Protóxido de azoto + Oxigénio

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento DCI com Advertência na Condução
O que é
Gases medicinais.

O protóxido de azoto tem um efeito analgésico, reduz a sensação de dor e aumenta o limiar de dor. O protóxido de azoto também tem um efeito relaxante e ligeiramente calmante. Estes efeitos são produzidos pela acção do protóxido de azoto sobre os neurotransmissores do seu sistema nervoso.

O Oxigénio é um gás incolor, inodoro e insípido, comburente, não combustível e pouco solúvel em água. O dioxigénio é usado na respiração celular e muitas das principais moléculas orgânicas dos organismos vivos como proteínas, ácidos nucleicos, hidratos de carbono e lípidos contêm oxigénio, além dos principais compostos inorgânicos que formam as conchas, os dentes e os ossos dos animais. A maior parte da massa dos organismos vivos é composta por oxigénio enquanto componente da água, o principal constituinte das formas de vida.
Usos comuns
Analgesia de curta duração em procedimentos dolorosos ou condições de dor ligeira a moderada em adultos e crianças com mais de um mês (por exemplo: punção lombar, mielograma, pequena cirurgia superficial, aplicação de pensos em queimaduras, redução de fracturas simples, redução de certas luxações periféricas, punção venosa, cuidados médicos de urgência para traumas, queimaduras e transporte).

Sedação em tratamentos dentários, em crianças com mais de um mês e em pacientes ansiosos ou com deficiência.

Analgesia em obstetrícia, exclusivamente em ambiente hospitalar, antes de anestesia epidural, ou em caso de recusa ou de impossibilidade de a realizar.
Tipo
Sem informação.
História
Sem informação.
Indicações
Este medicamento é indicado para o tratamento de condições dolorosas de curto prazo, de intensidade ligeira a moderada, quando se pretendem efeitos analgésicos de início e paragem rápidos.

É indicado em adultos e crianças com idade superior a 1 mês.
Classificação CFT

20.4 : Gases medicinais

Mecanismo De Acção
O protóxido de azoto em concentrações de 50% possui efeitos analgésicos e eleva o limiar da dor para vários estímulos dolorosos.

A intensidade do efeito analgésico depende principalmente do estado psicológico do doente.

Nesta concentração (50%), o protóxido de azoto possui efeitos anestésicos limitados.

Nestas concentrações, o protóxido de azoto proporciona um efeito sedativo e calmante mas o doente mantém a consciência, conserva a facilidade de reacção mas com um certo distanciamento do ambiente circundante.

A concentração de 50% de oxigénio (mais do dobro da concentração presente no ar ambiente) garante uma boa oxigenação e uma saturação ótima de oxigénio na hemoglobina.
Posologia Orientativa
A duração da administração do Protóxido de azoto + Oxigénio, que deve ser breve é determinada pelo procedimento médico.

A administração do Protóxido de azoto + Oxigénio deve ser o mais curta possível.

Este medicamento pode ser administrado por um período máximo de 6 horas sem monitorização hematológica em doentes sem factores de risco.
Administração
O Protóxido de azoto + Oxigénio apenas deve ser administrado por pessoal com experiência na sua utilização.

A administração deste medicamento apenas deve acontecer sob supervisão e instruções de pessoal familiarizado com o equipamento e respectivos efeitos.

O Protóxido de azoto + Oxigénio apenas deve ser administrado quando estiverem prontamente disponíveis a possibilidade de suplementação com oxigénio e equipamento de ressuscitação.

Devem tomar-se precauções especiais ao trabalhar com protóxido de azoto.

O protóxido de azoto deve ser administrado segundo as diretrizes locais.

O Protóxido de azoto + Oxigénio é administrado por inalação em doentes com respiração espontânea através de uma máscara facial.

A administração deste medicamento é regulada pela respiração do doente.

Segurando firmemente a máscara em redor da boca e nariz e respirando através da máscara, é aberta a chamada “válvula reguladora”, o Protóxido de azoto + Oxigénio flui do equipamento e é administrado ao doente através das vias respiratórias.

A captação ocorre a partir dos pulmões.

Em estomatologia, recomenda-se a utilização de uma máscara dupla, em alternativa, é usada uma máscara nasal ou máscara nasobucal com limpeza/ventilação adequada.

Não se recomenda a administração através de tubos endotraqueais.

Se for para ser usado em doentes que respiram através de um tubo endotraqueal, a administração apenas deve ser efectuada por profissionais de saúde com competências na administração de anestesia.

A administração do Protóxido de azoto + Oxigénio deve iniciar-se pouco antes de ser necessário o efeito analgésico pretendido.

