrbios do metabolismo e nutrição
Principalmente em altas doses, aumento dos lipídeos no sangue

Distúrbios vasculares
Hipotensão ortostática, que pode ser agravada pelo álcool, anestésicos ou sedativos

Distúrbios gastrintestinais
Náusea e vómitos leves

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos
Urticária e outras formas de rash

Distúrbios do sistema reprodutivo e das mamas
Disfunção eréctil

Reacção incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Distúrbios do metabolismo e nutrição
Hipomagnesemia, hiperuricemia e apetite diminuído

Reacção rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Distúrbios do metabolismo e nutrição
Hipercalcemia, hiperglicemia, glicosúria e piora do estado metabólico diabético

Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático
Trombocitopenia, algumas vezes com púrpura

Distúrbios psiquiátricos
Distúrbios do sono

Distúrbios do sistema nervoso
Dor de cabeça, tonturas, depressão e parestesia

Distúrbios oculares
Comprometimento visual, particularmente nas primeiras semanas de tratamento

Distúrbios cardíacos
Arritmias

Distúrbios gastrointestinais
Desconforto abdominal, obstipação e diarreia

Distúrbios hepatobiliares
Colestase ou icterícia

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos
Reacção de fotossensibilidade

Reacção muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático
Leucopenia, agranulocitose, falência da medula óssea e anemia hemolítica

Distúrbios do sistema imunológico
Vasculite necrosante, reacções de hipersensibilidade - desconforto respiratório, incluindo pneumonite e edema pulmonar

Distúrbios do metabolismo e nutrição
Alcalose hipoclorêmica

Distúrbios gastrointestinais
Pancreatite

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo
Necrólise epidérmica tóxica, reacções parecidas com lúpus eritematoso cutâneo, reactivação do lúpus eritematoso cutâneo

Frequência desconhecida

Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático
Anemia aplástica

Distúrbios oculares
Glaucoma de ângulo fechado

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo
Eritema multiforme

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo
Espasmo muscular

Distúrbios renais e urinários
Falência renal aguda, distúrbios renais

Distúrbios gerais e condições no local de administração

Desconhecida
Pirexia, astenia

Sempre que as reacções adversas são moderadas ou intensas, a dose de tiazida deve ser reduzida, ou o tratamento interrompido.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:As tiazidas e o propranolol são excretados no leite materno. Caso o uso de Hidroclorotiazida + Propranolol seja considerado essencial, a paciente deve interromper a amamentação.
Dopping
Dopping
Dopping:Este medicamento pode causar dopping.
Insuf. Hepática
Insuf. Hepática
Insuf. Hepática:Deve-se usar propranolol com cautela em pacientes com insuficiência hepática ou renal.
Insuf. Renal
Insuf. Renal
Insuf. Renal:Deve-se usar propranolol com cautela em pacientes com insuficiência hepática ou renal.
Precauções Gerais
Deve-se usar propranolol com cautela em pacientes com insuficiência hepática ou renal.

O bloqueio de receptores beta-adrenérgicos pode causar redução da pressão intra-ocular. Os pacientes devem ser avisados que propranolol pode interferir em teste de triagem de glaucoma. A interrupção da droga pode reconduzir ao aumento da pressão intra-ocular.

A estimulação simpática pode ser um componente vital, auxiliando a função circulatória em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, e sua inibição pelo bloqueio beta-adrenérgico pode precipitar uma insuficiência cardíaca mais intensa. Embora os bloqueadores beta-adrenérgicos devam ser evitados na insuficiência cardíaca congestiva, se necessário, podem ser usados com um acompanhamento cuidadoso em pacientes com história de insuficiência cardíaca bem compensada, e estejam recebendo digitálicos e diuréticos. Os bloqueadores beta-adrenérgicos não anulam a acção inotrópica dos digitálicos na musculatura cardíaca.

O uso contínuo de bloqueadores beta-adrenérgicos em pacientes sem antecedentes de insuficiência cardíaca pode, em alguns casos, conduzir à própria insuficiência cardíaca. Portanto, ao primeiro sinal ou sintoma de insuficiência cardíaca, o paciente deve ser digitalizado e/ou tratado com diuréticos e a resposta rigorosamente observada, ou o uso de propranolol deve ser interrompido (gradualmente, se possível).

Há relatos de exacerbação de angina e, em alguns casos, enfarto do miocárdio, após a descontinuidade abrupta do tratamento com propranolol. Portanto, quando a descontinuidade de propranolol é desejada, a dosagem deve ser gradualmente reduzida durante, pelo menos, algumas semanas e o paciente deve ser alertado contra a interrupção ou o término do tratamento, sem a recomendação do médico. Caso o tratamento com propranolol seja interrompido e ocorrer a exacerbação da angina, aconselha-se a reiniciar o tratamento com propranolol e tomar outras medidas apropriadas para o controle de angina pectoris instável. Uma vez que a doença arterial coronariana pode ser de difícil reconhecimento em pacientes ateroscleróticos que estejam recebendo propranolol para outras indicações, aconselha-se seguir as recomendações acima.

