Clemastina

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento DCI com Advertência na Insuficiência Hepática DCI com Advertência na Condução
O que é
A clemastina, também conhecida como meclastina, é um antagonista da histamina H1 de primeira geração (anti-histamínico) com propriedades anticolinérgicas (secante) e efeitos colaterais sedativos.
Como todos os anti-histamínicos de primeira geração, é sedativo.
Usos comuns
Como adjuvante no choque anafiláctico e anafilactóide e no edema angioneurótico.

Prevenção ou tratamento de reacções alérgicas e pseudo-alérgicas, devidas por exemplo a produtos de contraste, transfusões de sangue, teste de histamina para estudo da função gástrica.
Tipo
Molécula pequena.
Indicações
Alívio de sintomas alérgicos nasais (rinorreia e congestão nasal) e/ou cutâneos (prurido, picadas de insectos).
Classificação CFT

10.1.1 : Anti-histamínicos H1 sedativos

Mecanismo de ação
Clemastina é um antagonista dos receptores H1.

É um anti-histamínico pertencente ao grupo éter benzidrilo.

Clemastina inibe selectivamente os receptores histamínicos do tipo H1 e reduz a permeabilidade capilar.

Clemastina apresenta um potente efeito anti-histamínico e antipruriginoso de rápido início e longa duração de acção até 12 horas.
Posologia orientativa
VIA ORAL:
Adultos e crianças com mais de 12 anos: 1 comprimido de manhã e à noite.
Crianças de 6 a 12 anos: 1/2 comprimido de manhã e à noite.

O tratamento não deverá ser superior a uma semana sem acompanhamento médico.

SOLUÇÃO INJECTÁVEL:
Adultos: a dose habitual é 1 ampola (2 mg/2 ml) por injecção i.v. ou i.m. de manhã e à noite.

Para uso profiláctico deve-se administrar 1 ampola (2 ml) por injecção i.v. lenta, imediatamente antes da possível ocorrência de reacções anafilácticas ou histamínicas.

Crianças: 0,025 mg/Kg por dia por injecção i.m. dividida em 2 doses.

Gel:
Aplicar em camada fina, várias vezes ao dia, sobre as zonas afectadas; regra geral dispensa-se a aplicação de um penso oclusivo. O gel forma uma película sobre a pele que pode ser facilmente removida com água e não tinge a roupa.
Administração
Via oral, intramuscular, intravenosa, cutânea.

Os comprimidos devem ser tomados com água, antes das refeições.

A solução deve ser diluída com solução salina isotónica ou com solução de glucose a 5% na proporção de 1:5.

Aplicar o gel em camada fina, várias vezes ao dia.
Contraindicações
Hipersensibilidade à Clemastina.

Gel:
Feridas acompanhadas de lesões cutâneas graves (devido ao álcool isopropílico).

Comprimidos:
Gravidez e aleitamento
Não deve ser administrado em doentes com porfiria;
Não deve ser administrado a crianças com idade inferior a seis anos.

Solução injectável:
Hipersensibilidade a outros anti-histamínicos de estrutura química semelhante à clemastina.
Em casos de porfiria.
Não deve ser administrado a crianças com idade inferior a um ano.
Gravidez e aleitamento.
As vias de administração intra-arterial e subcutânea são contra-indicadas.
contra-indicado em doentes tratados com IMAO nos 14 dias antecedentes.
Efeitos indesejáveis/adversos
Doenças do sistema imunitário:
Reacções de hipersensibilidade (incluindo choque): raro (≥1/10.000, <1/1.000)
Dispneia: raro (≥1/10.000, <1/1.000)

Perturbações do foro psiquiátrico:
Excitabilidade, especialmente em crianças: raro (≥1/10.000, <1/1.000)

Doenças do sistema nervoso:
Fadiga: frequente (≥1/100, <1/10)
Sedação: frequente (≥1/100, <1/10)
Tonturas: pouco frequente (≥1/1.000, <1/100)
Cefaleias: raro (≥1/10.000, <1/1.000)

Cardiopatias:
Taquicardia: muito raro (<1/10.000)

Doenças gastrointestinais:
Dor gástrica: raro (≥1/10.000, <1/1.000)
Náuseas: raro (≥1/10.000, <1/1.000)
Obstipação: muito raro (<1/10.000)
Xerostomia: raro (≥1/10.000, <1/1.000)

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
Rash cutâneo: raro (≥1/10.000, <1/1.000)
Advertências
Gravidez
Gravidez:
Gravidez:Não deve ser administrado durante a gravidez.
Aleitamento
Aleitamento:
Aleitamento:Não deve ser administrado durante o aleitamento.
Insuf. Hepática
Insuf. Hepática:
Insuf. Hepática:Evitar na IH grave; sedação intensa.
Condução
Condução:
Condução:Quando administrado por via parentérica, pode ter um efeito sedativo. Deve-se pois ter em atenção este facto em relação a doentes que conduzem veículos e trabalhem com máquinas.
Precauções gerais
Os anti-histamínicos devem apenas ser administrados em associação com a adrenalina no tratamento da anafilaxia e não devem ser considerados como seus substitutos. Apenas a adrenalina pode interromper os efeitos potencialmente fatais da anafilaxia.

