Cefoxitina

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento
O que é
A cefoxitina é um antibiótico de cefamicina de segunda geração.
Foi sintetizado para criar um antibiótico com um espectro mais amplo.
Geralmente, é agrupada com as cefalosporinas de segunda geração.
Usos comuns
Cefoxitina é um antibiótico bactericida semi-sintético de largo espectro.

Pertence ao grupo das cefalosporinas de 2ª geração indicada para o tratamento de infecções provocadas por micro-organismos sensíveis, nomeadamente em caso de:
– infecções do tracto respiratório;
– infecções do tracto genital feminino;
– infecções do tracto urinário, incluindo gonorreia não complicada;
– infecções osteoarticulares;
– infecções da pele e tecidos moles.

Cefoxitina está ainda indicada na prevenção de certas infecções pós-operatórias, em doentes a submeter a intervenções cirúrgicas em que se registe contaminação ou em que ela seja possível ou sempre que a ocorrência de infecção pós-operatória seja especialmente perigosa.
Tipo
Molécula pequena.
Indicações
A Cefoxitina está indicada no tratamento das seguintes infecções (quando provocadas por micro-organismos sensíveis:
- infecções do tracto respiratório;
- infecções do tracto genital feminino;
- infecções do tracto urinário, incluindo gonorreia não complicada;
- infecções osteoarticulares;
- infecções da pele e tecidos moles.

A Cefoxitina está indicada na prevenção de certas infecções pós-operatórias, em doentes a submeter a intervenções cirúrgicas em que se registe contaminacção ou em que esta seja possível, ou sempre que a ocorrência de infecção pós-operatória seja especialmente perigosa.
Classificação CFT

1.1.2.2 : Cefalosporinas de 2ª geração

Mecanismo de ação
A Cefoxitina é um antibiótico bactericida semi-sintético de largo espectro para administração parentérica.
É activo contra bactérias patogénicas gram-positivas e gram-negativas, tanto aeróbias como anaeróbias.
Inibe a síntese do mucopéptido da parede da célula bacteriana.

A análise das experiências clínicas com este antibiótico revelou uma alta correlação entre os resultados dos testes de sensibilidade “in vitro” para cefoxitina, a sua eficácia bacteriológica no homem, bem como a sua eficácia clínica.

A cefoxitina é activa contra os seguintes micro-organismos (“in vitro”):

Bactérias aeróbicas
Cocos gram-positivos, nomeadamente:
– Estafilococos (incluindo estirpes coagulase positivas, coagulase negativas e produtoras de penicilinase);
– Estreptococos beta-hemolíticos do grupo A (Streptococcus pyogenes); estreptococos beta-hemolíticos do grupo B (Streptococcus agalatiae); Streptococcus pneumoniae
(Diplococcus pneumoniae).
Outros estreptococos (excepto os do grupo D, incluindo os enterococos de que a maioria das estirpes é resistente, por exemplo Streptococcus faecalis).

Cocos gram-negativos, nomeadamente:
– Neisseria gonorrhoeae (incluindo estirpes produtoras de penicilinase); Neisseria meningitidis.

Bacilos gram-negativos (anaeróbios facultativos), incluindo:
– Escherischia coli; Klebsiella pneumoniae; Klebsiella spp; Proteus mirabilis; proteus indol positivos – Proteus vulgaris, Proteus rettgeri, Proteus morganii, Haemophilus influenzae, Serratia marscescens, Providencia spp, Salmonella e Shigella spp.

Bactérias anaeróbias
Cocos gram-positivos incluindo:
– Peptococcus spp; Peptostreptococcus spp; Streptococcus microaerofílicos.

Bacilos gram-positivos incluindo:
– Clostridium perfringens; Clostridium spp; Eubacterium spp; Propionibacterium acnes.

Cocos gram-negativos incluindo:
– Vellonella spp.

Bacilos gram-negativos, nomeadamente:
– Bacteróides fragilis; Bacteróides melaninogenicus; Bacteróides spp (incluindo estirpes tanto penicilino-sensíveis como penicilino-resistentes); Fusobacterium spp.

