Espiramicina


O que é
A espiramicina é um antibiótico macrólido activo por via oral, rectal e tópica.
É produzido a partir do fungo Streptomyces ambofaciens.
É produzido a partir do fungo Streptomyces ambofaciens.
Usos comuns
A espiramicina pode constituir uma alternativa à eritromicina em doentes com intolerância gastrointestinal ou doentes medicados com teofilina ou ciclosporina.
Tratamento pré-natal da toxoplasmose congénita.
Tratamento de infecções respiratórias devidas a Haemophilus, Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophila (primeira escolha) e infecções devidas a espiroquetas.
Tratamento de infecções devidas a estreptococos e enterococos consittuindo uma alternativa às penicilinas.
Tratamento pré-natal da toxoplasmose congénita.
Tratamento de infecções respiratórias devidas a Haemophilus, Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophila (primeira escolha) e infecções devidas a espiroquetas.
Tratamento de infecções devidas a estreptococos e enterococos consittuindo uma alternativa às penicilinas.
Tipo
Sem informação.
História
Sem informação.
Indicações
As indicações terapêuticas da espiramicina em adultos e crianças estão limitadas às infecções provocadas por micro-organismos sensíveis:
- Amigdalite ou amigdalofaringite, em alternativa ao tratamento de referência, particularmente quando este não é possível (a penicilina durante 10 dias constitui o tratamento de referência nas amigdalites agudas estreptocócicas)
- Otite média aguda
- Sinusite aguda (tendo em conta o perfil microbiológico deste tipo de infecção, os macrólidos são indicados nas situações em que é impossível o tratamento com beta-lactâmicos)
- infecções estomatológicas
- Superinfeção bacteriana de bronquite aguda
- Exacerbacção aguda da bronquite crónica em adultos
- Pneumonia adquirida na comunidade em doentes sem factor de risco e sem sinais clínicos de infecção grave, na ausência de elementos clínicos sugestivos de etiologia pneumocócica
- infecções cutâneas
- infecções genitais não gonocóccicas
- Profilaxia da meningite por meningococos em indivíduos sujeitos a contacto com doentes
- Toxoplasmose na mulher grávida (nos restantes indivíduos, o tratamento de referência é sulfadiazina e pirimetamina, sendo a espiramicina uma alternativa quando este tratamento não é possível)
- Criptosporidíase.
- Amigdalite ou amigdalofaringite, em alternativa ao tratamento de referência, particularmente quando este não é possível (a penicilina durante 10 dias constitui o tratamento de referência nas amigdalites agudas estreptocócicas)
- Otite média aguda
- Sinusite aguda (tendo em conta o perfil microbiológico deste tipo de infecção, os macrólidos são indicados nas situações em que é impossível o tratamento com beta-lactâmicos)
- infecções estomatológicas
- Superinfeção bacteriana de bronquite aguda
- Exacerbacção aguda da bronquite crónica em adultos
- Pneumonia adquirida na comunidade em doentes sem factor de risco e sem sinais clínicos de infecção grave, na ausência de elementos clínicos sugestivos de etiologia pneumocócica
- infecções cutâneas
- infecções genitais não gonocóccicas
- Profilaxia da meningite por meningococos em indivíduos sujeitos a contacto com doentes
- Toxoplasmose na mulher grávida (nos restantes indivíduos, o tratamento de referência é sulfadiazina e pirimetamina, sendo a espiramicina uma alternativa quando este tratamento não é possível)
- Criptosporidíase.
Classificação CFT
01.01.08 : Macrólidos
Mecanismo De Ação
A espiramicina é um antibiótico da família dos macrólidos.
Tal como outros macrólidos a espiramicina actua por ligação às subunidades 50S dos ribossomas bacterianos de micro-organismos sensíveis, por interferência com a síntese proteica microbiana.
Espectro antibacteriano:
Espécies habitualmente sensíveis: streptococos (do grupo A, S. mitis, S. sanguis, pneumococo), meningococo, gonococo, bordetella pertussis, corynebacterium diphteriae, listeria monocytogenes, clostridium, mycoplasma pneumoniae, chlamydia trachomatis, legionella pneumophila, treponemas, leptospires, campylobacter, toxoplasma gondii.
- Espécies inconstantemente sensíveis: haemophilus influenzae, bacteróides fragilis, vibrio cholerae, staphylococcus aureus.
- Espécies resistentes: (C.M.I. > 4 microgramas/ml): enterobacteriaceae, pseudomonas.
- Espécies resistentes: (C.M.I. > 4 microgramas/ml): enterobacteriaceae, pseudomonas.
À semelhança do que acontece com outros macrólidos a resistência à espiramicina resulta de dois mecanismos: alteração do local de ligação e bomba de efluxo.
A alteração do local de ligação envolve metilacção específica nas subunidades 50S ribossomais conduzindo à redução da ligação da espiramicina.
É feito pelo gene erm bacteriano que codifica a síntese de enzimas ribossomais metilase.
O aumento do efluxo antibacteriano é mediado pelo gene plasmidíco mef que codifica para uma proteína responsável pelo mecanismo da bomba de efluxo.
A espiramicina pode demonstrar resistência cruzada com estirpes Gram positivas resistentes à eritromicina.
