Naltrexona
O que é
Naltrexona é um derivado de noroximorfona que é o congénere N-ciclopropilmetil de naloxona.
A naltrexona é um medicamento usado principalmente para controlar a dependência de álcool ou opióides, reduzindo os desejos e sentimentos de euforia associados ao abuso de substâncias.
Uma pessoa dependente de opioides não deve receber naltrexona antes da desintoxicação.
A naltrexona é um medicamento usado principalmente para controlar a dependência de álcool ou opióides, reduzindo os desejos e sentimentos de euforia associados ao abuso de substâncias.
Uma pessoa dependente de opioides não deve receber naltrexona antes da desintoxicação.
Usos comuns
O cloridrato de naltrexona é utilizado em associação com outros medicamentos ou na terapêutica para ajudar as pessoas que são dependentes de drogas, como por exemplo a heroína (opiáceos), a vencerem a sua dependência.
Está indicado como terapêutica de apoio na manutenção da abstinência (auto-rejeição) em doentes dependentes de álcool.
A naltrexona actua bloqueando os receptores ao nível do cérebro com o objectivo de bloquear a acção dos opiáceos.
Os indivíduos deixam de sentir a euforia que sentiam anteriormente após tomarem opiáceos.
Está indicado como terapêutica de apoio na manutenção da abstinência (auto-rejeição) em doentes dependentes de álcool.
A naltrexona actua bloqueando os receptores ao nível do cérebro com o objectivo de bloquear a acção dos opiáceos.
Os indivíduos deixam de sentir a euforia que sentiam anteriormente após tomarem opiáceos.
Tipo
Molécula pequena.
Indicações
Para utilização como terapêutica adicional no âmbito de um programa de tratamento abrangente, que inclui orientação psicológica para doentes submetidos a desintoxicação, previamente dependentes de opiáceos e com dependência alcoólica, para apoio da abstinência.
Classificação CFT
2.13.3 : Medicamentos para o tratamento da dependência de drogas
Mecanismo de ação
A naltrexona é um antagonista opiáceo específico apenas com actividade agonista mínima.
Actua por competição estereoespecífica com receptores que estão localizados principalmente no sistema nervoso central e periférico.
A naltrexona liga-se de forma competitiva a estes receptores e bloqueia o acesso a opiáceos administrados por via exógena.
O tratamento com naltrexona não causa dependência física ou mental.
Não se observaram sinais de tolerância ao efeito antagonista opiáceo.
Naltrexona diminui o risco de recidivas e suporta a abstinência de opiáceos.
Naltrexona não constitui uma terapêutica adversa e não causa reacções após o consumo de opiáceos.
Portanto, não causa uma reacção semelhante à observada com a administração de dissulfiram.
O mecanismo de acção da naltrexona no alcoolismo não foi totalmente esclarecido, contudo suspeita-se que uma interacção com o sistema de opiáceos endógeno desempenhe um papel importante.
Admite-se a hipótese de que o consumo de álcool no homem é reforçado através de uma estimulação induzida pelo álcool do sistema de opiáceos endógeno.
A naltrexona não é uma terapêutica de aversão e não causa uma reacção negativa semelhante à observada com a administração de dissulfiram quando é ingerido álcool.
O efeito mais importante do tratamento com a naltrexona de doentes com dependência alcoólica parece ser uma diminuição do risco de recidiva total com um consumo de álcool excessivo e não controlado, após um consumo limitado.
Este efeito proporciona ao doente uma “segunda oportunidade” de escapar a mecanismos, que de outro modo se reforçam mutuamente, de uma recidiva completa com perda total de controlo.
A naltrexona também parece ter um efeito sobre a necessidade compulsiva primária, dado que não reforça o consumo isolado de quantidades limitadas de álcool.
Actua por competição estereoespecífica com receptores que estão localizados principalmente no sistema nervoso central e periférico.
A naltrexona liga-se de forma competitiva a estes receptores e bloqueia o acesso a opiáceos administrados por via exógena.
O tratamento com naltrexona não causa dependência física ou mental.
Não se observaram sinais de tolerância ao efeito antagonista opiáceo.
Naltrexona diminui o risco de recidivas e suporta a abstinência de opiáceos.
Naltrexona não constitui uma terapêutica adversa e não causa reacções após o consumo de opiáceos.
Portanto, não causa uma reacção semelhante à observada com a administração de dissulfiram.
O mecanismo de acção da naltrexona no alcoolismo não foi totalmente esclarecido, contudo suspeita-se que uma interacção com o sistema de opiáceos endógeno desempenhe um papel importante.
Admite-se a hipótese de que o consumo de álcool no homem é reforçado através de uma estimulação induzida pelo álcool do sistema de opiáceos endógeno.
