Didanosina

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento DCI com Advertência na Insuficiência Hepática DCI com Advertência na Insuficiência Renal
O que é
Didanosina ou Dideoxinosina.

A Didanosina é um composto didesoxinucleósido no qual o grupo 3'-hidroxi da molécula de açúcar foi substituído por um átomo de hidrogénio.

Esta modificação impede a formação de ligações fosfodiéster que são necessários para a realização de cadeias de ácidos nucleicos.

A Didanosina é um potente inibidor da replicação do HIV, agindo como um terminador de cadeia de ADN viral por ligação à transcriptase reversa; ddl é metabolizada em trifosfato de didesoxiadenosina, do seu metabólito putativo activo.
Usos comuns
A Didanosina é usada para tratar o HIV, que causa a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA).
A Didanosina não é um medicamento para a cura do HIV.
Tipo
Molécula pequena.
História
A didanosina foi descrita pela primeira vez em 1975 e aprovada para uso nos Estados Unidos em 1991.


O profármaco relacionado à Didanosina, 2'3' - dideoxiadenosina (DDA), foi inicialmente sintetizado por Morris J. Robins (professor de Química Orgânica da Universidade Brigham Young) e R.K. Robins em 1964.

Posteriormente, Samuel Broder, Hiroaki Mitsuya e Robert Yarchoan do Instituto Nacional do Canro (NCI) constataram que o DNA e ddl poderiam inibir a replicacção do HIV no tubo de ensaio e realizaram ensaios clínicos iniciais que mostraram que a Didanosina tinha actividade em pacientes infectados com o HIV.
Indicações
Tratamento de infecções pelo VIH em associação com outros fármacos anti-retrovirais.
Classificação CFT

1.3.1.3 : Análogos nucleosídeos inibidores da transcriptase inversa (reversa)

Mecanismo De Acção
A Didanosina (ddl) é metabolizada intracelularmente através de uma série de enzimas celulares a sua porção activa, trifosfato de didesoxiadenosina (ddATP), que inibe a enzima transcriptase reversa do HIV de forma competitiva por competir com dATP natural.

Também actua como um terminador de cadeia pela sua incorporação no ADN viral como a falta de um grupo 3'-OH no análogo de nucleósido incorporadas impedindo a formação de 5 'para 3' fosfodiéster vinculação essencial para alongamento da cadeia de ADN e, portanto, o crescimento do ADN viral é terminada.
Posologia Orientativa
Adultos - Via oral: mais de 60 Kg - 400 mg em dose única diária; menos de 60 Kg - 250 mg em dose única diária.
Tomar com o estômago vazio.

Crianças - Via oral: 240 mg/m2/dia em dose única diária; 180 mg/m2/dia em dose única diária quando em associação com a zidovudina.

Não recomendada a sua utilização em crianças de idade inferior a 3 meses.
Administração
Via oral.
Por sua instabilidade em pH ácido, os comprimidos de Didanosina são tamponados e devem ser mastigados ou dissolvidos em água ou suco de maçã para adequada absorção.
Pela mesma razão, devem ser tomadas em tempos distantes para refeições (pelo menos 1 h) e do calendário de outros medicamentos, a fim de evitar quaisquer problemas de absorção relacionados, devem ser tomadas pelo menos dois comprimidos por dose, para garantir uma quantidade suficiente de tampão que não é necessário para as formulações de revestimento entérico.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade à Didanosina.
Gravidez e aleitamento.
História de pancreatite, neuropatia periférica ou hiperuricemia.
Insuificiência hepática. Monitorizar função hepática.
Reduzir a posologia no doente com insuficiência renal.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Náuseas, vómitos e diarreia. Pancreatite. Neuropatia periférica. Hiperuricemia assintomática. Erupções cutâneas e prurido. Astenia. Febre e calafrios. Cefaleias, confusão mental e convulsões. Insónia.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:O uso da didanosina durante a gravidez apenas deve ser considerado se for claramente indicado e se o benefício esperado for superior ao risco potencial.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Recomenda-se que mulheres a tomar didanosina não amamentem devido a potenciais efeitos adversos graves para os lactentes.
Insuf. Hepática
Insuf. Hepática
Insuf. Hepática:Informação insuficiente; ponderar redução da dose.
Insuf. Renal
Insuf. Renal
Insuf. Renal:Reduzir dose; consultar literatura específica.
Precauções Gerais
É muito importante que o médico verifique o seu progresso em visitas regulares para se certificar de que a Didanosina está a funcionar correctamente. Podem ser necessários exames de sangue para verificar se há efeitos indesejáveis.

Não use Didanosina, se também estiver a usar alopurinol ou ribavirina. O uso destes medicamentos em conjunto, pode causar efeitos colaterais graves.

É importante informar o médico se ficar grávida. O médico pode querer que se junte a um registo de gravidez para pacientes que tomam um medicamento antiviral.

HIV pode ser adquirido a partir de ou se espalhar para outras pessoas através de fluidos corporais infectados, incluindo o sangue, fluido vaginal ou sémen.

Se está infectado, é melhor evitar qualquer actividade sexual envolvendo troca de fluidos corporais com outras pessoas.

Se praticar sexo, use sempre (ou o seu parceiro) preservativo. Use só preservativos de látex, e use-os sempre que tiver sexo vaginal, anal, ou oral.

O uso de um espermicida (tal como o nonoxinol-9) podem também ajudar a prevenir a transmissão do HIV, se não for irritante para a vagina, recto ou boca. Os espermicidas têm mostrado para matar o HIV nos testes de laboratório.

Não use geléia à base de óleo, cremes, óleo de bebé, ou um pré-lubrificante pois estes produtos podem fazer com que o preservativo se rompa.

Os lubrificantes sem óleo, como o gel KY, são recomendados. As mulheres podem querer usar os seus próprios preservativos.

As pílulas anticoncepcionais e diafragmas ajudam a proteger contra a gravidez, mas não impedem alguém de transmitir ou eliminar o vírus da sida.

Se usa drogas injectáveis, procure ajuda para parar. Não compartilhe agulhas ou equipamentos com ninguém.

Em alguns países, mais da metade dos utilizadores de drogas estão infectados e compartilham mesmo as agulhas ou seringas que podem espalhar o vírus.