Os anti-histamínicos devem ser utilizados com precaução em doentes com:
- glaucoma de ângulo fechado;
- úlcera péptica estenosante;
- obstrução piloro-duodenal;
- hipertofia prostática com retenção urinária e obstrução da bexiga;
- epilepsia;
- idade superior a 60 anos

Injecções intra-arteriais devem ser estritamente evitadas.

As injecções intravenosas devem ser administradas lentamente (além de 2-3 minutos).

Os anti-histamínicos devem ser utilizados com precaução em doentes com glaucoma de ângulo fechado, úlcera péptica estenosante, obstrução piloro-duodenal, motilidade gastrointestinal diminuída, miastenia grave, hipertofia prostática com retenção urinária e obstrução da bexiga.

Doentes idosos e as crianças são mais susceptíveis aos efeitos adversos relacionados com o sistema nervoso central da clemastina.

Recomenda-se precaução com a utilização concomitante de outros depressores do SNC.

O uso concomitante de álcool e Clemastina deve ser evitado.

Administrar com precaução nos doentes com um factor predisponente conhecido para arritmia cardíaca ou que estejam a ser tratados concomitantemente com medicamentos potencialmente arritmogénicos.

Prejudicial para os indivíduos que sofrem de alcoolismo.

Para ter em consideração quando utilizado em mulheres grávidas ou a amamentar, crianças e em grupos de alto risco tais como doentes com problemas de fígado ou epilepsia.
Cuidados com a dieta
Evite consumir álcool se estiver a tomar este medicamento.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligue para o Centro de intoxicações.

Sintomas:
Os efeitos de uma sobredosagem por anti-histamínicos variam desde depressão a estimulação do SNC.

Podem também verificar-se sintomas anticolinérgicos como secura de boca, dilatação ou fixação das pupilas, rubor e reacções gastrointestinais e taquicárdia.

Tratamento:
O tratamento consiste na eliminação do fármaco por lavagem gástrica, administração de carvão activado e tratamento sintomático.
Terapêutica interrompida
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Tome a dose esquecida assim que se lembrar e prossiga o tratamento normalmente.
Se faltarem menos de quatro horas para a toma seguinte não ingira o comprimido de que se esqueceu de tomar.
Cuidados no armazenamento
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e tolerância bacteriológica
Sem informação.
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Clemastina + Sedativos

Observações: n.d.
Interacções: Os anti-histamínicos potenciam os efeitos sedativos de ansiolíticos, hipnóticos, inibidores da MAO, antidepressivos tricíclicos, álcool e analgésicos opioides. - Sedativos
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Clemastina + Ansiolíticos

Observações: n.d.
Interacções: Os anti-histamínicos potenciam os efeitos sedativos de ansiolíticos, hipnóticos, inibidores da MAO, antidepressivos tricíclicos, álcool e analgésicos opioides. - Ansiolíticos
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Clemastina + Hipnóticos

Observações: n.d.
Interacções: Os anti-histamínicos potenciam os efeitos sedativos de ansiolíticos, hipnóticos, inibidores da MAO, antidepressivos tricíclicos, álcool e analgésicos opioides. - Hipnóticos
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Clemastina + Inibidores da Monoaminoxidase (IMAO)

Observações: n.d.
Interacções: Os anti-histamínicos potenciam os efeitos sedativos de ansiolíticos, hipnóticos, inibidores da MAO, antidepressivos tricíclicos, álcool e analgésicos opioides. - Inibidores da Monoaminoxidase (IMAO)
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Clemastina + Antidepressores (Tricíclicos)

Observações: n.d.
Interacções: Os anti-histamínicos potenciam os efeitos sedativos de ansiolíticos, hipnóticos, inibidores da MAO, antidepressivos tricíclicos, álcool e analgésicos opioides. - Antidepressores (Tricíclicos)
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Clemastina + Álcool

Observações: n.d.
Interacções: Os anti-histamínicos potenciam os efeitos sedativos de ansiolíticos, hipnóticos, inibidores da MAO, antidepressivos tricíclicos, álcool e analgésicos opioides. - Álcool
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Clemastina + Analgésicos Opiáceos

Observações: n.d.
Interacções: Os anti-histamínicos potenciam os efeitos sedativos de ansiolíticos, hipnóticos, inibidores da MAO, antidepressivos tricíclicos, álcool e analgésicos opioides. - Analgésicos Opiáceos
Não recomendado/Evitar

Dextrometorfano + Fenilpropanolamina + Clemastina

Observações: n.d.
Interacções: Depressores do SNC NUNCA exceda a dose máxima recomendada todos os dias, pois podem ocorrer efeitos adversos graves. O uso concomitante de Dextrometorfano + Fenilpropanolamina e outros depressores do SNC, como: entacapona, etanol, barbitúricos, ansiolíticos, sedativos, hipnóticos, antipsicóticos, opiáceos, anti-histamínicos H1 sedativos (Azelastina, Bromfeniramina, Ceterizina, Clorfeniramina, Clemastina, Cyproheptadina, Difenidramina, hidroxizina) pode potencializar a depressão do SNC causada pelo dextrometorfano. - Clemastina
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Clemastina
Informação revista e atualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 04 de Janeiro de 2024