A naltrexona não é uma terapêutica de aversão e não causa uma reacção negativa semelhante à observada com a administração de dissulfiram quando é ingerido álcool.
O efeito mais importante do tratamento com a naltrexona de doentes com dependência alcoólica parece ser uma diminuição do risco de recidiva total com um consumo de álcool excessivo e não controlado, após um consumo limitado.
Este efeito proporciona ao doente uma “segunda oportunidade” de escapar a mecanismos, que de outro modo se reforçam mutuamente, de uma recidiva completa com perda total de controlo.
A naltrexona também parece ter um efeito sobre a necessidade compulsiva primária, dado que não reforça o consumo isolado de quantidades limitadas de álcool.
Posologia orientativa
Conforme prescrição médica.
Administração
Via oral.
O tratamento com naltrexona deve ser iniciado e supervisionado por médicos com a qualificação adequada.
O tratamento com naltrexona deve ser iniciado e supervisionado por médicos com a qualificação adequada.
Contraindicações
- Hipersensibilidade à Naltrexona.
- Compromisso renal grave.
- Compromisso hepático grave.
- Hepatite aguda.
- Doentes dependentes de opiáceos, com abuso actual de opiáceos, devido à possível ocorrência de uma síndrome de abstinência aguda.
- Resultado de rastreio positivo para opiáceos ou após falha do teste de provocação com naloxona.
- Utilização concomitante com medicamentos contendo opiáceos.
- Em associação com metadona.
- Compromisso renal grave.
- Compromisso hepático grave.
- Hepatite aguda.
- Doentes dependentes de opiáceos, com abuso actual de opiáceos, devido à possível ocorrência de uma síndrome de abstinência aguda.
- Resultado de rastreio positivo para opiáceos ou após falha do teste de provocação com naloxona.
- Utilização concomitante com medicamentos contendo opiáceos.
- Em associação com metadona.
Efeitos indesejáveis/adversos
Se notar algum dos seguintes efeitos, pare de tomar Naltrexona e contacte o seu médico imediatamente:
- Dor abdominal com duração superior a alguns dias;
- Fezes brancas;
- Urina escura;
- Olhos amarelados.
Estes podem ser sinais de que o seu fígado não está a funcionar bem.
Se notar algum dos seguintes efeitos, fale com o médico imediatamente:
- Inchaço da face, lábios ou língua;
- Erupção na pele;
- Dificuldade em respirar.
Estes podem ser sinais de uma reacção alérgica.
Muito frequentes (podem afectar mais do que 1 em 10 pessoas)
- Dificuldade em dormir;
- Ansiedade ou nervosismo;
- Cãibras abdominais e dor;
- Sensação de mal-estar e/ou de doença;
- Falta de energia ou força;
- Dor nas articulações e/ou nos músculos;
- Dor de cabeça;
- Batimento cardíaco rápido ou irregular;
- Agitação.
Frequentes (podem afectar até 1 em 10 pessoas)
- Irritabilidade;
- Alterações de humor;
- Aumento da energia;
- Desânimo;
- Tonturas;
- Arrepios;
- Sudação aumentada ou excessiva;
- Vertigens;
- Aumento da lacrimação;
- Aumento do batimento cardíaco;
- Palpitações;
- Alterações no electrocardiograma;
- Dor no peito;
- Diarreia;
- Obstipação (prisão de ventre);
- Erupção na pele;
- Retenção urinária;
- Ejaculação retardada;
- Disfunção erétil;
- Falta de apetite;
- Sede;
- Aumento da energia;
- Calafrios.
Pouco frequentes (podem afectar até 1 em 100 pessoas)
- Algumas infecções (p. ex.: herpes oral, tinea pedis);
- Nódulos linfáticos inchados/aumentados;
- Alucinações;
- Confusão;
- Depressão;
- Paranoia;
- Desorientação;
- Pesadelos;
- Agitação;
- Diminuição da líbido;
- Sonhos anormais;
- Tremores;
- Sonolência;
- Visão turva;
- Irritação no olho;
- Intolerância anormal à luz;
- Inchaço dos olhos;
- Dor no olho;
- Lesão no olho;
- Desconforto no ouvido;
- Dor no ouvido;
- Zumbido no ouvido;
- Vertigens;
- Flutuações da pressão sanguínea;
- Rubor;
- Congestão e desconforto nasal;
- Espirros;
- Aumento da expectoração;
- Perturbações dos seios nasais;
- Perturbações da voz;
- Falta de ar/dificuldade em respirar;
- Tosse;
- Bocejos;
- Corrimento nasal;
- Flatulência;
- Hemorroidas;
- Úlcera;
- Boca seca;
- Afecções do fígado (incluindo inflamação do fígado);
- Aumento das enzimas do fígado;
- Pele oleosa;
- Comichão;
- Acne;
- Queda de cabelo;
- Dor na virilha;
- Aumento da urina;
- Inflamação da bexiga;
- Aumento do apetite;
- Perda de peso;
- Aumento de peso;
- Febre;
- Dor;
- Arrefecimento das mãos e dos pés;
- Sensação de calor.