Se tem alguma dúvida sobre isso, consulte o médico. A Didanosina pode causar uma condição de risco de vida chamada pancreatite.

Suspenda o uso de Didanosina e fale com o médico imediatamente se tiver mais de um desses sintomas: inchaço, calafrios, obstipação, urina escura; batimento cardíaco rápido, febre, indigestão, perda de apetite, náuseas, dores no estômago ou no abdómen, possivelmente irradiando para as costas; vómitos, ou os olhos e pele amarelados.

Duas reacções raras, porém graves à Didanosina são acidose lática (excesso de ácido no sangue) e toxicidade do fígado, que inclui um aumento do fígado.

Estas são mais comuns se é mulher, peso muito acima do normal(obesidade), ou tem estado a tomar medicamentos anti-HIV por um longos períodos.

Contacte o médico imediatamente se tiver mais de um desses sintomas: desconforto ou cólicas abdominais ou de estômago; urina escura, diminuição do apetite, diarreia, uma sensação geral de mal-estar; fezes de cor clara; dores musculares, náuseas, cansaço invulgar ou fraqueza, problemas com a respiração, vómitos, os olhos ou pele amarelados.

Suspenda o uso de Didanosina e fale com o médico imediatamente se tiver dor abdominal ou de estômago; fezes negras, sangramento nas gengivas, sangue na urina ou fezes; manchas vermelhas na pele, ou hemorragia ou nódoas negras. Estes podem ser sintomas de uma condição chamada de hipertensão portal não-cirrótico.

Informe o médico imediatamente se começar a ter dormência, formigueiro ou dor ardor nas mãos, braços, pernas ou pés. Estes podem ser sintomas de uma doença chamada neuropatia periférica.

Quando começar a tomar medicamentos para o VIH, o seu sistema imunológico pode ficar mais forte. Se tiver infecções que estão disfarçadas no seu corpo (por exemplo, pneumonia ou tuberculose), pode aperceber-se de novos sintomas quando o organismo tenta lutar contra eles. Se isso ocorrer, informe o médico imediatamente.

A Didanosina pode fazer com que tenha excesso de gordura corporal. Informe o médico imediatamente se notar alterações na sua forma corporal, incluindo um aumento da quantidade de gordura corporal no pescoço ou parte superior das costas, rosto, ao redor do tórax, ou área do estômago.

Também pode perder gordura das pernas, braços ou rosto. A Didanosina pode causar alterações na visão.

Fale com o médico imediatamente se começar a ver cores incomuns ou ter visão turva.

Não beba álcool enquanto estiver a tomar Didanosina.

Não tome outros medicamentos que não tenham sido discutidos com o médico, incluindo medicamentos de prescrição ou sem receita (OTC), e ervas ou suplementos vitamínicos.
Cuidados com a Dieta
Evite o álcool.
Tome com o estômago vazio: 1 hora antes ou 2 horas após as refeições.
Terapêutica Interrompida
Tome a dose assim que se lembrar. Não tome a dose esquecida se for quase hora da sua próxima dose. Não tome medicamento extra para compensar a dose esquecida.
Cuidados no Armazenamento
Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Activa contra o HIV tipos 1 e 2.
Sem efeito descrito

Lamivudina + Zidovudina Didanosina

Observações: Os ensaios clínicos demonstraram que não existem interações clinicamente significativas entre a lamivudina e a zidovudina. A zidovudina é principalmente metabolizada pelas enzimas UGT; a administração concomitante de indutores ou inibidores das enzimas UGT pode alterar a exposição à zidovudina. A lamivudina é depurada ao nível renal. A secreção renal ativa da lamivudina na urina é mediada através de transportadores catiónicos orgânicos (OCTs); a administração concomitante de lamivudina com inibidores OCT ou fármacos nefrotóxicos pode aumentar a exposição à lamivudina. A lamivudina e a zidovudina não são significativamente metabolizadas pelas enzimas do citocromo P450 (tais como CYP 3A4, CYP 2C9 ou CYP 2D6) nem inibem ou induzem este sistema enzimático. Assim, o potencial para interações com antirretrovirais inibidores da protease, não nucleosídeos e outros medicamentos metabolizados pelas principais enzimas P450 é baixo. Foram realizados estudos de interacção apenas em adultos.
Interacções: Didanosina/Lamivudina: interacção não estudada. Didanosina/Zidovudina: interacção não estudada. Não é necessário ajuste de dose. - Didanosina
Sem efeito descrito

Didanosina Zidovudina

Observações: n.d.
Interacções: Foram conduzidos estudos específicos de interacções com zidovudina, estavudina, ranitidina, loperamida, metoclopramida, foscarneto, trimetoprim, sulfametoxazol, dapsona e rifabutina, sem evidência de interacções. Não há evidência de que a didanosina potencie os efeitos mielossupressores do ganciclovir ou da zidovudina. - Zidovudina
Sem efeito descrito

Estavudina Didanosina

Observações: Como a estavudina é eliminada por secreção activa nos túbulos renais, são possíveis interações com outros medicamentos com secreção activa. Não foi investigada a influência da estavudina na cinética de fosforilação dos análogos dos nucleosidos, com excepção da zidovudina. A estavudina não inibe as isoformas principais do citocromo P450 CYP1A2, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6 e CYP3A4; consequentemente, não é provável que ocorram interações farmacológicas clinicamente relevantes com medicamentos metabolizados por estas vias. Uma vez que a estavudina não se liga às proteínas, não se espera que afecte a farmacocinética de medicamentos que se ligam às proteínas. Não existem estudos formais de interacção com outros medicamentos. Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Estudos in vitro indicam que a activação da estavudina é inibida pela Doxorrubicina e ribavirina, mas não por outros medicamentos usados no tratamento da infecção pelo VIH que são igualmente fosforilados (e.g. didanosina, zalcitabina, ganciclovir e foscarnet), pelo que a co-administração de estavudina quer com doxorrubicina ou com ribavirina deverá ser efectuada com precaução. - Didanosina
Sem efeito descrito

Foscarneto sódico Didanosina

Observações: n.d.
Interacções: Não existe interacção farmacocinética com a zidovudina (AZT), ganciclovir, didanosina (ddI) ou zalcitabina (ddC). - Didanosina
Potencialmente Grave

