Insulina aspártico (solúvel + protamina)

DCI com Advertência na Gravidez
O que é
É uma insulina moderna (análogo de insulina) com um efeito de acção rápida e um efeito de acção intermédia, na razão 30/70.

As insulinas modernas são versões melhoradas da insulina humana.
Usos comuns
É utilizado para reduzir o nível elevado de açúcar no sangue nos adultos, adolescentes e crianças com 10 anos de idade ou mais, com diabetes mellitus (diabetes).

A diabetes é uma doença em que o seu corpo não produz insulina suficiente para controlar o nível de açúcar no sangue.

Pode ser usado em associação com alguns comprimidos para a diabetes.

Começará a fazer baixar o açúcar no sangue 10-20 minutos após a administração, ocorrendo um efeito máximo entre 1 e 4 horas após a injecção e o efeito dura até 24 horas.
Tipo
Sem informação.
Indicações
Tratamento da diabetes mellitus em adultos, adolescentes e crianças com idades compreendidas entre os 10 e os 17 anos.
Classificação CFT

8.4.1.2 : De acção intermédia

Mecanismo de ação
O efeito da insulina aspártico na descida da glicemia deve-se à facilidade de captação de glucose após a ligação da insulina aos receptores dos músculos e das células lipídicas, e à inibição simultânea da saída de glucose do fígado.

É uma insulina bifásica que contém 30% de insulina aspártico solúvel.

Esta tem um início de acção rápido, permitindo, desta forma, a sua administração perto de uma refeição (entre 0 a 10 minutos antes ou depois da refeição) comparativamente com a insulina humana solúvel.

A fase cristalina (70%) consiste em insulina aspártico cristalizada com protamina, que tem um perfil de actividade semelhante ao da insulina humana NPH.

Quando é injectada por via subcutânea, a sua acção terá início nos 10 a 20 minutos a seguir à injecção.

O efeito máximo é atingido entre 1 e 4 horas após a injecção.

A duração da acção é de 24 horas, no máximo.
Posologia orientativa
A potência dos análogos de insulina, incluindo a insulina aspártico, é expressa em unidades (U), enquanto que a potência da insulina humana é expressa em unidades internacionais (UI).

A posologia é individual, sendo determinada de acordo com as necessidades do doente.

A monitorização da glicemia e o ajuste das doses de insulina são recomendados para a obtenção de um ótimo controlo glicémico.

Nos doentes com diabetes tipo 2, pode ser administrada em monoterapia.

Pode, também, ser administrada em combinação com medicamentos antidiabéticos orais, quando a glicemia do doente se encontra insuficientemente controlada apenas com medicamentos antidiabéticos orais.

Para os doentes com diabetes tipo 2, a dose inicial recomendada é de 6 U ao pequeno-almoço e 6 U ao jantar (refeição da noite).

A posologia pode também ser iniciada com uma dose diária de 12 U ao jantar (refeição da noite).

Para a utilização de uma dose diária é aconselhável adotar uma posologia de duas vezes ao dia para chega às 30 unidades, dividindo a dose de forma equitativa pelo pequeno-almoço e jantar.

Se a posologia diária de duas vezes ao dia resultar em episódios hipoglicémicos recorrentes durante o dia, a dose da manhã pode ser dividida em duas, uma dose de manhã e outra ao almoço (posologia de 3 vezes ao dia).
Administração
Via subcutânea.
Contraindicações
Não utilize:
- Se tem alergia (hipersensibilidade) à insulina aspártico,
- Se suspeitar que está a entrar em hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue),
- Em bombas de perfusão de insulina.
- Se deixar cair, danificar ou partir o cartucho ou o dispositivo que contém o cartucho.
- Se tiver sido armazenado incorrectamente ou se apresentar congelado.
- Se a insulina não tiver um aspeto uniformemente branco e turvo depois de ressuspendida.
- Se, após a ressuspensão, apresentar partículas em suspensão ou se houver partículas sólidas brancas agarradas ao fundo ou às paredes do cartucho.
Efeitos indesejáveis/adversos
Efeitos secundários muito frequentes: afectam mais de 1 em cada 10 pessoas.

Nível baixo de açúcar no sangue (hipoglicemia): Ver pormenores em Outros efeitos da diabetes, abaixo.

Efeitos secundários pouco frequentes: afectam menos de 1 em cada 100 pessoas.

Sinais de alergia: Podem ocorrer reacções alérgicas locais (dor, vermelhidão, erupção na pele com comichão, inflamação, inchaço e comichão) no local da injecção.

Estas reacções desaparecem, geralmente, ao fim de algumas semanas a tomar insulina.