Raros (podem afectar até 1 em 1.000 pessoas)
- Pensamentos suicidas;
- Tentativa de suicidio;
- Perturbações do sangue;
- Perturbações da fala.
Muito raros (podem afectar até 1 em 10.000 pessoas)
- Euforia;
- Erupção da pele;
- Lesões nos músculos esqueléticos.
- Dor abdominal com duração superior a alguns dias;
- Fezes brancas;
- Urina escura;
- Olhos amarelados.
Estes podem ser sinais de que o seu fígado não está a funcionar bem.
Se notar algum dos seguintes efeitos, fale com o médico imediatamente:
- Inchaço da face, lábios ou língua;
- Erupção na pele;
- Dificuldade em respirar.
Estes podem ser sinais de uma reacção alérgica.
Muito frequentes (podem afectar mais do que 1 em 10 pessoas)
- Dificuldade em dormir;
- Ansiedade ou nervosismo;
- Cãibras abdominais e dor;
- Sensação de mal-estar e/ou de doença;
- Falta de energia ou força;
- Dor nas articulações e/ou nos músculos;
- Dor de cabeça;
- Batimento cardíaco rápido ou irregular;
- Agitação.
Frequentes (podem afectar até 1 em 10 pessoas)
- Irritabilidade;
- Alterações de humor;
- Aumento da energia;
- Desânimo;
- Tonturas;
- Arrepios;
- Sudação aumentada ou excessiva;
- Vertigens;
- Aumento da lacrimação;
- Aumento do batimento cardíaco;
- Palpitações;
- Alterações no electrocardiograma;
- Dor no peito;
- Diarreia;
- Obstipação (prisão de ventre);
- Erupção na pele;
- Retenção urinária;
- Ejaculação retardada;
- Disfunção erétil;
- Falta de apetite;
- Sede;
- Aumento da energia;
- Calafrios.
Pouco frequentes (podem afectar até 1 em 100 pessoas)
- Algumas infecções (p. ex.: herpes oral, tinea pedis);
- Nódulos linfáticos inchados/aumentados;
- Alucinações;
- Confusão;
- Depressão;
- Paranoia;
- Desorientação;
- Pesadelos;
- Agitação;
- Diminuição da líbido;
- Sonhos anormais;
- Tremores;
- Sonolência;
- Visão turva;
- Irritação no olho;
- Intolerância anormal à luz;
- Inchaço dos olhos;
- Dor no olho;
- Lesão no olho;
- Desconforto no ouvido;
- Dor no ouvido;
- Zumbido no ouvido;
- Vertigens;
- Flutuações da pressão sanguínea;
- Rubor;
- Congestão e desconforto nasal;
- Espirros;
- Aumento da expectoração;
- Perturbações dos seios nasais;
- Perturbações da voz;
- Falta de ar/dificuldade em respirar;
- Tosse;
- Bocejos;
- Corrimento nasal;
- Flatulência;
- Hemorroidas;
- Úlcera;
- Boca seca;
- Afecções do fígado (incluindo inflamação do fígado);
- Aumento das enzimas do fígado;
- Pele oleosa;
- Comichão;
- Acne;
- Queda de cabelo;
- Dor na virilha;
- Aumento da urina;
- Inflamação da bexiga;
- Aumento do apetite;
- Perda de peso;
- Aumento de peso;
- Febre;
- Dor;
- Arrefecimento das mãos e dos pés;
- Sensação de calor.
Raros (podem afectar até 1 em 1.000 pessoas)
- Pensamentos suicidas;
- Tentativa de suicidio;
- Perturbações do sangue;
- Perturbações da fala.
Muito raros (podem afectar até 1 em 10.000 pessoas)
- Euforia;
- Erupção da pele;
- Lesões nos músculos esqueléticos.
Advertências
Gravidez:A naltrexona só deve ser administrada a mulheres grávidas quando, de acordo com o critério do médico assistente, os potenciais benefícios superam o risco possível.
Aleitamento:A amamentação não é recomendada durante o tratamento.
Condução:A naltrexona pode comprometer a capacidade mental e/ou psíquica necessárias para o desempenho de tarefas potencialmente perigosas, tais como conduzir veículos ou manipular máquinas.
Precauções gerais
De acordo com as normas nacionais, a terapêutica deve ser iniciada e supervisionada por um médico com experiência no tratamento de doentes com dependência de opiáceos e álcool.
