Candesartan cilexetil + Felodipina

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento DCI com Advertência na Condução
O que é
O candesartan é um bloqueador do receptor da angiotensina usado principalmente no tratamento da pressão alta e da insuficiência cardíaca congestiva.

Felodipina é um medicamento do tipo bloqueador dos canais de cálcio, usado no tratamento da pressão alta.
Usos comuns
- Tratamento da hipertensão arterial quando a monoterapia com candesartan ou felodipina são insuficientes para o controle da pressão arterial;
- Tratamento da hipertensão arterial em estágios 2 e 3.
Tipo
Sem informação.
História
O candesartan foi patenteado em 1990 e aprovado para uso médico em 1997.

A Felodipina foi patenteado em 1978 e aprovado para uso médico em 1988.
Indicações
- Tratamento da hipertensão arterial quando a monoterapia com candesartan ou felodipina são insuficientes para o controle da pressão arterial;
- Tratamento da hipertensão arterial em estágios 2 e 3.
Classificação CFT

N.D.

Mecanismo De Acção
Sem informação.
Posologia Orientativa
A dose inicial de Candesartan cilexetil / Felodipina é de 16 mg/dia de candesartan cilexetil com 2,5 mg/dia de felodipina, podendo então ser aumentada para 16 mg/dia de candesartan cilexetil com 5 mg/dia de felodipina.

Quando clinicamente apropriado, a alteração direta da monoterapia para a combinação de Candesartan cilexetil / Felodipina pode ser considerada.
Administração
Os comprimidos de Candesartan cilexetil / Felodipina devem ser administrados por via oral 1 vez ao dia, sem a ingestão de alimentos ou após uma refeição leve que não seja rica em gorduras ou hidratos de carbono.

Os comprimidos de candesartan cilexetil não podem ser mastigados.

Os comprimidos de felodipina não podem ser partidos ou mastigados.
Contra-Indicações
Candesartan cilexetil / Felodipina é contra-indicado para:
- Pacientes com hipersensibilidade à candesartan cilexetila, ao felodipina.
- Pacientes que apresentem insuficiência cardíaca descompensada, enfarto agudo do miocárdio e angina instável.
- Pacientes com insuficiência renal grave (depuração de creatinina <30 mL/min/1,73 m2 de superfície corpórea) e em pacientes com insuficiência hepática grave e/ou colestase.
- Durante a gravidez e lactação.
- Pacientes com obstrução hemodinamicamente significativa da válvula cardíaca.
- Pacientes com obstrução dinâmica do fluxo de saída.
- Pacientes com diabetes mellitus (tipo I ou II) ou insuficiência renal moderada a grave (TGF < 60mL/min/1,73m2 ) e que fazem uso de medicamentos contendo alisquireno.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Candesartan cilexetil
Em estudos clínicos controlados para o tratamento da hipertensão, os eventos adversos foram leves e transitórios e comparáveis aos do placebo. A incidência total de eventos adversos não mostrou associação com dose, idade ou sexo. As suspensões do tratamento em decorrência de eventos adversos foram semelhantes com candesartan cilexetil (3,1%) e placebo (3,2%).

Achados laboratoriais
Em geral, não foram detectadas influências clinicamente importantes da candesartan cilexetil nas variáveis de rotina de laboratório. Assim como para outros inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona, foram observadas pequenas reduções nos níveis de hemoglobina.

Foram observados aumentos nos níveis de creatinina, ureia ou potássio e diminuição nos níveis de sódio.

Foi relatado aumento de ALT sérica (TGP – transaminase glutâmico-pirúvica) como evento adverso com candesartan cilexetil, numa frequência um pouco maior com candesartan cilexetil do que com o placebo (1,3% versus 0,5%). Não é necessário nenhum monitoramento de rotina de variáveis laboratoriais para pacientes recebendo candesartan cilexetil.

O perfil de experiência adversa do uso de candesartan cilexetil em pacientes com insuficiência cardíaca foi consistente com a farmacologia do fármaco e com o estado de saúde do paciente. No programa clinico CHARM, que comparou doses de candesartan cilexetil de até 32 mg (n=3.803) com placebo (n=3.796), 21,0% do grupo da candesartan cilexetil e 16,1% do grupo do placebo descontinuaram o tratamento devido a eventos adversos.

As reacções adversas comummente (> 1%, < 10%) observadas foram:

Distúrbios vasculares:
Hipotensão.

Distúrbios metabólicos e nutricionais:
Hipercalemia.

Distúrbios renais e urinários:
Alterações renais.

