Insulina isofânica

DCI com Advertência na Gravidez
O que é
Insulina isofano ou insulina NPH (Neutral Hagedorn Protamina) é uma insulina de acção intermediária para melhorar o controle glicémico.

É sintetizada utilizando uma estirpe de bactérias de Escherichia coli que foi geneticamente modificada para produzir insulina humana.

A suspensão isofânica de insulina humana consiste numa suspensão cristalina de insulina humana com protamina e zinco.

Esta combinação resulta numa insulina de acção intermediária, com um início mais lento de acção e maior tempo de actividade do que a insulina humana regular.
Usos comuns
Para o tratamento de doentes que sofrem de diabetes mellitus que necessitam de insulina para manter a homeostase da glucose.
Tipo
Sem informação.
Indicações
Para o tratamento de doentes que sofrem de diabetes mellitus que necessitam de insulina para manter a homeostase da glucose.
Classificação CFT

8.4.1.2 : De acção intermédia

Mecanismo de ação
A actividade principal da insulina é a regulação do metabolismo da glicose.

A insulina promove a absorção de glicose e aminoácidos em tecidos musculares e adiposos, e nos outros tecidos, excepto no cérebro e fígado.

Tem também um papel anabólico na estimulação do glicogénio, dos ácidos gordos, e na síntese de proteínas.

A insulina inibe a gluconeogénese no fígado.

A insulina liga-se ao receptor de insulina (RI), uma proteína heterotetramérica que consiste em duas unidades alfa extracelulares e duas unidades beta transmembranares.

A ligação da insulina à subunidade alfa de RI estimula a actividade de tirosina-quinase intrínseca para a subunidade beta do receptor.

O receptor ligado é capaz de fosforilar e autofosforilar numerosos substratos intracelulares, tais como substratos do receptor de insulina (IRS), a CBL, APS, Shc e Gab 1.

Essas proteínas activadas, por sua vez, levam à activação de moléculas de sinalização a jusante, incluindo PI3 quinase e Akt.

Akt regula a actividade de transportador de glucose 4 (GLUT4) e proteína cinase C (PKC), que desempenham um papel fundamental no metabolismo e catabolismo.
Posologia orientativa
Conforme prescrição médica.
Administração
Via subcutânea.
Contraindicações
Não utilize se:
Pensa que a hipoglicemia (baixa de açúcar no sangue) está a começar. Mais à frente ser-lhe-á indicado como proceder em caso de hipoglicemia ligeira.
Se tem alergia (hipersensibilidade) à insulina humana.
Efeitos indesejáveis/adversos
A insulina humana pode causar hipoglicemia (baixa de açúcar no sangue).

Efeitos secundários possíveis:
A alergia sistémica é muito rara (afecta menos de 1 pessoa em 10.000).

Os sintomas são:
Diminuição da pressão arterial
Erupção cutânea no corpo inteiro
Dificuldade em respirar
Respiração ofegante
Batimento rápido do coração
Suores.

Se pensa que está a ter este tipo de alergia com esta insulina, informe imediatamente o médico.

A alergia local é frequente (afecta menos de 1 pessoa em 10).

Algumas pessoas ficam com vermelhidão, inchaço ou comichão no local da injecção.

Isso desaparece normalmente após alguns dias ou semanas.

Lipodistrofia (pele mais espessa e com sulcos) é pouco frequente (afecta menos de 1 pessoa em 100).

Se notar que a sua pele está a ficar mais espessa ou com sulcos no local da injecção, informe o médico.

Foi notificado edema (p. ex. inchaço dos braços, tornozelos; retenção de líquidos), particularmente no início da terapêutica com insulina ou durante uma alteração na terapêutica para melhorar o controlo da glucose no sangue.
Advertências
Gravidez
Gravidez:
Gravidez:A dose de insulina pode ter que ser alterada durante a gravidez. É necessário um controlo cuidadoso da diabetes durante a gravidez.
Precauções gerais
Tome especial cuidado:
Se os seus níveis de açúcar no sangue estão bem controlados pela sua actual terapêutica com insulina pode não sentir os sintomas de alarme quando o açúcar no sangue diminuir muito.

Deve planear cuidadosamente o horário das suas refeições, a frequência com que faz exercício físico e o esforço que desenvolve.

Deve também vigiar atentamente os níveis de açúcar no sangue através de análises frequentes à glucose no sangue.

Alguns doentes que tiveram hipoglicemia (baixa de açúcar no sangue) após terem mudado de insulina animal para insulina humana comunicaram que os sintomas de alarme na fase inicial eram menos óbvios ou diferentes.

Se tiver hipoglicemia com frequência ou tiver dificuldade em reconhecê-la, por favor fale com o médico acerca disso.

Se a sua resposta é SIM a qualquer das perguntas seguintes, fale com o seu enfermeiro especialista em diabetes, com o médico, farmacêutico.

Esteve recentemente doente?
Teve problemas de rins ou fígado?
Está a fazer mais exercício físico do que o habitual?

As suas necessidades de insulina podem também alterar-se se consumir álcool.

Deve também informar o seu enfermeiro especialista em diabetes, o médico ou farmacêutico se estiver a pensar em deslocar-se ao estrangeiro.

As diferenças horárias entre os países podem levar a que tenha que administrar as injecções e tomar as refeições a horas diferentes daquelas a que estava habituado em casa.

Alguns doentes com diabetes mellitus tipo 2 há muito diagnosticada e doença cardíaca ou acidente vascular cerebral prévio, tratados com pioglitazona e insulina, desenvolveram insuficiência cardíaca.

Informe o médico o mais rapidamente possível se tiver sinais de insuficiência cardíaca tais como dificuldades respiratórias não habituais ou um rápido aumento de peso ou inchaço localizado (edema).
Cuidados com a dieta
Os seus níveis de açúcar no sangue podem descer ou subir se beber álcool.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligar para o Centro de intoxicações.

A insulina não tem uma definição específica para sobredosagem, dado que as concentrações de glucose do soro resultam de interacções complexas entre os níveis de insulina, a disponibilidade de glucose e outros processos metabólicos.

A hipoglicemia pode ocorrer como consequência de um excesso de insulina recionada com a ingestão de alimentos e dispêndio de energia.

A hipoglicemia pode estar associada à apatia, confusão, palpitações, cefaleias, sudação e vómitos.

Episódios ligeiros de hipoglicemia respondem à administração oral de glucose, ou de produtos açucarados.

Pode conseguir-se a correcção da hipoglicemia de gravidade moderada através da administração de glucagina por via intramuscular ou subcutânea, seguida pela administração oral de hidratos de carbono, quando o doente se encontrar suficientemente recuperado.

Aos doentes que não respondem à glucagina, deve ser administrada uma solução de glucose por via intravenosa.

No caso de doentes em estado de coma, deve administrar-se uma solução de glucagina por via intramuscular ou subcutânea.

No entanto, deve administrar-se uma solução de glucose por via intravenosa, se a glucagina não estiver disponível ou se o doente não responder à glucagina.

Deve dar-se uma refeição ao doente, logo que este recupere a consciência.

Pode ser necessária a ingestão de hidratos de carbono e uma observação continuada, dado que pode ocorrer hipoglicemia após uma aparente recuperação clínica.
Terapêutica interrompida
Não tome uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de tomar.
Cuidados no armazenamento
Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e tolerância bacteriológica
Sem informação.
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Insulina isofânica + Álcool

Observações: n.d.
Interacções: O álcool pode intensificar e prolongar o efeito hipoglicémico da insulina. - Álcool
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Insulina isofânica
Informação revista e atualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 12 de Abril de 2022