
HIGIENE ORAL: SABE ESCOLHER A PASTA DE DENTES?
BELEZA E BEM-ESTAR
Tupam Editores
Sabor, cor e aroma estão sempre em destaque nas embalagens das pastas dentífricas e são fatores determinantes na altura de decidir qual o produto a comprar. Mas é preciso estar atento aos detalhes para escolher a pasta adequada a cada situação, que varia de acordo com a idade, os sintomas bucais e a presença de implantes ou aparelhos ortodônticos, por exemplo.
A pasta de dentes é um produto que aumenta e mantém a higiene oral. Os componentes que melhoram a saúde oral presentes na pasta de dentes são os agentes antibacterianos, os fluoretos e os abrasivos suaves.

Os abrasivos suaves, com a ajuda da escova de dentes, removem superficialmente as manchas da superfície dos dentes. Os agentes antibacterianos diminuem a quantidade de bactérias presentes na cavidade oral. Estes impedem o mau hálito e a acumulação de placa bacteriana. O flúor ajuda a fortalecer a superfície do esmalte (parte externa dos dentes) protegendo da cárie dentária.
Os dentífricos podem apresentar-se sob a forma de pó, pasta, gel e líquido. A tipologia da pasta de dentes ideal para cada pessoa vai depender do seu estado de saúde oral. Em caso de a pessoa ter gengivas sensíveis, inflamadas e se sangrar com facilidade na escovagem deve optar por pastas de dentes para problemas nas gengivas.
Para além de flúor, os produtos para as gengivas contêm substâncias antissépticas que ajudam a controlar os sintomas da inflamação e oferecem alívio enquanto procura tratamento. Isto porque este tipo de pasta não deve ser utilizada por períodos superiores a duas semanas.
Se o problema forem as cáries, saiba que não existe nenhuma pasta de dentes que cure eficazmente uma cárie dentária. Este tipo de lesão só pode ser tratada no consultório pelo médico dentista.

Apesar de não haver pasta de dentes “milagrosa” para as cáries, uma pasta que contenha concentrações de flúor de 1500 ppm será ideal para prevenir o aparecimento e agravamento das cáries nos adultos, pois ajuda a atrasar a proliferação do problema nos restantes dentes enquanto aguarda pelo seu tratamento.
No que diz respeito às cáries e a muitas outras patologias orais, mais importante do que a pasta de dentes, é a forma e a frequência com que lava os dentes. A ação mecânica é a parte mais importante da escovagem.
Se sofre de sensibilidade dentária, uma escolha acertada da pasta de dentes faz toda a diferença para aliviar o desconforto. A melhor pasta, neste caso, costuma ter agentes dessensibilizantes na composição, que ajudam a reduzir a sensibilidade ao calor, frio ou alimentos ácidos. Acima de tudo, deve fugir das pastas com ação abrasiva, como as branqueadoras, e procurar pastas com flúor.
O flúor tem um papel fundamental na proteção do esmalte dentário, podendo ajudar na sua remineralização, fortificando os dentes que estejam mais fragilizados. A sensibilidade dentária resulta da exposição da dentina, a camada que se encontra abaixo do esmalte, assim, uma pasta de dentes com flúor na dose certa pode mesmo fazer com que o problema desapareça.
Se o objetivo for remover as manchas superficiais dos dentes e conseguir um sorriso com dentes mais brancos, deverá escolher uma pasta que tenha na sua fórmula ingredientes como o peróxido de hidrogénio.

Este tipo de pasta pode oferecer alguns resultados visíveis, mas vai comprometer um pouco o esmalte no processo, pelo que não deve ser utilizada durante longos períodos consecutivos.
No caso de ter problemas de gengivas, cáries, fraturas, dentes lascados ou se sofrer de sensibilidade dentária, deve evitar ao máximo a utilização deste tipo de pastas de dentes – por serem abrasivas, vão agravar o estado destas patologias.
Para manter os dentes saudáveis deve seguir-se a técnica 2 x 2 x 2: escová-los duas vezes por dia, durante dois minutos, a seguir às principais refeições e esperar duas horas até comer.
Deve-se escolher também uma boa escova de dentes, de preferência de dureza média. A escovagem antes de deitar é essencial.
A utilização de elixir bucal com flúor também ajuda a remover a placa bacteriana e fornece flúor aos dentes, chegando a zonas de difícil acesso à escova. Além disso, também pode combater a halitose.
Mas a altura de usar o elixir é importante – usá-lo logo após lavar os dentes não tem qualquer benefício, pois remove o flúor deixado pelo dentífrico na boca, onde deveria permanecer para ajudar a remineralizar os dentes e a proteger o esmalte.

O elixir pode servir nas situações em que habitualmente não lava os dentes, como a seguir ao lanche.
Apesar de incluírem tensioativos, substâncias “detergente”, os colutórios (elixires bucais) são menos eficazes a remover a placa bacteriana do que a escovagem, por falta de ação mecânica. Assim, acabam por ter um papel secundário na higiene oral.
Mais importante do que qualquer produto é a sua rotina de higiene. Tenha em mente que uma pasta de dentes mais cara nem sempre é melhor. Na altura da compra, leia os rótulos, veja se o produto contém os ingredientes de que precisa e, se tiver dúvidas, fale com o seu dentista.