Se não desaparecerem, consulte o médico.

Procure auxílio médico imediatamente:

– Se os sinais de alergia se espalharem a outras partes do seu corpo, ou
– Se subitamente não se sentir bem e: começar a transpirar, começar a sentir-se mal disposto (vomitar), sentir dificuldade em respirar, tiver um batimento cardíaco rápido, sentir tonturas.

- Se notar algum destes sinais procure aconselhamento médico imediatamente.

Perturbações da visão: Quando iniciar o seu tratamento com insulina, pode sofrer perturbações da visão, mas estas perturbações são geralmente temporárias.

Alterações no local da injecção (lipodistrofia): O tecido adiposo sob a pele no local da injecção pode atrofiar (lipoatrofia) ou aumentar de espessura (lipohipertrofia).

A alteração do local de cada injecção pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver estas alterações na pele.

Se notar que a sua pele está a ficar deformada ou a ficar mais espessa no local de injecção, informe o seu médico ou enfermeiro.

Estas reacções podem agravar-se ou alterar a absorção da insulina se injectar nesse local.

Articulações inchadas: Quando começar a tomar insulina, a retenção de líquidos pode provocar inchaço nos tornozelos e noutras articulações.

De uma forma geral, esta situação desaparece rapidamente.

Retinopatia diabética (uma doença dos olhos relaciona da com a diabetes, a qual pode levar à perda da visão): Se tiver retinopatia diabética e os seus níveis de açúcar no sangue melhorarem muito rapidamente, a retinopatia pode agravar-se.

Fale com o médico sobre esta situação.

Efeitos secundários raros: afectam menos de 1 em cada 1.000 pessoas.

Neuropatia dolorosa (dor devida a lesão dos nervos).

Se o seu nível de açúcar no sangue melhorar muito rapidamente, pode sentir dores nos nervos - esta situação é designada por neuropatia dolorosa aguda, sendo, geralmente, temporária.

Efeitos secundários muito raros: afectam menos de 1 em cada 10.000 pessoas.

Reacção alérgica grave.
Advertências
Gravidez
Gravidez:
Gravidez:A dose de insulina pode ter que ser alterada durante a gravidez. É necessário um controlo cuidadoso da sua diabetes durante a gravidez.
Precauções gerais
Tome especial cuidado: Algumas situações e actividades podem afectar as suas necessidades de insulina.

Estas incluem:
- Se tiver problemas de rins ou de fígado, ou com as glândulas supra-renais, pituitária ou tiróide.

- Se está a fazer mais exercício físico do que é habitual ou se pretende alterar o tipo de alimentação, uma vez que estas situações podem alterar o seu nível de açúcar no sangue.

- Se estiver doente, continue a tomar a insulina e consulte o médico.

- Se vai fazer uma viagem ao estrangeiro, as alterações nos fusos horários podem afectar as suas necessidades de insulina e as horas a que tem que tomar a insulina.

Se estiver a planear uma viagem ao estrangeiro, consulte o médico.
Cuidados com a dieta
Se beber bebidas alcoólicas, as suas necessidades de insulina podem mudar, uma vez que o seu nível de açúcar no sangue pode aumentar ou diminuir.

É aconselhável uma vigilância cuidadosa.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência ou ligar para o Centro de intoxicações.

Não é possível definir uma sobredosagem específica para a insulina; contudo a hipoglicemia pode desenvolver-se em estadios sequenciais se forem administradas doses demasiado elevadas relativamente às necessidades do doente:

– Episódios ligeiros de hipoglicemia podem ser tratados por administração oral de glucose ou produtos açucarados.

Desta forma, recomenda-se que os doentes tragam sempre consigo alguns alimentos açucarados:

– Episódios graves de hipoglicemia, quando o doente fica inconsciente, podem ser tratados com glucagom (0,5 a 1 mg) administrado intramuscularmente ou subcutaneamente, por uma pessoa com os devidos conhecimentos, ou com glucose administrada intravenosamente por um profissional de saúde.

A glucose deve ser administrada intravenosamente se o doente não responder ao glucagom dentro de 10 ou 15 minutos.

Após ter recuperado a consciência, recomenda-se a administração oral de hidratos de carbono como forma de prevenção de recaídas.
Terapêutica interrompida
Se se esquecer de tomar a sua insulina, o seu açúcar no sangue pode ficar muito alto.

Não tome uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de tomar.
Cuidados no armazenamento
Antes da abertura inicial: Deve ser conservado no frigorífico entre 2°C a 8°C, afastado do gerador de frio.

Não congelar.

Durante a utilização ou quando transportado como sobressalente:
Se estiver a ser usado ou transportado como sobressalente, não deve ser conservado no frigorífico.