O efeito analgésico observa-se após 4-5 respirações e atinge o seu máximo no espaço de 2-3 minutos.

A administração do Protóxido de azoto + Oxigénio deve continuar ao longo do procedimento doloroso ou durante todo o período em que se pretender o efeito analgésico.

Após a interrupção da administração/inalação, os efeitos desaparecem rapidamente no espaço de alguns minutos.

Conforme a reacção individual de alívio da dor no doente, podem ser necessários mais analgésicos.

Em condições ideais, o doente deve segurar a máscara através da qual o medicamento é administrado.

O doente deve ser instruído para segurar a máscara junto ao rosto e respirar normalmente.

Esta é uma medida de segurança adicional para minimizar o risco de sobredosagem.

Se, por qualquer motivo, o doente receber mais Protóxido de azoto + Oxigénio que o necessário, e o seu estado vigil for afetado, o doente deixará cair a máscara e a administração será interrompida.

Ao respirar o ar ambiente, o efeito deste medicamento rapidamente desaparece e o doente recupera a consciência.

O Protóxido de azoto + Oxigénio deve preferencialmente ser usado em doentes capazes de entenderem e seguirem as instruções acerca de como o equipamento e a máscara devem ser usados.

Em crianças ou em outros doentes que não sejam capazes de entender e seguir as instruções, o Protóxido de azoto + Oxigénio pode ser administrado sob a supervisão de profissionais de saúde competentes que possam ajudá-los a manter a máscara no lugar e que monitorizem activamente a administração.

Em tais casos, o Protóxido de azoto + Oxigénio pode ser administrado com um fluxo constante de gás.

Devido ao risco acrescido de o doente ficar bastante sedado e inconsciente, esta forma de administração deve, contudo, ser adotada apenas em condições controladas.

O fluxo contínuo de gás apenas deve ser usado na presença de pessoal competente e com equipamento disponível para gerir os efeitos de uma sedação mais acentuada/nível reduzido de consciência.

Sempre que for utilizado o fluxo constante, deve reconhecer-se o risco potencial de possível inibição dos reflexos protectores das vias respiratórias e estar preparado para garantir a patência das vias respiratórias e para aplicar ventilação assistida.

No final da administração, deve permitir-se a recuperação do doente em condições controladas e calmas por cerca de 5 minutos ou até que o doente recupere um grau satisfatório de estado vigil/consciência.
Contra-Indicações
Quando o Protóxido de azoto + Oxigénio é inalado, as bolhas de gás (embolias gasosas) e as cavidades preenchidas com gás podem expandir-se devido à capacidade acrescida de difusão do protóxido de azoto.

Consequentemente, o Protóxido de azoto + Oxigénio está contra-indicado nas seguintes condições:
- em doentes com sinais ou sintomas de pneumotórax, pneumopericárdio, enfisema grave, embolias gasosas ou traumatismos cranianos;
- após mergulho em alto mar com risco de doença dos mergulhadores (descompressão) (bolhas de azoto);
- após bypass cardiopulmonar com assistência cardiopulmonar mecânica ou bypass coronário sem assistência cardiopulmonar mecânica;
- em doentes recentemente submetidos a injecção intra-ocular de gás (por ex. SF6, C3F8) até o gás em causa ser totalmente absorvido, porque o volume do gás pode aumentar em termos de pressão/volume e provocar cegueira; em doentes com um tracto gastrointestinal muito dilatado.

O Protóxido de azoto + Oxigénio está ainda contra-indicado:
- em doentes com insuficiência cardíaca ou disfunção cardíaca (por ex. após cirurgia cardiotorácica) para evitar o risco de agravar a deterioração da função cardíaca; em doentes que apresentam sinais de confusão ou que mostram outros sinais de pressão craniana elevada;
- em doentes com um nível reduzido de consciência ou capacidade para cooperarem e seguirem instruções devido ao risco de uma sedação acrescida provocada pelo protóxido de azoto poder afectar os reflexos protectores naturais;
- em doentes com diagnóstico de défice não tratado de vitamina B12 ou ácido fólico ou diagnóstico de doença genética do sistema enzimático envolvido no metabolismo destas vitaminas;
- em doentes com lesões faciais nos quais a utilização de uma máscara facial possa apresentar dificuldades ou riscos.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Distúrbios do sistema nervoso
Frequentes (≥1/100 a <1/10): tonturas, desequilíbrio, euforia.

Pouco frequentes: (≥1/1000 a <1/100): fadiga acentuada.
Muito raros (<1/10000): Polineuropatia, paraparésia e mielopatia
Desconhecidos (não podem ser calculados a partir dos dados disponíveis): depressão respiratória, cefaleia.

