Mesna

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento DCI com Advertência na Condução
O que é
O mesna é um uroprotetor.

O mesna é indicado como agente profiláctico na redução da incidência de cistites hemorrágicas induzidas por oxazafosforinas (ifosfamida, ciclofosfamida).

O mesna é sempre administrado com a ifosfamida ou a ciclofosfamida.
A ifosfamida e a ciclofosfamida podem causar danos no revestimento da sua bexiga.
Este dano pode mostrar-se como sangue na sua urina.

Quantidades muito pequenas de sangue não são visíveis, e o médico ou enfermeiro irá analisar a sua urina utilizando uma tira teste ou microscópio para verificar a existência de sangue.

Se uma quantidade maior de sangue aparecer na urina, esta fica vermelha e, muito ocasionalmente, podem aparecer coágulos de sangue.

O mesna protege o revestimento da bexiga dos danos causados pela ifosfamida e ciclofosfamida.
Usos comuns
Mesna é utilizado para prevenir a hemorragia na bexiga (cistite hemorrágica) durante a quimioterapia com ifosfamida.
Tipo
Molécula pequena.
Indicações
É indicado como agente profiláctico na redução da incidência de cistites hemorrágicas induzidas por oxazafosforinas (ifosfamida, ciclofosfamida, trofosfamida).

Deve ser sempre administrado com ifosfamida. Quando a ciclofosfamida ou trofosfamida estão a ser usadas, deve ser sempre administrado em doses superiores a 10 mg/kg de oxazafosforinas e em todos os doentes de risco.

Os principais factores de risco são: anterior radioterapia da região pélvica, cistite com tratamento anterior de ifosfamida, terapêutica com ciclofosfamida e trofosfamida ou uma história de patologia do tracto urinário.
Classificação CFT

17 : MEDICAMENTOS USADOS NO TRATAMENTO DE INTOXICAÇÕES

Mecanismo de ação
A substância activa mesna é um composto sulfídrico sintético, designado como sulfonato de sódio-2-mercaptoetano, com uma fórmula molecular C2H5NaO3S2 e um peso molecular de 164,18.

A sua fórmula estrutural é a seguinte: HS-CH2-CH2SO3-Na+
Investigações toxicológicas e farmacológicas extensivas e abrangentes têm mostrado que mesna não tem farmacodinâmica intrínseca e tem baixa toxicidade.

A inércia toxicológica e farmacológica do mesna administrado sistemicamente e o seu excelente efeito desintoxicante no tracto urinário eferente e na bexiga, são devidos à natureza da sua farmacocinética.

Analogamente ao sistema fisiológico cisteína-cistina, o mesna é rapidamente oxidado no seu metabólito maior, dissulfito de mesna (dimesna).

O dissulfito de mesna permanece no espaço intravascular e é rapidamente eliminado pelos rins.

Nos rins, o dissulfito de mesna é reduzido para o composto tiol livre, mesna, que reage quimicamente com os metabólitos urotóxicos das oxazafosforinas (acroleína e 4-hidroxi-ifosfamida ou 4-hidroxi-ciclofosfamida, respectivamente ), resultando na sua desintoxicação.

O primeiro passo no processo de desintoxicação é a ligação do mesna ao 4-hidroxi-metabólito, formando um metabólito não urotóxico 4-sulfoetiltio.

O mesna também liga-se às duplas ligações da acroleína e a outros metabólitos urotóxicos.

Em múltiplos estudos modelo, com xenoenxerto humano ou tumor em roedores de aplicabilidade limitada, usando administração intravenosa ou intraperitoneal, o mesna em combinação com a ifosfamida (numa razão de dose até 20, em doses únicas ou múltiplas) foi insuficiente para demonstrar a interferência com a eficácia antitumoral.
Posologia orientativa
Posologia
Salvo outra indicação: em adultos, deve ser injectado numa dose igual a 20% da dose de oxazafosforina, ao tempo zero, 4 e 8 horas depois.

No caso de doses de oxazafosforinas muito altas (ex: antes de um transplante de medula), a dose de Mesna pode ser aumentada para 120 - 160% da dose da oxazafosforina.

Recomenda-se que após a administração de 20% de Mesna (de acordo com a dose total de oxazafosforina) no tempo zero, a quantidade restante de Mesna seja administrada por perfusão contínua, durante um período de 24 horas.