Pode transportá-lo consigo e mantê-lo à temperatura ambiente (inferior a 30°C) até um máximo de 4 semanas.

Manter sempre o cartucho dentro da embalagem exterior quando não estiver a utilizá-lo para o proteger da luz.

Deve ser protegido do calor excessivo e da luz.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e tolerância bacteriológica
Sem informação.
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Insulina aspártico (solúvel + protamina) + Antidiabéticos Orais

Observações: n.d.
Interacções: Os Antidiabéticos orais podem reduzir as necessidades de insulina do doente. - Antidiabéticos Orais
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Insulina aspártico (solúvel + protamina) + Inibidores da Monoaminoxidase (IMAO)

Observações: n.d.
Interacções: Os inibidores da monoaminoxidase ( IMAOs ) podem reduzir as necessidades de insulina do doente. - Inibidores da Monoaminoxidase (IMAO)
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Insulina aspártico (solúvel + protamina) + Bloqueadores beta-adrenérgicos (betabloqueadores)

Observações: n.d.
Interacções: Os beta-bloqueadores podem reduzir as necessidades de insulina do doente. Os beta-bloqueadores podem mascarar os sintomas de hipoglicemia. - Bloqueadores beta-adrenérgicos (betabloqueadores)
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Insulina aspártico (solúvel + protamina) + Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECAS)

Observações: n.d.
Interacções: Os inibidores da enzima de conversão da angiotensina ( IECAs ) podem reduzir as necessidades de insulina do doente. - Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECAS)
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Insulina aspártico (solúvel + protamina) + Salicilatos

Observações: n.d.
Interacções: Os salicilatos podem reduzir as necessidades de insulina do doente. - Salicilatos
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Insulina aspártico (solúvel + protamina) + Esteróides

Observações: n.d.
Interacções: Os esteróides anabolizantes podem reduzir as necessidades de insulina do doente. - Esteróides
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Insulina aspártico (solúvel + protamina) + Sulfonamidas (sulfanilamidas)

Observações: n.d.
Interacções: As sulfonamidas podem reduzir as necessidades de insulina do doente. - Sulfonamidas (sulfanilamidas)
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Insulina aspártico (solúvel + protamina) + Contraceptivos orais

Observações: n.d.
Interacções: Os Contraceptivos orais podem aumentar as necessidades de insulina do doente. - Contraceptivos orais
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Insulina aspártico (solúvel + protamina) + Diuréticos tiazídicos (Tiazidas)

Observações: n.d.
Interacções: As tiazidas podem aumentar as necessidades de insulina do doente. - Diuréticos tiazídicos (Tiazidas)
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Insulina aspártico (solúvel + protamina) + Glucocorticóides (Glicocorticoide)

Observações: n.d.
Interacções: Os Glucocorticoides podem aumentar as necessidades de insulina do doente. - Glucocorticóides (Glicocorticoide)
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Insulina aspártico (solúvel + protamina) + Hormona paratiroideia

Observações: n.d.
Interacções: As hormonas tiroideias podem aumentar as necessidades de insulina do doente. - Hormona paratiroideia
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Insulina aspártico (solúvel + protamina) + Simpaticomiméticos

Observações: n.d.
Interacções: Os simpaticomiméticos podem aumentar as necessidades de insulina do doente. - Simpaticomiméticos
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Insulina aspártico (solúvel + protamina) + Danazol

Observações: n.d.
Interacções: O danazol pode aumentar as necessidades de insulina do doente. - Danazol
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Insulina aspártico (solúvel + protamina) + Hormona do crescimento humana

Observações: n.d.
Interacções: As hormonas do crescimento podem aumentar as necessidades de insulina do doente. - Hormona do crescimento humana
Multiplos efeitos Terapêuticos/Tóxicos

Insulina aspártico (solúvel + protamina) + Octreotido

Observações: n.d.
Interacções: O octreótido/lanreótido podem aumentar ou reduzir as necessidades de insulina. - Octreotido
Multiplos efeitos Terapêuticos/Tóxicos

Insulina aspártico (solúvel + protamina) + Lanreotida

Observações: n.d.
Interacções: O octreótido/lanreótido podem aumentar ou reduzir as necessidades de insulina. - Lanreotida
Multiplos efeitos Terapêuticos/Tóxicos

Insulina aspártico (solúvel + protamina) + Álcool

Observações: n.d.
Interacções: O álcool pode intensificar ou reduzir o efeito hipoglicémico da insulina. - Álcool
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Insulina aspártico (solúvel + protamina)
Informação revista e atualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 11 de Novembro de 2021