Flufenazina

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento DCI com Advertência na Insuficiência Hepática DCI com Advertência na Insuficiência Renal DCI com Advertência na Condução
O que é
A flufenazina é um antipsicótico típico da classe das fenotiazinas.
É usado no tratamento de psicoses crónicas, como esquizofrenia, e parece ser quase igual em eficácia aos antipsicóticos de baixa potência como a clorpromazina.
Usos comuns
É utilizado no tratamento de longa duração das doenças psicóticas (esquizofrenia crónica).
Esta doença é caracterizada por sintomas tais como ouvir, ver ou sentir coisas que não existem, desconfiança, juízos errados, discurso e comportamento incoerentes e apatia emocional.
As pessoas neste estado podem também sentir-se deprimidas, culpadas, ansiosas ou tensas.
Tipo
Molécula pequena.
História
A flufenazina entrou em uso em 1959.
A forma injectável está na Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial de Saúde.
Indicações
A Flufenazina está indicado no tratamento de longa duração das doenças psicóticas (esquizofrenia crónica).
A Flufenazina não se destina ao tratamento das perturbações não psicóticas nem à terapêutica de curta duração (<3 meses).
A Flufenazina não se mostra eficaz no tratamento das complicações de comportamento nos doentes deficientes mentais.
Classificação CFT

2.9.2 : Antipsicóticos

Mecanismo De Acção
A flufenazina apresenta-se como o éster do ácido decanoico (decanoato).

Quimicamente, a flufenazina é o 4-(3-[2-(trifluormetil)-fenotiazina10-il]propil)-1- piperazina, um derivado fenotiazínico.

A flufenazina actua a todos os níveis do sistema nervoso central, bem como sobre múltiplos sistemas de órgãos.

O mecanismo de acção não é conhecido, contudo, pode estar relacionado com as acções antidopaminérgicas da flufenazina.

Com a excepção da duração da acção, os efeitos de base do decanoato de flufenazina não são aparentemente diferentes dos do cloridrato de flufenazina.

A esterificação da flufenazina prolonga marcadamente a duração do efeito do fármaco.
Posologia Orientativa
População adulta
Dose inicial
Para a maior parte dos doentes pode ser administrada uma dose de Flufenazina (solução injectável) de 12,5 a 25 mg (0,5 a 1 ml) para iniciar a terapêutica. As injecções subsequentes e os intervalos entre as doses são determinados em função da resposta do doente.

Não exceder a dose de 100 mg. Se se tornar necessário usar doses superiores a 50 mg, as doses subsequentes devem ser aumentadas com precaução e com incrementos de 12,5 mg.

Doentes extremamente agitados
Podem ser tratados inicialmente com uma fenotiazina de acção rápida (por ex. cloridrato de flufenazina injectável). Quando tenham desaparecido os sintomas agudos, pode administrar-se 25 mg (1 ml) do Flufenazina; as doses subsequentes são ajustadas de acordo com as necessidades.
Administração
Vias Oral, IM.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade à Flufenazina.

A flufenazina está contra-indicada em doentes com dano cerebral subcortical (suspeito ou declarado), em doentes submetidos a doses altas de fármacos com acção depressiva sobre o SNC (álcool, barbitúricos, narcóticos, hipnóticos, etc.), em estados de coma ou de depressão grave e nos doentes com discrasias sanguíneas ou com doença hepática.

Deve ser usado com precaução em doentes com antecedentes de hipersensibilidade a outras fenotiazinas, pois pode ocorrer reacção cruzada.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Doenças do sangue e do sistema linfático
Devido à ocorrência, com os derivados fenotiazínicos, de discrasias sanguíneas incluindo leucopenia, agranulocitose, púrpura trombocitopénica ou não trombocitopénica, eosinofilia e pancitopenia, é aconselhável a realização de hemogramas de rotina durante o tratamento.

Se ocorrer qualquer sensibilidade da boca, gengivas ou garganta ou qualquer sintoma de infecção respiratória superior, e a contagem leucocitária confirmar depressão da medula óssea, o tratamento deve ser interrompido e as medidas apropriadas devem ser imediatamente instituídas.