A cefoxitina é activa contra algumas estirpes das seguintes bactérias:
– Acinetobacter calcoaceticus var.anitratum (Herellea vaginicola);
– Acinetobacter calcoaceticus var.Iwoffi (Mima polymorpha);
– Alcaligenes faecalis; Citrobacter spp e Flavobacterium spp; Enterobacter spp.

Resistência
A Cefoxitina não é activa contra Pseudomonas spp, a maioria das estirpes de enterococos e muitas estirpes de Enterobacter cloacae, e estafilococos resistentes à meticilina e Listeria monocytogenes.
Posologia orientativa
A dose habitual é:
Adultos: A posologia para os adultos é de 1 a 2 g de Cefoxitina de 8 em 8 horas.
Administração
Administração intravenosa.
Dissolver a Cefoxitina em água esterilizada para injecção: 1 g é solúvel em 2 ml.

Administração por via intramuscular
Dissolver 1g de Cefoxitina em 2 ml de água esterilizada para injecção, ou em solução de cloridrato de lidocaína a 0,5 ou a 1% (sem epinefrina).

A Cefoxitina deve ser administrada por injecção intramuscular profunda numa grande massa muscular. Evitar injectar num vaso sanguíneo.
Contraindicações
A Cefoxitina está contra-indicada em indivíduos que mostram hipersensibilidade à Cefoxitina.
Na ausência de dados clínicos, a Cefoxitina não deve ser administrada a doentes que tenham mostrado hipersensibilidade às cefalosporinas.

As soluções de lidocaína, para administração intramuscular, não devem ser utilizadas no caso de perturbações na condução cardíaca ou em caso de insuficiência cardíaca aguda descompensada.
Efeitos indesejáveis/adversos
Se ocorrer alguma sensação ou sintoma invulgar deve consultar imediatamente o Médico.

A Cefoxitina é geralmente bem tolerada.
Os efeitos colaterais raramente impõem a suspensão do tratamento e têm sido habitualmente ligeiros e transitórios.

Os efeitos secundários mais frequentes foram reacções locais após injecção intravenosa ou intramuscular.

Pode ainda ocorrer:
Perturbações gerais e alteração no local de administração:
Raras – Tromboflebite com a administração intravenosa; dor e endurecimento após a administração intramuscular;

Doenças do sistema imunitário – reacções de hipersensibilidade:
Muito raros – exantema, incluindo dermatite exfoliativa e necrólise epidérmica tóxica;
Raras – anafilaxia, nefrite intersticial e angioedema.
Foram ainda referidos casos de urticária, prurido e febre.

Cardiopatias
Muito raros – hipotensão;

Doenças gastrointestinais
Muito raros – pode ocorrer durante ou após o tratamento diarreia, incluindo colite pseudomembranosa; náuseas e vómitos.

Doenças do sangue e do sistema linfático
Muito raros – eosinofilia, anemia, incluindo anemia hemolítica; alguns indivíduos, particularmente os que apresentam azotémia, podem desenvolver testes de Coombs positivos durante a terapêutica com cefoxitina;
Raras – leucopenia, incluindo granulocitopenia, trombocitopenia e depressão da medula óssea.

Afecções músculo-esquelética e dos tecidos conjuntivos:
Muito raros – agravamento de miastenias gravis;

Afecções hepatobiliares:
Muito raros – elevações transitórias da AST, da ALT, da LDH sérica e da fosfatase alcalina sérica e icterícia.

Doenças renais e urinárias: foi referida raramente insuficiência renal aguda.
Advertências
Gravidez
Gravidez:
Gravidez:A utilização de cefoxitina durante a gravidez requer que os potenciais benefícios sejam comparados com os riscos eventuais.
Aleitamento
Aleitamento:
Aleitamento:A Cefoxitina é excretada no leite materno.
Precauções gerais
Há alguma evidência clínica e laboratorial de alergia cruzada (parcial) entre as cefamicinas e outros antibióticos beta-lactâmicos, penicilinas e cefalosporinas.

Foram descritas reacções graves (incluindo anafilaxia) com muitos dos antibióticos beta-lactâmicos.