Hidroxicarbamida Didanosina

Observações: Não foram efetuados estudos de interacção específicos com a hidroxicarbamida.
Interacções: Foram referidos casos de pancreatite e hepatoxicidade potencialmente fatais bem como neuropatia periférica grave em doentes infetados com o VIH que receberam hidroxicarbamida em combinação com medicamentos antirretrovirais, particularmente didanosina e estavudina. Os doentes tratados com hidroxicarbamida em combinação com didanosina, estavudina e indinavir apresentaram uma diminuição média de células CD4 de aproximadamente 100/mm3. - Didanosina
Usar com precaução

Amprenavir Didanosina

Observações: Foram realizados estudos de interacção com amprenavir como único inibidor da protease.
Interacções: Inibidores análogos de nucleósidos da transcriptase reversa (NRTIs): Não foram efectuados ensaios clínicos farmacocinéticos com Amprenavir em associação com didanosina, no entanto, devido ao seu componente antiácido, recomenda-se que a didanosina e Amprenavir sejam administrados com pelo menos uma hora de intervalo. - Didanosina
Sem efeito descrito

Atovaquona Didanosina

Observações: Dada a experiência ser limitada, deve tomar-se precaução ao associar outros fármacos com Atovaquona. A atovaquona liga-se fortemente às proteínas plasmáticas, devendo tomar-se precaução ao administrar Atovaquona simultaneamente com outros fármacos com elevada taxa de ligação às proteínas e com baixos índices terapêuticos. A atovaquona não afecta a farmacocinética, metabolismo ou extensão de ligação às proteínas da fenitoína in vivo.
Interacções: A Didanosina (ddI) não afecta a farmacocinética da atovaquona, como determinado num estudo prospetivo multidose de interacções medicamentosas da atovaquona e ddI. No entanto, registou-se um decréscimo de 24% na AUC da ddI quando administrada concomitantemente com atovaquona, o que não aparenta ter significado clínico. Embora se desconheçam os modos de interacção, os efeitos da administração de atovaquona sobre a zidovudina e Didanosina (ddI) poderão ser superiores com a atovaquona em suspensão. As concentrações mais elevadas de atovaquona possíveis com a suspensão, poderão induzir maiores alterações nos valores de AUC de zidovudina ou de Didanosina (ddI) do que os observados. - Didanosina
Usar com precaução

Dapsona Didanosina

Observações: n.d.
Interacções: A administração simultânea de carvão activado, didanosina (ddl), antiácidos e bloqueadores H2, pode diminuir a absorção da dapsona pelo que a toma de dapsona e dos restantes medicamentos deve ser efectuada, no mínimo, com duas horas de intervalo. O risco de desencadear neuropatia periférica é maior se a dapsona for tomada com outros medicamentos que causam neuropatia, como a didanosina (ddl). - Didanosina
Sem efeito descrito

Lamivudina Didanosina

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos. A probabilidade de interações metabólicas é baixa devido aos limitados metabolismo e ligação às proteínas plasmáticas e à quase completa depuração renal. O metabolismo da lamivudina não envolve o CYP3A, pelo que são pouco prováveis as interações com medicamentos metabolizados por este sistema (por ex. PIs).
Interacções: Deve considerar-se a possibilidade de interacção com outros medicamentos administrados concomitantemente, particularmente quando a principal via de eliminação é a secreção renal activa através do sistema de transporte catiónico orgânico, por ex. trimetoprim. Os análogos de nucleósido (por ex. didanosina) como a zidovudina, não são eliminados por este mecanismo, não sendo provável a sua interacção com a lamivudina. - Didanosina
Não recomendado/Evitar

Ribavirina Didanosina

Observações: Realizaram-se estudos de interacção com a ribavirina em combinação com peginterferão alfa-2a, interferão alfa-2b e antiácidos. As concentrações da ribavirina são similares quando esta é administrada isoladamente ou concomitantemente com interferão alfa-2b ou peginterferão alfa-2a. O potencial para a ocorrência de interações pode persistir durante um período de até 2 meses (5 vezes a semi-vida da ribavirina) após a conclusão da terapêutica com Ribavirina devido à sua longa semi-vida. Os resultados dos estudos in vitro nos quais foram utilizadas preparações de microssomas hepáticos de rato e humanos indicaram não existir metabolismo da ribavirina mediado pelas enzimas do citocromo P450. A ribavirina não inibe as enzimas do citocromo P450. Os estudos de toxicidade não revelaram indícios de indução das enzimas hepáticas pela ribavirina. Por conseguinte, é mínimo o potencial para a ocorrência de interações com as enzimas do citocromo P450.
Interacções: Didanosina (ddI): A co-administração de ribavirina e didanosina não é recomendada. In vitro, a exposição à didanosina ou ao seu metabólito activo (5´-trifosfato de dideoxiadenosina) está aumentada, quando a didanosina é co-administrada com a ribavirina. Foram notificados casos de insuficiência hepática fatal, assim como neuropatia periférica, pancreatite e hiperlactacidemia/acidose láctica sintomática, com a utilização da ribavirina. - Didanosina
Sem efeito descrito

Azitromicina Didanosina

Observações: n.d.
Interacções: Didanosinas (Dideoxinosina): A co-administração de 1200 mg/dia de azitromicina e de 400 mg/dia de didanosina em 6 pessoas VIH-positivas não pareceu afectar a farmacocinética da didanosina em estado estacionário, comparativamente ao placebo. - Didanosina
Não recomendado/Evitar

Emtricitabina + Tenofovir Didanosina

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos. A farmacocinética no estado estacionário da emtricitabina e tenofovir não foi afetada quando a emtricitabina e o tenofovir disoproxil fumarato foram administrados em associação comparativamente a cada medicamento administrado isoladamente. Os estudos de interacção farmacocinética in vitro e clínica demonstraram que o potencial para interações mediadas pelo CYP450, envolvendo a emtricitabina e o tenofovir disoproxil fumarato com outros medicamentos, é baixo.
Interacções: Utilização concomitante não recomendada: Didanosina: A co-administração de Emtricitabina / Tenofovir e didanosina não é recomendada. - Didanosina
Não recomendado/Evitar

