Extrato alergénico de veneno de vespa

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento DCI com Advertência na Condução
O que é
O veneno de vespa é usado como tratamento preventivo para alergia às picadas de vespas.

Este tratamento é usado para doentes que são conhecidos por terem reacções alérgicas graves às picadas de vespas.

O objectivo do tratamento é abordar a causa subjacente à alergia.

Funciona aumentando gradualmente a tolerância do sistema imunitário ao veneno de vespa.
Usos comuns
Imunoterapia antialérgica para doentes com história documentada de reacções alérgicas generalizadas e/ou sistémicas mediadas por IgE devidas a sensibilização a veneno de vespa (Vespula spp.), confirmadas por teste cutâneo e/ou teste intradérmico e/ou IgE específica.
Tipo
Sem informação.
História
Sem informação.
Indicações
Imunoterapia antialérgica para doentes com história documentada de reacções alérgicas generalizadas e/ou sistémicas mediadas por IgE devidas a sensibilização a veneno de vespa (Vespula spp.), confirmadas por teste cutâneo e/ou teste intradérmico e/ou IgE específica.
Classificação CFT

20.9 : Outros Produtos e Medicamentos

Mecanismo De Acção
Extracto alergénico de veneno de vespa é uma imunoterapia específica de dessensibilização específica para alergénios.
O órgão alvo para o efeito farmacodinâmico é o sistema imunitário.

O objectivo é suprimir a reacção ao alergénio com o qual o doente é tratado.

A AIT tem vários efeitos sobre o sistema imunitário: o recrutamento de linfócitos T e granulócitos eosinofílicos para o órgão alvo é inibido e é seguido por uma mudança pronunciada da produção de citocinas Th2 para a produção de citocinas Th1. Além disso, a síntese de IL-10 é aumentada, o que pode levar à anergia dos linfócitos T.
A libertação de histamina a partir de basófilos do sangue periférico é diminuída, devido à diminuição do número de basófilos recirculantes.
Estudos serológicos sobre Extrato alergénico de veneno de vespa apresentam um aumento temporário de IgE no início do tratamento, enquanto existe um aumento substancial da IgG a longo prazo.
Posologia Orientativa
O tratamento é dividido em duas fases; uma fase inicial de aumento de dose e uma fase de manutenção. O objectivo é aumentar gradualmente a dose até atingir a dose máxima de manutenção tolerada.

A dose mais alta de manutenção recomendada é de 1 ml de 100 000 SQ-U/ml (frasco 4). A dosagem deve ser sempre ajustada de acordo com a anamnese alergénica e a tolerância do doente ao alergénio específico.
Administração
O tratamento deve ser realizado sob supervisão de um médico com experiência em imunoterapia específica. Após cada injecção, o doente deve permanecer em observação durante pelo menos 30 minutos.

O Extrato alergénico de veneno de vespa é administrado por via subcutânea.

Um kit de emergência anafiláctica deve estar disponível enquanto usa este medicamento.
Contra-Indicações
- Hipersensibilidade ao Extracto alergénico de veneno de vespa
- Doentes com doenças autoimunes sistémicas activas ou não controladas e imunodeficiências.
- Doentes com distúrbios ou doenças em que uma reacção anafiláctica induzida implica um risco inaceitável, tal como doença cardiovascular grave.
- Doentes com asma e em risco de exacerbação e/ou com um controlo inadequado de sintomas definidos como presença de:
perda de controlo de sintomas nas últimas quatro semanas (por exemplo, aumento nos sintomas diurnos, no despertar nocturno, aumento da necessidade de medicação, limitações de actividade).
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Os efeitos secundários podem ser uma reacção alérgica ao alergénio com o qual está a ser tratado.
Podem ocorrer reacções locais como prurido, vermelhidão e inchaço no local de injecção após cada injecção.
Os efeitos secundários geralmente ocorrem dentro de 30 minutos após a injecção.
No entanto, as reacções tardias podem ocorrer até 24 horas após a injecção.