O consumo de opiáceos em doses elevadas, em concomitância com o tratamento com naltrexona, pode causar uma intoxicação por opiáceos potencialmente fatal, resultante de compromisso circulatório e respiratório.
Pode ocorrer subitamente uma síndrome de abstinência no caso de utilização de naltrexona em doentes dependentes de opiáceos: os primeiros sintomas podem iniciar-se 5 minutos depois da administração, e os últimos após 48 horas.
O tratamento dos sintomas de abstinência é sintomático.
Não é pouco frequente que indivíduos que abusam de álcool apresentem sinais de uma função hepática comprometida.
Foram notificados parâmetros anormais dos testes da função hepática em doentes idosos e obesos a receber tratamento com naltrexona em doses mais elevadas do que as recomendadas (até 300 mg/dia).
Devem ser efectuados controlos da função hepática antes e durante o tratamento.
Deve prestar-se especial atenção a doentes com níveis séricos das enzimas hepáticas três vezes superiores ao valor normal e a doentes com compromisso renal.
Foram notificadas alterações nos testes da função hepática em doentes obesos e idosos a tomar naltrexona sem história de abuso de drogas.
Devem ser realizados testes à função hepática antes e durante o tratamento.
Os doentes devem ser advertidos contra a utilização concomitante de opiáceos (p.ex., opiáceos em medicamentos antitússicos, opiáceos na medicação sintomática para tratamento de constipações, ou opiáceos incluídos em antidiarreicos, etc.) durante o tratamento com naltrexona.
O tratamento com naltrexona deve ser apenas iniciado quando o opiáceo tiver sido suspenso por um período de tempo suficientemente longo (cerca de 5 a 7 dias para a heroína e pelo menos 10 dias para a metadona).
Se o doente necessitar de um tratamento com opiáceos, como por exemplo, analgesia ou anestesia com opiáceos em situações de emergência, a dose necessária poderá ser mais elevada do que a normal.
Nestes casos, a depressão respiratória e os efeitos circulatórios serão mais profundos e prolongados.
Os sintomas relacionados com a libertação de histamina (eritema generalizado, diaforese, prurido e outras manifestações cutâneas e mucocutâneas) também se podem manifestar mais facilmente.
O doente requer, nestas situações, uma atenção e cuidados específicos.
Durante o tratamento com naltrexona, as condições dolorosas devem ser tratadas apenas com analgésicos não opiáceos.
Os doentes devem ser advertidos de que doses elevadas de opiáceos para superar o bloqueio podem, após cessação da naltrexona, resultar numa sobredosagem aguda com opiáceos, com possível evolução fatal.
Os doentes podem apresentar-se mais sensíveis a medicamentos com opiáceos após o tratamento com naltrexona.
Os doentes com suspeita de utilizarem ou de serem dependentes de opiáceos devem ser submetidos a um teste de provocação com naloxona, a menos que se possa verificar que o doente não tomou nenhum opiáceo durante 7 a 10 dias (análise à urina) antes do início do tratamento com naltrexona.
Uma síndrome de abstinência precipitada pela naloxona terá uma duração mais curta do que a abstinência precipitada pela naltrexona.
O procedimento recomendado é o seguinte:
Provocação intravenosa
- injecção intravenosa de 0,2 mg de naloxona
- Se após 30 segundos não ocorrerem reacções adversas, pode administrar-se mais uma injecção intravenosa de 0,6 mg de naloxona.
- O doente deve ser mantido sob observação contínua durante 30 minutos para detecção de sinais e de sintomas de abstinência.
A terapêutica com naltrexona não deve ser instituída caso ocorram quaisquer sintomas de abstinência.
Se o resultado do teste for negativo, o tratamento pode ser iniciado.
Sempre que exista qualquer dúvida relativamente ao facto de o doente estar livre de opiáceos, pode repetir-se a provocação com uma dose de 1,6 mg.
Se após este teste não ocorrer nenhuma reacção, podem administrar-se 25 mg de cloridrato de naltrexona ao doente.
O teste de provocação com cloridrato de naloxona não deve ser efectuado em doentes com
sintomas de abstinência clinicamente evidentes, nem em nenhum caso de análise à urina positiva para opiáceos.
A naltrexona é extensamente metabolizada pelo fígado e é excretada principalmente na urina.
Por conseguinte, devem tomar-se precauções ao administrar-se o medicamento a doentes com compromisso hepático ou renal.
Devem ser efectuadas provas da função hepática antes e durante o tratamento.
É conhecido que o risco de suicídio aumenta em toxicodependentes, com ou sem depressão concomitante.
O tratamento com Naltrexona não elimina este risco.
O consumo de opiáceos em doses elevadas, em concomitância com o tratamento com naltrexona, pode causar uma intoxicação por opiáceos potencialmente fatal, resultante de compromisso circulatório e respiratório.
