Oxitocina

O que é
Ocitocina ou oxitocinona é uma hormona produzida pelo hipotálamo e armazenado(a) na hipófise posterior (Neurohipófise) que tem a função de promover as contrações musculares uterinas e reduzir o sangramento durante o parto, para estimular a libertação do leite materno, para desenvolver apego e empatia entre pessoas, para produzir parte do prazer do orgasmo, mas que também produz receio do desconhecido.

Péptido sintético cíclico de 9 resíduos.

A hormona é preparada sinteticamente para evitar uma possível contaminação com vasopressina (ADH) e outros pequenos polipeptídeos com actividade biológica.
Usos comuns
Indução do trabalho de parto, no final do tempo de gravidez.
Estimulação da contractilidade em casos de inércia uterina primária ou secundária.
Controlo da hemorragia pós-parto, em mulheres nas quais os derivados da cravagem do centeio não estão indicados.
Tipo
Biotecnologia.
História
A palavra oxitocina foi cunhada a partir do termo ocitócico (usado, pelo menos em 1800 para se referir a agentes como ergots que causariam simulação uterina; do grego, oxys e tokos, que significa "nascimento rápido") por investigadores da Parke Davis, and Company, por volta de 1927, duas décadas após as suas propriedades uterino-contratantes terem sido descobertas pelo farmacologista britânico Sir Henry Hallett Dale em 1906.

A propriedade de ejecção do leite de ocitocina foi descrito por Ott e Scott em 1910 e por Schafer e Mackenzie em 1911.

A sequência de nove aminoácidos de oxitocina foi elucidada por Vincent du Vigneaud et al. e por Tuppy em 1953 e sintetizados bioquimicamente logo depois por du Vigneaud et al. em 1953.

A oxitocina foi o primeiro polipéptido de hormona a ser sequenciado e sintetizado.
Indicações
Via IM e IV:
Indução do trabalho de parto, no final do tempo de gravidez.
Estimulação da contractilidade em casos de inércia uterina primária ou secundária.
Controlo da hemorragia pós-parto, em mulheres nas quais os derivados da cravagem do centeio não estão indicados.

Nasal:
Estimulação da expulsão do leite em doentes com dificuldades na amamentação ou na aspiração de leite.
Prevenção e tratamento do engorgitamento dos seios, prevenção da mastite puerperal.
Classificação CFT

8.1.2 : Lobo posterior da hipófise

Mecanismo De Acção
A Oxitocina é um nonapeptídeo sintético.
A sua constituição química e as suas propriedades farmacológicas são idênticas às da hormona oxitócica natural do lóbulo posterior da hipófise.
Actua selectivamente sobre a musculatura lisa do útero especialmente no final da gravidez, durante o parto e no pós-parto, ou seja, quando o número de receptores específicos da oxitocina no miométrio está aumentado.
Quando se administram doses baixas por perfusão intravenosa, a Oxitocina produz contracções uterinas rítmicas que não se distinguem em frequência, intensidade e duração, das observadas num parto espontâneo.
Com doses mais elevadas por perfusão intravenosa ou em injecção única, o fármaco é capaz de causar e manter contracções uterinas tetânicas.
Além do seu efeito sobre o útero, a oxitocina produz contracções das células mioepiteliais que rodeiam a glândula mamária, produzindo ejecção do leite e facilitando a lactação.
Uma vez que se obtém por síntese, a Oxitocina encontra-se completamente livre de hormona vasopressora (ausência de vasopressina), no entanto, mesmo na sua forma pura a oxitocina tem uma actividade antidiurética intrínseca mínima, semelhante à da vasopressina.
Outro efeito farmacológico observado com doses elevadas de oxitocina, particularmente quando se administra por injecção em bólus intravenoso rápido, consiste num efeito relaxante directo e transitório sobre a musculatura lisa vascular, tendo como resultado uma ligeira hipotensão, rubor e taquicardia reflexa.

Via nasal:
A oxitocina para pulverização nasal é um nonapéptido de síntese, semelhante à oxitocina, hormona libertada pelo lobo posterior da hipófise.
Induz uma actividade contráctil rítmica do útero, provocando igualmente a contração das células mioepiteliais que envolvem os alvéolos mamários.
É por isso que o oxitocina solução para pulverização nasal promove a lactação e facilita a amamentação, ou a aspiração do leite por meios mecânicos.
Posologia Orientativa
Via Nasal:
Cada nebulização fornece uma dose de 4 U.I. de oxitocina. Esta dose deverá ser nebulizada num orifício nasal, 2 a 5 minutos antes da mamada ou da aspiração mecânica do leite.