Doenças do sistema imunitário
Foi descrito com os derivados fenotiazínicos a ocorrência de alterações na pele, tais como prurido, eritema, urticária, seborreia, fotossensibilidade, eczema e até mesmo dermatites exfoliativas.

Nalguns doentes deve ser tido em consideração a possibilidade da ocorrência de reacções anafilácticas.

Podem ocorrer, raramente, asma, edema da laringe e edema angioneurótico.

Doenças endócrinas e doenças do metabolismo e da nutrição
Em alguns doentes medicados com fenotiazinas ocorreram alteração do peso, edema periférico, hiponatremia, síndrome de secreção inadequada da hormona antidiurética, lactação anormal, ginecomastia, irregularidades menstruais, falsos resultados do teste de gravidez, impotência no homem e perturbação da libido na mulher.

Doenças do sistema nervoso Sistema nervoso central
Os efeitos secundários mais frequentemente referidos com as fenotiazinas são os sintomas extrapiramidais, incluindo pseudoparkinsonismo, distonia, discinesia, acatisia, crises oculogíricas, opistótono e hiper-refletividade.

Muitas vezes estes sintomas extrapiramidais são reversíveis; contudo, podem ser persistentes.

Com qualquer derivado de fenotiazina, a incidência e a gravidade de tais acontecimentos dependem mais da sensibilidade do doente do que de outros fatores, mas a dose e a idade do doente são também determinantes.

As reacções extrapiramidais podem ser alarmantes, devendo o doente ser prevenido e tranquilizado.

Estas reacções podem ser controladas, em geral pela administração de fármacos anticolinérgicos ou antiparkinsónicos (tais como o mesilato de benztropina) e pela redução da posologia.

Discinesia tardia
A síndrome é caracterizada por movimentos coreoatetóides involuntários que envolvem a língua, face, boca, lábios ou maxilar inferior (por ex. protusão da língua, entumecimento das bochechas, contração da boca, movimentos de mastigação), tronco e extremidades.

A gravidade da síndrome e o grau de alteração produzido variam muito.

A síndrome pode-se tornar clinicamente reconhecível durante o tratamento, após redução da posologia ou após interrupção do tratamento.

É importante detectar cedo a discinesia tardia.

Para aumentar a probabilidade de detectar o mais cedo possível a síndrome de discinesia tardia, a posologia dos neurolépticos deve ser reduzida periodicamente (se possível do ponto de vista clínico) e o doente deve ser observado quanto aos sinais desta perturbação.

Este procedimento é crítico uma vez que os fármacos neurolépticos podem mascarar os sinais da síndrome.

Em ensaios clínicos aleatorizados e controlados por placebo na população com demência tratada com antipsicóticos atípicos, foi observado um aumento do risco de acontecimentos adversos cerebrovasculares de cerca de 3 vezes.

Outros efeitos sobre o SNC
Foram relatadas ocorrências de síndrome neuroléptica maligna em doentes sob terapêutica com neurolépticos.

Em conjunto com a síndrome neuroléptica maligna pode ocorrer leucocitose, febre, aumento da creatinafosfoquinase, anomalia da função hepática e insuficiência renal aguda.

Pode ocorrer sonolência ou letargia.

Em alguns doentes, as fenotiazinas podem causar inquietação, excitação ou sonhos bizarros.

Podem ocorrer alterações nos eletroencefalogramas e no proteinograma do líquido cefalorraquidiano; pode ocorrer raramente, edema cerebral.

Sistema nervoso autónomo
Foi referida a ocorrência de hipertensão e de flutuação de pressão arterial com a flufenazina.

A hipotensão apenas raramente foi um problema com a flufenazina.

No entanto, os doentes com feocromocitoma, insuficiência vascular cerebral ou insuficiência renal, ou uma deficiência grave na função cardíaca (como insuficiência mitral) parecem ser particularmente predispostos a reacções de hipotensão com fenotiazinas e, consequentemente, devem ser observados cuidadosamente quando o fármaco for administrado.

Se ocorrer hipotensão grave, as medidas de suporte devem ser instituídas imediatamente, incluindo o uso de medicamentos vasopressores por via intravenosa.