Antes do início do tratamento com Cefoxitina deve ser efectuado um inquérito cuidadoso para apurar reacções anteriores de hipersensibilidade a antibióticos beta-lactâmicos.
A Cefoxitina deve ser administrada com cuidado a doentes alérgicos à penicilina.

Deve haver cuidado na administração de antibióticos a todo o doente que tenha evidenciado qualquer forma de alergia, particularmente a medicamentos.
Se ocorrer reacção alérgica com a Cefoxitina deve-se suspender a sua administração.

Foi referida colite pseudo-membranosa com praticamente todos os antibióticos.
Esta colite pode ir desde muito ligeira a muito grave, colocando a vida em risco.
Por isso, os antibióticos devem ser administrados com prudência a indivíduos com história de doenças gastro-intestinais, particularmente colite.

É importante considerar o diagnóstico de colite pseudomembranosa em doentes que apresentem diarreia associada à utilização de um antibiótico.
Se bem que diversos estudos sugiram que uma toxina produzida pelo Clostridium difficile seja a causa primária daquela colite, não são de excluir outros factores causais.

A dose diária total deve ser reduzida quando se administra Cefoxitina a doentes com diminuição do débito urinário, transitório ou persistente, devido a insuficiência renal, pelo facto de poderem ocorrer concentrações séricas de antibiótico elevadas e prolongadas com as doses usuais.

Interacções com outros medicamentos
Fármacos nefrotóxicos: a administração concomitante de cefalosporinas e aminoglicósidos, colistina, polimixina B ou vancomicina aumenta o risco de nefrotoxicidade associada a estes agentes nefrotóxicos.

Probenecide: a administração concomitante de probenecide inibe a secreção tubular da cefoxitina, resultando em concentrações séricas de Cefoxitina superiores e mais prolongadas.

Contraceptivos hormonais: a administração de cefalosporinas pode causar uma baixa transitória das concentrações plasmáticas de estrogénios e gestagénios; a eficácia dos contraceptivos é portanto incerta, recomendando-se a utilização de um método anticoncepcional adicional.

Interferências com testes laboratoriais:
- Pode ocorrer uma reacção falsamente positiva para a glicose na urina, com a utilização de substâncias redutoras, mas não com a utilização de métodos específicos da glucose-oxidase.
- Utilizando a técnica de Jaffe, podem ocorrer valores de creatinina no soro, falsamente elevados se a concentração sérica de cefoxitina exceder 100μg/ml.
- As colheitas de sangue para determinação de creatinina não devem ser feitas antes de 2 horas após a administração do antibiótico.
- Concentrações elevadas de cefoxitina na urina podem interferir com os doseamentos de 17-hidroxi-corticosteróides pela reacção de Porta-Silber e produzir falsos aumentos, de grau modesto, nos seus níveis.
Cuidados com a dieta
Não interfere com alimentos e bebidas.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligue para o Centro de Intoxicações.

Não estão descritos casos de sobredosagem com Cefoxitina para administração parentérica.
A Cefoxitina é removida de uma forma eficaz por hemodiálise, mas não é removida na diálise peritoneal.
Terapêutica interrompida
Em caso de omissão de uma dose, tomar o medicamento assim que possível; não fazê-lo caso esteja próxima a hora da dose seguinte.
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Cuidados no armazenamento
A Cefoxitina no estado sólido deve ser conservada a temperatura inferior a 25ºC.
Tanto no estado seco como em solução, o produto tende a escurecer, o que depende das condições de armazenagem.
A potência do produto não é, porém, afectada.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e tolerância bacteriológica
Atividade contra cocos Gram-positivos inferior à das cefalosporinas de 1a geração. acção ampliada para Gram-negativos (Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus sp., Haemophilus influenzae) e anaeróbios, inclusive a maioria das cepas de Bacteróides fragilis.
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Cefoxitina + Aminoglicosídeos

Observações: n.d.
Interacções: A administração concomitante de cefalosporinas e aminoglicósidos, colistina, polimixina B ou vancomicina aumenta o risco de nefrotoxicidade associada a estes agentes nefrotóxicos. - Aminoglicosídeos
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Cefoxitina + Polimixina B