Via injectável (IV):
A oxitocina deve ser utilizada exclusivamente em meio hospitalar e sob controlo médico.

Para indução do trabalho de parto, a administração faz-se sempre por perfusão intravenosa e nunca por via intramuscular.
O controlo adequado da velocidade de perfusão é essencial e deve utilizar-se uma bomba de perfusão ou outro equipamento semelhante.
A doente deve estar constantemente vigiada por pessoal especializado na utilização deste medicamento e nas possíveis complicações do tratamento.

Indução do trabalho de parto ou estimulação da contractilidade uterina: Utiliza-se sempre a perfusão intravenosa. Iniciar a perfusão com uma solução sem oxitocina, preferencialmente soro fisiológico.
Preparar a solução de oxitocina dissolvendo de forma asséptica uma ampola de 10 U.I. em 1000 ml de solvente não hidratante.
Agitar suavemente ou rodar o frasco ou o saco várias vezes antes da utilização para garantir uma mistura homogénea (a solução contém 10 mU/ml de oxitocina).
Colocar a solução no sistema de perfusão.
A dose inicial não deve ser superior a 1-2 mU/min. (2 a 4 gotas/min., caso não haja equipamento adequado para efectuar a medição) e deve aumentar-se gradualmente em 1-2 mU/min. (2 a 4 gotas/min.) até que as contracções sejam semelhantes às do trabalho de parto normal.
A dose máxima recomendada é de 20 mU/min. (40 gotas/min.).
A dose deve sempre ser ajustada à resposta individual. Para isso, a doente deve ser cuidadosamente vigiada (frequência cardíaca fetal, pressão sanguínea; se possível tocometria).
Em caso de ocorrência de um estado de hiperactividade uterina e/ou sofrimento fetal deve imediatamente interromper-se a perfusão e administrar oxigénio à mãe.

Hemorragia pós-parto: Dissolver entre 10 e 40 U.I. de oxitocina (1 a 4 ampolas) em 1000 ml de solvente não hidratante e manter a perfusão à velocidade necessária para controlar a atonia uterina.
Administração
Vias IV e nasal.

A oxitocina deve ser utilizada exclusivamente em meio hospitalar e sob controlo médico.
Contra-Indicações
Via injectável:
Hipersensibilidade à oxitocina.

Desproporção cefalopélvica, apresentação anormal, toxemia severa, predisposição a embolia por líquido amniótico (morte do feto no útero, desprendimento prematuro da placenta).

Historial de cesariana ou qualquer outro acto cirúrgico afectando o útero, placenta prévia, contrações hipertónicas, distocias mecânicas, sofrimento fetal quando o parto não é eminente.

Oxitocina não deve ser administrado conjuntamente com prostaglandinas ou outros estimulantes das contrações uterinas e nunca num intervalo inferior a seis horas após a administração destas.

Oxitocina não está indicada em crianças.

Nasal:
Hipersensibilidade à oxitocina.

Gravidez.

Dado que a resposta uterina à oxitocina administrada por via nasal é variável, a solução para pulverização nasal não deve ser usado durante o parto.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Podem surgir, por vezes, com as doses recomendadas, quadros de hiperactividade uterina (hipertonicidade, espasmos, contrações tetânicas, ruptura do útero) devidas a hipersensibilidade.

No entanto, a maioria destes casos acontece com a utilização de doses excessivas.

A oxitocina tem um ligeiro efeito antidiurético.

A administração durante longos períodos pode resultar numa intoxicação hídrica, especialmente se a doente receber simultaneamente líquidos por via oral.

São descritos outros efeitos indesejáveis: bradicardia fetal, icterícia neonatal, reacções anafilácticas, hemorragia pós-parto, arritmias cardíacas, contrações ventriculares prematuras, náuseas, vómitos, hematoma pélvico, afibrinogenemia.

Descreveu-se um aumento do risco de coagulação intravascular disseminada após o parto em doentes submetidas a indução farmacológica do parto com dinoprostona ou oxitocina.

A frequência destas reacções adversas parece ser, no entanto, rara (<1 em cada 1000 partos).
Advertências

Sem informação.

Precauções Gerais
A indução do trabalho de parto com oxitocina só deve ser feita por razões médicas e nunca por conveniência.

O médico deverá avaliar cuidadosamente o benefício da utilização de oxitocina nas seguintes condições: parto prematuro, partos múltiplos, distensão excessiva do útero, em multíparas de idade superior a 35 anos ou a partir do quinto parto.

Deve reduzir-se o volume de perfusão em doentes com transtornos cardiovasculares.

Devem utilizar-se soluções mais concentradas ajustando devidamente a dose.

