Factor VII da coagulação humana

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento
O que é
O factor VII (EC 3.4.21.21, factor VIIa de coagulação sanguínea, factor VII activado de coagulação sanguínea, anteriormente conhecido como proconvertina) é uma das proteínas que causa coagulação do sangue na cascata de coagulação.
É uma enzima da classe da serina protease.
Usos comuns
Pode ser administrado em casos de sangramento não controlado.
O factor VII sozinho pode ser usado no tratamento de hemofilia congénita A ou B, hemofilia adquirida, deficiência congénita de factor VII e trombostenia de Glanzmann.
Tratamento de sangramentos refractários após cirurgia cardíaca e hemorragia intracerebral relacionada à varfarina.
Actualmente, as marcas do factor VII humano estão apenas em combinação com outros factores de coagulação da vitamina K e podem ser usadas para reverter a actividade antagonista da vitamina K em pacientes com sangramentos graves agudos ou para cirurgias urgentes / procedimentos invasivos.
Tipo
Biotecnologia.
História
Sem informação.
Indicações
Pode ser administrado em casos de sangramento não controlado.
O factor VII sozinho pode ser usado no tratamento de hemofilia congénita A ou B, hemofilia adquirida, deficiência congénita de factor VII e trombostenia de Glanzmann.
Tratamento de sangramentos refractários após cirurgia cardíaca e hemorragia intracerebral relacionada à varfarina.
Actualmente, as marcas do factor VII humano estão apenas em combinação com outros factores de coagulação da vitamina K e podem ser usadas para reverter a actividade antagonista da vitamina K em pacientes com sangramentos graves agudos ou para cirurgias urgentes / procedimentos invasivos.
Classificação CFT

N.D.

Mecanismo De Acção
O factor VII é necessário na cascata de coagulação extrínseca.
Quando há lesão vascular, o factor tecidual (TF) é libertado, que então interage com o factor VII, resultando na formação do complexo activado VIIa.
O factor VIIa continua a activar os factores de coagulação na cascata até formar um coágulo.
Posologia Orientativa
O tratamento deve ser iniciado sob supervisão de um médico especialista no tratamento da hemofilia e/ou distúrbios de coagulação.
Administração
Via IV.
Contra-Indicações
Este medicamento é contra-indicado para o uso se o paciente apresentar hipersensibilidade à substância activa ou à proteína de ratos, hamsters ou bovina.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Distúrbios sanguíneos e linfáticos
Reacções raras (≥ 1/10.000 e < 1/1.000)
- Coagulação intravascular disseminada e achados laboratoriais relacionados incluindo níveis elevados de dímero-D e reduzidos de AT;
- Coagulopatia.

Distúrbios no sistema imune
Reacções raras (≥ 1/10.000 e < 1/1.000)
- Hipersensibilidade.

Reacção de frequência desconhecida
- reacção anafiláctica.

Distúrbios no sistema nervoso
Reacções raras (≥ 1/10.000 e < 1/1.000)
- Cefaleia.

Distúrbios vasculares
Reacções raras (≥ 1/10.000 e < 1/1.000)
- Eventos tromboembólicos arteriais: enfarto do miocárdio, enfarto cerebral, isquemia cerebral, oclusão da artéria cerebral, acidente cerebrovascular, trombose arterial renal, isquemia periférica, trombose arterial periférica e isquemia intestinal;
- Angina pectoris.

Reacções incomuns (≥ 1/1.000 e < 1/100)
- Eventos tromboembólicos venosos: trombose venosa profunda, trombose no local da injecção intravenosa, embolia pulmonar, eventos tromboembólicos do fígado incluindo trombose venosa portal, trombose venosa renal, tromboflebite, tromboflebite superficial e isquemia intestinal.

Reacção de frequência desconhecida
- Trombo intracardíaco.

Distúrbios gastrintestinais
Reacções raras (≥ 1/10.000 e < 1/1.000)
- Náusea.