Peginterferão alfa-2a Didanosina

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Doentes coinfetados por VHC e VIH: Não foi observada evidência de interacção medicamentosa em 47 doentes coinfetados por VHC e VIH, que completaram um subestudo farmacocinético de 12 semanas, para avaliar o efeito da ribavirina na fosforilação intracelular de alguns nucleósidos inibidores da transcriptase reversa (lamivudina, zidovudina ou e estavudina). No entanto, devido à elevada variabilidade, os intervalos de confiança são muito alargados. A exposição plasmática à ribavirina pareceu não ser afetada pela administração concomitante de análogos dos nucleósidos inibidores da transcriptase reserva (NITRs). A co-administração de ribavirina e didanosina não é recomendada. A exposição à didanosina ou ao seu metabólito activo (5 ́ - trifosfato de dideoxiadenosina) é aumentada, in vitro, quando a didanosina é co-administrada com a ribavirina. Foram notificados casos de insuficiência hepática fatal, assim como neuropatia periférica, pancreatite, e hiperlactacidemia/acidose láctica sintomática, com a adição da ribavirina. Foi notificada a exacerbação da anemia devida à ribavirina quando a zidovudina é parte do regime de tratamento do VIH, embora o mecanismo exato ainda não seja conhecido. Não é recomendada a utilização concomitante de ribavirina com zidovudina devido ao aumento do risco de anemia. Deve considerar-se a substituição da zidovudina num regime de terapêutica antiretrovírica combinada se este já estiver estabelecido. Tal seria particularmente importante em doentes com história conhecida de anemia induzida por zidovudina. - Didanosina
Não recomendado/Evitar

Peginterferão alfa-2b Didanosina

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Coinfeção VHC/VIH 122: Análogos nucleósidos: A utilização de análogos nucleósidos, em monoterapia ou em associação com outros nucleósidos, tem originado acidose láctica. Farmacologicamente, a ribavirina aumenta os metabólitos fosforilados dos nucleósidos purina in vitro. Esta actividade pode potenciar o risco de acidose láctica induzida pelos análogos dos nucleósidos purina (p.ex. didanosina ou abacavir). Não se recomenda a administração concomitante da ribavirina e da didanosina. Têm sido relatados casos de toxicidade mitocondrial, em particular acidose láctica e pancreatite, por vezes fatal (ver o RCM da ribavirina). Têm sido notificados casos de exacerbação de anemia devido a ribavirina quando a zidovudina faz parte do regímen utilizado no tratamento de VIH, contudo o mecanismo exato permanece por esclarecer. Não é recomendado o uso concomitante de ribavirina com zidovudina devido a um aumento do risco de anemia. Deve ser considerada a possibilidade de substituição de zidovudina num tratamento antirretrovírico (ARV) combinado, se este regímen já estiver estabelecido. Esta medida seria particularmente importante em doentes com antecedentes de anemia induzida por zidovudina. - Didanosina
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Ciprofloxacina Didanosina

Observações: n.d.
Interacções: Efeitos de outros produtos na ciprofloxacina: Formação de Complexos Quelantes: A administração simultânea de ciprofloxacina (oral) e fármacos contendo catiões multivalentes e suplementos minerais (ex: cálcio, magnésio, alumínio, ferro), ligandos de fosfato polimérico (ex: sevelamer), sucralfato ou antiácidos, e de fármacos altamente tamponados (ex. comprimidos de didanosina) contendo magnésio, alumínio ou cálcio, reduz a absorção de ciprofloxacina. Consequentemente, a ciprofloxacina deve ser administrada 1-2 horas antes ou, pelo menos, 4 horas depois destas preparações. Esta restrição não se aplica aos antiácidos pertencentes à classe dos bloqueadores dos receptores H2. - Didanosina
Sem efeito descrito

Darunavir Didanosina

Observações: O perfil de interacção do darunavir pode variar dependendo se é utilizado o ritonavir ou o cobicistate como fármacos potenciadores. As recomendações dadas para a utilização concomitante de darunavir e outros medicamentos podem por isso variar dependendo se darunavir é potenciado com ritonavir ou com cobicistate, e é também necessária precaução durante o primeiro tempo de tratamento, se se substituir o fármaco potenciador de ritonavir para cobicistate.
Interacções: ANTIRRETROVIRAIS PARA O VIH: Análogos nucleo(s/t)ídeos inibidores da transcriptase reversa (NRTIs): Didanosina 400 mg, uma vez por dia: Darunavir potenciado e didanosina podem ser utilizados, sem ajustes posológicos. A didanosina é para ser administrada com o estômago vazio, por isso deve ser administrada 1 hora antes ou 2 horas depois da administração de Darunavir potenciado, com alimentos. - Didanosina
Sem efeito descrito

Darunavir + Cobicistate Didanosina

Observações: Não foram realizados estudos de interacção farmacológica com Darunavir / Cobicistate. Uma vez que Darunavir / Cobicistate contém darunavir e cobicistate, as interacções que foram identificadas com darunavir (em associação uma dose baixa de ritonavir) e com cobicistate determinam as interacções que podem ocorrer com Darunavir / Cobicistate. Os ensaios de interacção com darunavir/ritonavir e com cobicistate apenas foram realizados em adultos.
Interacções: OUTROS MEDICAMENTOS ANTIRRETROVIRAIS VIH: Análogos núcleo(s/t)ídeos inibidores da transcriptase reversa (NRTIs): Didanosina 400 mg, uma vez por dia: Tendo por base considerações teóricas, não são esperadas interacções mecanísticas. Darunavir / Cobicistate e didanosina podem ser utilizados sem ajuste da dose. Quando a didanosina é administrada concomitantemente com Darunavir / Cobicistate, a didanosina deve ser administrada com o estômago vazio 1 hora antes ou 2 h após a administração de Darunavir / Cobicistate (o qual é administrado com alimentos). - Didanosina
Sem efeito descrito

Didanosina Estavudina

Observações: n.d.
Interacções: Foram conduzidos estudos específicos de interacções com zidovudina, estavudina, ranitidina, loperamida, metoclopramida, foscarneto, trimetoprim, sulfametoxazol, dapsona e rifabutina, sem evidência de interacções. - Estavudina
Sem efeito descrito

Didanosina Ranitidina

Observações: n.d.
Interacções: Foram conduzidos estudos específicos de interacções com zidovudina, estavudina, ranitidina, loperamida, metoclopramida, foscarneto, trimetoprim, sulfametoxazol, dapsona e rifabutina, sem evidência de interacções. - Ranitidina
Sem efeito descrito