Deve ter-se em consideração que mesmo em casos de utilização correta da oxitocina e supervisão adequada, podem verificar-se contrações hipertónicas em doentes hipersensíveis à oxitocina.

A indução farmacológica do parto com dinoprostona ou oxitocina está associada a um risco acrescido de coagulação intravascular disseminada (CID) pós-parto, considerada uma situação muito rara.

Este risco acrescido pode ser ainda mais relevante se a idade da mulher for igual ou superior a 35 anos, se ocorrerem complicações durante a gravidez e se a idade gestacional for superior às 40 semanas.

Nestas mulheres, a utilização de Oxitocina deverá ser efectuada com especial atenção e os profissionais de saúde deverão estar atentos a qualquer sinal de CID (i.e. fibrinólise).
Cuidados com a Dieta
Não interfere com alimentos e bebidas.
Terapêutica Interrompida
Porque você vai receber a ocitocina em um ambiente clínico, não há perigo de falhar uma dose.

Nasal: A solução para pulverização nasal apenas deve administrar-se 2 a 5 minutos antes da mamada ou da aspiração mecânica do leite.

Se se esqueceu de aplicar uma dose ignore-a e aplique a dose seguinte 2 a 5 minutos antes da próxima mamada.
Cuidados no Armazenamento
Conservar no frigorífico (2°C a 8°C).
Depois de aberto, o frasco deve ser conservado a temperatura inferior a 25°C e o seu conteúdo utilizado no prazo máximo de um mês.
Este medicamento é armazenado em meio hospitalar.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Usar com precaução

Oxitocina Anestésicos gerais

Observações: n.d.
Interacções: Os anestésicos gerais com grande poder relaxante do útero (halotano, clorofórmio, etc.) podem antagonizar o efeito da oxitocina. A administração com agentes vasopressores pode originar hipertensão arterial severa durante o período pós-parto. Encontram-se descritos alguns casos de acidente vascular por este motivo. - Anestésicos gerais
Usar com precaução

Oxitocina Halotano

Observações: n.d.
Interacções: Os anestésicos gerais com grande poder relaxante do útero (halotano, clorofórmio, etc.) podem antagonizar o efeito da oxitocina. A administração com agentes vasopressores pode originar hipertensão arterial severa durante o período pós-parto. Encontram-se descritos alguns casos de acidente vascular por este motivo. - Halotano
Usar com precaução

Oxitocina Clorofórmio

Observações: n.d.
Interacções: Os anestésicos gerais com grande poder relaxante do útero (halotano, clorofórmio, etc.) podem antagonizar o efeito da oxitocina. A administração com agentes vasopressores pode originar hipertensão arterial severa durante o período pós-parto. Encontram-se descritos alguns casos de acidente vascular por este motivo. - Clorofórmio
Contraindicado

Sulprostona Oxitocina

Observações: n.d.
Interacções: Não se deve administrar oxitocina juntamente com sulprostona, uma vez que daí pode resultar uma hiper-estimulação do útero não evacuado (excepção: hemorragia pós-parto por atonia). - Oxitocina
Contraindicado

Oxitocina Prostaglandinas

Observações: n.d.
Interacções: Está contra-indicado o uso concomitante de Oxitocina com prostaglandinas ou outros estimulantes das contracções uterinas. - Prostaglandinas
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Noradrenalina Oxitocina

Observações: n.d.
Interacções: Alcaloides ergotamínicos ou a oxitocina podem potenciar os efeitos vasopressores e vasoconstritores. - Oxitocina
Sem efeito descrito

Metilergometrina Oxitocina

Observações: Os alcaloides da cravagem do centeio são substratos do CYP3A4.
Interacções: interacções a ter em consideração: Não são conhecidas interacções adversas que ocorram com a administração concomitante de Metilergometrina e oxitocina. - Oxitocina
Usar com precaução

Beclometasona + Formoterol Oxitocina

Observações: O dipropionato de beclometasona sofre um metabolismo rápido via enzimas estearase sem envolvimento do sistema citocrómio P450.
Interacções: Adicionalmente, a L-dopa, a L-tiroxina, a oxitocina e o álcool podem prejudicar a tolerância aos simpaticomiméticos beta 2. - Oxitocina
Usar com precaução

Budesonida + Formoterol Oxitocina

Observações: n.d.
Interacções: Além disso, a L-dopa, L-tiroxina, oxitocina e o álcool podem afectar a tolerância cardíaca aos simpaticomiméticos-β2. - Oxitocina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Desmopressina Oxitocina

Observações: n.d.
Interacções: A Indometacina, o clofibrato e a oxitocina podem aumentar o efeito antidiurético da desmopressina e podem induzir retenção de água e hiponatrémia. - Oxitocina
Usar com precaução