Distúrbios da pele e subcutâneo
Reacções incomuns (≥ 1/1.000 e < 1/100)
- Erupções cutâneas (incluindo dermatite alérgica e erupção cutânea eritematosa);
- Prurido e urticária.

Reacções de frequência desconhecida
- Rubor;
- Angioedema.

Distúrbios gerais e condições no local de administração
Reacções incomuns (≥ 1/1.000 e < 1/100)
- Resposta terapêutica diminuída*;
- Pirexia.

Reacções raras (≥ 1/10.000 e < 1/1.000)
- reacção no local da injecção, incluindo dor no local da injecção.

Exames
Reacções raras (≥ 1/10.000 e < 1/1.000)
- Aumento dos níveis de alanina aminotransferase, fosfatase alcalina, lactato desidrogenase e protrombina;
- Aumento dos produtos de degradação da fibrina.

*Falta de eficácia (resposta terapêutica diminuída) foi relatada.
É importante que o regime de dose deste medicamento esteja em conformidade com a dose recomendada.

Dentro de cada grupo de frequência, os eventos adversos estão apresentados em ordem decrescente de gravidade. Reacções adversas ao medicamento relatadas apenas durante o período de pós-comercialização (isto é, não em estudos clínicos) estão apresentadas como frequência desconhecida.

Eventos tromboembólicos podem levar à parada cardíaca.

Eventos Tromboembólicos – arterial e venoso
A análise dos mais recentes dados disponíveis demonstrou que eventos tromboembólicos ocorreram em 25 das 378 (6,6%) pacientes tratadas com este medicamento para controlar a hemorragia pós-parto.
Quando este medicamento é administrado em pacientes fora das indicações aprovadas, eventos tromboembólicos arteriais são comuns (≥ 1/100 e <1/10). Um risco aumentado de eventos adversos tromboembólicos arteriais (5,3% em pacientes tratados com este medicamento versus 2,8% em pacientes tratados com placebo) foi apresentado em uma meta-análise de dados agrupados de estudos controlados por placebo e conduzidos com indicações não aprovadas em várias configurações clínicas, cada um destes tendo características de pacientes distintas e, portanto, perfis de risco subjacente diferentes.
A segurança e a eficácia de este medicamento não estão estabelecidas fora das indicações aprovadas e, nestas situações, este medicamento não é recomendado.

Formação de anticorpos inibitórios
Durante a experiência clínica e no período pós-comercialização, não houve relatos confirmados de anticorpos inibitórios contra este medicamento ou FVII em pacientes com hemofilia A ou B. O desenvolvimento de anticorpos inibitórios contra este medicamento foi relatado em um estudo observacional de pacientes com deficiência congénita de factor VII.

Formação de anticorpos contra este medicamento e FVII é a única reacção adversa ao medicamento relatada nestes estudos clínicos de pacientes com deficiência do factor VII expostos ao este medicamento (frequência: comum (≥ 1/100 e < 1/10). Em alguns casos, os anticorpos mostraram efeito inibitório in vitro. Factores de risco que podem ter contribuído para o desenvolvimento de anticorpos, incluindo tratamento anterior com plasma humano e/ou factor VII derivado do plasma, mutação grave do gene FVII e superdose de este medicamento foram relatados. Pacientes com deficiência de factor VII tratados com este medicamento devem ser monitorizados quanto a anticorpos do factor VII.