Obtenha ajuda médica imediata se tiver um agravamento repentino da sua asma ou se tiver os seguintes sintomas, os quais podem ser sinais de uma reacção anafiláctica (a frequência não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis):
- Inchaço rápido do rosto ou da garganta
- Dificuldades em engolir
- Dificuldades em respirar
- Urticária
- Vermelhidão
- Agravamento da asma existente
- Náuseas, dor de estômago, vómitos e diarreia
- Desconforto grave

Outros efeitos secundários possíveis (a frequência não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis):
- Reacções no local da injecção: inchaço, nódulos, dor, comichão, vermelhidão, hematoma
- Dor de cabeça
- Tontura
- Sensação de formigueiro na pele
- Pálpebras inchadas
- Prurido dos olhos
- Frequência cardíaca rápida
- Sensação de batidas rápidas ou irregulares do coração
- Pressão sanguínea baixa
- Palidez
- Aperto ou sensação de irritação na garganta
- Respiração sibilante
- Sintomas de asma, falta de ar ou tosse
- Erupção cutânea
- Dor articular ou inchaço nas articulações
- Sensação de calor
- Sensação de algo preso na garganta
- Inchaço dos tecidos (geralmente nos membros inferiores)
- Desconforto no peito
- Cansaço
- Sensação de desconforto

Em caso de reacções alérgicas, deve contactar imediatamente um médico para receber tratamento adequado.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:O tratamento inicial não deve ser iniciado durante a gravidez.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Não são previsíveis efeitos sobre os lactentes amamentados.
Condução
Condução
Condução:Este medicamento pode, em alguns casos, influenciar a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas devido à possibilidade de vertigens como efeito secundário.
Precauções Gerais
Reacções alérgicas sistémicas graves:
Devido ao risco de reacções alérgicas graves, deverá estar disponível o acesso imediato a equipamentos e medicamentos para uma completa reanimação, incluindo adrenalina para injecção e pessoal treinado no seu uso. Se ocorrerem sintomas de uma reacção sistémica, como urticária, angioedema ou asma grave, o tratamento sintomático deve ser iniciado imediatamente.

Doenças cardiovasculares:
Os doente com problemas cardíacos podem correr um maior risco no caso de reacções alérgicas sistémicas. Os doentes com doenças cardiovasculares devem estar devidamente tratados em termos dessas patologias subjacentes antes de iniciar o tratamento com este medicamento. Deve ser prestada especial atenção no decurso do tratamento com este medicamento. A experiência clínica no tratamento de doentes com doenças cardíacas com este medicamento é limitada.

Doenças autoimunes:
Não existem estudos controlados sobre a influência de doenças autoimunes na eficácia da imunoterapia alérgica (AIT) ou sobre as doenças autoimunes como factor que possa predispor para efeitos adversos graves durante a AIT. A AIT só pode ser iniciada em doentes com doenças autoimunes em caso de remissão da doença ou bem controladas pela terapia. com este medicamento deve, portanto, ser prescrito com precaução nestes doentes.

Doenças neoplásicas malignas:
Não existem estudos controlados sobre a influência de doenças neoplásicas malignas sobre a eficácia da AIT ou sobre doenças neoplásicas malignas como factor que possa predispor para efeitos adversos graves durante a imunoterapia com este medicamento A AIT só pode ser iniciada quando a doença maligna está estabilizada. Em caso de agravamento, o tratamento com este medicamento deve ser descontinuado. Este medicamento deve, portanto, ser prescrito com precaução nestes doentes.

Mastocitose:
Doentes com triptase sérica basal elevada e/ou mastocitose podem apresentar um risco aumentado de desenvolver reacções alérgicas sistémicas e com gravidade mais elevada. Os doentes com mastocitose devem, portanto, ser cuidadosamente monitorizados durante o tratamento com este medicamento. Nos doentes com mastocitose é de esperar uma menor eficácia do tratamento em comparação com a população alérgica a veneno de insectos em geral.

Tratamento com inibidores da ECA:
Os doentes tratados simultaneamente com inibidores da ECA podem apresentar um maior risco de desenvolver reacções anafilácticas mais graves e, portanto, devem ser cuidadosamente monitorizados durante a fase de aumento de doses. Interromper temporariamente o tratamento com o inibidor da ECA (com base na semi-vida do inibidor da ECA) deve ser cuidadosamente considerado em relação às vantagens da imunoterapia no doente individual. Os inibidores da ECA podem reduzir o efeito de com este medicamento.