Dobutamina Oxitocina

Observações: n.d.
Interacções: O uso concomitante de dobutamina e oxitocina pode provocar hipertensão arterial (devido à potenciação dos efeitos vasopressores). - Oxitocina
Usar com precaução

Efedrina Oxitocina

Observações: n.d.
Interacções: Associações que requerem cuidados na utilização: Oxitocina: Hipertensão com simpaticomiméticos vasoconstritores. - Oxitocina
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Fluticasona + Formoterol Oxitocina

Observações: Não foram realizados estudos formais de interacção com o Fluticasona / Formoterol.
Interacções: Adicionalmente, a L-Dopa, a L-tiroxina, a oxitocina e o álcool podem diminuir a tolerância cardíaca aos simpaticomiméticos β2. - Oxitocina
Usar com precaução

Formoterol Oxitocina

Observações: Não foram realizados estudos de interacção específicos com formoterol.
Interacções: Os compostos que, por si só, potenciam os efeitos simpaticomiméticos, como L-dopa, L-tiroxina, oxitocina ou álcool, podem afectar igualmente a regulação cardiovascular quando tomados ao mesmo tempo que o formoterol. - Oxitocina
Não recomendado/Evitar

Beclometasona + Formoterol + Brometo de glicopirrónio Oxitocina

Observações: n.d.
Interacções: interacções farmacodinâmicas Relacionadas com o FORMOTEROL O tratamento concomitante com quinidina, disopiramida, procainamida, anti-histamínicos, inibidores da monoamina oxidase, antidepressivos tricíclicos e fenotiazinas pode prolongar o intervalo QT e aumentar o risco de arritmias ventriculares. Além disso, a L-dopa, L-tiroxina, oxitocina e o álcool podem alterar a tolerância cardíaca para com os simpaticomiméticos beta2. - Oxitocina
Usar com precaução

Glucose Oxitocina

Observações: Como em todas as soluções parenterais, devem ser verificadas as compatibilidades ao adicionar medicamentos. Devido ao seu pH ácido, a solução pode ser incompatível com outros medicamentos, pelo que antes de combinar a solução de glucose com outro medicamento deve verificar-se que o intervalo de pH em que este é efetivo se encontra dentro do intervalo de pH da solução de glucose a (pH = 3,5 – 6,5).
Interacções: Medicamentos que causam um aumento do efeito da vasopressina Os medicamentos listados abaixo aumentam o efeito da vasopressina, levando a uma redução da excreção renal de água sem eletrólitos, e aumentam o risco de hiponatremia adquirida em ambiente hospitalar na sequência de um tratamento inadequadamente equilibrado com fluidos IV. • Medicamentos que estimulam a libertação de vasopressina, p. ex.: Clorpropamida, clofibrato, carbamazepina, vincristina, inibidores seletivos da recaptação da serotonina, 3,4-metilenodioxi-N-metanfetamina, ifosfamida, antipsicóticos, narcóticos • Medicamentos que potenciam a acção da vasopressina, p. ex.: Clorpropamida, AINE, ciclofosfamida • Análogos da vasopressina, p. ex.: Desmopressina, oxitocina, vasopressina, terlipressina - Oxitocina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Budesonida + Formoterol + Brometo de glicopirrónio Oxitocina

Observações: Não foram realizados estudos clínicos de interacção fármaco-fármaco com este medicamento, no entanto, com base em estudos in vitro, o potencial para interacções metabólicas é considerado baixo.
Interacções: Interacções farmacodinâmicas Outras interacções farmacodinâmicas O tratamento concomitante com quinidina, disopiramida, procainamida, anti-histamínicos, inibidores da monoamina oxidase, antidepressivos tricíclicos e fenotiazinas pode prolongar o intervalo QT e aumentar o risco de arritmias ventriculares. Além disso, L-dopa, L-tirosina, oxitocina e álcool podem prejudicar a tolerância cardíaca aos beta2-simpaticomiméticos. - Oxitocina
Usar com precaução

Clenbuterol Oxitocina

Observações: n.d.
Interacções: O Clenbuterol, antagoniza os efeitos da prostaglandina F2 α e da oxitocina. E por sua vez, a acção do Clenbuterol é antagonizada pelos bloqueadores β-adrenérgicos. - Oxitocina
Usar com precaução

Paracetamol + Pseudoefedrina + Triprolidina Oxitocina

Observações: n.d.
Interacções: Paracetamol + Pseudoefedrina + Triprolidina pode ter interacção com a hormona (oxitocina). - Oxitocina
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Oxitocina
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 27 de Junho de 2023