Em alternativa, é possível administrar em bólus de forma intermitente:
Adultos:
3 x 40% (no tempo zero, após 4 e 8 horas) ou 4 x 40% (no tempo zero, após 3, 6 e 9 horas) respectivamente.

Em alternativa à administração em bólus, são possíveis perfusões curtas de 15 minutos.

Nas perfusões contínuasde ifosfamida, verificou-se ser útil administrar Mesna da forma seguinte:
Administrar em bólus no tempo zero, uma dose de Mesna correspondente a 20% da dose total de ifosfamida, seguida de perfusão numa dose até 100% da dose de ifosfamida e continuar a uroproteção por mais 6 a 12 horas após terminar a perfusão de ifosfamida.
Administração
Utilizar este medicamento
• Mesna é administrado por injecção dada por um médico ou enfermeiro.
• Enquanto estiver a tomar mesna deve beber bastantes líquidos, todos os dias, para manter a produção de urina de 100 ml por hora.

Isso ajuda a diluir a urina e mantém um bom fluxo de urina.

Vai ajudar a proteger a sua bexiga.

Deve urinar (esvaziar a bexiga) como normalmente, sempre que precisar.

Não tente mudar o seu padrão habitual.
Contraindicações
Hipersensibilidade conhecida ao Mesna ou a outros compostos do grupo tiol.
Utilização na gravidez e aleitamento.
Efeitos indesejáveis/adversos
Informe o médico imediatamente se notar qualquer um dos seguintes efeitos secundários, pois pode precisar de cuidados médicos urgentes:

• As reacções adversas mais frequentes associadas com o uso de mesna, são: dor de cabeça, reacções no local de injecção, dor abdominal/cólicas, tonturas, letargia/sonolência, febre, erupções cutâneas, diarreia, náuseas, rubor e sintomas gripais.

• As reacções adversas mais graves associadas ao uso de mesna são: necrólise epidérmica tóxica, Síndrome de Stevens-Johnson, anafilaxia e erupção cutânea medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistémicos (DRESS).

• Raramente, mesna também pode causar algo parecido com uma reacção alérgica. Os sinais podem incluir erupções cutâneas e vergões, comichão, boca ou pele com bolhas, queda súbita da pressão arterial (tonturas), aumento da frequência cardíaca e alterações nas análises sanguíneas utilizados para monitorizar o funcionamento do fígado.

Alguns destes efeitos secundários podem ser causados ou pela ciclofosfamida ou pela ifosfamida, em vez do mesna, porque os dois são sempre utilizados em conjunto.

Outros efeitos secundários incluem:

Sangue e sistema linfático
• inchaço dos gânglios linfáticos (linfadenopatia)
• diminuição do número de células no sangue:
redução do número de glóbulos vermelhos e brancos, bem como plaquetas (pancitopenia)
redução do número de glóbulos brancos - que combatem a infecção (leucopenia, linfopenia)
quantidades de eosinófilos anormalmente elevadas (um tipo de glóbulos brancos produzidos na medula óssea) tanto no sangue como nos tecidos (eosinofilia), e plaquetas - que formam o coágulo sanguíneo (trombocitopenia)

Metabolismo e Nutrição
• diminuição do apetite

Psiquiátrico
• insónia, pesadelo

Sistema imunitário
• reacções alérgicas (hipersensibilidade) ou reacção alérgica grave rápida no início
(anafilaxia)

Sistema nervoso
• dor de cabeça
• tonturas
• letargia/sonolência
• sensação de cócegas, formigueiro, queimadura, picadas (parestesia)
• Sensibilidade anormal ou patológica da pele ou de uma sensibilidade particular à estimulação (hiperestesia)
• perda temporária de consciência e postura (síncope)
• reduzido sentido do tato ou sensação, ou uma perda parcial de sensibilidade a estímulos sensoriais (hipoestesia)
• perturbações da atenção
• convulsões

Olhos
• desfocagem, redução ou perda da visão
• inflamação dos olhos (conjuntivite)
• inchaço à volta dos olhos (edema periorbital)

Coração e Circulação
• rubor
• traçado cardiaco do ECG anormal (electrocardiograma anormal)
• alteração dos batimentos cardíacos (palpitações)
• batimento cardíaco acelerado (taquicardia)
• pressão arterial alta ou baixa (hipotensão, hipertensão)