Achados laboratoriais:
Aumentos nos níveis de creatinina, ureia e potássio. É recomendada monitoração periódica dos níveis séricos de creatinina e potássio.

As reacções adversas a seguir foram relatadas muito raramente (< 0,01%) pós-comercialização

Alterações dos sistemas sanguíneo e linfático:
Leucopenia, neutropenia e agranulocitose.

Alterações metabólicas e nutricionais:
Hipercalemia, hiponatremia.

Alterações no sistema nervoso:
Tontura.

Alterações respiratórias, torácicas e do mediastino:
Tosse.

Alterações hepato-biliares:
Aumento das enzimas hepáticas, função hepática alterada ou hepatite.

Alterações na pele e tecido subcutâneo:
Angioedema, exantema, urticária e prurido.

Alterações do tecido músculo-esquelético, conectivo e doenças ósseas:
Dor lombar.

Alterações renais e urinárias:
Alterações renais, incluindo insuficiência renal em pacientes susceptíveis.

Felodipina
O felodipina pode causar ruborização, cefaleia, palpitações, tontura e fadiga. A maioria destas reacções é dose-dependente e aparece no início do tratamento ou após um aumento da dose. Se tais reacções ocorrem, elas são geralmente transitórias e diminuem com o passar do tempo.

Edema dose-dependente na região do tornozelo pode ocorrer em pacientes tratados com felodipina. Este edema resulta de vasodilatação pré-capilar e não está relacionado com qualquer retenção de fluido generalizada.

Foram relatados casos de hipertrofia gengival discreta em pacientes com gengivites ou periodontites acentuadas. Este efeito pode ser prevenido ou revertido por uma cuidadosa higiene dental.

As seguintes reacções adversas foram relatadas em investigações clínicas e após a comercialização do produto.

Pele
Incomum: Exantema e prurido.

Rara: Urticária.

Muito rara: Eritema, reacções de fotossensibilidade e vasculite leucocitoclástica.

Músculo-esquelético
Rara: Artralgia, mialgia.

Distúrbios do Sistema Nervoso
Comum: Cefaleia.

Incomum: Tontura e parestesia.

Muito rara: Insónia, depressão, irritação, nervosismo, sonolência, diminuição da libido e ansiedade.

Gastrointestinal
Incomum: Náusea e dor abdominal.

Rara: Vómito.

Muito rara: Hiperplasia gengival, gengivite, flatulência, regurgitação ácida e boca seca.

Hepático
Muito rara: Aumento das enzimas hepáticas.

Cardiovascular
Incomum: Taquicardia e palpitações.

Muito rara: Enfarto do miocárdio, arritmia e pulsação prematura.

Vascular (extracardíaco)
Comum: Vermelhidão no rosto e ruborização.

Incomum: Hipotensão.

Rara: Síncope.

Urogenital
Muito rara: Polaciúria, poliúria, disúria.

Sistema reprodutivo
Rara: Impotência/disfunção sexual.

Respiratório
Muito rara: Dispneia, epistaxe e insuficiência respiratória.

Gerais
Muito comum: Edema periférico.

Incomum: Fadiga.

Rara: Artrites.

Muito rara: Reacções de hipersensibilidade (como urticária, angioedema e febre), anemia, edema facial e dor torácica.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:O uso de Candesartan cilexetil / Felodipina é contra-indicado durante a gravidez.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Devido ao potencial de efeitos adversos nos lactentes, se o uso de Candesartan cilexetil / Felodipina for considerado essencial, o aleitamento materno deve ser descontinuado.
Condução
Condução
Condução:É improvável que Candesartan cilexetil / Felodipina afecte a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas. Porém, ao dirigir veículos ou operar máquinas, deve ser considerado que tontura e fadiga podem ocorrer durante o tratamento.
Precauções Gerais
Hipotensão pode ocorrer durante o tratamento com candesartan cilexetil em pacientes com insuficiência cardíaca. Como descrito para outros agentes que agem no sistema renina-angiotensina-aldosterona, isso também pode ocorrer em pacientes hipertensos com deplecção do volume intravascular. Deve-se ter cuidado no início da terapia, corrigindo-se a hipovolemia.

Existem evidências de que o uso concomitante de inibidores da ECA, bloqueadores de receptores de angiotensina II ou alisquirenos aumentam o risco de hipotensão, hipercalemia e função renal diminuída (incluindo falência renal aguda). Bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina através do uso combinado desta associação com um inibidor da ECA ou alisquireno não é, portanto, recomendado.