Outras populações especiais
Pacientes com hemofilia adquirida
Estudos clínicos conduzidos em 61 pacientes com hemofilia adquirida com um total de 100 episódios de sangramento mostraram que certas reacções adversas foram relatadas frequentemente (1% com base nos episódios de sangramento): eventos tromboembólicos arteriais (oclusão arterial cerebral, acidente vascular cerebral), eventos tromboembólicos venosos (embolia pulmonar e trombose venosa profunda), angina pectoris, náusea, pirexia, erupção cutânea eritematosa e exames com níveis elevados de produtos de degradação de fibrina.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:Como medida de precaução, é preferível evitar o uso de este medicamento durante a gravidez. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Não se sabe se o rFVIIa é excretado no leite materno. A excreção de rFVIIa no leite não foi estudada em animais. A decisão sobre continuar ou descontinuar a amamentação ou continuar/descontinuar a terapia com este medicamento deve ser tomada, levando em consideração o benefício de amamentar a criança e o benefício da terapia com este medicamento para a mãe.
Precauções Gerais
Em condições patológicas nas quais o factor tecidual possa estar expresso mais amplamente do que o considerado normal, pode haver um risco potencial de desenvolvimento de eventos trombóticos ou indução de Coagulação Intravascular Disseminada (CID) em associação ao tratamento com este medicamento.
Estas situações podem incluir pacientes com doença aterosclerótica avançada, lesão por esmagamento/politraumatismo, septicemia ou CID.
Por causa do risco de complicações tromboembólicas, deve-se ter cuidado ao administrar este medicamento em pacientes com histórico de doença cardíaca coronariana, pacientes com doença hepática, pacientes submetidos a grandes cirurgias, recém-nascidos ou pacientes com risco de fenómeno tromboembólico ou coagulação intravascular disseminada.
Em cada uma destas situações, o benefício potencial de tratamento com este medicamento deve ser levado em consideração em contrapartida ao risco destas complicações.

Como o factor recombinante de coagulação VIIa de este medicamento pode conter traços de IgG de camundongo, IgG bovina e outras proteínas residuais de cultura (proteínas do soro do hamster e bovina), existe a remota possibilidade de que o paciente tratado com este produto possa desenvolver hipersensibilidade a essas proteínas.

Nesses casos, deve-se considerar o tratamento com anti-histamínico intravenoso.
Se ocorrerem reacções alérgicas ou de tipo anafiláctico, a administração deve ser descontinuada imediatamente.

Em caso de choque anafiláctico, deve-se iniciar tratamento médico padrão para choque anafiláctico.

Os pacientes devem ser informados sobre sinais precoces de reacções de hipersensibilidade.

Se tais sintomas ocorrerem, o paciente deve ser advertido a descontinuar o uso do produto imediatamente e entrar em contacto com o médico.

Em caso de sangramento grave, o produto deve ser administrado em hospitais preferencialmente especializados no tratamento de pacientes hemofílicos com inibidores dos factores de coagulação VIII ou IX, ou se não for possível, em estreita colaboração com um médico especializado no tratamento da hemofilia.

Se o sangramento não for controlado, a hospitalização é obrigatória.

Pacientes/cuidadores devem informar o médico o mais cedo possível sobre toda utilização de este medicamento.
Pacientes com deficiência do factor VII devem ser monitorizados pelo tempo de protrombina e actividade de coagulação do factor VII antes e depois da administração de este medicamento.

Em caso de falha para alcançar o nível de actividade do factor VIIa esperado ou se o sangramento não for controlado após tratamento com as doses recomendadas, pode-se suspeitar da formação de anticorpo e deve-se realizar análise para anticorpos.

Trombose foi relatado em pacientes com deficiência de factor VII recebendo este medicamento durante cirurgia mas o risco de trombose em pacientes com deficiência de factor VII tratados com este medicamento é desconhecido.
Cuidados com a Dieta
Sem informação.
Terapêutica Interrompida
Este medicamento é administrado em meio hospitalar.
Cuidados no Armazenamento
Este medicamento é armazenado em meio hospitalar.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

Como medida de precaução, é preferível evitar o uso de este medicamento durante a gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Não se sabe se o rFVIIa é excretado no leite materno. A excreção de rFVIIa no leite não foi estudada em animais. A decisão sobre continuar ou descontinuar a amamentação ou continuar/descontinuar a terapia com este medicamento deve ser tomada, levando em consideração o benefício de amamentar a criança e o benefício da terapia com este medicamento para a mãe.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 21 de Fevereiro de 2023