Didanosina Loperamida

Observações: n.d.
Interacções: Foram conduzidos estudos específicos de interacções com zidovudina, estavudina, ranitidina, loperamida, metoclopramida, foscarneto, trimetoprim, sulfametoxazol, dapsona e rifabutina, sem evidência de interacções. - Loperamida
Sem efeito descrito

Didanosina Metoclopramida

Observações: n.d.
Interacções: Foram conduzidos estudos específicos de interacções com zidovudina, estavudina, ranitidina, loperamida, metoclopramida, foscarneto, trimetoprim, sulfametoxazol, dapsona e rifabutina, sem evidência de interacções. - Metoclopramida
Sem efeito descrito

Didanosina Foscarneto sódico

Observações: n.d.
Interacções: Foram conduzidos estudos específicos de interacções com zidovudina, estavudina, ranitidina, loperamida, metoclopramida, foscarneto, trimetoprim, sulfametoxazol, dapsona e rifabutina, sem evidência de interacções. - Foscarneto sódico
Sem efeito descrito

Didanosina Trimetoprim

Observações: n.d.
Interacções: Foram conduzidos estudos específicos de interacções com zidovudina, estavudina, ranitidina, loperamida, metoclopramida, foscarneto, trimetoprim, sulfametoxazol, dapsona e rifabutina, sem evidência de interacções. - Trimetoprim
Sem efeito descrito

Didanosina Sulfametoxazol

Observações: n.d.
Interacções: Foram conduzidos estudos específicos de interacções com zidovudina, estavudina, ranitidina, loperamida, metoclopramida, foscarneto, trimetoprim, sulfametoxazol, dapsona e rifabutina, sem evidência de interacções. - Sulfametoxazol
Sem efeito descrito

Didanosina Dapsona

Observações: n.d.
Interacções: Foram conduzidos estudos específicos de interacções com zidovudina, estavudina, ranitidina, loperamida, metoclopramida, foscarneto, trimetoprim, sulfametoxazol, dapsona e rifabutina, sem evidência de interacções. - Dapsona
Sem efeito descrito

Didanosina Rifabutina

Observações: n.d.
Interacções: Foram conduzidos estudos específicos de interacções com zidovudina, estavudina, ranitidina, loperamida, metoclopramida, foscarneto, trimetoprim, sulfametoxazol, dapsona e rifabutina, sem evidência de interacções. - Rifabutina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Didanosina Ganciclovir

Observações: n.d.
Interacções: A administração da didanosina duas horas antes ou em simultâneo com o ganciclovir foi associada a um aumento médio de 111% da AUC da didanosina no estado estacionário. Foi observada uma ligeira diminuição (21%) da AUC do ganciclovir no estado estacionário quando a didanosina foi administrada 2 horas antes do ganciclovir, mas não quando os dois medicamentos foram administrados em simultâneo. Não houve alterações na depuração renal para qualquer dos fármacos. Desconhece-se se estas alterações estão associadas a alterações na segurança da didanosina ou na eficácia do ganciclovir. Não há evidência de que a didanosina potencie os efeitos mielossupressores do ganciclovir ou da zidovudina. Não foram estabelecidas as doses adequadas de didanosina, quando utilizada em associação com o ganciclovir ou valganciclovir. Os doentes a tomar didanosina em associação com ganciclovir ou valganciclovir devem ser cuidadosamente monitorizados quanto a toxicidade associada a didanosina. - Ganciclovir
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Didanosina Valganciclovir

Observações: n.d.
Interacções: Apesar da magnitude do aumento na exposição à didanosina quando administrada concomitantemente com o valganciclovir não ter sido estabelecida, é de esperar um aumento na exposição à didanosina quando estes dois fármacos são administrados concomitantemente. Não foram estabelecidas as doses adequadas de didanosina, quando utilizada em associação com o ganciclovir ou valganciclovir. Os doentes a tomar didanosina em associação com ganciclovir ou valganciclovir devem ser cuidadosamente monitorizados quanto a toxicidade associada a didanosina. - Valganciclovir
Não recomendado/Evitar

Didanosina Ribavirina

Observações: n.d.
Interacções: A administração concomitante da didanosina com medicamentos que causam neuropatia periférica ou pancreatite pode aumentar o risco destas toxicidades, pelo que os doentes em terapêutica com estes medicamentos devem ser cuidadosamente vigiados. A ribavirina, com base em dados in vitro, aumenta os níveis intracelulares de didanosina trifosforilada. Foram notificadas insuficiência hepática fatal, bem como neuropatia periférica, pancreatite e hiperlactacidemia/ acidose láctica sintomática nos doentes a receber didanosina e ribavirina com ou sem estavudina. Não é recomendada a administração concomitante de ribavirina e didanosina. - Ribavirina
Sem efeito descrito

Didanosina Outros medicamentos

Observações: n.d.
Interacções: Didanosina cápsulas não contém antiácidos, consequentemente, não são esperadas interacções farmacológicas causadas por alterações do pH quando as cápsulas gastrorresistentes são administradas concomitantemente com medicamentos cuja absorção é influenciada pela acidez gástrica. - Outros medicamentos
Sem significado Clínico

Didanosina Ciprofloxacina

Observações: n.d.
Interacções: Os estudos específicos de interacção com ciprofloxacina, indinavir, cetoconazol, itraconazol e fluconazol não mostraram evidência de interacção clinicamente significativa. - Ciprofloxacina
Sem significado Clínico

Didanosina Itraconazol

Observações: n.d.
Interacções: Os estudos específicos de interacção com ciprofloxacina, indinavir, cetoconazol, itraconazol e fluconazol não mostraram evidência de interacção clinicamente significativa. - Itraconazol
Sem significado Clínico

Didanosina Fluconazol

Observações: n.d.
Interacções: Os estudos específicos de interacção com ciprofloxacina, indinavir, cetoconazol, itraconazol e fluconazol não mostraram evidência de interacção clinicamente significativa. - Fluconazol
Não recomendado/Evitar