O fármaco mais indicado para este efeito é o bitartarato de levarterenol injectável; a epinefrina não deve ser usada porque os derivados fenotiazínicos invertem a sua acção, conduzindo a maior redução da pressão arterial.

Podem ocorrer acontecimentos autonómicos, incluindo náuseas e perda do apetite, salivação, poliúria, transpiração, boca seca, cefaleias e obstipação.

Os acontecimentos autonómicos, geralmente, podem ser controlados pela redução posológica ou pela interrupção temporária da medicação.

Doenças cardíacas
Prolongamento do intervalo QT, arritmias ventriculares, fibrilhação ventricular, taquicardia ventricular, morte súbita inexplicável, paragem cardíaca e "torsade de pointes" são efeitos de classe das fenotiazinas.

Em alguns doentes, os derivados fenotiazínicos têm causado visão turva, glaucoma, paralisia da bexiga, impactação fecal, íleus paralítico, taquicardia ou congestão nasal.

Afecções hepatobiliares
Foi detetada icterícia colestática com a flufenazina, em particular nos primeiros meses de tratamento.

O tratamento deve ser interrompido se ocorrer icterícia.

Nos doentes medicados com flufenazina foi relatada a ocorrência de alterações nos testes da função hepática e hepatite.

Situações na gravidez, no puerpério e perinatais
Frequência desconhecida: síndrome neonatal de privação de fármacos.

Outros
Em doentes psicóticos, medicados com fenotiazinas, hospitalizados, foram relatadas mortes súbitas não esperadas e não explicadas.

Podem ser factores predisponentes para morte súbita, dano cerebral prévio ou convulsões; deve ser evitado o uso de doses elevadas nos doentes com antecedentes de convulsões.

Foram relatadas, com a terapêutica prolongada, febre, vómitos, síndrome tipo lúpus eritematoso sistémico e alterações do traçado eletrocardiográfico; ocorreu pigmentação cutânea e opacidade da córnea e do cristalino.

Casos de tromboembolismo venoso, incluindo embolia pulmonar e casos de trombose venosa profunda, foram notificados com medicamentos antipsicóticos – frequência desconhecida.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:O decanoato de flufenazina só deve ser usado durante a gravidez se o benefício esperado for superior ao risco.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:O decanoato de flufenazina só deve ser usado durante a amamentação se o benefício esperado for superior ao risco.
Insuf. Hepática
Insuf. Hepática
Insuf. Hepática:Ver Antipsicóticos.
Insuf. Renal
Insuf. Renal
Insuf. Renal:Ver Antipsicóticos.
Condução
Condução
Condução:O uso deste medicamento pode diminuir as faculdades físicas e mentais necessárias para a condução de um veículo ou para a utilização de máquinas, particularmente durante os primeiros dias do tratamento.
Precauções Gerais
Interrupção abrupta do tratamento
As fenotiazinas, geralmente, não produzem dependência psíquica.

No entanto, foram relatados gastrite, náuseas e vómitos, tonturas e tremores após a interrupção abrupta da terapêutica com doses elevadas.

Dados sugerem que estes sintomas podem ser reduzidos se se mantiver a terapêutica concomitante com fármacos antiparkinsónicos durante algumas semanas após a interrupção do tratamento com fenotiazinas.

Tromboembolismo venoso
Foram notificados casos de tromboembolismo venoso (TEV) com medicamentos antipsicóticos.

Uma vez que os doentes tratados com antipsicóticos apresentam, frequentemente, factores de risco para o TEV, quaisquer factores de risco possíveis devem ser identificados antes e durante o tratamento com Flufenazina e devem ser adotadas medidas preventivas adequadas.

Prolongamento do intervalo QT
Como as fenotiazinas podem prolongar o intervalo QT, deverá ter-se precaução no tratamento de doentes com doença cardiovascular ou prolongamento congénito ou adquirido do intervalo QT.

O tratamento concomitante com outros fármacos que prolonguem o intervalo QT deve ser evitado.

Acontecimentos cerebrovasculares
Em ensaios clínicos aleatorizados e controlados por placebo na população com demência tratada com antipsicóticos atípicos, foi observado um aumento de cerca de 3 vezes do risco de acontecimentos adversos cerebrovasculares.

Não é conhecido o mecanismo para este risco aumentado.