Pulmões
• dificuldade em respirar ou pieira (broncospasmo)
• congestão nasal
• tosse
• dor aguda grave com a inalação (dor pleurítica)
• boca seca
• falta de ar (dispnéia)
• desconforto laríngeo
• sangramento nasal (epistaxis)
• insuficiência respiratória (dificuldade respiratória)
• diminuição dos níveis de oxigénio (hipoxia, diminuição da saturação de oxigénio)
• respiração rápida (taquipnéia)
• tosse com sangue ou expectoração com sangue dos pulmões ou das vias respiratórias (hemoptise)

Sistema digestivo
• dor abdominal/cólicas
• náuseas
• vómitos
• diarreia
• irritação da mucosa
• dor tipo queimadura
• prisão de ventre
• sangramento gengival
• inflamação da mucosa da boca, incluindo úlceras (estomatite)
• sabor desagradável

Fígado
• condições que causam inflamação do fígado que podem causar icterícia, perda de peso e indisposição (hepatite)
• aumento dos níveis de certas proteínas produzidas pelo fígado chamadas enzimas. O seu médico irá fazer análises ao sangue para monitorizá-las.

Pele e tecido subcutâneo
• erupção
• comichão
• transpiração/suor anormalmente aumentado, em excesso do exigido para a regulação da temperatura corporal (hiperidrose)
• condições que colocam a vida em risco que provocam erupções, úlceras, dores de garganta, febre, conjuntivite, separação de camadas da pele (necrose epidérmica tóxica, Síndrome de Stevens-Johnson)
• prurido, erupção vermelha que pode desenvolver para feridas (eritema multiforme, eritema)
• reacção de hipersensibilidade a medicamentos, caracterizada por erupção cutânea, febre, linfadenomegalia e envolvimento de órgãos internos (erupção cutânea medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistémicos)
• ulcerações e/ou bolhas/vesículas (mucocutânea, mucosa, oral, vulvovaginal, anorretal)
• inchaço das camadas mais profundas da pele, causada por um acúmulo de fluidos (angioedema)
• lesões recorrentes na mesma área da administração do medicamento (eritema fixo medicamentoso)
• erupção
• erupção cutânea fotossensível
• erupção cutânea avermelhada, com inchaço e comichão (urticária)
• sensação de queimadura

Tecido conjuntivo e musculoesquelético
• dores musculares (mialgia) ou dor nas articulações (artralgia)
• dor nas costas
• sensação de desconforto nos membros superiores ou inferiores (dor nas extremidades)
• dor no maxilar

Renal e urinária
• dor ao urinar (disúria)
• insuficiência renal aguda

Distúrbios gerais e condições do local de administração
• aparecimento de alterações da pele e irritação no local da injecção ou perfusão
• dor no peito
• febre, arrepios
• sintomas de gripe como dor de cabeça, febre, calafrios, dores articulares e
musculares, fraqueza, cansaço
• inchaço dos tecidos, usualmente nos membros inferiores, devido à acumulação de líquidos (edema periférico)
• inchaço da face (edema de face)
• fadiga
• reacções no local da injecção (tromboflebite, irritação)
Advertências
Gravidez
Gravidez:
Gravidez:Este medicamento deve ser usado durante a gravidez apenas quando realmente necessário.
Aleitamento
Aleitamento:
Aleitamento:As mães não devem amamentar durante o tratamento com este medicamento.
Condução
Condução:
Condução:Doentes submetidos a tratamento com mesna podem ter efeitos indesejáveis (incluindo, por exemplo, síncope, cefaleia ligeira, letargia/sonolência, tonturas e visão turva) que podem afectar a capacidade de conduzir ou utilizar máquinas. A decisão de conduzir ou utilizar máquinas deve ser avaliada individualmente.
Precauções gerais
Hipersensibilidade
Foram registadas ocorrências de reacções de hipersensibilidade após a terapêutica com mesna.

Devido à possibilidade de reacções anafilatóides, deve estar disponível medicação de emergência adequada.