Didanosina Tenofovir

Observações: n.d.
Interacções: Quando as cápsulas gastrorresistentes de didanosina foram administradas 2 horas antes, ou concomitantemente, com disoproxil fumarato de tenofovir, a AUC da didanosina aumentou, em média, 48% e 60%, respectivamente. O aumento médio na AUC da didanosina foi de 44% quando os comprimidos tamponados foram administrados 1 hora antes do tenofovir. Em ambos os casos, os parâmetros farmacocinéticos do tenofovir administrado com uma refeição ligeira mantiveram-se inalterados. A administração concomitante de disoproxil fumarato de tenofovir e didanosina não é recomendada. - Tenofovir
Não recomendado/Evitar

Didanosina Alopurinol

Observações: n.d.
Interacções: Quando a didanosina e o alopurinol foram administrados concomitantemente (14 voluntários saudáveis), a AUC e a Cmax da didanosina aumentaram significativamente, 105% e 71%, respectivamente. Consequentemente, não é recomendada a administração concomitante do alopurinol (inibidor da xantina oxidase) com a didanosina. Os doentes tratados com didanosina, que necessitem da administração de alopurinol, devem ser mudados para um regime de tratamento alternativo. - Alopurinol
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Didanosina Inibidores da xantina oxidase

Observações: n.d.
Interacções: A xantina oxidase é uma enzima envolvida no metabolismo da didanosina. Outros inibidores da xantina oxidase podem aumentar a exposição à didanosina quando administrados concomitantemente e, consequentemente, aumentam o potencial para efeitos indesejáveis associados à didanosina. Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados quanto a efeitos indesejáveis relacionados com a didanosina. - Inibidores da xantina oxidase
Usar com precaução

Didanosina Opiáceos (opióides)

Observações: n.d.
Interacções: Quando as cápsulas gastrorresistentes de didanosina foram administradas a doentes dependentes de opiáceos em tratamento crónico com metadona, as exposições de didanosina diminuíram em comparação com controlos históricos não tratados com metadona. Esta diminuição foi mais acentuada com os comprimidos de didanosina. Consequentemente, se a didanosina for utilizada em associação com metadona, os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados quanto a uma resposta clínica adequada. - Opiáceos (opióides)
Usar com precaução

Didanosina Metadona

Observações: n.d.
Interacções: Quando as cápsulas gastrorresistentes de didanosina foram administradas a doentes dependentes de opiáceos em tratamento crónico com metadona, as exposições de didanosina diminuíram em comparação com controlos históricos não tratados com metadona. Esta diminuição foi mais acentuada com os comprimidos de didanosina. Consequentemente, se a didanosina for utilizada em associação com metadona, os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados quanto a uma resposta clínica adequada. - Metadona
Usar com precaução

Didanosina Alimentos/Bebidas (Soja, fitinas, fitatos, oxalatos, taninos, pectinas)

Observações: n.d.
Interacções: A ingestão da didanosina com alimentos altera a farmacocinética da didanosina. - Alimentos/Bebidas (Soja, fitinas, fitatos, oxalatos, taninos, pectinas)
Não recomendado/Evitar

Emtricitabina + Rilpivirina + Tenofovir Didanosina

Observações: Não foram efetuados estudos de interacção medicamentosa com Emtricitabina / Rilpivirina / Tenofovir. As interações que foram identificadas com estes agentes individualmente podem ocorrer com esta associação. Os estudos de interacção com estes agentes só foram realizados em adultos. A rilpivirina é metabolizada principalmente pelo citocromo P450 (CYP)3A. Medicamentos que induzem ou inibem a CYP3A podem portanto afetar a depuração de rilpivirina.
Interacções: Utilização concomitante não recomendada: Didanosina: A co-administração de Emtricitabina / Rilpivirina / Tenofovir e didanosina não é recomendada. - Didanosina
Usar com precaução

Pentamidina Didanosina

Observações: n.d.
Interacções: Associações que exigem precaução: Didanosina: Risco aumentado de pancreatite. - Didanosina
Usar com precaução

Valganciclovir Didanosina

Observações: n.d.
Interacções: interacções medicamentosas com valganciclovir: Não foram realizados estudos de interacção medicamentosa com Valganciclovir, in vivo. Uma vez que o valganciclovir é extensa e rapidamente metabolizado em ganciclovir, as interacções medicamentosas associadas ao ganciclovir são também esperadas para o valganciclovir. Efeitos do ganciclovir noutros medicamentos: Didanosina: Verificou-se que as concentrações plasmáticas de didanosina aumentam consistentemente quando esta é administrada com o ganciclovir (quer intravenoso, quer oral). Com doses de ganciclovir oral de 3 e 6 g/dia, observou-se um aumento na AUC da didanosina entre 84 e 124%. Com doses intravenosas de 5 e 10 mg/kg/dia de ganciclovir, verificou-se um aumento da AUC da didanosina entre 38 e 67%. Não se verificou um efeito clinicamente significativo nas concentrações do ganciclovir. Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados relativamente à toxicidade da didanosina. - Didanosina
Sem efeito descrito

Zalcitabina Didanosina

Observações: n.d.
Interacções: Inibidores nucleósidos da transcriptase reversa: A zalcitabina não tem efeito significativo na fosforilação intracelular da zidovudina, tal como demonstrado in vitro. No mesmo estudo, demonstrou-se que a didanosina e a estavudina não tinham efeito significativo na fosforilação intracelular da zalcitabina. Estudos in vitro revelaram que a lamivudina inibiu significativamente a fosforilação intracelular da zalcitabina de uma forma dependente da dose. Este efeito já tinha sido observado no Homem, com concentrações correspondentes a níveis plasmáticos terapêuticos. Em concentrações que excedem os níveis plasmáticos clinicamente relevantes, a zalcitabina também diminuiu a fosforilação da lamivudina. Desta forma, não se recomenda a utilização concomitante da zalcitabina e lamivudina. - Didanosina
Não recomendado/Evitar