Tratamento com inibidores da MAO, inibidores da COMT ou bloqueadores beta:
Uma opção para o tratamento de reacções alérgicas sistémicas graves é a adrenalina. Os efeitos da adrenalina podem ser potenciados em doentes tratados com antidepressivos tricíclicos, inibidores de monoaminoxidase (IMAOs) e/ou inibidores da COMT com possíveis consequências fatais. Os efeitos da adrenalina podem ficar reduzidos em doentes tratados com bloqueadores beta. Além disso, os efeitos da adrenalina podem exacerbar doenças cardiovasculares, por exemplo, causar arritmia cardíaca. Os pacientes em tratamento com bloqueadores beta devem ser cuidadosamente monitorizados durante a fase de aumento de dose.

Asma:
A asma é um factor de risco conhecido para reacções alérgicas sistémicas graves. Em doentes com asma, os sintomas da asma devem estar adequadamente controlados antes do início do tratamento com este medicamento Deve ser dada especial atenção em relação ao tratamento com este medicamento O estado de asma do doente deve ser avaliado antes de cada injecção.
Os doentes devem ser informados da necessidade de procurar atendimento médico imediato caso os sintomas de asma se agravem. A experiência clínica no tratamento de doentes com asma com este medicamento é limitada.

Outras populações (incluindo doentes com insuficiência renal):
Como com este medicamento contém alumínio, existe um risco teórico de acumulação de alumínio em doentes de alto risco (por exemplo, doentes com insuficiência renal e doentes tratados concomitantemente com outros medicamentos contendo alumínio (por exemplo, antiácidos). Isto deve ser equacionado ao iniciar a terapia com este medicamento.

População pediátrica:
Deve ser prestada especial atenção à avaliação risco-benefício em relação ao tratamento de crianças com menos de 5 anos. Para crianças com 5 ou mais anos de idade, os dados clínicos de eficácia são escassos, no entanto, os dados de segurança não revelam riscos superiores aos esperados para adultos. No tratamento de crianças ≥ 5 anos de idade, também é recomendada uma avaliação risco-benefício.

Coadministração com outro AIT:
Não existe experiência clínica em coadministração com outros tipos de imunoterapia antialérgica.
Cuidados com a Dieta
Sem informação.
Terapêutica Interrompida
Caso se tenha esquecido de tomar este medicamento fale com o seu médico se pensa que não lhe foi administrada uma dose.
Se o intervalo entre 2 injecções for muito longo, o médico reduzirá a dose para prevenir uma eventual reacção alérgica.
Cuidados no Armazenamento
Conservar no frigorífico (2°C - 8°C).
Não congelar.
Conservar na embalagem original (sensível à luz).

Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Usar com precaução

Extrato alergénico de veneno de vespa Anti-histamínicos

Observações: Não foram realizados estudos de interacção em humanos e não foi identificada nenhuma potencial interacção medicamentosa a partir de qualquer outra fonte.
Interacções: Tratamentos concomitantes com medicamentos para sintomatologia alérgica, ex. anti-histamínicos, corticosteróides e estabilizadores de mastócitos podem aumentar o nível de tolerância do doente às injecções com alergénios. Isto deve ser considerado na descontinuação de tais medicamentos. - Anti-histamínicos
Usar com precaução

Extrato alergénico de veneno de vespa Corticosteróides

Observações: Não foram realizados estudos de interacção em humanos e não foi identificada nenhuma potencial interacção medicamentosa a partir de qualquer outra fonte.
Interacções: Tratamentos concomitantes com medicamentos para sintomatologia alérgica, ex. anti-histamínicos, corticosteróides e estabilizadores de mastócitos podem aumentar o nível de tolerância do doente às injecções com alergénios. Isto deve ser considerado na descontinuação de tais medicamentos. - Corticosteróides
Usar com precaução

Extrato alergénico de veneno de vespa Estabilizadores de mastócitos

Observações: Não foram realizados estudos de interacção em humanos e não foi identificada nenhuma potencial interacção medicamentosa a partir de qualquer outra fonte.
Interacções: Tratamentos concomitantes com medicamentos para sintomatologia alérgica, ex. anti-histamínicos, corticosteróides e estabilizadores de mastócitos podem aumentar o nível de tolerância do doente às injecções com alergénios. Isto deve ser considerado na descontinuação de tais medicamentos. - Estabilizadores de mastócitos
Usar com precaução