Tal como outros macrólidos a espiramicina actua por ligação às subunidades 50S dos ribossomas bacterianos de micro-organismos sensíveis, por interferência com a síntese proteica microbiana.
Espectro antibacteriano:
Espécies habitualmente sensíveis: streptococos (do grupo A, S. mitis, S. sanguis, pneumococo), meningococo, gonococo, bordetella pertussis, corynebacterium diphteriae, listeria monocytogenes, clostridium, mycoplasma pneumoniae, chlamydia trachomatis, legionella pneumophila, treponemas, leptospires, campylobacter, toxoplasma gondii.
- Espécies inconstantemente sensíveis: haemophilus influenzae, bacteróides fragilis, vibrio cholerae, staphylococcus aureus.
- Espécies resistentes: (C.M.I. > 4 microgramas/ml): enterobacteriaceae, pseudomonas.
- Espécies resistentes: (C.M.I. > 4 microgramas/ml): enterobacteriaceae, pseudomonas.
À semelhança do que acontece com outros macrólidos a resistência à espiramicina resulta de dois mecanismos: alteração do local de ligação e bomba de efluxo.
A alteração do local de ligação envolve metilacção específica nas subunidades 50S ribossomais conduzindo à redução da ligação da espiramicina.
É feito pelo gene erm bacteriano que codifica a síntese de enzimas ribossomais metilase.
O aumento do efluxo antibacteriano é mediado pelo gene plasmidíco mef que codifica para uma proteína responsável pelo mecanismo da bomba de efluxo.
A espiramicina pode demonstrar resistência cruzada com estirpes Gram positivas resistentes à eritromicina.
Posologia Orientativa
Adultos e crianças com mais de 40 Kg: 6 a 9 M.U.I. (4 a 6 comprimidos) divididos por 2 a 3 tomas diárias.
A duração do tratamento é normalmente de 5 a 10 dias, sendo que este período pode ser alargado dependendo da natureza, local e gravidade da infecção.
Amigdalite ou amigdalofaringite: 5 – 10 dias
Infeções cutâneas: 5 – 10 dias
Infeções estomatológicas: 5 – 10 dias
Otite media aguda: 10 dias
Sinusite aguda: 10 dias
Superinfeção bacteriana de bronquite aguda: 7 – 10 dias
Exacerbacção aguda da bronquite crónica: 7 – 10 dias
Pneumonia adquirida na comunidade: 7 – 14 dias
Infeções genitais não gonocóccicas: 5 – 10 dias
Toxoplasmose:
Em mulheres grávidas na prevenção da transmissão ao feto: desde o diagnóstico até ao parto
Noutros doentes que adquiriram toxoplasmose: 3 a 4 semanas
Criptosporidíase: 10 dias ou mais
Para uso profilático em meningite provocada por meningococcus, o esquema posológico usual é:
Adultos: 3 MUI bid durante 5 dias
A duração do tratamento é normalmente de 5 a 10 dias, sendo que este período pode ser alargado dependendo da natureza, local e gravidade da infecção.
Amigdalite ou amigdalofaringite: 5 – 10 dias
Infeções cutâneas: 5 – 10 dias
Infeções estomatológicas: 5 – 10 dias
Otite media aguda: 10 dias
Sinusite aguda: 10 dias
Superinfeção bacteriana de bronquite aguda: 7 – 10 dias
Exacerbacção aguda da bronquite crónica: 7 – 10 dias
Pneumonia adquirida na comunidade: 7 – 14 dias
Infeções genitais não gonocóccicas: 5 – 10 dias
Toxoplasmose:
Em mulheres grávidas na prevenção da transmissão ao feto: desde o diagnóstico até ao parto
Noutros doentes que adquiriram toxoplasmose: 3 a 4 semanas
Criptosporidíase: 10 dias ou mais
Para uso profilático em meningite provocada por meningococcus, o esquema posológico usual é:
Adultos: 3 MUI bid durante 5 dias
Administração
Via oral.
Contraindicações
Hipersensibilidade à espiramicina
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Doenças do sangue e do sistema linfático
Hemólise: Desconhecido
Exames complementares de diagnóstico
Alterações nos testes da função hepática: Desconhecido
Afecções hepatobiliares
Hepatite colestática: Desconhecido
Lesão hepatica mista: Desconhecido
Doenças do sistema nervoso
Parestesia: Frequente
Doenças gastrointestinais
Náuseas: Frequente
Vómitos: Frequente
Diarreia Frequente
Colite pseudomembranosa: Frequente
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Rash: Frequente
Urticária: Desconhecido
Prurido: Desconhecido
Angioedema: Desconhecido
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Reacção no local da injecção: Muito frequente
Doenças do sistema imunitário
Choque anafiláctico: Desconhecido
Vasculite: Desconhecido
Purpura de Henoch-Schonlein: Desconhecido
Hemólise: Desconhecido
Exames complementares de diagnóstico
Alterações nos testes da função hepática: Desconhecido
Afecções hepatobiliares
Hepatite colestática: Desconhecido
Lesão hepatica mista: Desconhecido
Doenças do sistema nervoso
Parestesia: Frequente
Doenças gastrointestinais
Náuseas: Frequente
Vómitos: Frequente
Diarreia Frequente
Colite pseudomembranosa: Frequente
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Rash: Frequente
Urticária: Desconhecido
Prurido: Desconhecido
Angioedema: Desconhecido
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Reacção no local da injecção: Muito frequente
Doenças do sistema imunitário
Choque anafiláctico: Desconhecido
Vasculite: Desconhecido
Purpura de Henoch-Schonlein: Desconhecido
Advertências

