Tafluprost

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento DCI com Advertência na Condução
O que é
O tafluprost é um medicamento que é utilizado em oftalmologia para o tratamento de hipertensão ocular e glaucoma.

É um análogo de prostaglandina. É utilizado sob a forma de gotas para os olhos são administrados localmente para a conjuntiva do olho. A acção da redução da pressão intra-ocular, levando a um aumento na reabsorção do humor acuoso.

Está quimicamente relacionado com outras drogas com as mesmas indicações e mecanismo de acção e efeitos colaterais semelhantes, como o travoproste e latanoprost.
Usos comuns
Tafluprost é utilizado em adultos para tratar um tipo de glaucoma chamado de ângulo aberto e também uma situação conhecida por hipertensão ocular.

Ambas as condições estão relacionadas com um aumento da pressão dentro do olho e podem vir a afetar a sua visão.
Tipo
Molécula pequena.
Indicações
Redução da pressão intra-ocular elevada em glaucoma de ângulo aberto e hipertensão ocular.

Como monoterapia em doentes:
- que beneficiariam de um colírio sem conservantes com resposta insuficiente à terapêutica de primeira linha intolerantes ou com contra-indicação para a terapêutica de primeira linha.

Como terapêutica adjuvante aos beta-bloqueadores.
Classificação CFT

15.4.4 : Análogos das prostaglandinas

Mecanismo de ação
Tafluprost é um análogo fluorinado da prostaglandina F2α.

O ácido de tafluprost, o metabólito biologicamente activo de tafluprost, é um agonista altamente potente e selectivo do receptor prostanóide FP humano.

O ácido de tafluprost tem uma afinidade 12 vezes superior para o receptor FP em comparação com o latanoprost.

Estudos farmacodinâmicos realizados em macacos indicam que o tafluprost reduz a pressão intra-ocular através do aumento da drenagem uveoscleral do humor aquoso.
Posologia orientativa
A dose recomendada é uma gota no saco conjuntival do(s) olho(s) afectado(s) uma vez por dia, à noite.
Administração
Via oftálmica.

Não se deverá exceder uma dose por dia, dado que uma administração mais frequente pode reduzir o efeito de diminuição da pressão intra-ocular.

Para utilização única, um recipiente é suficiente para ambos os olhos.

Após a aplicação, qualquer solução não usada deve ser imediatamente rejeitada.

A fim de reduzir o risco de escurecimento da pele da pálpebra, o doente deve limpar qualquer excesso de solução na pele.

Tal como com qualquer colírio, é recomendada a oclusão nasolacrimal ou fechar suavemente a pálpebra após a administração.

Tal pode reduzir a absorção sistémica dos medicamentos administrados por via oftálmica.

Se estiver a ser utilizado mais do que um medicamento oftalmológico tópico, cada um deverá ser administrado com, pelo menos, 5 minutos de intervalo entre si.
Contraindicações
Hipersensibilidade ao tafluprost.
Efeitos indesejáveis/adversos
Em estudos clínicos, mais de 1.400 doentes foram tratados com tafluprost com conservantes, quer em monoterapia quer como terapêutica adjuvante do timolol a 0,5%.

A hiperemia ocular foi o acontecimento adverso relacionado com o tratamento mais frequentemente relatado.

Ocorreu em, aproximadamente, 13% dos doentes que participaram em estudos clínicos com tafluprost com conservantes, na Europa e nos EUA.

Na maioria dos casos, foi ligeira e levou à descontinuação do tratamento numa média de 0,4% dos doentes que participaram nos estudos principais.

Num estudo de fase III, com duração de 3 meses, nos EUA, que compara a formulação de tafluprost sem conservantes com a formulação de timolol sem conservantes, ocorreu hiperemia ocular em 4,1% (13/320) dos doentes tratados com tafluprost.

Os seguintes efeitos indesejáveis relacionados com o tratamento foram relatados durante os ensaios clínicos com tafluprost, na Europa e nos EUA, após um seguimento máximo de 24 meses:
As reacções adversas são apresentadas por ordem decrescente de frequência dentro de cada classe de frequência.

