Defibrotido

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento DCI com Advertência na Condução
O que é
O desfibrotídeo é uma mistura de oligonucleotídeos de fita simples que é purificada da mucosa intestinal de porcos.
É utilizado no tratamento de doenças veno-oclusivas do fígado em pessoas que foram submetidas a um transplante de medula óssea, com diferentes limitações nos EUA e na União Europeia.
Age protegendo as células que revestem os vasos sanguíneos do fígado e evitando a coagulação do sangue
Usos comuns
Defibrotido é utilizado no tratamento de uma doença chamada doença veno-oclusiva hepática, na qual os vasos sanguíneos no fígado são danificados e obstruídos por coágulos sanguíneos.

Estes podem ser causados por medicamentos que são administrados antes de um transplante de células estaminais.

O Defibrotido funciona protegendo as células dos vasos sanguíneos e prevenindo ou dissolvendo os coágulos sanguíneos.

Este medicamento pode ser utilizado em adultos, adolescentes, crianças e lactentes com idade superior a um mês.
Tipo
Biotecnologia.
História
O desfibrotida foi aprovado para uso médico na União Europeia em outubro de 2013, nos Estados Unidos em março de 2016 e na Austrália em julho de 2020.
O desfibrotídeo é a primeira terapia aprovada pela FDA para o tratamento de VOD hepática grave, uma doença hepática rara e com risco de vida.
Indicações
O Defibrotido está indicado para o tratamento da doença veno-oclusiva (DVO) hepática grave, também conhecida como Síndrome Obstrutiva Sinusoidal hepática (SOS) na terapêutica de transplante de células estaminais hematopoiéticas (TCEH).

Está indicado em adultos, adolescentes, crianças e lactentes com idade superior a um mês.
Classificação CFT

4.3 : Anticoagulantes e antitrombóticos

Mecanismo De Acção
In vitro, demonstrou-se que o Defibrotido liga-se a diversos locais no endotélio vascular que estão envolvidos na regulação celular, proporcionando um estímulo que promove a protecção das células endoteliais activadas.

Foi também demonstrado que o Defibrotido protege as células endoteliais da apoptose mediada por Fludarabina, embora sem impacto no seu efeito antileucémico.

O Defibrotido também inibe a expressão da heparanase, o que contribui para a integridade da matriz extracelular e, dessa forma, para a homeostasia dos tecidos.

Pressupõe-se que estas acções protegem as células endoteliais.

Do mesmo modo, in vitro, demonstrou-se que o Defibrotido aumenta a função do activador do plasminogénio de tipo tecidular (t-PA) e diminui a actividade do inibidor 1 do activador do plasminogénio (PAI-1), o que resulta numa diminuição da actividade pró-coagulante e num aumento do potencial fibrinolítico das células endoteliais.

Foi também demonstrado que o Defibrotido apresenta uma actividade profibrinolítica fraca in vitro.

A patofisiologia da DVO é multifatorial e complexa.

Tanto a lesão das células endoteliais como o estado protrombótico-hipofibrinolítico são factores críticos na patofisiologia desta doença.

Embora o mecanismo de acção do Defibrotido ainda não tenha sido totalmente esclarecido, dados in vitro suportam o papel do Defibrotido tanto na protecção das células endoteliais como na restauração do equilíbrio trombo-fibrinolítico.

Contudo, não foram identificados in vivo quaisquer efeitos farmacodinâmicos do Defibrotido.
Posologia Orientativa
A dose recomendada é de 6,25 mg/kg de peso corporal, de 6 em 6 horas (25 mg/kg/dia).

Deve ser administrado durante um período mínimo de 21 dias e mantido até à resolução dos sintomas e sinais da DVO grave.
Administração
O Defibrotido é administrado po via intravenosa.
Contra-Indicações
Não utilize:
– se tem alergia ao Defibrotido
– se está a utilizar outros medicamentos para dissolver os coágulos sanguíneos, como o activador do plasminogénio dos tecidos.

Não é recomendado em crianças com menos de 1 mês de idade.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Frequentes (podem afectar até 1 doente em cada 10):
– hemorragia geral
– hemorragia no nariz
– hemorragia no cérebro
– hemorragia no intestino
– hemorragia nos pulmões
– hemorragia da linha de perfusão
– sangue na urina
– coagulopatia (distúrbio da coagulação sanguínea)
– vómitos
– tensão arterial baixa.

Caso tenha algum destes sintomas, contacte imediatamente o Médico.

Pouco frequentes (podem afectar até 1 doente em cada 100):
– hemorragia nos olhos
– vómitos com sangue
– sangue nas fezes
– hemorragia na boca
– hemorragia no local da injecção
– acumulação localizada de sangue fora do vaso (hematoma) no cérebro
– diarreia
– náuseas (sensação de enjoo)
– hemotórax (acumulação de sangue na área entre o coração e os pulmões)
– erupção cutânea
– comichão
– nódoas negras
– pontos vermelhos no corpo causados pela rotura de vasos sanguíneos na pele
– febre
– reacção alérgica grave (pode sofrer de inchaço das mãos, rosto, lábios, língua ou garganta, dificuldade em respirar).

