Butilescopolamina

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento
O que é
Pertence a um grupo de medicamentos classificados como antiespasmódicos.

A butilescopolamina, também conhecida como butilbrometo de escopolamina e butilbrometo de hioscina, é um medicamento anticolinérgico usado para tratar cólicas abdominais, espasmos esofágicos, cólicas renais e espasmos na bexiga.
Também é usado para melhorar as secreções respiratórias no final da vida.
Usos comuns
Indicado para o alívio de dor ou desconforto abdominal associado a espasmos transitórios e moderados do tracto gastrointestinal.

A butilescopolamina, exerce uma acção espasmolítica sobre a musculatura lisa do aparelho gastrointestinal, ou seja, relaxa o músculo gastrointestinal quando este está contraído de forma não fisiológica (espasmo), provocando o alívio da dor abdominal.
Tipo
Molécula pequena.
Indicações
Alívio de dor ou desconforto abdominal associado a espasmos transitórios e moderados do tracto gastrointestinal.
Classificação CFT

6.4 : Antiespasmódicos

Mecanismo de ação
Como um derivado de amónio quaternário, o brometo de N-butil-hioscina não passa para o sistema nervoso central.

Consequentemente, não ocorrem efeitos adversos anticolinérgicos no sistema nervoso central.

A acção anticolinérgica periférica resulta da acção bloqueadora dos gânglios na parede visceral, assim como da actividade antimuscarínica.
Posologia orientativa
A dose habitual para adultos e crianças com mais de 6 anos, é a seguinte:
1 a 2 comprimidos (10 a 20 mg), 3 a 5 vezes por dia.

- Adultos e adolescentes com mais de 12 anos:
Podem ser administradas lentamente por injecção intravenosa, intramuscular ou subcutânea, várias vezes ao dia, 1 a 2 ampolas de butilescopolamina (20 a 40 mg).

A dose máxima diária de 100 mg não deve ser excedida.

- Crianças e lactentes:
Em situações graves: 0,3-0,6 mg/kg de peso corporal, administradas lentamente por injecção intravenosa, intramuscular ou subcutânea, várias vezes ao dia.

A dose máxima diária de 1,5 mg/kg de peso corporal não deve ser excedida.

A dose habitual de Butilescopolamina, para adultos e crianças com mais de 6 anos, é a seguinte:
1 a 2 supositórios, 3 a 5 vezes por dia.
Administração
Vias oral, rectal, injectável.
Contraindicações
Não tomar:
- se tiver alergia (hipersensibilidade) ao brometo de butilescopolamina;
- se sofrer de Miastenia gravis (fraqueza dos músculos voluntários) ou megacólon (dilatação anormal do intestino grosso);
- se sofrer de alguma doença hereditária rara que possa ser incompatível com algum excipiente do medicamento.

Por injecção intramuscular, está contra-indicado:
- em doentes que estejam a tomar fármacos anticoagulantes, pois pode ocorrer hematoma intramuscular.

Nestes doentes podem ser utilizadas as vias subcutânea ou intravenosa.
Efeitos indesejáveis/adversos
Muitos dos efeitos indesejáveis estão associados às suas propriedades anticolinérgicas.

No entanto, estes efeitos são geralmente moderados e limitados.

Podem ocorrer:
- secura da boca;
- dificuldade em transpirar;
- frequência cardíaca muito acelerada;
- dificuldade em urinar.

Pode também ocorrer choque anafiláctico, reacções anafilácticas, dificuldade em respirar, reacções cutâneas (por exemplo, urticária, erupção cutânea, eritema, prurido) e outras reacções de hipersensibilidade (alergia).
Advertências
Aleitamento
Aleitamento:
Aleitamento:Como medida de precaução, é preferível evitar a utilização de butilescopolamina durante a amamentação.
Gravidez
Gravidez:
Gravidez:Como medida de precaução, é preferível evitar a utilização de butilescopolamina durante a gravidez.
Precauções gerais
Não tome Butilescopolamina se a dor abdominal for acompanhada de qualquer um dos seguintes sintomas.

