RADIOFREQUÊNCIA, INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES

RADIOFREQUÊNCIA, INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES

BELEZA E BEM-ESTAR

  Tupam Editores

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A radiofrequência estética é um dos procedimentos mais procurados nas clínicas e consultórios por quem deseja melhorar o visual para se sentir melhor com o próprio corpo. Versátil, seguro e indolor, o método é muito utilizado em tratamentos faciais e corporais e apresenta ótimos resultados desde as primeiras sessões.

A terapia, através de um aparelho de radiofrequência específico, emite correntes elétricas que formam um campo eletromagnético entre 0,3 MHz a 3MHz. Essa energia é direcionada ao tecido da área a tratar, gerando resistência e elevando a temperatura do tecido da região afetada.

Este aumento interno da temperatura no tecido faz com que o organismo reaja com uma série de efeitos, como: aumento da dilatação e vasos com abertura dos capilares; melhora o trofismo tissular; aumenta a circulação local; melhora o ganho de nutrientes pelo tecido; melhora o sistema de drenagem de toxinas e radicais livres; causa a lipólise do tecido adiposo; produz colagénio e fibras elásticas de melhor qualidade e contrai os já existentes.

A radiofrequência deve apenas ser prescrita por um especialista. Durante a consulta, é examinada a pele e avaliados os objetivos do tratamento, de modo a perceber se será uma boa opção, e se irá corresponder às expetativas do paciente.

Realizado em ambulatório, o tratamento é não invasivo – o que significa que não são necessárias incisões cirúrgicas –, e possui um tempo de recuperação mínimo. As complicações associadas à radiofrequência são poucas, no entanto, é comum os pacientes apresentarem alguma vermelhidão e edema nas regiões onde é realizada, mas estes sintomas são passageiros e não impedem o retorno às atividades normais após o mesmo.

Quanto ao procedimento em si, o profissional aplica um gel próprio sobre a área a tratar e depois desliza o aparelho de radiofrequência sobre a pele, fazendo movimentos circulares. Desse modo, o calor do aparelho vai favorecer o aquecimento das fibras elásticas e de colagénio da pele. Após a sessão, que dura em média 20 a 40 minutos, o gel é retirado e a pele limpa.

O número de sessões está dependente das necessidades e objetivos individuais do paciente, da área a ser tratada e da recomendação do profissional de saúde, contudo, geralmente são recomendadas em média de 3 a 10 sessões, que podem ser realizadas a cada 15 dias ou mensalmente.

Os tipos mais frequentemente utilizados de radiofrequência são a facial e a corporal. A radiofrequência facial pode ser realizada ao redor dos olhos e da boca, testa, maçãs do rosto, queixo e papada que são regiões onde a pele tende a ficar mais flácida.

Ao nível facial, a radiofrequência auxilia na redução das rugas e linhas de expressão ao estimular a formação de colagénio e fibroblastos, sendo possível observar resultados logo no primeiro dia de tratamento. No caso de rugas mais profundas, será percetível uma diferença mais acentuada após várias sessões de tratamento.

Altera ainda a viscosidade das fibroses, sendo parte de um tratamento combinado para cicatrizes e tecidos fibrosados. Melhora manchas ao estimular a circulação sanguínea e a microcirculação, proporcionando oxigénio e nutrientes essenciais e rejuvenesce a pele promovendo a produção de colagénio e melhorando a sua firmeza.

Além do rosto, o procedimento pode ser realizado noutras partes do corpo, como abdómen, coxas, glúteos, braços, costas e flancos e destina-se a eliminar a gordura localizada, reduzir celulite e aprimorar a textura da pele.

Esta tecnologia avançada é ideal para tratar a flacidez da pele, sendo especialmente eficaz quando combinada com eletroestimulação. Melhora a sua firmeza em áreas como braços, pescoço, coxas e abdómen.

Reduz a celulite aquecendo os tecidos da pele, melhorando o metabolismo celular e a textura da pele.

É especialmente eficaz em estrias avermelhadas, prevenindo o rompimento das fibras da pele. Reduz os adipócitos e a camada de gordura, melhorando a firmeza da pele.


Mas nem tudo são benefícios, apesar de ser um procedimento seguro e com poucos riscos, a radiofreqência também tem algumas contraindicações.

Antes de mais, não pode ser realizado em pessoas que não tenham a pele íntegra, ou que apresentem sinais de infeção ou inflamação na região a ser tratada – isto significa que qualquer doença de pele na área impossibilita o tratamento. O mesmo acontece com pessoas com algum implante eletrónico, como um pacemaker ou desfibrilador.

O tratamento também não é indicado em casos de hemorragia ou hematomas, histórico de trombose, toma de medicamentos como anticoagulantes e corticoides de modo contínuo ou isotretinoína nos últimos seis meses. As mulheres que usam o DIU, grávidas, pessoas com hipertensão ou queloides, também não devem realizar este tipo de tratamento.

Quanto aos riscos do procedimento, o maior é a possibilidade de queimadura. Uma vez que a radiofrequência aumenta a temperatura local, o profissional deve estar atento à temperatura, que não deve ultrapassar 41ºC. Deve ainda manter o equipamento em movimentos circulares constantes, para evitar o sobreaquecimento de uma determinada região.

Devido a estas contraindicações, deve procurar um profissional qualificado para avaliação antes de se submeter à radiofrequência, por muito inofensiva que lhe pareça.

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