Prevê-se que os efeitos secundários nas crianças (1 mês a 18 anos de idade) sejam de tipo, gravidade e frequência semelhantes, não sendo necessárias outras precauções especiais.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:Defitelio não deve ser utilizado durante a gravidez, a menos que o estado clínico da mulher exija tratamento com Defitelio.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Defitelio pode ser utilizado durante a amamentação.
Condução
Condução
Condução:Os efeitos de Defitelio sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos ou desprezáveis. Contudo, devido à natureza da doença subjacente, não se prevê que os doentes conduzam ou utilizem máquinas.
Precauções Gerais
Fale com o médico antes de utilizar Defibrotido:
- se está a tomar medicamentos que aumentam o risco de hemorragia.
- se tem uma hemorragia intensa e necessita de uma transfusão de sangue.
- se vai ser submetido a cirurgia.
- se tem problemas com a circulação sanguínea porque o seu organismo não consegue manter uma tensão arterial constante.

Defibrotido não é recomendado em crianças com menos de 1 mês de idade.

Informe o médico se está a tomar medicamentos para a prevenção de coágulos sanguíneos, como ácido acetilsalicílico, heparinas, varfarina, dabigatrano, rivaroxabano ou apixabano, ou se está a tomar medicamentos anti-inflamatórios (por exemplo, ibuprofeno, naproxeno, diclofenac e outros medicamentos anti-inflamatórios não esteroides).
Cuidados com a Dieta
Sem informação.
Terapêutica Interrompida
Não deve tomar uma dose a dobrar para compensar uma dose em falta.
Cuidados no Armazenamento
Não congelar.
Depois de diluída para uso, a conservação da perfusão não deve exceder 24 horas a 2–8°C, excepto se a diluição tiver ocorrido em condições asséticas controladas e validadas.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Contraindicado

Defibrotido Ativador do plasminogénio tecidual (t-PA, AP-t ou PLAT)

Observações: O Defibrotido não inibe nem induz CYP450.
Interacções: Potenciais interacções com o t-PA recombinante: Num modelo de ratinho de tromboembolia, o t-PA recombinante potenciou o efeito antitrombótico do defibrotido quando administrado por via intravenosa. Por conseguinte, a administração concomitante pode apresentar um risco aumentado de hemorragia e está contra-indicada. - Ativador do plasminogénio tecidual (t-PA, AP-t ou PLAT)
Usar com precaução

Defibrotido Varfarina

Observações: O Defibrotido não inibe nem induz CYP450.
Interacções: Potenciais interacções com agentes antitrombóticos/fibrinolíticos: O defibrotido tem um efeito profibrinolítico, passível de aumentar potencialmente a actividade dos medicamentos antitrombóticos/fibrinolíticos. Atualmente, não existe notificação de experiência em doentes no tratamento concomitante com heparinas de baixo peso molecular (LMWH), varfarina ou no tratamento concomitante com inibidores diretos da trombina (por exemplo, dabigatrano) ou inibidores diretos do Fator Xa (por exemplo, rivaroxabano e apixabano). Por conseguinte, não se recomenda a utilização de defibrotido com medicamentos antitrombóticos/fibrinolíticos. Contudo, no caso da sua utilização em casos excecionais, é aconselhada precaução através de uma monitorização cuidadosa dos parâmetros de coagulação. - Varfarina
Usar com precaução

Defibrotido Dabigatrano etexilato

Observações: O Defibrotido não inibe nem induz CYP450.
Interacções: Potenciais interacções com agentes antitrombóticos/fibrinolíticos: O defibrotido tem um efeito profibrinolítico, passível de aumentar potencialmente a actividade dos medicamentos antitrombóticos/fibrinolíticos. Atualmente, não existe notificação de experiência em doentes no tratamento concomitante com heparinas de baixo peso molecular (LMWH), varfarina ou no tratamento concomitante com inibidores diretos da trombina (por exemplo, dabigatrano) ou inibidores diretos do Fator Xa (por exemplo, rivaroxabano e apixabano). Por conseguinte, não se recomenda a utilização de defibrotido com medicamentos antitrombóticos/fibrinolíticos. Contudo, no caso da sua utilização em casos excecionais, é aconselhada precaução através de uma monitorização cuidadosa dos parâmetros de coagulação. - Dabigatrano etexilato
Usar com precaução

Defibrotido Rivaroxabano

Observações: O Defibrotido não inibe nem induz CYP450.
Interacções: Potenciais interacções com agentes antitrombóticos/fibrinolíticos: O defibrotido tem um efeito profibrinolítico, passível de aumentar potencialmente a actividade dos medicamentos antitrombóticos/fibrinolíticos. Atualmente, não existe notificação de experiência em doentes no tratamento concomitante com heparinas de baixo peso molecular (LMWH), varfarina ou no tratamento concomitante com inibidores diretos da trombina (por exemplo, dabigatrano) ou inibidores diretos do Fator Xa (por exemplo, rivaroxabano e apixabano). Por conseguinte, não se recomenda a utilização de defibrotido com medicamentos antitrombóticos/fibrinolíticos. Contudo, no caso da sua utilização em casos excecionais, é aconselhada precaução através de uma monitorização cuidadosa dos parâmetros de coagulação. - Rivaroxabano
Usar com precaução