Doentes com doenças autoimunes tratados com ciclofosfamida e este medicamento mostraram maior incidência de reacções de hipersensibilidade: reacções cutâneas e das mucosas com extensão e gravidade variável (erupção cutânea, urticária, exantema, enantema Síndroma de Lyell, Síndroma Stevens-Johnson); tumefação localizada dos tecidos (edema urticário), conjuntivites, casos raros de hipotensão associada com reacções circulatórias e aceleração do ritmo cardíaco com batimentos acima dos 100/min.

(taquicárdia), assim como aceleração do ritmo respiratório (taquipneia) devido a reacções de hipersensibilidade agudas graves (reacções anafilatóides), hipotensão, aumento do segmento ST, mialgia e, também um aumento temporário em alguns testes da função do fígado (i.e. transaminases).

A uroproteção destes doentes deve ser feita sob vigilância médica e após análise cuidada da relação benefício/risco.

reacções de hipersensibilidade ao mesna foram notificadas após a administração de mesna como uroprotetor.

Estes casos incluem:
reacções cutâneas caracterizadas por sintomas tais como urticária localizada ou generalizada ou outras formas de exantema, prurido, ardor, angioedema e/ou rubor.

Além disso, foram notificados casos de pele bolhosa e ulcerativa grave e reacções da mucosa.

Algumas reacções foram consideradas consistentes com a Síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica ou eritema exsudativo multiforme.

Outras reacções parecem ser consistentes com um diagnóstico de eritema fixo medicamentoso.

Também foi notificada erupção cutânea fotosensível.

Em alguns casos, as reacções cutâneas foram acompanhados por um ou mais de outros sintomas, tais como:
• febre,
• sintomas cardiovasculares (hipotensão, taquicardia, electrocardiograma (ECG) consistente com perimiocardite,
• sinais consistentes com insuficiência renal aguda,
• sintomas pulmonares (hipóxia, desconforto respiratório, broncoespasmo, taquipnéia, tosse, expectoração com sangue,
• tempo de tromboplastina parcial (TTP) e tempo de protrombina (PT) elevados e resultados laboratoriais de coagulação intravascular disseminada (CID),
• distúrbios hematológicos (leucopenia, eosinofilia, linfopenia, trombocitopenia, pancitopenia,
• enzimas hepáticas elevadas,
• náuseas, vómitos,
• dor nas extremidades, artralgia, mialgia, mal-estar,
• estomatite,
• conjuntivite.

Algumas reacções são apresentadas como anafilaxia.

Também tem sido notificada febre acompanhada por, por exemplo, hipotensão mas sem manifestações cutâneas.

Reacções severas, bem como reacções menores foram notificadas com o uso de mesna em regimes indicados para o tratamento tanto de desordens sistémicas autoimunes severas e malignidade.

Na maioria dos casos, as reacções ocorreram durante ou depois de um primeiro tratamento ou após várias semanas depois da exposição ao mesna.

Em outros casos, a reacção inicial foi observada apenas vários meses após a exposição.

Em muitos casos, os sintomas apareceram no dia de exposição, com uma tendência para intervalos mais curtos após exposições subsequentes.

Em alguns doentes, a ocorrência e/ou gravidade da reacção pareceu variar com a dose administrada.

A recorrência das reacções, em alguns casos com gravidade crescente, tem sido descrita com reexposição.

No entanto, em alguns casos, a reacção não se repetiu com reexposição.

Alguns doentes com antecedentes de reacção mostraram resultados positivos retardados ao teste cutâneo.

No entanto, uma reacção negativa retardada não exclui hipersensibilidade ao mesna.

Resultados imediatamente positivos ao teste cutâneo ocorreram em doentes, independentemente da exposição anterior ao mesna ou a história de reacções de hipersensibilidade, e podem estar relacionados com a concentração da solução de mesna usada.

Os prescritores devem:
- Ter atenção à possibilidade de tais reacções e que as reacções podem piorar com a reexposição e podem, em alguns casos, ser fatais.

- Ter atenção que as reacções de hipersensibilidade ao mesna foram interpretadas devido à semelhança com o quadro clínico de sepsia e, em doentes com doenças autoimunes, assemelhando-se a uma exacerbação da doença subjacente.

Compostos de tiol:
Mesna é um composto tiol, isto é, um composto orgânico com o grupo sulfidrilo (SH).

Os compostos tiol mostram algumas semelhanças no seu perfil de reacções adversas, incluindo um potencial para provocar reacções cutâneas graves.