Perturbações gastrointestinais
Frequentes (≥1/100 a <1/10): náuseas e vómitos.
Pouco frequentes: (≥1/1000 a <1/100): distensão abdominal, volume acrescido de gases intestinais.

Distúrbios do ouvido e labirinto
Pouco frequentes: (≥1/1000 a <1/100): sensação de pressão no ouvido médio.

Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo
Desconhecidos (não podem ser calculados a partir dos dados disponíveis): anemia megaloblástica, leucopenia.

Distúrbios psiquiátricos
Desconhecidos (não podem ser calculados a partir dos dados disponíveis): psicose, confusão, ansiedade. Pode ocorrer dependência.

Perturbações respiratórias, torácicas e mediastinais
Desconhecidos (não podem ser calculados a partir dos dados disponíveis): depressão respiratória.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:O Protóxido de azoto + Oxigénio pode ser usado durante a gravidez se for clinicamente necessário. Recomenda-se que seja evitada a utilização do Protóxido de azoto + Oxigénio durante os primeiros dois trimestres de gravidez.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Não é necessária a interrupção do aleitamento.
Condução
Condução
Condução:Se lhe tiver sido administrado Protóxido de azoto + Oxigénio, sem outro medicamento analgésico/calmante, por motivos de segurança, deve evitar conduzir, até ter recuperado totalmente (pelo menos, 30 minutos).
Precauções Gerais
O protóxido de azoto pode afectar o metabolismo da vitamina B12 e do ácido fólico; consequentemente, o Protóxido de azoto + Oxigénio deve ser usado com precaução em doentes de risco, por ex. em doentes com aporte ou captação reduzidos de vitamina B12 e/ou ácido fólico ou com uma doença genética no sistema enzimático envolvido no metabolismo destas vitaminas, bem como em doentes em imunossupressão.

Se necessário, deve ser considerado o tratamento de substituição com vitamina B12/ácido fólico.

A administração continuada por períodos superiores a 6 horas deve ser aplicada com precaução devido aos riscos potenciais de manifestações clínicas (por ex. alterações megaloblásticas na medula, mieloneuropatia e degeneração subaguda combinada da medula espinal) a partir dos efeitos inibidores da metionina sintase.

A utilização contínua prolongada ou recorrente deve ser acompanhada por monitorização hematológica para minimizar o risco de possíveis efeitos secundários.

A avaliação hematológica deve incluir uma avaliação da alteração megaloblástica dos glóbulos vermelhos e hipersegmentação dos neutrófilos.

A toxicidade neurológica pode ocorrer semanemia ou macrocitose e com níveis de B12 dentro dos valores normais.

Por causa do teor de protóxido de azoto, este medicamento pode aumentar a pressão no interior do ouvido médio e de outras cavidades preenchidas com ar.

Nos doentes que estejam a receber outros produtos medicinais com acção central, por ex. derivados da morfina e/ou benzodiazepinas, a administração concomitante do Protóxido de azoto + Oxigénio pode resultar em sedação acrescida e, consequentemente, ter efeitos sobre a respiração, circulação e reflexos protectores.

Se o Protóxido de azoto + Oxigénio for usado nestes doentes, tal utilização deve ter lugar sob supervisão de pessoal com formação adequada.

Após a interrupção da administração deste medicamento, o doente deve ser aconselhado a recuperar sob supervisão adequada até estes riscos potenciais decorrentes da utilização do Protóxido de azoto + Oxigénio terem desaparecido e o doente estar satisfatoriamente recuperado.

A recuperação do doente deve ser avaliada por profissionais de saúde.

Após ter terminado a administração do medicamento, o protóxido de azoto rapidamente se difunde do sangue para os alvéolos.

Devido à diluição rápida de “wash-out”, pode ocorrer uma diminuição da concentração alveolar do oxigénio e hipoxia de difusão.

