Fumo do Tabaco

O que é
As partículas que constituem o fumo resultam da combustão incompleta de um qualquer material combustível.

É assim um subproduto não desejado da combustão.

O fumo de um cigarro contém cerca de 4700 substâncias, 60 das quais são cancerígenas.

Metade destas acumulam-se nos alvéolos e brônquios dos pulmões podendo levar ao aparecimento de mutações genéticas e consequentemente ao cancro do pulmão (adenocarcinoma) e também da boca, laringe, faringe, pâncreas, rins, bexiga, colo de útero e esófago.

Cerca de 90% dos casos de cancro do pulmão estão associados ao tabagismo.

O consumo de 1 a 9 cigarros por dia aumenta quatro vezes o risco de morte de um individuo por cancro do pulmão, o qual poderia ter vivido em média mais 22 anos! Morrem em todo o mundo cerca de um milhão de pessoas por ano devido a cancro de pulmão (mais do que o cancro do cólon, mama e próstata juntos).

As consequências deste comportamento de risco só se manifestam após 20 a 30 anos.

Um fumador passivo (não fumador que convive com o fumador) "fuma" cerca de um terço dos cigarros de um fumador, por outro lado o fumo que se liberta de um cigarro a arder num cinzeiro é mais tóxico que aquele que o fumado exala.

Os principais constituintes do fumo do cigarro são:

Monóxido de carbono - Gás incolor e inodoro que resulta da combustão do cigarro.
Está presente entre 1 a 5% no fumo e possui uma afinidade pela hemoglobina 200 vezes superior à do oxigénio.
Por esta razão reduz a capacidade de oxigenação dos tecidos e interfere nos sistemas enzimáticos.
Aumenta a viscosidade do sangue e provoca lesões nas veias e artérias.

Gases irritantes - Amónia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, entre outros.
Estimulam a produção de muco nos pulmões, dificultam a expectoração, provocam tosse e bronquite crónica.

Nicotina - alcalóide amarelo pálido.
Cada inspiração possui entre 100 a 200 microgramas.
Causa dependência (à semelhança da morfina) e provoca taquicardia, hipertensão arterial e vasoconstrição periférica por induzir a síntese de acetilcolina, adrenalina e noradrenalina.
Estimula igualmente a produção de dopamina, glutamato e a libertação de endorfinas.
A dose letal em humanos é de 40 mg.

Alcatrão e outros agentes cancerígenos - São substâncias aromáticas capazes de se ligarem ao DNA, formando adutos de DNA.
Estes adutos não são reconhecidos durante o processo de replicação de DNA o que provoca o aparecimento de erros, sendo estes os responsáveis pelo surgimento de células cancerígenas que originam e espalham o cancro em diversos órgãos.

O Teste de Fagerström mede o grau de dependência à nicotina.
Todo paciente deve ter aferido o seu grau de dependência à nicotina.

É a dependência da nicotina que mantém o vício e causa os sintomas de nas pessoas que tentam parar de fumar, fazendo com que 90% delas voltem a fumar dentro de um ano.
Usos comuns
Não aplicável.

O fumo de um cigarro contém cerca de 4700 substâncias, 60 das quais são cancerígenas.
Metade destas acumulam-se nos alvéolos e brônquios dos pulmões podendo levar ao aparecimento de mutações genéticas e consequentemente ao cancro do pulmão (adenocarcinoma) e também da boca, laringe, faringe, pâncreas, rins, bexiga, colo de útero e esófago.
Tipo
Sem informação.
História
Jean Nicot era botânico e embaixador da França em Portugal e é considerado o introdutor do fumo na Europa Ocidental.

Do seu nome deriva o termo "nicotina".

Em 1596, Nicot enviou uma amostra de tabaco à sua rainha, em Paris e no seu relatório, apresentava o tabaco como uma planta milagrosa para a saúde, capaz de curar inúmeros males, de verrugas a gangrenas.

Quatro séculos depois sabemos que o fumo não cura nada.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu a luta antitabágica como prioridade para o século XXI, uma vez que o tabagismo é considerado o maior problema de saúde pública do mundo moderno.

No século XX morreram 100 milhões de pessoas devido ao consumo de tabaco.

Quando se constatou que o alcatrão presente no fumo do tabaco era o principal causador de cancro introduziu-se o filtro e comprovou-se posteriormente que o cigarro com filtro reduzia em 30% o risco de cancro.

Contudo pesquisas efectuadas recentemente nos Estados Unidos demonstraram que quem fuma cigarros com filtro vive em média, dois a três anos menos! De facto embora o fumo dos cigarros com filtro tenha menos alcatrão, tem um teor 26% superior em monóxido do carbono.