Exemplos de fármacos que têm compostos tiol incluem a amifostina, penicilamina, e captopril.

Não é claro se os doentes que apresentaram uma reacção adversa a um medicamento estão em risco aumentado para qualquer reacção ou reacções semelhantes a um outro composto de tiol.

No entanto, em tais doentes, quando se considera a utilização subsequente de um outro composto de tiol, deve ser considerada a possibilidade de um aumento do risco.

PRECAUÇÕES
Este medicamento é um agente que reduz o risco de cistites hemorrágicas induzidas pelas oxazafosforinas, não previne nem diminui qualquer outra reacção adversa ou toxicidade associada à terapia com oxazafosforinas.

Este medicamento não previne cistites hemorrágicas em todos os doentes.

Os doentes devem ser monitorizados adequadamente, examinando-se uma amostra da urina da manhã, para a detecção da presença de hematúria (evidência microscópica de eritrócitos), todos os dias antes da terapia com oxazafosforina.

Se desenvolver hematúria quando este medicamento é administrado com oxazafosforinas de acordo com a dosagem recomendada, dependendo da gravidade da hematúria, a descontinuação ou redução da terapia com oxazafosforinas deve ser iniciada.

Deve ser mantido um débito urinário suficiente, tal como exigido para o tratamento com oxazafosforina.

Interferências com teste laboratoriais
O tratamento com mesna pode provocar falsas reacções positivas em testes urinários com nitroprussiato de sódio (incluindo tiras-teste) para corpos cetónicos.

A reacção de cor para cetonas observada após a exposição ao mesna é mais avermelhada do que roxa e é menos estável.

O tratamento com mesna pode causar falsas reacções positivas em testes de triagem com reagente Tillman para o ácido ascórbico, na urina.

Estudos de farmacocinética em voluntários saudáveis, os valores séricos da creatina fosfoquinase (CPK) foram mais baixos em amostras colhidas 24 horas após a administração de mesna do que em amostras pré-dose.

Embora os dados disponíveis são insuficientes para determinar a causa desse fenómeno, ele pode ser considerado representar uma interferência significativa do tiol (por exemplo, N-acetilcisteína) em testes enzimáticos CPK dependentes.
Cuidados com a dieta
Os alimentos não influenciam a absorção e eliminação urinária de mesna.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligue para o Centro de intoxicações.

Relatos de sobredosagem acidental e observações de um estudo de tolerabilidade de alta dose em voluntários saudáveis mostrou que, em adultos, doses únicas de cerca de 4 g a 7 g de mesna podem causar sintomas como náuseas, vómitos, dor abdominal/cólicas, diarreia, fadiga, cefaleias, dores nas articulações e nos membros, erupção cutânea, rubor, hipotensão, taquicardia, bradicardia, parestesia, febre e broncoespasmo.

A taxa significativamente aumentada de náuseas, vómitos e diarreia também foi encontrada em doentes tratados com oxazafosforina que receberam mesna ≥ 80 mg por kg por dia por via intravenosa, em comparação com os doentes que receberam doses mais baixas ou apenas um tratamento de hidratação.

Não é conhecido nenhum antídoto específico para o mesna.

Devido à possibilidade de reacções anafilatóides, deve estar disponível medicação de emergência adequada.

A sobredosagem pode levar às reacções observadas num estudo de tolerância com voluntários saudáveis, com doses únicas de 60-70 mg/kg por dia: náusea, vómitos, cólicas, diarreia, cefaleia, fadiga, dores musculares e das articulações, falta de energia como exaustão e fraqueza, depressão, irritabilidade, erupção cutânea, hipotensão e taquicardia.
Terapêutica interrompida
É muito importante tomar mesna as vezes indicadas pelo médico: estes tempos terão sido cuidadosamente determinados para garantir que a bexiga está totalmente protegida contra danos.

