Somatostatina

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento
O que é
A somatostatina natural é um oligopéptido com 14 aminoácidos que foi originalmente isolado do hipotálamo de animais e mais tarde encontrado em células epiteliais e fibras nervosas através de todo o sistema digestivo.

A somatostatina é um polipéptido sintético idêntico à hormona natural.

A somatostatina tem um papel na regulação das secreções endócrinas e exócrinas e na motilidade gastrointestinal.

Quando administrada em doses farmacológicas, a somatostatina inibe tanto a função e a motilidade gastrointestinal como também as secreções e reduz o fluxo de sangue esplâncnico.
Usos comuns
- Tratamento das hemorragias agudas graves resultantes das úlceras gastroduodenais, gastrites erosivas hemorrágicas e por rotura de varizes do esófago suspeitas ou diagnosticadas por endoscopia;
- Tratamento da pancreatite aguda;
- Profilaxia das complicações após cirurgia pancreática e explorações por C.P.R.E.;
- Tratamento coadjuvante das fístulas do intestino delgado e pâncreas;
- Tratamento da hipersecreção causada por tumores endócrinos do tracto digestivo.
Tipo
Molécula pequena.
História
Sem informação.
Indicações
- Tratamento das hemorragias agudas graves resultantes das úlceras gastroduodenais, gastrites erosivas hemorrágicas e por rotura de varizes do esófago suspeitas ou diagnosticadas por endoscopia;
- Tratamento da pancreatite aguda;
- Profilaxia das complicações após cirurgia pancreática e explorações por C.P.R.E.;
- Tratamento coadjuvante das fístulas do intestino delgado e pâncreas;
- Tratamento da hipersecreção causada por tumores endócrinos do tracto digestivo.
Classificação CFT

8.1.1 : Lobo anterior da hipófise

Mecanismo De Acção
A somatostatina natural é um oligopéptido com 14 aminoácidos que foi originalmente isolado do hipotálamo de animais e mais tarde encontrado em células epiteliais e fibras nervosas através de todo o sistema digestivo.

A Somatostatina é um polipéptido sintético idêntico à hormona natural.

A somatostatina tem uma papel na regulação das secreções endócrinas e exócrinas e na motilidade gastrointestinal.

Quando administrada em doses farmacológicas, a somatostatina inibe a função e a motilidade gastrointestinal como também as secreções e reduz o fluxo de sangue esplâncnico.

Um bólus intravenoso de 0,25 mg de somatostatina induz uma queda rápida da pressão varicosa esofágica em doentes cirróticos, a qual é mais pronunciada que a queda provocada por uma perfusão contínua.

A perfusão contínua de somatostatina tem um efeito sustentado na redução da pressão varicosa esofágica nestes doentes.

A somatostatina pode influenciar a regulação da hemostase.

Foi observada agregação plaquetária em doentes diabéticos insulinodependentes tratados com somatostatina.
Posologia Orientativa
A dose recomendada é de 3,5 μg/Kg de peso corporal/hora, ou usualmente, 6 mg/24 horas, para um doente de 75 Kg, administrados como perfusão contínua de 0,25 mg/hora.

A velocidade de perfusão deve, assim, ser ajustada para 12 horas ou 24 horas (3 mg ou 6 mg, respectivamente).

Em doentes com insuficiência renal grave (depuração da creatinina ≤30 ml/min), as doses devem ser reduzidas para 1,75 μg/Kg de peso corporal/hora, no caso da perfusão contínua e para 1,75 μg/Kg de peso corporal, no caso da administração de bólus.

O doente deve ser cuidadosamente monitorizado após descontinuação do tratamento.

Para o tratamento de hemorragias gastrointestinais:
A perfusão com Somatostatina Generis deve ser iniciada antes da endoscopia, logo que possível após os primeiros sinais de hemorragia e prolongada durante cinco dias (120 horas), sendo o mínimo de duração do tratamento de 48 horas.

Adicionalmente à perfusão contínua, imediatamente depois de começar a administração de somatostatina por perfusão contínua, deve ser administrado um bólus intravenoso de 3,5 μg/Kg de peso corporal e outro bólus 1 minuto antes da endoscopia.

O bólus deve ser administrado lentamente (durante, pelo menos 1 minuto).

Após o tratamento endoscópico, devem ser administrados bólus semelhantes caso o doente evidencie sinais clínicos de hemorragia.

Para o tratamento de fístulas ou da hipersecreção causadas por tumores endócrinos do tracto digestivo:
Não é necessário um bólus intravenoso.

Na maioria dos doentes a cura de uma fístula pode ser esperada entre os dias 7 a 14 de tratamento, apesar de serem possíveis períodos mais longos ou mais curtos.

Depois da cura, deve-se fazer uma perfusão com metade da dose nas 48 horas seguintes, de maneira a evitar um possível efeito “rebound”.
Administração
A Somatostatina deve ser administrada por perfusão intravenosa contínua.

