AMAMENTAÇÃO: PROBLEMAS MAMÁRIOS MAIS COMUNS

AMAMENTAÇÃO: PROBLEMAS MAMÁRIOS MAIS COMUNS

GRAVIDEZ E MATERNIDADE

  Tupam Editores

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Único e inigualável, o leite materno é o alimento ideal para o bebé, pois é totalmente adaptado às suas necessidades nos primeiros anos de vida. A amamentação ajuda no crescimento e desenvolvimento da criança, no fortalecimento do vínculo com a mãe e na recuperação da mulher no pós-parto. Porém, nem sempre esta fase é tranquila, algumas mulheres podem deparar-se com alguns desafios.

Durante o período de amamentação, muitas mamãs experimentam várias complicações que podem tornar a mamada dolorosa e dificultar o processo de amamentar. Logo no início da amamentação, os mamilos podem ficar doridos e/ou com fissuras, tornando o processo doloroso. Estas fissuras podem estar presentes na extremidade ou na base do mamilo.

A causa mais comum destes problemas é uma má adaptação do bebé à mama, nomeadamente quando este mama apenas no mamilo e não no mamilo e na auréola. Para resolver este problema a mãe deve iniciar a amamentação pelo mamilo menos doloroso e verificar se o bebé pega bem na mama. A amamentação não deve ser interrompida pela mãe, mas pelo bebé. Se necessário, esta deve colocar um dedo entre a auréola e a língua do bebé de modo a interromper a sucção.

Os mamilos devem ser lavados apenas uma vez por dia (hora do banho), e devem ser utilizadas conchas de arejamento sob o soutien. A mulher pode ainda aplicar e deixar secar algumas gotas de leite materno e pomada para o efeito (hidratante/cicatrizante) no mamilo e auréola, após o banho e cada mamada.

Ingurgitamento mamário é a designação aplicada às mamas endurecidas, muito aumentadas, vermelhas e quentes. Acontece, geralmente, no 2º ou 3º dia depois do parto, com a subida do leite. Nestes casos, a mulher tem febre (38˚) durante 24 horas e a mama fica avermelhada, a pele brilhante e esticada e o seio fica tão duro e inchado que amamentar torna-se muito doloroso.

Para solucionar o ingurgitamento podem ser adotados alguns cuidados, como:

Antes da mamada, para facilitar a pega do bebé, a mulher deve massajar com a ponta dos dedos, em movimentos circulares, desde a base da mama em direção ao mamilo, retirando um pouco de leite manualmente;

Se após a mamada o ingurgitamento ainda for marcado, pode realizar o esvaziamento manual ou com o auxílio de uma bomba até aliviar o desconforto;

No intervalo das mamadas deve-se aplicar frio para reduzir o edema e o desconforto.

Outra das complicações muito comuns é o bloqueio dos ductos mamários – os canais de drenagem do leite.


Por vezes, o seu bloqueio dá-se durante a subida do leite. É normal o local onde os ductos estão bloqueados ficar vermelho, quente e muito sensível. A mulher pode ter a sensação de que essa área da mama está inflamada, mais endurecida e dorida. Além disso, pode haver formação de uma bola branca no mamilo.

Para tratar o bloqueio dos ductos é necessário que o leite obstruído seja drenado e, para isso a mulher deve: massajar a área afetada, amamentar com frequência, esvaziar as mamas, amamentar em diferentes posições e oferecer primeiro a mama com o problema, com o queixo do bebé direcionado para a área afetada.

Se se aperceber que não está a conseguir solucionar o problema, deve procurar imediatamente um profissional de saúde para que a situação não se agrave e evolua para uma mastite.

Mastite é o nome dado à inflamação da mama, que pode progredir ou não para uma infeção. Nessa situação, uma parte da mama fica inchada, quente, avermelhada e dorida, o que costuma causar dores no corpo, febre e mal-estar. Pode acontecer quando o leite fica muito tempo parado no peito e/ou através de fissuras no mamilo, que funcionam como uma porta de entrada para as bactérias.

Acontece, normalmente, nas primeiras seis semanas após o parto, mas também pode ocorrer em qualquer outra altura do período de amamentação. O leite pode apresentar alterações visíveis de consistência e de cor, nomeadamente, presença de sangue ou pus e, nesse caso, não deve ser usado para alimentar o bebé.

Em caso de suspeita de mastite, a mulher deve repousar e consultar um médico. No caso de uma mastite infecciosa, o acompanhamento deve ser imediato. Em alguns casos poderão ser prescritos medicamentos para a dor e para a febre.

Deve continuar a amamentar, começando pela mama não afetada, exceto por indicação expressa do médico em contrário. Após a amamentação, deve esvaziar manualmente ou com bomba o lado afetado, se necessário. Deve aplicar compressas frias ou discos de hidrogel para aliviar a dor e evitar a pressão de peças de vestuário justas.

Por vezes, algumas situações próprias da amamentação podem gerar insegurança e dificultar todo o processo. A mulher que está a amamentar deve procurar a ajuda de profissionais de saúde sempre que se aperceba de problemas que dificultem e coloquem em risco o aleitamento materno.


Até porque onde há problemas, há soluções.


 

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