Não pode ser excluído um risco aumentado para outros antipsicóticos ou para outras populações de doentes.

A flufenazina deve ser utilizada com precaução nos doentes com factores de risco para acidente vascular cerebral.

Os efeitos do álcool podem ser potenciados com a utilização deste fármaco.

Discinesia tardia
A discinesia tardia é uma síndrome que consiste em movimentos discinéticos, involuntários, potencialmente irreversíveis, que se pode desenvolver nos doentes tratados com neurolépticos, incluindo a flufenazina.

Apesar da prevalência da síndrome parecer ser superior nos idosos, especialmente do sexo feminino, não é possível, com base nas estimativas de prevalência, prever que doentes possivelmente desenvolverão a síndrome.

Pensa-se que o risco de desenvolver esta síndrome e a probabilidade de se tornar irreversível aumentem com o aumento da duração do tratamento e da dose cumulativa total de fármacos neurolépticos administrados ao doente.

No entanto, esta síndrome pode-se desenvolver, com uma frequência muito menor, após períodos de tratamento relativamente curtos com doses baixas.

Não existe tratamento conhecido para os casos estabelecidos de discinesia tardia, se bem que a síndrome possa reverter, parcial ou completamente, se o tratamento neuroléptico for interrompido.

O tratamento com neurolépticos, incluindo com a flufenazina, pode suprimir (ou suprimir parcialmente) os sinais e sintomas da síndrome e pode, consequentemente, mascarar a doença subjacente.

Não se conhece o efeito da supressão dos sintomas no curso da síndrome a longo prazo.

Atendendo a estas considerações, os neurolépticos devem ser prescritos de modo a minimizar a ocorrência de discinesia tardia.

O tratamento crónico com neurolépticos deve geralmente ser reservado para doentes que sofram de uma doença crónica 1) que se saiba que responde a fármacos neurolépticos e 2) para os quais não está disponível, ou não é adequado, um tratamento potencialmente menos nefasto.

Nos doentes que necessitem de tratamento crónico, deve ser procurada a menor dose e o tratamento com a menor duração que tenham resposta clínica satisfatória.

A necessidade para continuar o tratamento deve ser reavaliada periodicamente.

Se surgirem sinais e sintomas de discinesia tardia num doente medicado com neurolépticos, deve ser considerada a interrupção do fármaco.

No entanto, alguns doentes podem necessitar de tratamento apesar da presença da síndrome.

Síndrome neuroléptica maligna (SNM)
Foi referida uma síndrome complexa, potencialmente fatal, em associação com a utilização de fármacos antipsicóticos.

As manifestações clínicas da SNM são hiperpirexia, rigidez muscular, estado mental alterado e evidência de instabilidade autonómica (pulso ou pressão arterial irregular, taquicardia, diaforese e disritmias cardíacas).

O tratamento da SNM deve incluir: 1) interrupção imediata de fármacos antipsicóticos e outros fármacos não essenciais para a terapêutica concomitante; 2) tratamento sintomático intensivo e vigilância clínica; 3) tratamento de quaisquer situações médicas graves concomitantes para as quais estejam disponíveis tratamentos específicos.

Não há consenso sobre os regimes farmacológicos específicos de tratamento para a SNM não complicada.

Se após a recuperação da SNM o doente necessitar de tratamento com antipsicóticos, deve ser cuidadosamente considerada a reintrodução potencial do medicamento.

O doente deve ser cuidadosamente monitorizado uma vez que tem sido descrito o reaparecimento da SNM.

Devido à possibilidade de sensibilidade cruzada, a flufenazina deve ser usada com precaução nos doentes que tenham desenvolvido icterícia colestática, dermatoses ou outras reacções alérgicas com os derivados fenotiazínicos.

Os doentes psicóticos medicados com doses elevadas de um fármaco fenotiazínico e que são submetidos a cirurgia devem ser cuidadosamente vigiados quanto a possíveis ocorrências de hipotensão.

Também deve ser recordado que pode ser necessária a redução das quantidades de anestésicos ou de depressores do SNC.

As acções dos anticolinérgicos podem ser potenciadas em alguns doentes medicados com flufenazina devido aos efeitos aditivos anticolinérgicos.