Efavirenz + Emtricitabina + Tenofovir Didanosina

Observações: As interações que foram identificadas com Efavirenz, Emtricitabina e Tenofovir individualmente podem ocorrer com esta associação. Os estudos de interacção com estes medicamentos só foram realizados em adultos.
Interacções: Didanosina: Não se recomenda a co-administração de Efavirenz / Emtricitabina / Tenofovir e didanosina. ANTI-INFECCIOSOS: Antivirais para o VIH NNRTIs/Efavirenz: interacção não estudada. Didanosina/Tenofovir disoproxil fumarato: A co-administração de tenofovir disoproxil fumarato e didanosina resulta num aumento de 40-60% da exposição sistémica à didanosina, o que pode aumentar o risco para reacções adversas relacionadas com a didanosina. Raramente, foram notificadas pancreatite e acidose láctica, ocasionalmente fatais. A co-administração de tenofovir disoproxil fumarato e didanosina numa dose diária de 400 mg tem sido associada a uma diminuição significativa na contagem de células CD4, possivelmente devido a um aumento da didanosina fosforilada (i.e. activa) por interacção intracelular. A co-administração de uma dose reduzida de 250 mg de didanosina com tenofovir disoproxil fumarato tem sido associada a notificações de elevada frequência de falência virológica com as várias associações testadas. Didanosina/Efavirenz: interacção não estudada. Didanosina/Emtricitabina: interacção não estudada. Não se recomenda a co-administração de Efavirenz / Emtricitabina / Tenofovir e didanosina. - Didanosina
Sem efeito descrito

Fosamprenavir Didanosina

Observações: n.d.
Interacções: Didanosina: Não é necessário separação de dose ou ajuste de dose. - Didanosina
Sem efeito descrito

Indinavir Didanosina

Observações: n.d.
Interacções: INDINAVIR NÃO POTENCIADO ANTI-INFECCIOSOS: Antirretrovirais: NRTIs: Didanosina (Formulação tamponada): Não se realizou qualquer estudo formal de interacção. Pode ser necessário um pH gástrico normal (ácido) para uma absorção ótima de indinavir, uma vez que o ácido degrada rapidamente a didanosina, que é formulada com agentes tamponados para aumentar o pH. A actividade antirretrovírica manteve-se inalterada quando a didanosina foi administrada 3 horas após o tratamento com indinavir. As formulações de indinavir e de didanosina contendo tampão devem ser administradas, pelo menos, com uma 1 hora de intervalo e com o estômago vazio. Didanosina com revestimento entérico 400 mg SD (Indinavir 800 mg SD) Pode ser administrado sem restrições relativamente à hora da administração ou da refeição. - Didanosina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Metadona Didanosina

Observações: n.d.
Interacções: interacções farmacocinéticas: Didanosina e estavudina: A metadona atrasa a absorção e aumenta o metabolismo de primeira passagem da estavudina e da didanosina, o que resulta numa diminuição da biodisponibilidade da estavudina e da didanosina. A metadona pode duplicar os níveis séricos de desipramina. - Didanosina
Usar com precaução

Moxifloxacina Didanosina

Observações: n.d.
Interacções: interacções com medicamentos: A utilização de moxifloxacina deve ser feita com precaução em doentes que estejam a tomar medicação que possa reduzir os níveis de potássio (por exemplo diuréticos do tipo tiazidas e da ansa, laxantes e enemas (doses elevadas), corticosteróides, anfotericina B) ou medicamentos que estejam associados a bradicardia clinicamente significativa. Deve ser respeitado um intervalo de 6 horas entre a administração de agentes contendo catiões bivalentes ou trivalentes (ex.: antiácidos contendo magnésio ou alumínio, comprimidos de didanosina, sucralfato e agentes contendo ferro ou zinco) e a administração de moxifloxacina. A administração concomitante de carvão activado com uma dose oral de 400 mg de moxifloxacina resulta numa acentuada prevenção da absorção e numa redução da disponibilidade sistémica do fármaco em mais de 80%. Desta forma, não se recomenda a administração concomitante destes dois fármacos (exceto em casos de sobredosagem). - Didanosina
Sem significado Clínico

Nelfinavir Didanosina

Observações: n.d.
Interacções: NRTIs: Não foram observadas interacções clinicamente significativas entre o nelfinavir e os análogos nucleósidos. Presentemente, não existe evidência da eficácia inadequada da zidovudina no SNC que possa estar associada à pequena redução dos níveis plasmáticos da zidovudina quando esta é coadministrada com nelfinavir. Uma vez que se recomenda a administração da didanosina com o estômago vazio, nelfinavir deve ser administrado (com alimentos) uma hora após ou mais de duas horas antes da didanosina. - Didanosina
Sem efeito descrito

Nevirapina Didanosina

Observações: n.d.
Interacções: ANTIRRETROVIRAIS: Análogos nucleosídeos inibidores da transcriptase reversa (ITRNs): Didanosina 100-150 mg duas vezes Didanosina e Nevirapina podem ser co-administrados sem ajuste de dose. - Didanosina
Sem significado Clínico

Rifabutina Didanosina

Observações: n.d.
Interacções: ANTIVíRICOS: Didanosina: Efeito na rifabutina: Sem alterações significativas na cinética. Efeito no fármaco co-administrado: Sem alterações significativas na cinética no estado estacionário Sem alterações significativas. - Didanosina
Sem efeito descrito

Rilpivirina Didanosina

Observações: A rilpivirina é um inibidor in vitro do transportador MATE-2K com um IC50 < 2,7 nM. As implicações clínicas deste achado são atualmente desconhecidas.
Interacções: interacções E RECOMENDAÇÕES POSOLÓGICAS COM OUTROS MEDICAMENTOS ANTI-INFECIOSOS: Antirretrovirais: NRTIs /N[t]RTIs do VIH: Didanosina*# 400 mg uma vez por dia: Não é necessário qualquer ajuste da dose. A didanosina deve ser administrada pelo menos duas horas antes ou pelo menos quatro horas após a administração de Rilpivirina. * A interacção entre Rilpivirina e o medicamento foi avaliada num estudo clínico. Todas as outras interacções medicamentosas apresentadas são previstas. # Este estudo de interacção foi realizado com uma dose superior à dose recomendada de Rilpivirina, para avaliar o efeito máximo no medicamento administrado concomitantemente. A recomendação posológica é aplicável à dose recomendada de Rilpivirina de 25 mg uma vez por dia. - Didanosina
Sem efeito descrito

