Proteína C humana

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento
O que é
Pertence a uma classe de medicamentos designados antitrombóticos.

Este medicamento contém Proteína C, uma proteína natural que é produzida no fígado e está presente no seu sangue.

A proteína C tem um papel importante na prevenção da formação excessiva de coágulos e assim previne e/ou trata a trombose intravascular.
Usos comuns
É usada no tratamento e prevenção de lesões cutâneas hemorrágicas e trombóticas (chamado púrpura fulminante em doentes com deficiência congénita grave em proteína C.

Também pode ser usado no tratamento de uma rara complicação de um medicamento diluidor do sangue (medicamento anticoagulante chamado cumarina) que pode resultar numa grave lesão cutânea (necrose).

É também usado para prevenir tromboses em doentes com deficiência congénita grave em proteína C se ocorrer uma ou mais das seguintes condições:
– cirurgia ou terapêutica invasiva iminente;
– início de terapêutica cumarínica (medicação anticoagulante, anti-espessante);
– quando a terapêutica cumarínica isolada não é suficiente;
– quando a terapêutica cumarínica não pode ser realizada.
Tipo
Sem informação.
História
Sem informação.
Indicações
Proteína C humana é indicado em caso de púrpura fulminante e necrose da pele induzida pela cumarina em doentes com deficiência congénita grave em proteína C.

É também indicado para a profilaxia de curto prazo em doentes com deficiência congénita grave em proteína C se ocorrer uma ou mais das seguintes condições:
- cirurgia ou terapêutica invasiva iminente;
- início de terapêutica cumarínica;
- quando a terapêutica cumarínica isolada não é suficiente;
- quando a terapêutica cumarínica não pode ser realizada.
Classificação CFT

4.3.1.3 : Antiagregantes plaquetários

Mecanismo De Acção
A proteína C é uma glicoproteína anticoagulante dependente da vitamina K, sintetizada no fígado.

É convertida em proteína C activada pelo complexo trombina/trombomodulina na superfície endotelial.

A proteína C activada é uma serina protease com potentes efeitos anticoagulantes, especialmente na presença do seu cofactor, proteína S.

A proteína C activada manifesta o seu efeito através da inactivação das formas activadas dos factores V e VIII provocando uma diminuição na formação da trombina.

A proteína C activada demonstrou também possuir efeitos profibrinolíticos.

A administração intravenosa deste medicamento promove o aumento imediato mas temporário dos níveis plasmáticos de proteína C.

A terapêutica substitutiva com proteína C em doentes com deficiência em proteína C é suposta controlar ou – quando administrada de forma profiláctica – prevenir complicações trombóticas.

Na análise de eficácia foram incluídos doze casos de profilaxia a curto prazo antes da cirurgia ou terapêutica invasiva e sete de profilaxia a longo prazo.

Não foram realizados estudos clínicos formais tanto na população pediátrica como em recém-nascidos com deficiência de proteína C congénita grave.

No entanto, foram publicados alguns pequenos estudos retrospectivos e prospectivos a investigar outras áreas de aplicação clínica para esta população.

A indicação foi prevenção e tratamento da púrpura fulminante e doença trombótica, envolvendo no total 14 indivíduos, com 2 dias de vida até à adolescência.

Outra experiência com este medicamento que abrange notificações e um estudo clínico em 69 doentes pediátricos com deficiência de proteína C adquirida.

Este estudo é um estudo aleatório, duplamente cego, controlado com placebo para determinação da dose, na indicação de deficiência de proteína C adquirida devido a sepsis meningocócica (IMAG 112).

As notificações sugerem que este medicamento é bem tolerado em crianças e bebés.

As dosagens dos estudos acima referidos, que abrangem 83 doentes, indicam que as orientações das doses para adultos também são válidas para recém-nascidos e doentes pediátricos.

Em casos raros e excepcionais, a perfusão subcutânea de 250-350 UI/kg permitiu a produção de níveis plasmáticos de proteína C terapêuticos em doentes sem acesso intravenoso.
Posologia Orientativa
A dose, a frequência de administração e a duração do tratamento dependem da gravidade da deficiência em proteína C, assim como da sua condição clínica e do seu nível plasmático em proteína C.

Deverão ser ajustadas adequadamente com base na eficácia clínica e na avaliação laboratorial.