Pode ocorrer subitamente uma síndrome de abstinência no caso de utilização de naltrexona em doentes dependentes de opiáceos: os primeiros sintomas podem iniciar-se 5 minutos depois da administração, e os últimos após 48 horas.
O tratamento dos sintomas de abstinência é sintomático.
Não é pouco frequente que indivíduos que abusam de álcool apresentem sinais de uma função hepática comprometida.
Foram notificados parâmetros anormais dos testes da função hepática em doentes idosos e obesos a receber tratamento com naltrexona em doses mais elevadas do que as recomendadas (até 300 mg/dia).
Devem ser efectuados controlos da função hepática antes e durante o tratamento.
Deve prestar-se especial atenção a doentes com níveis séricos das enzimas hepáticas três vezes superiores ao valor normal e a doentes com compromisso renal.
Foram notificadas alterações nos testes da função hepática em doentes obesos e idosos a tomar naltrexona sem história de abuso de drogas.
Devem ser realizados testes à função hepática antes e durante o tratamento.
Os doentes devem ser advertidos contra a utilização concomitante de opiáceos (p.ex., opiáceos em medicamentos antitússicos, opiáceos na medicação sintomática para tratamento de constipações, ou opiáceos incluídos em antidiarreicos, etc.) durante o tratamento com naltrexona.
O tratamento com naltrexona deve ser apenas iniciado quando o opiáceo tiver sido suspenso por um período de tempo suficientemente longo (cerca de 5 a 7 dias para a heroína e pelo menos 10 dias para a metadona).
Se o doente necessitar de um tratamento com opiáceos, como por exemplo, analgesia ou anestesia com opiáceos em situações de emergência, a dose necessária poderá ser mais elevada do que a normal.
Nestes casos, a depressão respiratória e os efeitos circulatórios serão mais profundos e prolongados.
Os sintomas relacionados com a libertação de histamina (eritema generalizado, diaforese, prurido e outras manifestações cutâneas e mucocutâneas) também se podem manifestar mais facilmente.
O doente requer, nestas situações, uma atenção e cuidados específicos.
Durante o tratamento com naltrexona, as condições dolorosas devem ser tratadas apenas com analgésicos não opiáceos.
Os doentes devem ser advertidos de que doses elevadas de opiáceos para superar o bloqueio podem, após cessação da naltrexona, resultar numa sobredosagem aguda com opiáceos, com possível evolução fatal.
Os doentes podem apresentar-se mais sensíveis a medicamentos com opiáceos após o tratamento com naltrexona.
Os doentes com suspeita de utilizarem ou de serem dependentes de opiáceos devem ser submetidos a um teste de provocação com naloxona, a menos que se possa verificar que o doente não tomou nenhum opiáceo durante 7 a 10 dias (análise à urina) antes do início do tratamento com naltrexona.
Uma síndrome de abstinência precipitada pela naloxona terá uma duração mais curta do que a abstinência precipitada pela naltrexona.
O procedimento recomendado é o seguinte:
Provocação intravenosa
- injecção intravenosa de 0,2 mg de naloxona
- Se após 30 segundos não ocorrerem reacções adversas, pode administrar-se mais uma injecção intravenosa de 0,6 mg de naloxona.
- O doente deve ser mantido sob observação contínua durante 30 minutos para detecção de sinais e de sintomas de abstinência.
A terapêutica com naltrexona não deve ser instituída caso ocorram quaisquer sintomas de abstinência.
Se o resultado do teste for negativo, o tratamento pode ser iniciado.
Sempre que exista qualquer dúvida relativamente ao facto de o doente estar livre de opiáceos, pode repetir-se a provocação com uma dose de 1,6 mg.
Se após este teste não ocorrer nenhuma reacção, podem administrar-se 25 mg de cloridrato de naltrexona ao doente.
O teste de provocação com cloridrato de naloxona não deve ser efectuado em doentes com
sintomas de abstinência clinicamente evidentes, nem em nenhum caso de análise à urina positiva para opiáceos.
A naltrexona é extensamente metabolizada pelo fígado e é excretada principalmente na urina.
Por conseguinte, devem tomar-se precauções ao administrar-se o medicamento a doentes com compromisso hepático ou renal.
Devem ser efectuadas provas da função hepática antes e durante o tratamento.
É conhecido que o risco de suicídio aumenta em toxicodependentes, com ou sem depressão concomitante.
O tratamento com Naltrexona não elimina este risco.
Cuidados com a dieta
A ingestão de alimentos e bebidas não interfere com o seu tratamento com Naltrexona.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligue para o Centro de intoxicações.
Sintomas
- A experiência clínica com a sobredosagem com naltrexona em doentes é limitada.