Ritonavir Didanosina

Observações: n.d.
Interacções: interacções Medicamentosas: Ritonavir com Medicamentos Antirretrovirais Além dos Inibidores da Protease: Didanosina: Dado que ritonavir é recomendado para ser tomado com alimentos e a didanosina deve ser tomada com o estômago vazio, estes medicamentos devem ser tomados com um intervalo de 2,5 h. Não devem ser necessárias alterações na dose. - Didanosina
Não recomendado/Evitar

Tenofovir Didanosina

Observações: Os estudos de interacção só foram realizados em adultos.
Interacções: Administração concomitante não recomendada: Didanosina: A co-administração de tenofovir disoproxil e didanosina não é recomendada. interacções entre o tenofovir disoproxil e outros medicamentos: ANTI-INFECIOSOS: NRTIs: Didanosina: A co-administração de tenofovir disoproxil e didanosina resulta num aumento de 40-60% da exposição sistémica à didanosina, o que poderá aumentar o risco para reacções adversas relacionadas com a didanosina. Raramente, foram notificadas pancreatite e acidose láctica, ocasionalmente fatais. A co-administração de tenofovir disoproxil e didanosina numa dose diária de 400 mg tem sido associada a uma diminuição significativa na contagem de células CD4, possivelmente devido a um aumento da didanosina fosforilada (i.e. activa) por interacção intracelular. A co-administração de uma dose reduzida de 250 mg de didanosina com tenofovir disoproxil tem sido associada a notificações de elevada frequência de falência virológica com as várias associações testadas para o tratamento da infecção pelo VIH-1. Não se recomenda a co-administração de tenofovir disoproxil e didanosina. - Didanosina
Sem efeito descrito

Saquinavir Didanosina

Observações: A maioria dos estudos de interacção medicamentosa com saquinavir foi desenvolvida com saquinavir não potenciado ou com saquinavir cápsulas moles não potenciado. Um número reduzido de estudos foi desenvolvido com saquinavir potenciado com ritonavir ou com saquinavir cápsulas moles potenciado com ritonavir. Os dados obtidos a partir dos estudos de interacção medicamentosa realizados com saquinavir não potenciado podem não ser representativos dos efeitos observados com a terapêutica de saquinavir/ritonavir. Adicionalmente, os resultados observados com saquinavir cápsulas moles podem não ser preditivos relativamente à magnitude destas interações com saquinavir/ritonavir.
Interacções: Fármacos antirretrovíricos Inibidores nucleósidos da transcriptase reversa (INTR) Didanosina 400 mg dose única (saquinavir/ritonavir 1600/100 mg qd) Não é necessário ajuste de dose. - Didanosina
Usar com precaução

Tipranavir Didanosina

Observações: Os estudos de interacção apenas foram realizados em adultos.
Interacções: MEDICAMENTOS ANTI-INFECCIOSOS: Antirretrovirais: Didanosina 200 mg BID, ≥ 60 kg - 125 mg BID, < 60 kg (TPV/r 250/200 mg BID) (TPV/r 750/100 mg BID) As administrações de didanosina com revestimento entérico e Tipranavir cápsulas moles, co-administrado com ritonavir em dose baixa, devem ter um intervalo entre si de pelo menos 2 horas, para evitar incompatibilidades de formulações. - Didanosina
Não recomendado/Evitar

Alopurinol + Lesinurad Didanosina

Observações: n.d.
Interacções: Não é recomendada a utilização concomitante com: Didanosina Em voluntários saudáveis e doentes com VIH tratados com didanosina, os valores da concentração plasmática máxima de didanosina (Cmáx) e da área sob a curva (AUC) duplicaram aproximadamente com o tratamento concomitante com alopurinol (300 mg por dia), sem afectar a semivida terminal. Geralmente, não se recomenda a administração concomitante destas duas substâncias activas. Caso a utilização concomitante seja inevitável, pode ser necessário reduzir a dose da didanosina, e os doentes devem ser monitorizados atentamente. - Didanosina
Usar com precaução

Delafloxacina Didanosina

Observações: n.d.
Interacções: Efeito de outros medicamentos na delafloxacina Não existem dados disponíveis sobre os efeitos específicos de outros medicamentos na delafloxacina. interacções possíveis associadas a fluoroquinolonas conhecidas devem ser consideradas. Substância activa de quelação: antiácidos, sucralfato, catiões metálicos, multivitaminas. As fluoroquinolonas formam quelatos com catiões de metais de transição e alcalino-terrosos. A administração oral de delafloxacina com antiácidos contendo alumínio ou magnésio, com sucralfato, com catiões metálicos, como ferro, ou com multivitamínicos contendo ferro ou zinco, ou com formulações contendo catiões divalentes e trivalentes, como comprimidos tamponados com didanosina para suspensão oral ou pó pediátrico para solução oral, pode interferir substancialmente com a absorção da delafloxacina, resultando em concentrações sistémicas consideravelmente mais baixas do que o desejado. Desta forma, a delafloxacina deve ser tomada pelo menos 2 horas antes ou 6 horas após esses agentes. - Didanosina
Não recomendado/Evitar

Alopurinol Didanosina

Observações: n.d.
Interacções: Didanosina: Em voluntários saudáveis e doentes com VIH a receberem didanosina, os valores Cmax e AUC da didanosina plasmática foram aproximadamente o dobro quando em tratamento concomitante com alopurinol (300 mg por dia), sem afectar a semi-vida terminal. A administração concomitante destes 2 fármacos não é habitualmente recomendada. Se o uso concomitante for inevitável, pode ser necessária uma redução da dose de didanosina e os doentes devem ser monitorizados de perto. - Didanosina
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Didanosina
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

Não existem dados adequados sobre a utilização da didanosina na mulher grávida e não se sabe se a didanosina pode causar dano fetal ou afectar a capacidade reprodutora quando administrada durante a gravidez.
Foi notificada acidose láctica, por vezes fatal, em mulheres grávidas medicadas com a associação de didanosina e estavudina com ou sem outro tratamento anti-retroviral.

Consequentemente, o uso da didanosina durante a gravidez apenas deve ser considerado se for claramente indicado e se o benefício esperado for superior ao risco potencial.

Desconhece-se se a didanosina é excretada pelo leite humano. A didanosina e/ou os seus metabólitos foram excretados no leite de ratos a amamentar após administração oral.
Recomenda-se que mulheres a tomar didanosina não amamentem devido a potenciais efeitos adversos graves para os lactentes.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 11 de Novembro de 2021