Inicialmente deverá ser atingida uma actividade de proteína C de 100% e a actividade deverá ser mantida acima de 25% durante o tratamento.
Administração
Proteína C humana destina-se à administração intravenosa (perfusão numa veia).

É administrado sob a vigilância de um médico experiente em terapêutica substitutiva com factores/inibidores da coagulação e onde é possível a monitorização da actividade da proteína C.

A dosagem depende da sua condição e do peso corporal.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade à Proteína C humana, às proteínas do rato ou heparina, excepto para o controlo de complicações trombóticas que põem em perigo a vida.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Após a administração pode sentir algum dos seguintes efeitos secundários:
Assim como qualquer medicamento administrado por perfusão numa veia, são possíveis reacções alérgicas incluindo reacções graves e potencialmente ameaçadoras da vida (anafiaxia) mas não foram observadas com este medicamento.

No entanto, deve estar atento aos sinais iniciais de reacções alérgicas, tais como sensação de queimadura e picadas no local da injecção, arrepios, vermelhidão, erupções cutâneas, urticária, dificuldade respiratória, náuseas, dor de cabeça, sonolência, tensão arterial baixa e opressão torácica.

Durante estudos clínicos, muito raramente, foram observados os seguintes efeitos secundários (menos de 1 caso em 10 000 administrações dadas aos doentes): febre (pirexia), aumento da proteína C-reactiva, pústulas (urticária), comichão (prurido), erupção cutânea e tonturas.

Na experiência pós-comercialização tem havido notificação de agitação hemorragia no tórax, aumento da transpiração, dor e vermelhidão no local da injecção, aumento da temperatura do corpo e aumento da necessidade de catecolaminas (medicamento para aumentar a pressão sanguínea) durante o tratamento.

Se a preparação for usada em doentes com deficiência congénita grave de proteína C, podem ser desenvolvidos anticorpos inibidores da proteína C que diminuem o efeito da preparação.
Contudo, este facto não foi ainda observado nos ensaios clínicos.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:A segurança da utilização na gravidez humana não foi estabelecida em ensaios clínicos controlados.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Não está disponível informação sobre a excreção da proteína C no leite. Por esta razão, o benefício da utilização deste medicamento durante ou aleitamento deverá ser avaliado contra o risco para a mãe e para o filho e, deverá ser usado apenas se estritamente necessário.
Precauções Gerais
Tome especial cuidado se ocorrerem sintomas de alergia.

Os sintomas de alergia incluem erupções cutâneas, urticária, dificuldade respiratória, tensão arterial baixa, opressão torácica, e choque.

Se estes sintomas ocorrerem durante a administração deste medicamento, a injecção deverá ser interrompida.

Estes sintomas podem representar uma reacção alérgica a qualquer um dos componentes, às proteínas de rato ou heparina.

A preparação pode conter vestígios de heparina e/ou proteína de rato como resultado do processo de fabrico.

Se ocorrer uma reacção destas, o médico decidirá sobre o tratamento mais adequado.


Quando os medicamentos são feitos a partir de plasma ou sangue humano, são tomadas medidas para prevenir que infecções sejam passadas aos doentes.

Estas medidas incluem a selecção cuidadosa dos dadores de forma a assegurar que aqueles com risco de infecções sejam excluídos e a análise de cada doação e pool de plasma para sinais de vírus/infecções.

O fabrico destes produtos incluem etapas no processamento do sangue ou plasma que podem inactivar ou remover vírus.

Apesar destas medidas, quando são administrados medicamentos preparados a partir de plasma ou sangue humano, a possibilidade de transmissão de agentes infecciosos não pode ser totalmente excluída.

Isto também se aplica a vírus desconhecidos ou emergentes ou outros agentes patogénicos.

As medidas tomadas são consideradas efectivas para vírus com envelope tais como o vírus da imunodeficiência adquirida (HIV), vírus da hepatite B e da hepatite C e, para os vírus sem envelope da hepatite A.

As medidas tomadas podem ser de valor limitado contra vírus sem envelope tais como o Parvovírus B19.

A infecção por Parvovírus pode ser grave em mulheres grávidas (infecção fetal) e em indivíduos com o sistema imunitário debilitado ou com alguns tipos de anemia (p. ex. anemia das células falciformes ou anemia hemolítica).