Se o bloqueio duplo for considerado necessário, o tratamento só deve ocorrer sob supervisão de um especialista e deve haver um acompanhamento de perto frequente da função renal, dos electrólitos e da pressão arterial.

O uso de candesartan cilexetil com alisquireno é contra-indicado em pacientes com diabetes mellitus (tipo I ou II) ou insuficiência renal moderada a grave (TGF < 60mL/min/1,73m2). Inibidores da ECA e bloqueadores de receptores de angiotensina II não devem ser usados concomitantemente em pacientes com nefropatia diabética.

Outras substâncias que afectam o sistema renina-angiotensina-aldosterona, por exemplo, inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), podem aumentar a taxa de ureia no sangue e a creatinina sérica em pacientes com estenose da artéria renal bilateral ou estenose da artéria de um único rim. Um efeito similar pode ser previsto com os antagonistas dos receptores da angiotensina II.

Assim como com outros agentes inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona, alterações na função renal podem ser previstas em pacientes susceptíveis tratados com Candesartan cilexetil / Felodipina.

Existem evidências clínicas limitadas sobre o uso de candesartan cilexetil em pacientes que sofreram transplante renal.

Há apenas experiência limitada do uso em pacientes com alterações hepáticas graves e/ou colestase.
Estenose das válvulas mitral e aórtica e cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva

Como com outros vasodilatadores, indicam-se cuidados especiais nos pacientes que sofrem de estenose das válvulas aórtica ou mitral hemodinamicamente relevante ou de cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva.

Com base nas experiências do uso de outros fármacos que afectam o sistema renina-angiotensina-aldosterona, o uso concomitante da candesartan cilexetil com inibidores da ECA, alisquireno, diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio, substitutos do sal contendo potássio ou outros fármacos que podem aumentar os níveis de potássio (como por exemplo, heparina, cotrimoxazol), pode levar a aumentos de potássio sérico em pacientes hipertensos.

Pode ocorrer hipercalemia em pacientes com insuficiência cardíaca tratados com candesartan cilexetil. Durante o tratamento com candesartan cilexetil em pacientes com insuficiência cardíaca, recomenda-se monitoração periódica do potássio sérico, especialmente quando é administrado concomitantemente com inibidores da ECA e diuréticos poupadores de potássio como a espironolactona.

Pode ocorrer hipotensão durante anestesia e cirurgias em pacientes tratados com antagonistas da angiotensina II, devido ao bloqueio do sistema renina-angiotensina. Muito raramente, a hipotensão pode ser grave a ponto de justificar o uso de fluidos intravenosos e/ou vasopressores.

Nos pacientes cujo tônus vascular e função renal dependem predominantemente da actividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona (como pacientes com insuficiência cardíaca congestiva grave ou com doença renal de base, incluindo estenose da artéria renal), o tratamento com fármacos que afectam este sistema foi associado com hipotensão aguda, azotemia, oligúria ou, raramente, insuficiência renal aguda. Como com qualquer agente anti-hipertensivo, a queda excessiva da pressão sanguínea em pacientes com cardiopatia isquémica ou doença isquémica cerebrovascular pode resultar em um enfarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral.

O felodipina, assim como outros vasodilatadores, pode provocar hipotensão. Em indivíduos susceptíveis, a hipotensão pode resultar em isquemia miocárdica.

Foram relatados casos de hipertrofia gengival discreta em pacientes com gengivites ou periodontites acentuadas. Este efeito pode ser prevenido ou revertido por uma cuidadosa higiene dental.

O felodipina, assim como outros antagonistas do cálcio, pode raramente precipitar síncope. Pode, ainda, induzir à taquicardia reflexa, a qual pode precipitar angina de peito em pacientes susceptíveis.
Cuidados com a Dieta
Sem informação.
Terapêutica Interrompida
Se o paciente esquecer-se de tomar os comprimidos de Candesartan cilexetil / Felodipina (candesartan cilexetil e felodipina), não é necessário tomar a dose esquecida, deve-se apenas tomar a próxima dose, no horário habitual.
Cuidados no Armazenamento
Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

O uso de Candesartan cilexetil / Felodipina é contra-indicado durante a gravidez.

Devido ao potencial de efeitos adversos nos lactentes, se o uso de Candesartan cilexetil / Felodipina for considerado essencial, o aleitamento materno deve ser descontinuado.

É improvável que Candesartan cilexetil / Felodipina afecte a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas. Porém, ao dirigir veículos ou operar máquinas, deve ser considerado que tontura e fadiga podem ocorrer durante o tratamento.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 11 de Novembro de 2021