Gravidez:Não há referências que atribuam à espiramicina quaisquer lesões fetais. Risco fetal desconhecido, por falta de estudos alargados.

Aleitamento:Evitar; pequenas quantidades no leite.
Precauções Gerais
Como não foram realizados estudos controlados em recém-nascidos, não se recomenda o uso de espiramicina neste grupo de doentes.
Caso seja considerado necessário, o tratamento deve efetuar-se sob vigilância médica rigorosa, incluindo controlo do ECG.
Como foram relatados casos muito raros de hemólise aguda em doentes com deficiência da glucose-6-fosfato desidrogenase, não se recomenda o uso de espiramicina neste tipo de doentes.
Caso seja considerado necessário, o tratamento deve efetuar-se sob vigilância médica rigorosa, incluindo controlo do ECG.
Como foram relatados casos muito raros de hemólise aguda em doentes com deficiência da glucose-6-fosfato desidrogenase, não se recomenda o uso de espiramicina neste tipo de doentes.
Cuidados com a Dieta
Não interfere com alimentos e bebidas.
Terapêutica Interrompida
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Cuidados no Armazenamento
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Conservar a temperatura inferior a 30º C.
Conservar a temperatura inferior a 30º C.
Espectro de Suscetibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.

Espiramicina + Teofilina
Observações: A espiramicina é conhecida por ter pouco ou nenhum efeito nas isoenzimas hepáticas do citocromo P450 e pode por isso, produzir menos interacções do que os macrólidos metabolizados por este sistema enzimático.Interações: A falta de interacções entre a espiramicina e a teofilina, e a espiramicina e a ciclosporina, parece suportar esta afirmação. - Teofilina

Espiramicina + Ciclosporina
Observações: A espiramicina é conhecida por ter pouco ou nenhum efeito nas isoenzimas hepáticas do citocromo P450 e pode por isso, produzir menos interacções do que os macrólidos metabolizados por este sistema enzimático.Interações: A falta de interacções entre a espiramicina e a teofilina, e a espiramicina e a ciclosporina, parece suportar esta afirmação. - Ciclosporina

Espiramicina + Carbidopa
Observações: A espiramicina é conhecida por ter pouco ou nenhum efeito nas isoenzimas hepáticas do citocromo P450 e pode por isso, produzir menos interações do que os macrólidos metabolizados por este sistema enzimático.Interações: A espiramicina inibe a absorção da carbidopa com diminuição dos níveis plasmáticos de levodopa. - Carbidopa

Espiramicina + Levodopa (L-dopa)
Observações: A espiramicina é conhecida por ter pouco ou nenhum efeito nas isoenzimas hepáticas do citocromo P450 e pode por isso, produzir menos interações do que os macrólidos metabolizados por este sistema enzimático.Interações: A espiramicina inibe a absorção da carbidopa com diminuição dos níveis plasmáticos de levodopa. Quando necessário, o tratamento deve efetuar-se sob vigilância médica rigorosa, e a dose de levodopa deve ser ajustada. - Levodopa (L-dopa)

Domperidona + Espiramicina
Observações: N.D.Interações: A utilização concomitante das seguintes substâncias é contra-indicada: Medicamentos que prolonguem o intervalo QTc: - antiarrítmicos de classe IA (por exemplo, disopiramida, hidroquinidina e quinidina) - antiarrítmicos de classe III (por exemplo, amiodarona, dofetilida, dronedarona, ibutilida e sotalol) - determinados antipsicóticos (por exemplo, haloperidol, pimozida e sertindol) - determinados antidepressivos (por exemplo, citalopram e escitalopram) - determinados antibióticos (por exemplo, eritromicina, levofloxacina, moxifloxacina e espiramicina) - determinados agentes antifúngicos (por exemplo, pentamidina) - determinados agentes antimaláricos (sobretudo halofantrina e lumefantrina) - determinados medicamentos gastrointestinais (por exemplo, cisaprida, dolasetron e prucaloprida) - determinados Anti-histamínicos (por exemplo, mequitazina e mizolastina) - determinados medicamentos utilizados no cancro (por exemplo, toremifeno, vandetanib e vincamina) - alguns outros medicamentos (por exemplo, bepridilo, difemanil e metadona). - Espiramicina

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Como a espiramicina é eliminada no leite materno, não se recomenda o seu uso em mulheres que amamentam.
Como a espiramicina é eliminada no leite materno, não se recomenda o seu uso em mulheres que amamentam.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 26 de Novembro de 2020