Tal pode ser indicativo de uma situação clínica mais grave:
- náusea ou vómitos;
- obstipação grave;
- sangue nas fezes;
- febre;
- dor abdominal contínua (tipo “moinha”).

Nas seguintes situações, não tomar Butilescopolamina sem antes consultar o médico:
- se tiver doença cardíaca;
- se tiver glaucoma;
- se tiver prostatismo;
- se tiver susceptibilidade para obstruções intestinais ou urinárias;
- se os sintomas de dor ou desconforto abdominal associado a cólica forem diferentes do habitual;
- se a dor for forte e súbita, de intensidade superior ao normal ou de intensidade progressiva;
- se tiver alteração inexplicada do trânsito gastrointestinal, como por exemplo, diarreia;
- se tiver perda de peso inexplicada;
- se sofrer de alguma condição clínica específica grave que exija acompanhamento médico.

Nas seguintes situações, deve suspender a toma de Butilescopolamina e consultar imediatamente o médico:
- se a dor se agravar durante as primeiras 24 horas de tratamento;
- se a dor durar mais de 3 dias;
- se tiver febre;
- se sentir fragilidade intestinal;
- se tiver hemorragia rectal;
- se tiver episódios repetidos de hemorragia;
- se tiver quaisquer outros sintomas diferentes do habitual.

Caso a dor abdominal grave e inexplicada persista ou piore, ou ocorra simultaneamente com sintomas como febre, náuseas, vómitos, alterações nos movimentos intestinais, sensibilidade abdominal, redução da pressão arterial, desmaio ou sangue nas fezes, deve ser procurado aconselhamento médico imediatamente.
Cuidados com a dieta
Não são conhecidas interacções com alimentos ou bebidas.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligar para o Centro de intoxicações.

Em caso de sobredosagem podem observar-se efeitos anticolinérgicos.

Tratamento:
Se necessário, devem ser administrados fármacos parassimpaticomiméticos.

Nos casos de glaucoma, deve-se procurar uma consulta médica urgentemente.

As complicações cardiovasculares devem ser tratadas de acordo com os princípios terapêuticos habituais.

Em caso de paralisia respiratória: devem ser consideradas intubação e respiração artificial.

A cateterização pode ser necessária no caso de retenção urinária.

Se necessário, devem ser empregues medidas de suporte adequadas.
Terapêutica interrompida
Caso se tenha esquecido de tomar uma dose, tomar a dose seguinte normalmente.
Não tomar uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Cuidados no armazenamento
Conservar a temperatura inferior a 25º C.
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz e da humidade.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e tolerância bacteriológica
Sem informação.
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Butilescopolamina + Antidepressores (Tricíclicos)

Observações: n.d.
Interacções: O efeito anticolinérgico de antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos, amantadina, antipsicóticos, quinidina, Anti-histamínicos ou disopiramida e outros anticolinérgicos (por exemplo, tiotrópio, ipratrópio, compostos atropínicos) pode ser potenciado pela toma concomitante de Butilescopolamina. - Antidepressores (Tricíclicos)
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Butilescopolamina + Amantadina

Observações: n.d.
Interacções: O efeito anticolinérgico de antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos, amantadina, antipsicóticos, quinidina, Anti-histamínicos ou disopiramida e outros anticolinérgicos (por exemplo, tiotrópio, ipratrópio, compostos atropínicos) pode ser potenciado pela toma concomitante de Butilescopolamina. - Amantadina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Butilescopolamina + Antipsicóticos

Observações: n.d.
Interacções: O efeito anticolinérgico de antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos, amantadina, antipsicóticos, quinidina, Anti-histamínicos ou disopiramida e outros anticolinérgicos (por exemplo, tiotrópio, ipratrópio, compostos atropínicos) pode ser potenciado pela toma concomitante de Butilescopolamina. - Antipsicóticos
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Butilescopolamina + Quinidina