No tratamento prolongado pode ocorrer dano hepático ou renal, retinopatia pigmentar, depósitos da córnea e do cristalino e desenvolvimento de discinesia irreversível.

A flufenazina deve ser usada com precaução nos doentes expostos a calor excessivo ou a inseticidas fosforados; nos doentes com antecedentes de doenças convulsivas (uma vez que as convulsões do grande mal têm ocorrido nos doentes medicados com flufenazina), e nos doentes com situações especiais, tais como insuficiência mitral ou outras doenças cardiovasculares ou feocromocitoma.

Tal como com as outras fenotiazinas, o médico deve estar alertado para o possível desenvolvimento pneumonia "silenciosa" nos doentes sob tratamento de longa duração com flufenazina.

Os fármacos neurolépticos aumentam as concentrações de prolactina; o aumento mantém-se durante o tratamento de longa duração.

Mortalidade aumentada em idosos com demência
Dados de dois grandes estudos observacionais mostraram que os idosos com demência tratados com antipsicóticos têm um risco ligeiramente aumentado de morte quando comparados com o grupo que não recebe este tratamento.

Não existe informação suficiente para estimar com certeza a magnitude exacta deste risco e a causa não é conhecida.

Flufenazina não está indicada para o tratamento de perturbações de comportamento relacionadas com a demência.

Pode causar reacções tóxicas e reacções anafilatóides em crianças até aos 3 anos de idade.

Deverá ter em atenção que os efeitos de outros medicamentos com acção depressora no sistema nervoso central (tais como hipnóticos, sedativos ou analgésicos fortes) podem ser aumentados durante o tratamento com Flufenazina.

Poderá também, em caso de administração concomitante, haver alteração nos efeitos do Flufenazina e de outros medicamentos, tais como: antidepressores tricíclicos, lítio, medicamentos para a pressão arterial elevada e para a insuficiência cardíaca, metrizamida, epinefrina e outros fármacos do mesmo grupo, levodopa, anticolinérgicos/antimuscarínicos, anticonvulsivantes, anticoagulantes, antidiabéticos, cimetidina, fármacos antiácidos/antidiarreicos e anfetaminas/fármacos anoréticos, medicamentos que prolonguem o intervalo QT e fármacos que sejam substratos ou inibidores do citocromo P450.
Cuidados com a Dieta
Não deverá ingerir bebidas alcoólicas durante o tratamento com Flufenazina.
Terapêutica Interrompida
É importante que cumpra o tratamento que o médico lhe prescreveu.
Não tome uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de tomar e procure cuidados médicos imediatamente.
Cuidados no Armazenamento
Conservar a temperatura inferior a 25 ºC.
Proteger da luz directa.
Não refrigerar ou congelar.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Usar com precaução

Flufenazina Anti-hipertensores

Observações: n.d.
Interacções: Antihipertensores: Pode ser bloqueada a acção anti-hipertensora da guanetidina, clonidina, e, possivelmente, de outros fármacos antihipertensores bloqueadores adrenérgicos. A clonidina pode diminuir a actividade antipsicótica das fenotiazinas. - Anti-hipertensores
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Carbonato de lítio Flufenazina

Observações: n.d.
Interacções: A co-administração dos seguintes medicamentos pode aumentar os riscos de neurotoxicidade: Os antipsicóticos tais como flufenazina pode conduzir, em casos raros, a neurotoxicidade grave, com sintomas como confusão, desorientação, letargia, tremor, sintomas extrapiramidais e mioclonias. Em alguns casos foi notificado aumento dos níveis de lítio. Ao primeiro sinal de neurotoxicidade a descontinuação de ambos os medicamentos é recomendada. - Flufenazina
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Vitaminas do complexo B + Ácido ascórbico Flufenazina

Observações: n.d.
Interacções: A vitamina C em doses elevadas pode diminuir a absorção e os níveis séricos dos anticoagulantes orais e da flufenazina. - Flufenazina
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Vitaminas do complexo B + Ácido ascórbico + Biotina Flufenazina

Observações: n.d.
Interacções: A vitamina C em doses elevadas pode diminuir a absorção e os níveis séricos dos anticoagulantes orais e da flufenazina. - Flufenazina
Usar com precaução