A introdução no mercado de cigarros com baixa teor em nicotina foi outra solução que contrariamente ao previsto veio prejudicar ainda mais os fumadores.

Na realidade este cigarros "obrigam" a um maior consumo uma vez que os fumadores passaram a fumar mais para compensar a quantidade nicotina exigida pelo organismo.
Indicações
Não aplicável.

O fumo de um cigarro contém cerca de 4700 substâncias, 60 das quais são cancerígenas.
Metade destas acumulam-se nos alvéolos e brônquios dos pulmões podendo levar ao aparecimento de mutações genéticas e consequentemente ao cancro do pulmão (adenocarcinoma) e também da boca, laringe, faringe, pâncreas, rins, bexiga, colo de útero e esófago.
Classificação CFT

N.D.

Mecanismo De Acção
Sem informação.
Posologia Orientativa
Conforme prescrição médica.
Administração
Sem informação.
Contra-Indicações
É contra-indicado.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
O fumo de um cigarro contém cerca de 4700 substâncias, 60 das quais são cancerígenas.

Metade destas acumulam-se nos alvéolos e brônquios dos pulmões podendo levar ao aparecimento de mutações genéticas e consequentemente ao cancro do pulmão (adenocarcinoma) e também da boca, laringe, faringe, pâncreas, rins, bexiga, colo de útero e esófago.

Cerca de 90% dos casos de cancro do pulmão estão associados ao tabagismo.
Advertências

Sem informação.

Precauções Gerais
Sem informação.
Cuidados com a Dieta
Sem informação.
Terapêutica Interrompida
Não aplicável.
Cuidados no Armazenamento
Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Tasimelteom Fumo do Tabaco

Observações: A CYP1A2 e a CYP3A4 são enzimas que foram identificadas como desempenhando um papel importante no metabolismo do tasimelteom. Foi demonstrado que os medicamentos que inibem a CYP1A2 e a CYP3A4 alteram o metabolismo do tasimelteom in vivo. Não é conhecido o envolvimento de outras enzimas (por exemplo, CYP2C19) no metabolismo do tasimelteom.
Interacções: Tabagismo (indutor moderado da CYP1A2): A exposição ao tasimelteom diminuiu cerca de 40% nos fumadores, em comparação com os não fumadores. Esta redução na exposição não é considerada clinicamente relevante e, por conseguinte, não é necessário qualquer ajuste da dose. - Fumo do Tabaco
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Cinacalcet Fumo do Tabaco

Observações: Cinacalcet é metabolizado em parte pela enzima CYP3A4. Dados in vitro indicam que o cinacalcet é em parte metabolizado pela CYP1A2. Cinacalcet é um potente inibidor da CYP2D6.
Interacções: Fumar induz a CYP1A2; a depuração de cinacalcet observada foi 36-38% superior em fumadores quando comparada com não fumadores. O ajuste de dose pode ser necessário num doente que inicia ou pára de fumar ou se inicia ou interrompe um tratamento concomitante com potentes inibidores da CYP1A2. - Fumo do Tabaco
Sem efeito descrito

Aripiprazol Fumo do Tabaco

Observações: Deverá ter-se precaução se o aripiprazol for administrado concomitantemente com medicamentos que se sabe que causam intervalo QT prolongado ou desequilíbrio eletrolítico.
Interacções: O aripiprazol é metabolizado por vias múltiplas envolvendo as enzimas CYP2D6 e CYP3A4, mas não as enzimas CYP1A. Consequentemente, não é necessário ajuste posológico para os fumadores. - Fumo do Tabaco
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Cilostazol Fumo do Tabaco

Observações: n.d.
Interacções: Em estudos clínicos, o tabagismo (que induz a CYP1A2) diminuiu as concentrações plasmáticas de cilostazol em 18%. - Fumo do Tabaco
Multiplos efeitos Terapêuticos/Tóxicos

Dalteparina sódica Fumo do Tabaco

Observações: n.d.
Interacções: Uma vez que a heparina tem demonstrado interacção com a nitroglicerina intravenosa, penicilina em doses elevadas, sulfinpirazona, probenecida, ácido etacrínico, agentes citostáticos, quinina, anti-histamínicos, digitálicos, tetraciclinas, fumo de tabaco e ácido ascórbico, não pode ser excluída uma possível interacção com a dalteparina. - Fumo do Tabaco
Usar com precaução

Papaverina + Quinina Fumo do Tabaco

Observações: n.d.
Interacções: O fumo pode interferir no efeito terapêutico da papaverina. - Fumo do Tabaco
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções do Fumo do Tabaco
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 11 de Novembro de 2021