Doenças do sistema nervoso
Frequentes (≥1/100, <1/10): cefaleias

Afecções oculares
Frequentes (≥1/100, <1/10): prurido ocular, irritação ocular, dor ocular, hiperemia conjuntival/ocular, alterações das pestanas (aumento do comprimento, espessura e quantidade), secura ocular, sensação de corpo estranho no olho, descoloração das pestanas, eritema da pálpebra, queratite punctata superficial (SPK), fotofobia, lacrimejo aumentado, visão turva, acuidade visual reduzida e aumento da pigmentação da íris.

Pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100): pigmentação da pálpebra, edema da pálpebra, astenopia, edema conjuntival, secreção ocular, blefarite, células da câmara anterior, desconforto ocular, ardor da câmara anterior, pigmentação conjuntival, folículos conjuntivais, conjuntivite alérgica, e sensação estranha no olho.

Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis): irite/uveíte, sulco da pálpebra aprofundado
Em alguns doentes com lesões significativas da córnea, foram notificados muito raramente casos de calcificação da córnea associados à utilização de colírios contendo fosfato.

Doenças respiratórias
Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis): exacerbação da asma, dispneia

Afecções dos tecidos cutâneo e subcutâneos
Pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100): hipertricose palpebral
Advertências
Gravidez
Gravidez:
Gravidez:Não deve ser utilizado durante a gravidez, excepto se for claramente necessário.
Aleitamento
Aleitamento:
Aleitamento:Não deve ser usado durante o aleitamento.
Condução
Condução:
Condução:Tal como acontece com qualquer tratamento oftálmico, se a visão ficar temporariamente turva após a instilação, o doente deverá esperar até que a visão normalize antes de conduzir ou utilizar máquinas
Precauções gerais
Antes de iniciar o tratamento, os doentes deverão ser informados sobre a possibilidade de crescimento dos cílios, escurecimento da pele da pálpebra e aumento da pigmentação da íris.

Algumas destas alterações poderão ser permanentes e podem causar diferenças no aspecto entre os olhos quando apenas um olho é tratado.

A alteração na pigmentação da íris ocorre lentamente e pode não ser perceptível durante alguns meses.

A alteração da cor dos olhos foi predominantemente observada em doentes com íris de cor mista, tais como castanho-azulado, castanho-acinzentado, castanho-amarelado e castanho-esverdeado.

Em caso de tratamento unilateral, é evidente o risco de heterocromia entre os olhos para toda a vida.

Não há experiência com tafluprost em glaucoma neovascular, de ângulo fechado, de ângulo estreito ou congénito.

Existe apenas experiência limitada com tafluprost em doentes afáquicos e no glaucoma pigmentar ou pseudoexfoliactivo.

Recomenda-se precaução ao utilizar tafluprost em doentes afáquicos, pseudoafáquicos com cápsula posterior não íntegra ou com lentes de câmara anterior, ou em doentes com factores de risco conhecidos de edema macular cistóide ou irite/uveíte.

Não existe experiência em doentes com asma grave, pelo que se recomenda precaução durante o tratamento.
Cuidados com a dieta
Não interfere com alimentos e bebidas.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligue para o Centro de intoxicações.

Não é provável que ocorra sobredosagem após administração oftálmica.

Se ocorrer sobredosagem, o tratamento deverá ser sintomático.
Terapêutica interrompida
Caso se tenha esquecido de utilizar este medicamento, utilize uma única gota assim que se lembrar e depois volte à sua rotina habitual.

Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Cuidados no armazenamento
Conserve as saquetas de alumínio ainda fechadas no frigorífico (2°C – 8°C).
Após abertura da saqueta de alumínio:
Manter os recipientes unidose dentro da saqueta de alumínio original.
Não conservar acima de 25ºC.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e tolerância bacteriológica
Sem informação.
Sem efeito descrito

Tafluprost + Timolol

Observações: n.d.
Interacções: Não se prevê a ocorrência de interacções em seres humanos, visto que as concentrações sistémicas de tafluprost são extremamente reduzidas após administração oftálmica. Por conseguinte, não foram realizados estudos de interacção medicamentosa específicos com tafluprost. Em estudos clínicos, o tafluprost foi usado concomitantemente com timolol, sem evidência de interacção. - Timolol
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções do Tafluprost
Informação revista e atualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 04 de Janeiro de 2024