Flufenazina Guanetidina

Observações: n.d.
Interacções: Antihipertensores: Pode ser bloqueada a acção anti-hipertensora da guanetidina, clonidina, e, possivelmente, de outros fármacos antihipertensores bloqueadores adrenérgicos. A clonidina pode diminuir a actividade antipsicótica das fenotiazinas. - Guanetidina
Usar com precaução

Flufenazina Clonidina

Observações: n.d.
Interacções: Antihipertensores: Pode ser bloqueada a acção anti-hipertensora da guanetidina, clonidina, e, possivelmente, de outros fármacos antihipertensores bloqueadores adrenérgicos. A clonidina pode diminuir a actividade antipsicótica das fenotiazinas. - Clonidina
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Flufenazina Anfetaminas

Observações: n.d.
Interacções: Anfetaminas/Fármacos anoréticos: A administração concomitante pode produzir efeitos farmacológicos antagonistas. - Anfetaminas
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Flufenazina Anorexígenos (Medicamentos anoréticos)

Observações: n.d.
Interacções: Anfetaminas/Fármacos anoréticos: A administração concomitante pode produzir efeitos farmacológicos antagonistas. - Anorexígenos (Medicamentos anoréticos)
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Flufenazina Cimetidina

Observações: n.d.
Interacções: Cimetidina: A cimetidina pode reduzir as concentrações plasmáticas das fenotiazinas. - Cimetidina
Usar com precaução

Flufenazina Antiácidos

Observações: n.d.
Interacções: Fármacos antiácidos/antidiarreicos: A administração concomitante pode interferir com a absorção da flufenazina. A administração de antiácidos deverá ser espaçada, pelo menos, 1 hora antes ou 2-3 horas após a dose de flufenazina. - Antiácidos
Usar com precaução

Flufenazina Antidiarreicos

Observações: n.d.
Interacções: Fármacos antiácidos/antidiarreicos: A administração concomitante pode interferir com a absorção da flufenazina. A administração de antiácidos deverá ser espaçada, pelo menos, 1 hora antes ou 2-3 horas após a dose de flufenazina. - Antidiarreicos
Não recomendado/Evitar

Flufenazina Medicamentos que prolongam o intervalo QT

Observações: n.d.
Interacções: Medicamentos que prolongam o intervalo QT: Devem ser evitados os medicamentos que podem prolongar o intervalo QT, tal como qualquer medicamento que cause desequilíbrio eletrolítico ou um aumento da concentração sanguínea de flufenazina. - Medicamentos que prolongam o intervalo QT
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Flufenazina Citocromo P450

Observações: n.d.
Interacções: Substratos ou inibidores das enzimas do citocromo P450: A flufenazina é metabolizada pelo P450 2D6 sendo também um inibidor da acção de metabolização desta enzima. Deste modo, as concentrações plasmáticas e os efeitos da flufenazina podem ser aumentados e prolongados por fármacos que sejam substratos ou inibidores desta isoforma do citocromo P450, resultando possivelmente em toxicidade cardíaca, efeitos secundários anticolinérgicos ou hipotensão ortostática. - Citocromo P450
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Flufenazina Depressores do SNC

Observações: n.d.
Interacções: Depressores do SNC/Álcool/Analgésicos: A resposta do doente ao álcool e a outros depressores do SNC tais como hipnóticos, sedativos ou analgésicos fortes, pode ser exacerbada durante o tratamento com Flufenazina. A utilização concomitante com analgésicos narcóticos pode causar hipotensão, bem como depressão do SNC ou respiratória. - Depressores do SNC
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Flufenazina Álcool

Observações: n.d.
Interacções: Depressores do SNC/Álcool/Analgésicos: A resposta do doente ao álcool e a outros depressores do SNC tais como hipnóticos, sedativos ou analgésicos fortes, pode ser exacerbada durante o tratamento com Flufenazina. A utilização concomitante com analgésicos narcóticos pode causar hipotensão, bem como depressão do SNC ou respiratória. - Álcool
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Flufenazina Analgésicos