Observações: n.d.
Interacções: O efeito anticolinérgico de antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos, amantadina, antipsicóticos, quinidina, Anti-histamínicos ou disopiramida e outros anticolinérgicos (por exemplo, tiotrópio, ipratrópio, compostos atropínicos) pode ser potenciado pela toma concomitante de Butilescopolamina. - Quinidina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Butilescopolamina + Anti-histamínicos

Observações: n.d.
Interacções: O efeito anticolinérgico de antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos, amantadina, antipsicóticos, quinidina, Anti-histamínicos ou disopiramida e outros anticolinérgicos (por exemplo, tiotrópio, ipratrópio, compostos atropínicos) pode ser potenciado pela toma concomitante de Butilescopolamina. - Anti-histamínicos
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Butilescopolamina + Disopiramida

Observações: n.d.
Interacções: O efeito anticolinérgico de antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos, amantadina, antipsicóticos, quinidina, Anti-histamínicos ou disopiramida e outros anticolinérgicos (por exemplo, tiotrópio, ipratrópio, compostos atropínicos) pode ser potenciado pela toma concomitante de Butilescopolamina. - Disopiramida
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Butilescopolamina + Anticolinérgicos

Observações: n.d.
Interacções: O efeito anticolinérgico de antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos, amantadina, antipsicóticos, quinidina, Anti-histamínicos ou disopiramida e outros anticolinérgicos (por exemplo, tiotrópio, ipratrópio, compostos atropínicos) pode ser potenciado pela toma concomitante de Butilescopolamina. - Anticolinérgicos
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Butilescopolamina + Brometo de tiotrópio

Observações: n.d.
Interacções: O efeito anticolinérgico de antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos, amantadina, antipsicóticos, quinidina, Anti-histamínicos ou disopiramida e outros anticolinérgicos (por exemplo, tiotrópio, ipratrópio, compostos atropínicos) pode ser potenciado pela toma concomitante de Butilescopolamina. - Brometo de tiotrópio
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Butilescopolamina + Brometo de ipratrópio

Observações: n.d.
Interacções: O efeito anticolinérgico de antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos, amantadina, antipsicóticos, quinidina, Anti-histamínicos ou disopiramida e outros anticolinérgicos (por exemplo, tiotrópio, ipratrópio, compostos atropínicos) pode ser potenciado pela toma concomitante de Butilescopolamina. - Brometo de ipratrópio
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Butilescopolamina + Atropina

Observações: n.d.
Interacções: O efeito anticolinérgico de antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos, amantadina, antipsicóticos, quinidina, Anti-histamínicos ou disopiramida e outros anticolinérgicos (por exemplo, tiotrópio, ipratrópio, compostos atropínicos) pode ser potenciado pela toma concomitante de Butilescopolamina. - Atropina
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Butilescopolamina + Antagonistas da dopamina

Observações: n.d.
Interacções: O tratamento concomitante com antagonistas da dopamina, tais como a metoclopramida, pode resultar na diminuição dos efeitos de ambos os fármacos no aparelho gastrointestinal. - Antagonistas da dopamina
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Butilescopolamina + Metoclopramida

Observações: n.d.
Interacções: O tratamento concomitante com antagonistas da dopamina, tais como a metoclopramida, pode resultar na diminuição dos efeitos de ambos os fármacos no aparelho gastrointestinal. - Metoclopramida
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Butilescopolamina + Bloqueadores beta-adrenérgicos (betabloqueadores)

Observações: n.d.
Interacções: Os efeitos taquicardíacos dos agentes beta-adrenérgicos podem ser evidenciados pela toma de Butilescopolamina - Bloqueadores beta-adrenérgicos (betabloqueadores)
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Butilescopolamina
Informação revista e atualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 04 de Janeiro de 2024