- Não existe qualquer evidência de toxicidade em voluntários que receberam 800 mg/dia durante sete dias.
Tratamento
- No caso de sobredosagem, os doentes devem ser monitorizados e tratados sintomaticamente num ambiente supervisionado de forma estrita.
Sintomas
- A experiência clínica com a sobredosagem com naltrexona em doentes é limitada.
- Não existe qualquer evidência de toxicidade em voluntários que receberam 800 mg/dia durante sete dias.
Tratamento
- No caso de sobredosagem, os doentes devem ser monitorizados e tratados sintomaticamente num ambiente supervisionado de forma estrita.
Terapêutica interrompida
Uma dose esquecida pode ser corrigida pela administração de 1 comprimido por dia até à dose seguinte habitual.
Cuidados no armazenamento
Comprimidos: Este medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.
Solução oral: Não conservar acima de 25ºC.
Este medicamento é armazenado em meio hospitalar.
Solução oral: Não conservar acima de 25ºC.
Este medicamento é armazenado em meio hospitalar.
Espectro de susceptibilidade e tolerância bacteriológica
Sem informação.
Naltrexona + Opiáceos (opióides)
Observações: n.d.Interacções: A administração concomitante de naltrexona com medicação que contenha opiáceos deve ser evitada. Associação não recomendada: Derivados dos opiáceos (analgésicos, antitússicos, tratamentos de substituição), antihipertensivos de acção central (alfa-metildopa). A administração concomitante de naltrexona com medicação que contenha opiáceos deve ser evitada. - Opiáceos (opióides)
Codeína + Naltrexona
Observações: n.d.Interacções: A codeína também interatua com a buprenorfina e a naltrexona. - Naltrexona
Levorfanol + Naltrexona
Observações: n.d.Interacções: Alguns medicamentos podem interagir com levorfanol. Naltrexona ou agonista / antagonista narcótico (por exemplo, pentazocina) porque a eficácia do levorfanol pode ser diminuída. - Naltrexona
Oxicodona + Naloxona + Naltrexona
Observações: Não foram realizados estudos de interacção em adultos.Interacções: Nas concentrações terapêuticas, não é de esperar que Oxicodona / Naloxona apresente interacções clinicamente relevantes com outras substâncias activas concomitantemente administradas e metabolizadas pelos isómeros do CYP, CYP1A2, CYP2A6, CYP2C9/19, CYP2D6, CYP2E1 e CYP3A4. Adicionalmente, é mínima a possibilidade de ocorrência de interacções clinicamente relevantes entre o paracetamol, o ácido acetilsalicílico ou a naltrexona e a combinação de oxicodona e naloxona nas concentrações terapêuticas. - Naltrexona
Morfina + Naltrexona
Observações: n.d.Interacções: Associações desaconselhadas: Naltrexona: Risco de diminuição do efeito analgésico. Se necessário aumentar as doses do derivado da morfina. - Naltrexona
Buprenorfina + Naloxona + Naltrexona
Observações: n.d.Interacções: Além disso, pode ser difícil alcançar um estado de analgesia adequado quando são administrados agonistas opiáceos totais em doentes tratados com buprenorfina/naloxona. Existe portanto a possibilidade de ocorrer uma sobredosagem com um agonista total, especialmente se se tentar controlar os efeitos do agonista parcial da buprenorfina ou se os níveis de buprenorfina no plasma estiverem a diminuir. A naltrexona é um antagonista opiáceo que pode bloquear os efeitos farmacológicos da buprenorfina. A sua administração concomitante durante tratamentos com buprenorfina/naloxona deve ser evitada ao máximo devido à potencial interacção perigosa que pode precipitar o aparecimento repentino de sintomas intensos e prolongados de abstinência de opiáceos. - Naltrexona
Naltrexona + Outros medicamentos
Observações: n.d.Interacções: Presentemente, a experiência clínica e os dados experimentais sobre o efeito da naltrexona na farmacocinética de outras substâncias são limitados. O tratamento concomitante com naltrexona e outros medicamentos deve ser realizado com precaução e deve ser seguido cuidadosamente. Não foram realizados estudos de interacção. Estudos in vitro revelaram que tanto a naltrexona como o seu principal metabólito 6-ß- naltrexol não são metabolizados através das enzimas CYP450 humanas. Portanto, é improvável que a farmacocinética da naltrexona seja afetada por fármacos que inibem as enzimas do citocromo P450. - Outros medicamentos
Naltrexona + Analgésicos