De modo geral, pacientes com doenças broncoespásticas não alérgicas (bronquite crónica, enfisema) não devem receber bloqueadores beta-adrenérgicos. Propranolol, se necessário, deve ser administrado com cautela, uma vez que pode bloquear a broncodilatação produzida pela acção de catecolaminas endógenas e exógenas sobre receptores beta.

A necessidade de interrupção do tratamento com bloqueadores beta-adrenérgicos antes de grandes cirurgias é controversa. Deve-se salientar, entretanto, que a diminuição da resposta cardíaca aos reflexos estimulantes adrenérgicos pode aumentar os riscos da anestesia geral e dos procedimentos cirúrgicos.

Propranolol, como outros bloqueadores beta-adrenérgicos, é um inibidor competitivo de agonistas de receptores beta-adrenérgicos e seus efeitos podem ser revertidos pela administração de alguns agentes, como dobutamina ou isoproterenol. Entretanto, alguns pacientes podem estar sujeitos a hipotensão severa prolongada. A dificuldade em iniciar e manter o batimento cardíaco também tem sido relatada com bloqueadores beta-adrenérgicos.

O agente beta-bloqueador, quando necessário, deve ser utilizado com cautela em pacientes diabéticos. Os bloqueadores betaadrenérgicos podem mascarar a taquicardia que ocorre com a hipoglicemia, mas outras manifestações tais como vertigem e transpiração podem não ser significantemente afectadas. Após a hipoglicemia induzida pela insulina, propranolol pode retardar a recuperação dos níveis normais de glicose sanguínea.

O bloqueio beta-adrenérgico pode mascarar certos sinais clínicos de hipertireoidismo. Portanto, a interrupção abrupta de propranolol pode ser seguida de uma exacerbação dos sintomas de hipertireoidismo, incluindo distúrbios da tiróide. Propranolol pode alterar testes de função da tiróide, aumentando T4 e T3 reverso, e diminuindo T3.

Observou-se em diversos casos de síndrome de Wolff-Parkinson-White que, após o uso de propranolol, a taquicardia foi substituída por uma bradicardia intensa, necessitando de marcapasso de demanda. Em um caso, este facto ocorreu após uma dose inicial de 5 mg de propranolol.

A hidroclorotiazida deve ser utilizada com cautela em pacientes com doença renal grave, uma vez que as tiazidas podem provocar azotemia. Pacientes com função renal prejudicada podem apresentar efeitos cumulativos da droga.

As tiazidas também devem ser utilizadas com cautela em pacientes com função hepática prejudicada ou com doença progressiva do fígado, já que a menor alteração de fluidos e do equilíbrio electrolítico pode provocar coma hepático.

As tiazidas podem causar adição ou potenciar a acção de outras drogas anti-hipertensivas. A potenciação ocorre com drogas bloqueadoras adrenérgicas ganglionares ou periféricas.

Reacções de sensibilidade podem ocorrer em pacientes com história de alergia ou asma brônquica. A possibilidade de exacerbação ou activação de lúpus eritematoso sistémico tem sido relatada.

A determinação periódica de electrólitos séricos para determinar possível desequilíbrio electrolítico deve ser realizada a intervalos adequados.

Todos os pacientes recebendo tratamento tiazídico devem ser observados em relação a sinais clínicos de distúrbios de fluidos ou electrólitos como: hiponatremia, alcalose hipoclorémica e hipopotassemia. As determinações electrolíticas séricas e na urina são particularmente importantes quando o paciente está vomitando excessivamente, recebendo soluções parenterais ou glicosídios digitálicos.

Os sinais que devem ser observados, independentemente da sua causa são: secura da boca; sede; fraqueza; letargia; sonolência; inquietação; dores musculares ou cãibras; fadiga muscular; hipotensão; oligúria; taquicardia; distúrbios gastrintestinais tais como náusea e vómito.

Pode ocorrer hipopotassemia, especialmente com diurese acelerada, quando há presença de cirrose intensa, ou durante o uso concomitante de corticosteróides ou hormonas adrenocorticotrópico (ACTH). A interferência de administração oral de electrólito contribuirá também para hipopotassemia. A hipopotassemia pode sensibilizar ou exacerbar a resposta cardíaca aos efeitos tóxicos dos digitálicos (excitabilidade ventricular aumentada). A hipopotassemia pode ser evitada ou tratada pela suplementação de potássio através de alimentação com alto teor de potássio.