É muito improvável que o médico ou o enfermeiro falhem uma dose. Se achar que faltou uma injecção, fale com o médico ou enfermeiro o mais breve possível.
Cuidados no armazenamento
Não conservar acima de 25º C.
Manter as ampolas dentro da embalagem exterior para proteger da luz.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e tolerância bacteriológica
Sem informação.
Sem efeito descrito

Mesna + Oxazafosforinas

Observações: n.d.
Interacções: Os efeitos sistémicos das oxazafosforinas não são afectados pela Mesna. Estudos clínicos mostraram que a sobredosagem com Mesna não diminui a toxicidade aguda, a toxicidade subaguda, a actividade leucocítica e a eficácia imunosupresiva das oxazafosforinas. Estudos em animais com ifosfamida e ciclofosfamida, numa variedade de tumores, também demonstraram que o Mesna não interfere com a sua actividade antineoplásica. - Oxazafosforinas
Sem efeito descrito

Mesna + Ifosfamida

Observações: n.d.
Interacções: Os efeitos sistémicos das oxazafosforinas não são afectados pela Mesna. Estudos clínicos mostraram que a sobredosagem com Mesna não diminui a toxicidade aguda, a toxicidade subaguda, a actividade leucocítica e a eficácia imunosupresiva das oxazafosforinas. Estudos em animais com ifosfamida e ciclofosfamida, numa variedade de tumores, também demonstraram que o Mesna não interfere com a sua actividade antineoplásica. - Ifosfamida
Sem efeito descrito

Mesna + Ciclofosfamida

Observações: n.d.
Interacções: Os efeitos sistémicos das oxazafosforinas não são afectados pela Mesna. Estudos clínicos mostraram que a sobredosagem com Mesna não diminui a toxicidade aguda, a toxicidade subaguda, a actividade leucocítica e a eficácia imunosupresiva das oxazafosforinas. Estudos em animais com ifosfamida e ciclofosfamida, numa variedade de tumores, também demonstraram que o Mesna não interfere com a sua actividade antineoplásica. - Ciclofosfamida
Sem efeito descrito

Mesna + Citotóxicos (citostáticos)

Observações: n.d.
Interacções: O Mesna também não afecta a eficácia antineoplásica de outros citostáticos (i.e. doxorrubicina BNCU, metotrexato, vincristina), nem o efeito terapêutico de outros medicamentos como glucosídeos digitalis. - Citotóxicos (citostáticos)
Sem efeito descrito

Mesna + Doxorrubicina

Observações: n.d.
Interacções: O Mesna também não afecta a eficácia antineoplásica de outros citostáticos (i.e. doxorrubicina BNCU, metotrexato, vincristina), nem o efeito terapêutico de outros medicamentos como glucosídeos digitalis. - Doxorrubicina
Sem efeito descrito

Mesna + Metotrexato (MTX)

Observações: n.d.
Interacções: O Mesna também não afecta a eficácia antineoplásica de outros citostáticos (i.e. doxorrubicina BNCU, metotrexato, vincristina), nem o efeito terapêutico de outros medicamentos como glucosídeos digitalis. - Metotrexato (MTX)
Sem efeito descrito

Mesna + Vincristina

Observações: n.d.
Interacções: O Mesna também não afecta a eficácia antineoplásica de outros citostáticos (i.e. doxorrubicina BNCU, metotrexato, vincristina), nem o efeito terapêutico de outros medicamentos como glucosídeos digitalis. - Vincristina
Sem efeito descrito

Mesna + Carmustina

Observações: n.d.
Interacções: O Mesna também não afecta a eficácia antineoplásica de outros citostáticos (i.e. doxorrubicina BNCU, metotrexato, vincristina), nem o efeito terapêutico de outros medicamentos como glucosídeos digitalis. - Carmustina
Usar com precaução

Mesna + Testes Laboratoriais/Diagnóstico

Observações: n.d.
Interacções: A administração de mesna pode dar um falso positivo no teste para a determinação dos corpos cetónicos e um falso positivo ou falso negativo em testes tiras para a determinação de eritrócitos na urina. A cor da reação para cetonas é avermelhada, menos estável e desvanece-se imediatamente após a adição de ácido acético glacial. Para determinar com precisão a presença de eritrócitos na urina é recomendado um exame microscópico. - Testes Laboratoriais/Diagnóstico
Sem efeito descrito

Mesna + Alimentos/Bebidas (Soja, fitinas, fitatos, oxalatos, taninos, pectinas)

Observações: n.d.
Interacções: Os alimentos não influenciam a absorção e a eliminação urinária de mesna. - Alimentos/Bebidas (Soja, fitinas, fitatos, oxalatos, taninos, pectinas)
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Mesna
Informação revista e atualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 11 de Novembro de 2021