A Somatostatina deve ser reconstituída imediatamente antes do seu uso, adicionando ao pó a ampola de 2 ml de solução de cloreto de sódio (0,9%) para uso parentérico.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade à somatostatina ou a análogos da somatostatina.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Cardiopatias
Bloqueio atrioventricular
Bradicardia

Doenças gastrointestinais
Dor abdominal
Diarreia
Náuseas

Doenças do metabolismo e da nutrição
Hiperglicemia
Hipoglicemia

Vasculopatias
Hipertensão
Hipotensão
Rubor quente

A interrupção abrupta da perfusão pode resultar num efeito “rebound” da doença tratada, especialmente em doentes a receber tratamento para as fístulas.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:A somatostatina não deve ser utilizada durante a gravidez, excepto se claramente necessário.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:A somatostatina não deve ser administrada durante o aleitamento. Mulheres a amamentar devem interromper o aleitamento caso lhes seja administrada a somatostatina.
Precauções Gerais
Somatostatina Solução para Perfusão, é um medicamento sujeito a receita médica restrita, de utilização reservada exclusivamente a tratamentos em meio hospitalar.

Aos doentes com insuficiência renal grave (depuração da creatinina ≤ 30 ml/min) deve ser administrada metade da dose recomendada.

Os doentes a receber tratamento com somatostatina devem ser mantidos sob estreita observação médica.

O bólus intravenoso deve ser administrado lentamente, durante pelo menos, 1 minuto.

A perfusão deve ser administrada continuamente.

No início da perfusão pode ocorrer hipoglicémia, possivelmente seguida, 2 a 3 horas depois, por um aumento da glicémia devido a alterações no balanço entre as hormonas reguladoras, insulina e glucagon.

Por esta razão, exige-se uma determinação da glicémia cada 4 a 6 horas.

A administração simultânea de qualquer forma de açúcar (incluindo solução de glucose, solução de frutose ou alimentação parentérica total) favorece as perturbações na glicémia requerendo uma monitorização apertada de glicémia.

Pode ser necessária a administração de insulina.

A somatostatina pode induzir os seguintes efeitos cardiovasculares farmacodinâmicos:
hipertensão sistémica transitória, débito cardíaco transitoriamente reduzido, pressão arterial pulmonar aumentada, pressão venosa central aumentada, hipotensão sistémica, bradicardia, bloqueio atrioventricular.

Consequentemente, os sinais vitais dos doentes devem ser monitorizados durante a fase inicial da administração de somatostatina em particular após o bólus intravenoso.

Recomenda-se precaução em doentes com função cardiovascular comprometida ou história de arritmia cardíaca, pois podem não ser capazes de compensar estes efeitos.

Dado que a taxa de filtração glomerular, o fluxo de urina e o nível sanguíneo de sódio podem diminuir durante o tratamento com somatostatina, recomenda-se a verificação regular da função renal e dos electrólitos plasmáticos.

A somatostatina causa inibição da absorção intestinal de certos nutrientes.

A somatostatina também inibe outras secreções hormonais gastrointestinais.

A interrupção abrupta da perfusão pode resultar num efeito “rebound”, especialmente em doentes a receber tratamento para fístulas.

Assim, após a cura das fístulas, deve ser administrada metade da dose, por perfusão, durante as 48 horas seguintes, de forma a evitar um possível efeito “rebound”.

Os efeitos da somatostatina sobre os sinais vitais, glicémia e função renal devem ser tidos em consideração, durante o seguimento dos doentes que acabaram a terapêutica.
Cuidados com a Dieta
A administração simultânea de qualquer forma de açúcar (incluindo solução de glucose, solução de frutose ou alimentação parentérica total) favorece as perturbações na glicémia requerendo uma monitorização apertada da glicémia.
Terapêutica Interrompida
Este medicamento é administrado em meio hospitalar.
Cuidados no Armazenamento
Embalagem fechada: Não conservar acima de 25 ºC.
Embalagem reconstituída: 24 horas a temperatura inferior a 25ºC
Não congelar.

Este medicamento é armazenado em meio hospitalar.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Usar com precaução

Somatostatina Glucose

Observações: n.d.
Interacções: Considerando o largo espectro de efeitos farmacodinâmicos da somatostatina em vários sistemas reguladores, existe a possibilidade de diversas interacções farmacodinâmicas. interacções farmacodinâmicas com possível relevância clínica têm sido observadas com medicamentos que também influenciam a regulação da glicémia, o nível de renina plasmática e a pressão arterial, evidenciando que a somatostatina pode modificar os efeitos destes medicamentos sobre estes parâmetros. A administração simultânea de qualquer forma de açúcar (incluindo solução de glucose, solução de frutose ou alimentação parentérica total) favorece as perturbações na glicémia requerendo uma monitorização apertada da glicémia. - Glucose
Usar com precaução

Somatostatina Frutose

Observações: n.d.
Interacções: Considerando o largo espectro de efeitos farmacodinâmicos da somatostatina em vários sistemas reguladores, existe a possibilidade de diversas interacções farmacodinâmicas. interacções farmacodinâmicas com possível relevância clínica têm sido observadas com medicamentos que também influenciam a regulação da glicémia, o nível de renina plasmática e a pressão arterial, evidenciando que a somatostatina pode modificar os efeitos destes medicamentos sobre estes parâmetros. A administração simultânea de qualquer forma de açúcar (incluindo solução de glucose, solução de frutose ou alimentação parentérica total) favorece as perturbações na glicémia requerendo uma monitorização apertada da glicémia. - Frutose
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Somatostatina
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

A somatostatina não deve ser utilizada durante a gravidez, excepto se claramente necessário.

A somatostatina não deve ser administrada durante o aleitamento.
Mulheres a amamentar devem interromper o aleitamento caso lhes seja administrada a somatostatina.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 11 de Novembro de 2021