Deficiência em cloretos, caso ocorra, é geralmente leve e normalmente não requer tratamento específico, excepto sob circunstâncias extraordinárias, como em doenças hepática ou renal. Pode ocorrer hiponatremia por diluição em pacientes edematosos durante as estações quentes. O tratamento adequado é a restrição de água, excepto em raros casos, quando a hiponatremia coloca em risco a vida do paciente. Nestes casos, deve-se recomendar a de reposição de sal.

Pode ocorrer hiperuricemia ou gota em certos pacientes recebendo terapia tiazídica.

Os efeitos anti-hipertensivos do medicamento podem estar aumentados nos pacientes pós-simpatectomizados. As tiazidas podem diminuir a sensibilidade arterial à norepinefrina. Esta diminuição não é suficiente para excluir a eficácia do agente pressor para uso terapêutico.

A quantidade de insulina necessária para pacientes diabéticos pode aumentar, diminuir ou permanecer inalterada. Diabetes mellitus, o qual tem permanecido latente, pode manifestar-se durante a administração de tiazida.

Caso a insuficiência renal progressiva torne-se evidente, deve-se considerar a descontinuidade da terapia diurética.

Carcinogénese, mutagénese, prejuízo da fertilidade
Estudos de longo tempo em animais têm sido conduzidos para avaliar efeitos tóxicos e potencial carcinogênico de propranolol. Em estudos de 18 meses, em ratos e camundongos, empregando-se doses de até 150 mg/kg/dia, não houve evidência de toxicidade significante induzida pelo propranolol. Não foram relatados efeitos tumorigénicos devido à droga para quaisquer doses utilizadas.

Estudos reprodutivos em animais não mostraram qualquer prejuízo na fertilidade que fosse atribuível ao propranolol. Não foram realizados estudos prolongados em animais, para avaliar os potenciais carcinogénico e mutagénico de hidroclorotiazida. Os efeitos de propranolol e hidroclorotiazida na fertilidade humana são desconhecidos.
Cuidados com a Dieta
Sem informação.
Terapêutica Interrompida
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Cuidados no Armazenamento
Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidroclorotiazida + Propranolol Catecolaminas

Observações: n.d.
Interacções: Pacientes recebendo drogas depletoras de catecolaminas, tais como reserpina, devem ser rigorosamente observados caso recebam propranolol. A acção adicional bloqueadora de catecolamina pode provocar uma redução excessiva da actividade nervosa simpática final, a qual pode resultar em hipotensão, bradicardia acentuada, vertigem, crises de síncope, ou hipotensão ortostática. - Catecolaminas
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidroclorotiazida + Propranolol Reserpina

Observações: n.d.
Interacções: Pacientes recebendo drogas depletoras de catecolaminas, tais como reserpina, devem ser rigorosamente observados caso recebam propranolol. A acção adicional bloqueadora de catecolamina pode provocar uma redução excessiva da actividade nervosa simpática final, a qual pode resultar em hipotensão, bradicardia acentuada, vertigem, crises de síncope, ou hipotensão ortostática. - Reserpina
Usar com precaução

Hidroclorotiazida + Propranolol Bloqueadores beta-adrenérgicos (betabloqueadores)

Observações: n.d.
Interacções: Deve-se ter cautela quando da administração de drogas bloqueadoras de canais de cálcio em pacientes que estejam recebendo betabloqueadores, especialmente verapamil intravenoso, pois ambas as drogas podem deprimir a contratilidade miocárdica ou a condução atrioventricular. - Bloqueadores beta-adrenérgicos (betabloqueadores)
Usar com precaução

Hidroclorotiazida + Propranolol Verapamilo

Observações: n.d.
Interacções: Deve-se ter cautela quando da administração de drogas bloqueadoras de canais de cálcio em pacientes que estejam recebendo betabloqueadores, especialmente verapamil intravenoso, pois ambas as drogas podem deprimir a contratilidade miocárdica ou a condução atrioventricular. - Verapamilo
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidroclorotiazida + Propranolol Hidróxido de Alumínio

Observações: n.d.
Interacções: O gel de hidróxido de alumínio reduz consideravelmente a absorção intestinal de propranolol. - Hidróxido de Alumínio
Usar com precaução

Hidroclorotiazida + Propranolol Álcool

Observações: n.d.
Interacções: O álcool etílico reduz a velocidade de absorção de propranolol. - Álcool
Usar com precaução

Hidroclorotiazida + Propranolol Fenitoína

Observações: n.d.
Interacções: A fenitoína, fenobarbital e rifampicina aceleram o clearance de propranolol. - Fenitoína
Usar com precaução