Observações: n.d.Interacções: Associação não recomendada: Derivados dos opiáceos (analgésicos, antitússicos, tratamentos de substituição), antihipertensivos de acção central (alfa-metildopa). A administração concomitante de naltrexona com medicação que contenha opiáceos deve ser evitada. - Analgésicos
Naltrexona + Antitússicos
Observações: n.d.Interacções: Associação não recomendada: Derivados dos opiáceos (analgésicos, antitússicos, tratamentos de substituição), antihipertensivos de acção central (alfa-metildopa). A administração concomitante de naltrexona com medicação que contenha opiáceos deve ser evitada. - Antitússicos
Naltrexona + Anti-hipertensores
Observações: n.d.Interacções: Associação não recomendada: Derivados dos opiáceos (analgésicos, antitússicos, tratamentos de substituição), antihipertensivos de acção central (alfa-metildopa). A administração concomitante de naltrexona com medicação que contenha opiáceos deve ser evitada. - Anti-hipertensores
Naltrexona + Metadona
Observações: n.d.Interacções: Associação não recomendada: Metadona no tratamento de substituição: Existe um risco de síndrome de abstinência. - Metadona
Naltrexona + Barbitúricos
Observações: n.d.Interacções: Associações a ter em consideração: Barbitúricos, benzodiazepinas, ansiolíticos que não benzodiazepinas (i.e. meprobamato), hipnóticos, antidepressivos sedativos (amitriptilina, doxepina, mianserina, trimipramina), Anti-histamínicos H1 sedativos, neurolépticos (droperidol). - Barbitúricos
Naltrexona + Benzodiazepinas
Observações: n.d.Interacções: Associações a ter em consideração: Barbitúricos, benzodiazepinas, ansiolíticos que não benzodiazepinas (i.e. meprobamato), hipnóticos, antidepressivos sedativos (amitriptilina, doxepina, mianserina, trimipramina), Anti-histamínicos H1 sedativos, neurolépticos (droperidol). A interacção com outros psicofármacos (ex., dissulfiram, amitriptilina, doxepina, lítio, clozapina, benzodiazepinas) não foi investigada. - Benzodiazepinas
Naltrexona + Ansiolíticos
Observações: n.d.Interacções: Associações a ter em consideração: Barbitúricos, benzodiazepinas, ansiolíticos que não benzodiazepinas (i.e. meprobamato), hipnóticos, antidepressivos sedativos (amitriptilina, doxepina, mianserina, trimipramina), Anti-histamínicos H1 sedativos, neurolépticos (droperidol). - Ansiolíticos
Naltrexona + Meprobamato
Observações: n.d.Interacções: Associações a ter em consideração: Barbitúricos, benzodiazepinas, ansiolíticos que não benzodiazepinas (i.e. meprobamato), hipnóticos, antidepressivos sedativos (amitriptilina, doxepina, mianserina, trimipramina), Anti-histamínicos H1 sedativos, neurolépticos (droperidol). - Meprobamato
Naltrexona + Hipnóticos
Observações: n.d.Interacções: Associações a ter em consideração: Barbitúricos, benzodiazepinas, ansiolíticos que não benzodiazepinas (i.e. meprobamato), hipnóticos, antidepressivos sedativos (amitriptilina, doxepina, mianserina, trimipramina), Anti-histamínicos H1 sedativos, neurolépticos (droperidol). - Hipnóticos
Naltrexona + Sedativos
Observações: n.d.Interacções: Associações a ter em consideração: Barbitúricos, benzodiazepinas, ansiolíticos que não benzodiazepinas (i.e. meprobamato), hipnóticos, antidepressivos sedativos (amitriptilina, doxepina, mianserina, trimipramina), Anti-histamínicos H1 sedativos, neurolépticos (droperidol). - Sedativos
Naltrexona + Amitriptilina
Observações: n.d.Interacções: Associações a ter em consideração: Barbitúricos, benzodiazepinas, ansiolíticos que não benzodiazepinas (i.e. meprobamato), hipnóticos, antidepressivos sedativos (amitriptilina, doxepina, mianserina, trimipramina), Anti-histamínicos H1 sedativos, neurolépticos (droperidol). A interacção com outros psicofármacos (ex., dissulfiram, amitriptilina, doxepina, lítio, clozapina, benzodiazepinas) não foi investigada. - Amitriptilina
Naltrexona + Doxepina
Observações: n.d.Interacções: Associações a ter em consideração: Barbitúricos, benzodiazepinas, ansiolíticos que não benzodiazepinas (i.e. meprobamato), hipnóticos, antidepressivos sedativos (amitriptilina, doxepina, mianserina, trimipramina), Anti-histamínicos H1 sedativos, neurolépticos (droperidol). A interacção com outros psicofármacos (ex., dissulfiram, amitriptilina, doxepina, lítio, clozapina, benzodiazepinas) não foi investigada. - Doxepina
Naltrexona + Mianserina
