SABE PORQUE É QUE CORAMOS?

SABE PORQUE É QUE CORAMOS?

BELEZA E BEM-ESTAR

  Tupam Editores

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As pessoas tendem, em geral, a ter controlo sobre as suas próprias reações e deixam transparecer apenas aquelas que consideram as mais apropriadas para cada momento. Mas existem reações involuntárias que, por mais que se queira, não se consegue controlar. Entre elas está o rubor, uma resposta espontânea que não se consegue evitar nem fazer surgir de propósito e que é única e própria do ser humano.

Por ser uma reação tão genuína torna-se difícil de entender. Afinal, o que se passa no nosso corpo para provocar essa resposta física tão autêntica? Apesar de o processo não ser ainda totalmente compreendido pela ciência, sabe-se que o corpo experimenta uma série de reações até ao momento em que as nossas bochechas ganham uma cor avermelhada, ou seja, até corarmos.

O rubor surge como uma resposta do sistema nervoso simpático, que, ao perceber certos tipos de emoções, envia uma mensagem às glândulas suprarrenais para libertarem adrenalina. Quando essa hormona é libertada, a frequência cardíaca começa a acelerar, o que, por sua vez, provoca a dilatação dos vasos sanguíneos, aumentando tanto a oxigenação como o fluxo sanguíneo.

Há evidência de que as regiões mais suscetíveis ao rubor, como as bochechas, o pescoço e as orelhas (principalmente) possuem uma estrutura anatómica diferente, que torna possível essa coloração espontânea e incontrolável. Acontece a todos, independentemente da raça, nem que seja uma vez na vida, no entanto, é mais notório nas pessoas de pele mais clara.

Conhecido o processo interno que causa esta coloração característica é importante conhecer as suas possíveis causas ou os vários responsáveis pelo seu aparecimento. As emoções estão entre essas causas.

Sentimentos como vergonha, ansiedade, ira, excitação ou timidez podem desencadear uma resposta no sistema nervoso que aumenta o fluxo sanguíneo na face. Situações stressantes ou desconfortáveis podem desencadear o rubor como uma reação de alerta do corpo.

A exposição a temperaturas extremas, ventos, ou mudanças bruscas podem dilatar os vasos sanguíneos faciais.


Ou seja, se a temperatura do corpo aumentar devido ao calor ou a exercícios físicos, é provável que surja rubor facial. Da mesma forma, o frio excessivo pode levar a que as orelhas, o nariz e as bochechas adquiram uma tonalidade diferente.

Importa referir ainda que se a temperatura corporal aumentar devido a algum tipo de processo viral, também é comum o surgimento de rubor. Se esse for o motivo, quando a febre ceder, o rubor desaparecerá com os outros sintomas.

Além da febre, a menopausa pode causar ondas de calor e rubor facial devido às mudanças hormonais. Outros problemas de saúde, como a rosácea (uma doença inflamatória da pele), também podem ser a causa do rubor. Mas até alguns medicamentos com propriedades vasodilatadoras e reações alérgicas podem desencadear o rubor.

Por fim, a ingestão de alimentos muito condimentados ou com a presença de determinados componentes químicos, assim como a ingestão de bebidas muito quentes ou com cafeína, também podem ser responsáveis pelo rubor.

A comunidade científica tem tentado explicar o seu aparecimento, mas ainda não dispõe de uma resposta considerada totalmente correta para o dilema, contudo, na tentativa tem formulado e proposto algumas teorias.

As que obtiveram maior apoio por parte dos profissionais da ciência e são atualmente as mais plausíveis são a teoria comunicativa, a atenção social indesejada e a exposição.

Segundo a primeira proposta, o rubor tem a função de transmitir informação aos interlocutores ou às pessoas ao nosso redor. Isto significa que se estaria a fornecer informações, sem haver comunicação verbal.

Aparentemente, o rubor ajuda a recuperar e a manter as aparências e permite que as outras pessoas tenham ou recuperem a confiança perdida na pessoa que corou. Quando as pessoas se apercebem de que se corou numa determinada situação que nos deixou envergonhados, vão considerar-nos mais “confiáveis e verdadeiros”.

A teoria da atenção social indesejada sustenta que o rubor aparece como uma maneira de a pessoa que nos está a observar perceber rapidamente que não estamos satisfeitos com a atenção recebida. Portanto, trata-se de algo completamente inevitável, que surge como resposta às situações em que somos examinados, elogiados ou quando recebemos muito interesse ou atenção por parte de outra pessoa.

Já na teoria da exposição, o rubor manifestar-se-ia como uma resposta ou como consequência do medo de que alguma informação privada, um segredo ou uma mentira sejam descobertos ou revelados. Segundo esta teoria, é uma forma de se denunciar ou evidenciar que aquilo que se insinua é verdadeiro.

Quem tem tendência para corar dá por si vermelho(a) nas mais diversas situações. Apesar de não existirem dicas infalíveis para deixar de ruborizar-se, saiba que a autoconfiança e a autoestima podem ser fortes aliados. Acreditar em si e no seu potencial vai ajudá-lo a corar menos.

Autor:
Tupam Editores

Data Publicação:
21 de novembro de 2025