Observações: n.d.
Interacções: Depressores do SNC/Álcool/Analgésicos: A resposta do doente ao álcool e a outros depressores do SNC tais como hipnóticos, sedativos ou analgésicos fortes, pode ser exacerbada durante o tratamento com Flufenazina. A utilização concomitante com analgésicos narcóticos pode causar hipotensão, bem como depressão do SNC ou respiratória. - Analgésicos
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Flufenazina Hipnóticos

Observações: n.d.
Interacções: Depressores do SNC/Álcool/Analgésicos: A resposta do doente ao álcool e a outros depressores do SNC tais como hipnóticos, sedativos ou analgésicos fortes, pode ser exacerbada durante o tratamento com Flufenazina. A utilização concomitante com analgésicos narcóticos pode causar hipotensão, bem como depressão do SNC ou respiratória. - Hipnóticos
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Flufenazina Sedativos

Observações: n.d.
Interacções: Depressores do SNC/Álcool/Analgésicos: A resposta do doente ao álcool e a outros depressores do SNC tais como hipnóticos, sedativos ou analgésicos fortes, pode ser exacerbada durante o tratamento com Flufenazina. A utilização concomitante com analgésicos narcóticos pode causar hipotensão, bem como depressão do SNC ou respiratória. - Sedativos
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Flufenazina Antidepressores (Tricíclicos)

Observações: n.d.
Interacções: Antidepressores tricíclicos: As fenotiazinas diminuem o metabolismo dos antidepressores tricíclicos. São aumentadas as concentrações séricas dos antidepressores tricíclicos e das fenotiazinas. Os efeitos sedativos e antimuscarínicos podem ser potenciados ou prolongados. Os antidepressores tricíclicos podem aumentar o potencial para arritmia. - Antidepressores (Tricíclicos)
Sem significado Clínico

Flufenazina Lítio

Observações: n.d.
Interacções: Lítio: Foi relatada, raramente, neurotoxicidade quando o lítio é utilizado concomitantemente com a flufenazina. - Lítio
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Flufenazina Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECAS)

Observações: n.d.
Interacções: Inibidores ECA/Diuréticos tiazídicos: A hipotensão pode resultar por via aditiva ou por mecanismo farmacológico sinérgico. - Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECAS)
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Flufenazina Diuréticos tiazídicos (Tiazidas)

Observações: n.d.
Interacções: Inibidores ECA/Diuréticos tiazídicos: A hipotensão pode resultar por via aditiva ou por mecanismo farmacológico sinérgico. - Diuréticos tiazídicos (Tiazidas)
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Flufenazina Bloqueadores beta-adrenérgicos (betabloqueadores)

Observações: n.d.
Interacções: Beta-bloqueadores: Os níveis plasmáticos de ambos os fármacos podem ser aumentados. Recomenda-se a redução da dose de ambos os fármacos. - Bloqueadores beta-adrenérgicos (betabloqueadores)
Usar com precaução

Flufenazina Metrizamida

Observações: n.d.
Interacções: Metrizamida: As fenotiazinas podem predispor os doentes a convulsões induzidas pela metrizamida. Suspender a flufenazina durante 48 horas antes e, pelo menos, 24 horas após a mielografia. - Metrizamida
Usar com precaução

Flufenazina Adrenalina (epinefrina)

Observações: n.d.
Interacções: Epinefrina e outros simpaticomiméticos: As fenotiazinas podem antagonizar a acção da adrenalina e de outros simpaticomiméticos e podem causar hipotensão grave. - Adrenalina (epinefrina)
Usar com precaução

Flufenazina Simpaticomiméticos

Observações: n.d.
Interacções: Epinefrina e outros simpaticomiméticos: As fenotiazinas podem antagonizar a acção da adrenalina e de outros simpaticomiméticos e podem causar hipotensão grave. - Simpaticomiméticos
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Flufenazina Levodopa (L-dopa)

Observações: n.d.
Interacções: Levodopa: As fenotiazinas podem diminuir o efeito antiparkinsónico da L-dopa. - Levodopa (L-dopa)
Usar com precaução