Estas podem ser evitadas pela suplementação de oxigénio.
Cuidados com a Dieta
Não interfere com alimentos e bebidas.
Terapêutica Interrompida
Este medicamento é administrado em meio hospitalar.
Cuidados no Armazenamento
Conservar entre 0°C e 50°C.
Não congelar.
Este medicamento é armazenado em meio hospitalar.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Protóxido de azoto + Oxigénio Anestésicos inalatórios

Observações: n.d.
Interacções: Combinação com outros produtos medicinais: O protóxido de azoto interage de forma aditiva com anestésicos inalados e/ou com outras substâncias activas com efeitos sobre o sistema nervoso central (por ex. opiáceos, benzodiazepinas e outros psicomiméticos). - Anestésicos inalatórios
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Protóxido de azoto + Oxigénio Opiáceos (opióides)

Observações: n.d.
Interacções: Combinação com outros produtos medicinais: O protóxido de azoto interage de forma aditiva com anestésicos inalados e/ou com outras substâncias activas com efeitos sobre o sistema nervoso central (por ex. opiáceos, benzodiazepinas e outros psicomiméticos). - Opiáceos (opióides)
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Protóxido de azoto + Oxigénio Benzodiazepinas

Observações: n.d.
Interacções: Combinação com outros produtos medicinais: O protóxido de azoto interage de forma aditiva com anestésicos inalados e/ou com outras substâncias activas com efeitos sobre o sistema nervoso central (por ex. opiáceos, benzodiazepinas e outros psicomiméticos). - Benzodiazepinas
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Protóxido de azoto + Oxigénio Psicomiméticos

Observações: n.d.
Interacções: Combinação com outros produtos medicinais: O protóxido de azoto interage de forma aditiva com anestésicos inalados e/ou com outras substâncias activas com efeitos sobre o sistema nervoso central (por ex. opiáceos, benzodiazepinas e outros psicomiméticos). - Psicomiméticos
Usar com precaução

Protóxido de azoto + Oxigénio Depressores do SNC

Observações: n.d.
Interacções: Se forem usados agentes concomitantes com acção central, deve ser reconhecido o risco de sedação pronunciada e depressão dos reflexos protetores. - Depressores do SNC
Usar com precaução

Protóxido de azoto + Oxigénio Estimulantes inespecíficos do SNC

Observações: n.d.
Interacções: Se forem usados agentes concomitantes com acção central, deve ser reconhecido o risco de sedação pronunciada e depressão dos reflexos protetores. - Estimulantes inespecíficos do SNC
Usar com precaução

Protóxido de azoto + Oxigénio Metotrexato (MTX)

Observações: n.d.
Interacções: O Protóxido de azoto/Oxigénio acentua o efeito inibidor do metotrexato sobre o metabolismo da metionina sintase e do ácido fólico. - Metotrexato (MTX)
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Protóxido de azoto + Oxigénio Bleomicina

Observações: n.d.
Interacções: A toxicidade pulmonar associada a substâncias activas como a bleomicina, a amiodarona, a furadantina e antibióticos semelhantes pode ser exacerbada pela inalação de concentrações acrescidas de oxigénio. - Bleomicina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Protóxido de azoto + Oxigénio Amiodarona

Observações: n.d.
Interacções: A toxicidade pulmonar associada a substâncias activas como a bleomicina, a amiodarona, a furadantina e antibióticos semelhantes pode ser exacerbada pela inalação de concentrações acrescidas de oxigénio. - Amiodarona
Usar com precaução

Protóxido de azoto + Oxigénio Cianocobalamina (Cobalamina, Vitamina B12)

Observações: n.d.
Interacções: Outras formas de interacção: O protóxido de azoto provoca a inativação da vitamina B12 (um co-fator da metionina sintase), que interfere com o metabolismo do ácido fólico. Deste modo, a síntese do ADN fica comprometida após administração prolongada de protóxido de azoto. Estas perturbações podem resultar em alterações megaloblásticas na medula óssea e possivelmente em polineuropatia e/ou na degeneração subaguda combinada da medula espinal. Deste modo, a administração do Protóxido de azoto/Oxigéni deve ser limitada no tempo. - Cianocobalamina (Cobalamina, Vitamina B12)
Usar com precaução

Protóxido de azoto + Oxigénio Paraquat

Observações: n.d.
Interacções: Uma fração elevada de oxigénio pode potenciar toxicidade pulmonar provocada pela exposição a agentes como o paraquat que são tóxicos para os pulmões. - Paraquat
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções do Protóxido de azoto + Oxigénio
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

O Protóxido de azoto + Oxigénio pode ser usado durante a gravidez se for clinicamente necessário.

Recomenda-se que seja evitada a utilização do Protóxido de azoto + Oxigénio durante os primeiros dois trimestres de gravidez.

Não é necessária a interrupção do aleitamento.

Se lhe tiver sido administrado Protóxido de azoto + Oxigénio, sem outro medicamento analgésico/calmante, por motivos de segurança, deve evitar conduzir, utilizar máquinas ou levar a cabo tarefas complicadas até ter recuperado totalmente (pelo menos, 30 minutos). Pergunte ao médico se é seguro conduzir.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 11 de Novembro de 2021