Extrato alergénico de veneno de vespa Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECAS)

Observações: Não foram realizados estudos de interacção em humanos e não foi identificada nenhuma potencial interacção medicamentosa a partir de qualquer outra fonte.
Interacções: Tratamento com inibidores da ECA Os doentes tratados simultaneamente com inibidores da ECA podem apresentar um maior risco de desenvolver reacções anafiláticas mais graves e, portanto, devem ser cuidadosamente monitorizados durante a fase de aumento de doses. Interromper temporariamente o tratamento com o inibidor da ECA (com base na semivida do inibidor da ECA) deve ser cuidadosamente considerado em relação às vantagens da imunoterapia no doente individual. Os inibidores da ECA podem reduzir o efeito de com este medicamento. - Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECAS)
Usar com precaução

Extrato alergénico de veneno de vespa Inibidores da Monoaminoxidase (IMAO)

Observações: Não foram realizados estudos de interacção em humanos e não foi identificada nenhuma potencial interacção medicamentosa a partir de qualquer outra fonte.
Interacções: Tratamento com inibidores da MAO, inibidores da COMT ou bloqueadores beta Uma opção para o tratamento de reacções alérgicas sistémicas graves é a adrenalina. Os efeitos da adrenalina podem ser potenciados em doentes tratados com antidepressivos tricíclicos, inibidores de monoaminoxidase (IMAOs) e/ou inibidores da COMT com possíveis consequências fatais. Os efeitos da adrenalina podem ficar reduzidos em doentes tratados com bloqueadores beta. Além disso, os efeitos da adrenalina podem exacerbar doenças cardiovasculares, por exemplo, causar arritmia cardíaca. Os pacientes em tratamento com bloqueadores beta devem ser cuidadosamente monitorizados durante a fase de aumento de dose. - Inibidores da Monoaminoxidase (IMAO)
Usar com precaução

Extrato alergénico de veneno de vespa Inibidores da COMT

Observações: Não foram realizados estudos de interacção em humanos e não foi identificada nenhuma potencial interacção medicamentosa a partir de qualquer outra fonte.
Interacções: Tratamento com inibidores da MAO, inibidores da COMT ou bloqueadores beta Uma opção para o tratamento de reacções alérgicas sistémicas graves é a adrenalina. Os efeitos da adrenalina podem ser potenciados em doentes tratados com antidepressivos tricíclicos, inibidores de monoaminoxidase (IMAOs) e/ou inibidores da COMT com possíveis consequências fatais. Os efeitos da adrenalina podem ficar reduzidos em doentes tratados com bloqueadores beta. Além disso, os efeitos da adrenalina podem exacerbar doenças cardiovasculares, por exemplo, causar arritmia cardíaca. Os pacientes em tratamento com bloqueadores beta devem ser cuidadosamente monitorizados durante a fase de aumento de dose. - Inibidores da COMT
Usar com precaução

Extrato alergénico de veneno de vespa Bloqueadores beta-adrenérgicos (betabloqueadores)

Observações: Não foram realizados estudos de interacção em humanos e não foi identificada nenhuma potencial interacção medicamentosa a partir de qualquer outra fonte.
Interacções: Tratamento com inibidores da MAO, inibidores da COMT ou bloqueadores beta Uma opção para o tratamento de reacções alérgicas sistémicas graves é a adrenalina. Os efeitos da adrenalina podem ser potenciados em doentes tratados com antidepressivos tricíclicos, inibidores de monoaminoxidase (IMAOs) e/ou inibidores da COMT com possíveis consequências fatais. Os efeitos da adrenalina podem ficar reduzidos em doentes tratados com bloqueadores beta. Além disso, os efeitos da adrenalina podem exacerbar doenças cardiovasculares, por exemplo, causar arritmia cardíaca. Os pacientes em tratamento com bloqueadores beta devem ser cuidadosamente monitorizados durante a fase de aumento de dose. - Bloqueadores beta-adrenérgicos (betabloqueadores)
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções do Extrato alergénico de veneno de vespa
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

O tratamento inicial não deve ser iniciado durante a gravidez.

Não são previsíveis efeitos sobre os lactentes amamentados.

Este medicamento pode, em alguns casos, influenciar a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas devido à possibilidade de vertigens como efeito secundário.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 11 de Novembro de 2021