Flufenazina Anticolinérgicos

Observações: n.d.
Interacções: Anticolinérgicos/Antimuscarínicos: O bloqueio colinérgico pode ser exagerado quando a flufenazina é administrada com fármacos anticolinérgicos, especialmente em doentes mais idosos. Os efeitos antimuscarínicos podem ser potenciados ou prolongados. É necessária uma vigilância rigorosa e acerto cuidadoso da dose quando a flufenazina é usada com outros fármacos anticolinérgicos ou antimuscarínicos. - Anticolinérgicos
Usar com precaução

Flufenazina Antimuscarínicos

Observações: n.d.
Interacções: Anticolinérgicos/Antimuscarínicos: O bloqueio colinérgico pode ser exagerado quando a flufenazina é administrada com fármacos anticolinérgicos, especialmente em doentes mais idosos. Os efeitos antimuscarínicos podem ser potenciados ou prolongados. É necessária uma vigilância rigorosa e acerto cuidadoso da dose quando a flufenazina é usada com outros fármacos anticolinérgicos ou antimuscarínicos. - Antimuscarínicos
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Flufenazina Anticonvulsivantes

Observações: n.d.
Interacções: Anticonvulsivantes: A acção anticonvulsivante pode ser diminuída pelo Anatensol Decanoato. - Anticonvulsivantes
Usar com precaução

Flufenazina Anticoagulantes orais

Observações: n.d.
Interacções: Anticoagulantes: As fenotiazinas podem alterar os efeitos dos anticoagulantes. - Anticoagulantes orais
Usar com precaução

Flufenazina Antidiabéticos Orais

Observações: n.d.
Interacções: Antidiabéticos: As fenotiazinas foram associadas, raramente com a perda do controlo da glicemia nos doentes diabéticos. - Antidiabéticos Orais
Usar com precaução

Lítio Flufenazina

Observações: n.d.
Interacções: - Os antipsicóticos tais como o haloperidol, tioridazina, flufenazina, clorpromazina, e clozapina podem conduzir, em casos raros, a neurotoxicidade grave, com sintomas como confusão, desorientação, letargia, tremor, sintomas extrapiramidais e mioclonias. Em alguns casos foi notificado aumento dos níveis de lítio. A administração concomitante de antipsicóticos e lítio pode aumentar o risco de Síndrome Maligno dos Neurolépticos, que pode ser fatal. Ao primeiro sinal de neurotoxicidade a descontinuação de ambos os medicamentos é recomendada. - Flufenazina
Usar com precaução

Pasireotido Flufenazina

Observações: n.d.
Interacções: interacções farmacodinâmicas previstas: Medicamentos que prolongam o intervalo QT: O pasireotido deve ser utilizado com precaução em doentes que estão a tomar concomitantemente medicamentos que prolongam o intervalo QT, tais como antiarrítmicos de classe Ia (por exemplo, quinidina, procainamida, disopiramida), antiarrítmicos de classe III (por exemplo amiodarona, dronedarona, sotalol, dofetilida, ibutilida), determinados antibacterianos ( eritromicina endovenosa, injecção de pentamidina, claritromicina, moxifloxacina), determinados antipsicóticos (por exemplo cloropromazina, tioridazina, flufenazina, pimozida, haloperidol, tiaprida, amissulprida, sertindol, metadona ), determinados Anti-histamínicos (por exemplo, terfenadina, astemizol, mizolastina), antimaláricos (por exemplo, cloroquina, halofantrina, lumefantrina) determinados antifúngicos (cetoconazol, exceto no champô). - Flufenazina
Potencialmente Grave

Trazodona Flufenazina

Observações: n.d.
Interacções: Fenotiazinas: Foi observada hipotensão ortostática grave em caso de utilização concomitante de fenotiazinas, como p.ex. clorpromazina, flufenazina, levomepromazina e perfenazina. - Flufenazina
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Flufenazina
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

O decanoato de flufenazina só deve ser usado durante a gravidez e amamentação se o benefício esperado for superior ao risco.

Deve ser utilizada a dose mais baixa possível durante o menor período de tempo possível.

O uso deste medicamento pode diminuir as faculdades físicas e mentais necessárias para a condução de um veículo ou para a utilização de máquinas, particularmente durante os primeiros dias do tratamento.

Com o uso deste medicamento pode ocorrer a potenciação dos efeitos de álcool.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 11 de Novembro de 2021