Observações: n.d.
Interacções: A administração concomitante de cefalosporinas e aminoglicósidos, colistina, polimixina B ou vancomicina aumenta o risco de nefrotoxicidade associada a estes agentes nefrotóxicos. - Polimixina B
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Cefoxitina + Colistina (Polimixina E)

Observações: n.d.
Interacções: A administração concomitante de cefalosporinas e aminoglicósidos, colistina, polimixina B ou vancomicina aumenta o risco de nefrotoxicidade associada a estes agentes nefrotóxicos. - Colistina (Polimixina E)
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Cefoxitina + Probenecida

Observações: n.d.
Interacções: A administração concomitante de probenecide inibe a secreção tubular da cefoxitina, resultando em concentrações séricas de cefoxitina superiores e mais prolongadas. - Probenecida
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Cefoxitina + Vancomicina

Observações: n.d.
Interacções: A administração concomitante de cefalosporinas e aminoglicósidos, colistina, polimixina B ou vancomicina aumenta o risco de nefrotoxicidade associada a estes agentes nefrotóxicos. - Vancomicina
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Cefoxitina + Contraceptivos hormonais

Observações: n.d.
Interacções: A administração de cefalosporinas pode causar uma baixa transitória das concentrações plasmáticas de estrogénios e gestagénios; a eficácia dos Contraceptivos é portanto incerta, recomendando-se a utilização de um método anticoncepcional adicional. - Contraceptivos hormonais
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Cefoxitina + Estrogénios

Observações: n.d.
Interacções: A administração de cefalosporinas pode causar uma baixa transitória das concentrações plasmáticas de estrogénios e gestagénios; a eficácia dos Contraceptivos é portanto incerta, recomendando-se a utilização de um método anticoncepcional adicional. - Estrogénios
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Cefoxitina + Gestagéneos

Observações: n.d.
Interacções: A administração de cefalosporinas pode causar uma baixa transitória das concentrações plasmáticas de estrogénios e gestagénios; a eficácia dos Contraceptivos é portanto incerta, recomendando-se a utilização de um método anticoncepcional adicional. - Gestagéneos
Consultar informação atualizada

Cefoxitina + Testes Laboratoriais/Diagnóstico

Observações: n.d.
Interacções: Pode ocorrer uma reacção falsamente positiva para a glicose na urina, com a utilização de substâncias redutoras, mas não com a utilização de métodos específicos da glucose-oxidase. Utilizando a técnica de Jaffe, podem ocorrer valores de creatinina no soro, falsamente elevados se a concentração sérica de cefoxitina exceder 100 μg/ml. As colheitas de sangue para determinação de creatinina não devem ser feitas antes de 2 horas após a administração do antibiótico. Concentrações elevadas de cefoxitina na urina podem interferir com os doseamentos de 17-hidroxi-corticosteróides pela reacção de Porta-Silber e produzir falsos aumentos, de grau modesto, nos seus níveis. - Testes Laboratoriais/Diagnóstico
Usar com precaução

Ceftizoxima + Cefoxitina

Observações: n.d.
Interacções: As interacções registadas são raras. Verificou-se existir um antagonismo entre a Ceftizoxima e a Cefoxitina, quanto a algumas espécies Gram-negativo, bem como com o ácido clavulânico relativamente à P. aeruginosa. Com a aplicação concomitante deste medicamento e aminoglicosídeos ou outras cefalosporinas existe um acréscimo do risco de nefrotoxicidade. - Cefoxitina
Usar com precaução

Aztreonam + Cefoxitina

Observações: n.d.
Interacções: Devido à indução de beta-lactamases, descobriu-se que alguns antibióticos (por ex. cefoxitina, imipenem) causam antagonismo com muitos beta-lactâmicos, incluindo o aztreonam, para alguns aeróbios Gram negativos, tais como as espécies Enterobacter e Pseudomonas. Quando forem prescritos concomitantemente anticoagulantes deve ser efetuada monitorização adequada. Pode ser necessário ajustes na dose de anticoagulante oral para manter o nível desejado de anticoagulação. - Cefoxitina
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Cefoxitina
Informação revista e atualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 25 de Setembro de 2023