Defibrotido Apixabano

Observações: O Defibrotido não inibe nem induz CYP450.
Interacções: Potenciais interacções com agentes antitrombóticos/fibrinolíticos: O defibrotido tem um efeito profibrinolítico, passível de aumentar potencialmente a actividade dos medicamentos antitrombóticos/fibrinolíticos. Atualmente, não existe notificação de experiência em doentes no tratamento concomitante com heparinas de baixo peso molecular (LMWH), varfarina ou no tratamento concomitante com inibidores diretos da trombina (por exemplo, dabigatrano) ou inibidores diretos do Fator Xa (por exemplo, rivaroxabano e apixabano). Por conseguinte, não se recomenda a utilização de defibrotido com medicamentos antitrombóticos/fibrinolíticos. Contudo, no caso da sua utilização em casos excecionais, é aconselhada precaução através de uma monitorização cuidadosa dos parâmetros de coagulação. - Apixabano
Usar com precaução

Defibrotido Fibrinolíticos

Observações: O Defibrotido não inibe nem induz CYP450.
Interacções: Potenciais interacções com agentes antitrombóticos/fibrinolíticos: O defibrotido tem um efeito profibrinolítico, passível de aumentar potencialmente a actividade dos medicamentos antitrombóticos/fibrinolíticos. Atualmente, não existe notificação de experiência em doentes no tratamento concomitante com heparinas de baixo peso molecular (LMWH), varfarina ou no tratamento concomitante com inibidores diretos da trombina (por exemplo, dabigatrano) ou inibidores diretos do Fator Xa (por exemplo, rivaroxabano e apixabano). Por conseguinte, não se recomenda a utilização de defibrotido com medicamentos antitrombóticos/fibrinolíticos. Contudo, no caso da sua utilização em casos excecionais, é aconselhada precaução através de uma monitorização cuidadosa dos parâmetros de coagulação. - Fibrinolíticos
Usar com precaução

Defibrotido Antitrombóticos

Observações: O Defibrotido não inibe nem induz CYP450.
Interacções: Potenciais interacções com agentes antitrombóticos/fibrinolíticos: O defibrotido tem um efeito profibrinolítico, passível de aumentar potencialmente a actividade dos medicamentos antitrombóticos/fibrinolíticos. Atualmente, não existe notificação de experiência em doentes no tratamento concomitante com heparinas de baixo peso molecular (LMWH), varfarina ou no tratamento concomitante com inibidores diretos da trombina (por exemplo, dabigatrano) ou inibidores diretos do Fator Xa (por exemplo, rivaroxabano e apixabano). Por conseguinte, não se recomenda a utilização de defibrotido com medicamentos antitrombóticos/fibrinolíticos. Contudo, no caso da sua utilização em casos excecionais, é aconselhada precaução através de uma monitorização cuidadosa dos parâmetros de coagulação. - Antitrombóticos
Usar com precaução

Defibrotido Heparinas

Observações: O Defibrotido não inibe nem induz CYP450.
Interacções: Potenciais interacções com agentes antitrombóticos/fibrinolíticos: O defibrotido tem um efeito profibrinolítico, passível de aumentar potencialmente a actividade dos medicamentos antitrombóticos/fibrinolíticos. Atualmente, não existe notificação de experiência em doentes no tratamento concomitante com heparinas de baixo peso molecular (LMWH), varfarina ou no tratamento concomitante com inibidores diretos da trombina (por exemplo, dabigatrano) ou inibidores diretos do Fator Xa (por exemplo, rivaroxabano e apixabano). Por conseguinte, não se recomenda a utilização de defibrotido com medicamentos antitrombóticos/fibrinolíticos. Contudo, no caso da sua utilização em casos excecionais, é aconselhada precaução através de uma monitorização cuidadosa dos parâmetros de coagulação. - Heparinas
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções do Defibrotido
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

É necessária uma contracepção eficaz nos doentes e parceiros de doentes durante a exposição a Defitelio e durante uma semana após a suspensão do tratamento.

Não foram realizados estudos com o defibrotido em mulheres grávidas. Estudos de toxicologia do desenvolvimento embriofetal em ratos e coelhos prenhes com doses de defibrotido próximas da dose humana terapêutica recomendada revelaram uma taxa elevada de abortos hemorrágicos.
Defitelio não deve ser utilizado durante a gravidez, a menos que o estado clínico da mulher exija tratamento com Defitelio.

Desconhece-se se o defibrotido é excretado no leite humano. Considerando a natureza do medicamento, não se prevê qualquer risco para os recém-nascidos/lactentes. Defitelio pode ser utilizado durante a amamentação.

Os efeitos de Defitelio sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são nulos ou desprezáveis.
Contudo, devido à natureza da doença subjacente, não se prevê que os doentes conduzam ou utilizem máquinas.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 11 de Novembro de 2021