O médico pode recomendar que considere a vacinação contra a hepatite A e B se recebe de forma regular/repetida produtos com proteína C derivada do plasma humano.
Cuidados com a Dieta
Não aplicável.
Terapêutica Interrompida
Não aplicável.
Cuidados no Armazenamento
Conservar no frigorífico (2ºC - 8ºC).
Não congelar.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Não recomendado/Evitar

Tinzaparina sódica Proteína C humana

Observações: n.d.
Interacções: O efeito anticoagulante da Tinzaparina sódica pode ser potenciada por outros fármacos que afetem o sistema de coagulação, tais como os inibidores da função plaquetária (por exemplo: ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios não esteróides), agentes trombolíticos, antagonistas da vitamina K, proteína C activada e inibidores diretos dos fatores Xa e IIa. As referidas associações deverão ser evitadas ou cuidadosamente monitorizadas. - Proteína C humana
Consultar informação actualizada

Proteína C humana Anticoagulantes orais

Observações: Atualmente não são conhecidas interações com outros medicamentos.
Interacções: Em doentes a iniciar tratamento com anticoagulantes orais pertencentes à classe dos antagonistas da vitamina K (p.ex. varfarina), pode surgir um estado hipercoagulável temporário antes de se verificar o efeito anticoagulante desejado. Este efeito temporário pode ser explicado pelo facto de a proteína C, sendo uma proteína plasmática dependente da vitamina K, ter um tempo de semi-vida inferior à maioria das proteínas dependentes da vitamina K ( i.e. II, IX e X). Subsequentemente, na fase inicial do tratamento, a actividade da proteína C é mais rapidamente suprimida do que a dos fatores de procoagulação. Por esta razão, se o doente for mudado para anticoagulantes orais, a terapêutica substitutiva com proteína C deverá ser continuada até ser obtida a anticoagulação estável. - Anticoagulantes orais
Consultar informação actualizada

Proteína C humana Antagonistas da vitamina K

Observações: Atualmente não são conhecidas interações com outros medicamentos.
Interacções: Em doentes a iniciar tratamento com anticoagulantes orais pertencentes à classe dos antagonistas da vitamina K (p.ex. varfarina), pode surgir um estado hipercoagulável temporário antes de se verificar o efeito anticoagulante desejado. Este efeito temporário pode ser explicado pelo facto de a proteína C, sendo uma proteína plasmática dependente da vitamina K, ter um tempo de semi-vida inferior à maioria das proteínas dependentes da vitamina K ( i.e. II, IX e X). Subsequentemente, na fase inicial do tratamento, a actividade da proteína C é mais rapidamente suprimida do que a dos fatores de procoagulação. Por esta razão, se o doente for mudado para anticoagulantes orais, a terapêutica substitutiva com proteína C deverá ser continuada até ser obtida a anticoagulação estável. - Antagonistas da vitamina K
Consultar informação actualizada

Proteína C humana Varfarina

Observações: Atualmente não são conhecidas interações com outros medicamentos.
Interacções: Em doentes a iniciar tratamento com anticoagulantes orais pertencentes à classe dos antagonistas da vitamina K (p.ex. varfarina), pode surgir um estado hipercoagulável temporário antes de se verificar o efeito anticoagulante desejado. Este efeito temporário pode ser explicado pelo facto de a proteína C, sendo uma proteína plasmática dependente da vitamina K, ter um tempo de semi-vida inferior à maioria das proteínas dependentes da vitamina K ( i.e. II, IX e X). Subsequentemente, na fase inicial do tratamento, a actividade da proteína C é mais rapidamente suprimida do que a dos fatores de procoagulação. Por esta razão, se o doente for mudado para anticoagulantes orais, a terapêutica substitutiva com proteína C deverá ser continua da até ser obtida a anticoagulação estável. Apesar da necrose da pele induzida pela varfarina poder ocorrer em qualquer doente durante o início da terapêutica anticoagulante oral, os indivíduos com de ficiência congénita em proteína C encontram-se particularmente em risco. - Varfarina
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Proteína C humana
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

A segurança da utilização na gravidez humana não foi estabelecida em ensaios clínicos controlados.

Não está disponível informação sobre a excreção da proteína C no leite. Por esta razão, o benefício da utilização deste medicamento durante a gravidez ou aleitamento deverá ser avaliado contra o risco para a mãe e para o filho e, deverá ser usado apenas se estritamente necessário.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 12 de Abril de 2022