Observações: n.d.Interacções: Associações a ter em consideração: Barbitúricos, benzodiazepinas, ansiolíticos que não benzodiazepinas (i.e. meprobamato), hipnóticos, antidepressivos sedativos (amitriptilina, doxepina, mianserina, trimipramina), Anti-histamínicos H1 sedativos, neurolépticos (droperidol). - Mianserina
Naltrexona + Trimipramina
Observações: n.d.Interacções: Associações a ter em consideração: Barbitúricos, benzodiazepinas, ansiolíticos que não benzodiazepinas (i.e. meprobamato), hipnóticos, antidepressivos sedativos (amitriptilina, doxepina, mianserina, trimipramina), Anti-histamínicos H1 sedativos, neurolépticos (droperidol). - Trimipramina
Naltrexona + Anti-histamínicos
Observações: n.d.Interacções: Associações a ter em consideração: Barbitúricos, benzodiazepinas, ansiolíticos que não benzodiazepinas (i.e. meprobamato), hipnóticos, antidepressivos sedativos (amitriptilina, doxepina, mianserina, trimipramina), Anti-histamínicos H1 sedativos, neurolépticos (droperidol). - Anti-histamínicos
Naltrexona + Neurolépticos
Observações: n.d.Interacções: Associações a ter em consideração: Barbitúricos, benzodiazepinas, ansiolíticos que não benzodiazepinas (i.e. meprobamato), hipnóticos, antidepressivos sedativos (amitriptilina, doxepina, mianserina, trimipramina), Anti-histamínicos H1 sedativos, neurolépticos (droperidol). - Neurolépticos
Naltrexona + Droperidol
Observações: n.d.Interacções: Associações a ter em consideração: Barbitúricos, benzodiazepinas, ansiolíticos que não benzodiazepinas (i.e. meprobamato), hipnóticos, antidepressivos sedativos (amitriptilina, doxepina, mianserina, trimipramina), Anti-histamínicos H1 sedativos, neurolépticos (droperidol). - Droperidol
Naltrexona + Acamprosato
Observações: n.d.Interacções: Associações a ter em consideração: Dados obtidos de um estudo sobre a segurança e a tolerabilidade da administração concomitante de naltrexona com acamprosato em doentes com dependência alcoólica que não desejam receber tratamento, revelaram que a administração de naltrexona aumentou significativamente o nível plasmático de acamprosato. - Acamprosato
Naltrexona + Psicotrópicos (psicofármacos)
Observações: n.d.Interacções: Associações a ter em consideração: A interacção com outros psicofármacos (ex., dissulfiram, amitriptilina, doxepina, lítio, clozapina, benzodiazepinas) não foi investigada. - Psicotrópicos (psicofármacos)
Naltrexona + Dissulfiram
Observações: n.d.Interacções: Associações a ter em consideração: A interacção com outros psicofármacos (ex., dissulfiram, amitriptilina, doxepina, lítio, clozapina, benzodiazepinas) não foi investigada. - Dissulfiram
Naltrexona + Lítio
Observações: n.d.Interacções: Associações a ter em consideração: A interacção com outros psicofármacos (ex., dissulfiram, amitriptilina, doxepina, lítio, clozapina, benzodiazepinas) não foi investigada. - Lítio
Naltrexona + Clozapina
Observações: n.d.Interacções: Associações a ter em consideração: A interacção com outros psicofármacos (ex., dissulfiram, amitriptilina, doxepina, lítio, clozapina, benzodiazepinas) não foi investigada. - Clozapina
Naltrexona + Cocaina
Observações: n.d.Interacções: Associações a ter em consideração: Até à data não foi descrita nenhuma interacção entre a cocaína e o cloridrato de naltrexona. - Cocaina
Naltrexona + Álcool
Observações: n.d.Interacções: Não existem interacções conhecidas entre a naltrexona e o álcool. - Álcool
Naltrexona + Terapêutica de substituição
Observações: n.d.Interacções: Associação não recomendada: Derivados dos opiáceos (analgésicos, antitússicos, tratamentos de substituição), antihipertensivos de acção central (alfa-metildopa). A administração concomitante de naltrexona com medicação que contenha opiáceos deve ser evitada. - Terapêutica de substituição
Metadona + Naltrexona
Observações: n.d.Interacções: interacções farmacodinâmicas: Antagonistas dos opioides: A Naloxona e a Naltrexona neutralizam os efeitos da metadona e induzem a abstinência. Da mesma forma, a buprenorfina pode provocar sintomas de abstinência. - Naltrexona
Paracetamol + Ópio + Cafeína + Naltrexona
Observações: n.d.Interacções: RELACIONADO AO ÓPIO Associações contra-indicadas Morfinas antagonistas parciais (naltrexona, nalmefeno): Risco de redução do efeito analgésico. - Naltrexona
Informação revista e atualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 04 de Janeiro de 2024