Hidroclorotiazida + Propranolol Fenobarbital

Observações: n.d.
Interacções: A fenitoína, fenobarbital e rifampicina aceleram o clearance de propranolol. - Fenobarbital
Usar com precaução

Hidroclorotiazida + Propranolol Rifampicina (rifampina)

Observações: n.d.
Interacções: A fenitoína, fenobarbital e rifampicina aceleram o clearance de propranolol. - Rifampicina (rifampina)
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidroclorotiazida + Propranolol Clorpromazina

Observações: n.d.
Interacções: A clorpromazina quando usada concomitantemente com propranolol resulta em aumento do nível plasmático de ambas as drogas. - Clorpromazina
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidroclorotiazida + Propranolol Fenazona (antipirina)

Observações: n.d.
Interacções: A antipirina e a lidocaína têm o clearance reduzido quando usadas concomitantemente com propranolol. - Fenazona (antipirina)
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidroclorotiazida + Propranolol Lidocaína

Observações: n.d.
Interacções: A antipirina e a lidocaína têm o clearance reduzido quando usadas concomitantemente com propranolol. - Lidocaína
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidroclorotiazida + Propranolol Tiroxina

Observações: n.d.
Interacções: A administração concomitante de tiroxina e propranolol pode resultar em concentração de T3 menor do que a esperada. - Tiroxina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidroclorotiazida + Propranolol Cimetidina

Observações: n.d.
Interacções: A cimetidina diminui o metabolismo hepático de propranolol, retardando sua eliminação e aumentando os níveis sanguíneos da droga. - Cimetidina
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Hidroclorotiazida + Propranolol Teofilina

Observações: n.d.
Interacções: O clearance de teofilina é reduzido quando usada concomitantemente com propranolol. - Teofilina
Usar com precaução

Hidroclorotiazida + Propranolol Bloqueadores neuromusculares

Observações: n.d.
Interacções: As drogas tiazídicas podem causar bloqueio neuromuscular prolongado em pacientes recebendo agentes bloqueadores neuromusculares não despolarizantes como cloreto de tubocumarina ou trietiliodeto de galamina. - Bloqueadores neuromusculares
Usar com precaução

Hidroclorotiazida + Propranolol Tubocurarina

Observações: n.d.
Interacções: As drogas tiazídicas podem causar bloqueio neuromuscular prolongado em pacientes recebendo agentes bloqueadores neuromusculares não despolarizantes como cloreto de tubocumarina ou trietiliodeto de galamina. - Tubocurarina
Usar com precaução

Hidroclorotiazida + Propranolol Galamina

Observações: n.d.
Interacções: As drogas tiazídicas podem causar bloqueio neuromuscular prolongado em pacientes recebendo agentes bloqueadores neuromusculares não despolarizantes como cloreto de tubocumarina ou trietiliodeto de galamina. - Galamina
Usar com precaução

Hidroclorotiazida + Propranolol Testes Laboratoriais/Diagnóstico

Observações: n.d.
Interacções: O propranolol pode alterar alguns testes clínicos laboratoriais, provocando níveis elevados de ureia sanguínea em pacientes com severa doença cardíaca, elevação de trasaminase sérica, fosfatase alcalina e desidrogenase lática. As tiazidas podem diminuir as quantidades de iodeto ligado às proteínas plasmáticas sem que haja sinais de distúrbios da tireóide. A excreção de cálcio é diminuída pelas tiazidas. Alterações patológicas na glândula paratireóide com hipercalcemia e hipofosfatemia têm sido observadas em alguns pacientes recebendo terapia tiazídica prolongada. As complicações comuns do hiperparatireoidismo, tais como litíase renal, reabsorção óssea e ulceração péptica, não têm sido observadas. As tiazidas devem ser descontinuadas antes da realização de testes da função paratireóide. - Testes Laboratoriais/Diagnóstico
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Hidroclorotiazida + Propranolol
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

Estudos em animais demonstraram que o propranolol pode ser embriotóxico em doses 10 vezes maiores que a dose máxima recomendada em humanos. As tiazidas atravessam a barreira placentária e podem ser detectadas no cordão umbilical. Uma vez que não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas, Hidroclorotiazida + Propranolol não deve ser usado durante a gravidez, a menos que os benefícios esperados para a paciente superem os riscos potenciais para o feto, segundo critério médico.

Estes riscos incluem icterícia fetal ou neonatal, trombocitopenia, e possivelmente outras reacções adversas, as quais têm ocorrido em adultos.

Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

As tiazidas e o propranolol são excretados no leite materno. Caso o uso de Hidroclorotiazida + Propranolol seja considerado essencial, a paciente deve interromper a amamentação.

Este medicamento pode causar dopping.

Deve-se usar propranolol com cautela em pacientes com insuficiência hepática ou renal.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 21 de Fevereiro de 2023