Oxerrutinas (rutosídeo)

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento
O que é
Pertence a um grupo de medicamentos que protege os vasos, designados por vasoprotetores.

Oxerrutinas, rutina, também chamada de rutosídeo, quercetina-3-O-rutinídeo e soforina, é o glicosídeo que combina o flavonol quercetina e o dissacarídeo rutinose (α-L-rhamnopiranosil- (1 → 6) -β-D-glucopiranose).
É um flavonóide cítrico encontrado em uma ampla variedade de plantas, incluindo citros.
Usos comuns
Oral:
Alívio do inchaço (edema) e sintomas relacionados com a Insuficiência Venosa Crónica (IVC) como dor, cansaço, sensação de pernas “inquietas”, aumento de volume, cãibras, parestesias e sensação de pernas pesadas.
Alívio dos sintomas das hemorróidas.

Cutâneo:
Tratamento tópico dos sintomas relacionados com a Insuficiência Venosa Crónica (IVC), como dor, cansaço, edema, cãibras, parestesias (picadas, dormência) e sensação de peso nos membros inferiores.
Tipo
Molécula pequena.
História
Sem informação.
Indicações
Oral:
Alívio do inchaço (edema) e sintomas relacionados com a Insuficiência Venosa Crónica (IVC) como dor, cansaço, sensação de pernas “inquietas”, aumento de volume, cãibras, parestesias e sensação de pernas pesadas.
Alívio dos sintomas das hemorróidas.

Cutâneo:
Tratamento tópico dos sintomas relacionados com a Insuficiência Venosa Crónica (IVC), como dor, cansaço, edema, cãibras, parestesias (picadas, dormência) e sensação de peso nos membros inferiores.
Classificação CFT

3.6 : Venotrópicos

Mecanismo De Acção
Os efeitos farmacodinâmicos dos O-(ß-hidroxietil)-rutosídeos, têm sido demonstrados em diferentes estudos in vitro e in vivo.

A capacidade dos O-(ß-hidroxietil)-rutosídeos para proteger a parede vascular de reacções oxidativas provocadas pelas células do sangue activadas e a sua afinidade para o endotélio dos capilares e vénulas pode ser mostrada a nível celular.

Em estudos realizados em indivíduos saudáveis ou em doentes com IVC, podem-se demonstrar os seguintes efeitos farmacodinâmicos dos O-(ß-hidroxietil)-rutosídeos:
- redução da permeabilidade capilar
- restabelecimento do refluxo veno-arteriolar
- aumento do tempo de retorno venoso
- aumento da tensão de oxigénio transcutâneo

Todos estes efeitos são compatíveis com o efeito primário dos O-(ß-hidroxietil)-rutosídeos no endotélio microvascular, resultando numa diminuição do edema.

Diversos estudos em que se utilizaram doses diárias de 500 mg a 2000 mg de O-(ß-hidroxietil)-rutosídeos por períodos de 1 a 3 meses demonstraram a eficácia das doses acima recomendadas na Insuficiência Venosa Crónica e suas complicações.

O efeito dos O-(ß-hidroxietil)-rutosídeos no alívio sintomático das hemorróidas, foi avaliado em 4 estudos com doses de 600 mg, 1000 mg ou 1800 mg de O-(ß-hidroxietil)-rutosídeos por dia.

A duração do tratamento foi de 1 a 4 semanas.

Em todos estes estudos, houve redução da gravidade dos sintomas (dor, hemorragia, prurido, corrimento seroso) e melhoria do aspecto da mucosa retal por proctoscopia.
Posologia Orientativa
Oral:
Insuficiência venosa crónica e suas complicações:
Dose inicial: 1 saqueta por dia
Esta dosagem deve ser mantida até alívio completo dos sintomas e do edema.

O alívio sintomático ocorre geralmente após 2 semanas.

Dose de manutenção: 1000 mg por dia ou, no mínimo 500 a 600 mg.

Após o alívio completo dos sintomas e do edema, o tratamento pode ser interrompido.

Em caso de recorrência dos sintomas, o tratamento deve ser reiniciado com a dose inicial ou a dose de manutenção.

Hemorróidas:
As dosagens usadas são as mencionadas acima para a insuficiência venosa crónica.

Cutâneo:
A dose recomendada são 2 aplicações diárias com massagem suave para penetrar e até a pele ficar seca.

Se necessário pode ser aplicado sob ligaduras oclusivas ou elásticas.

Na insuficiência renal e hepática, tendo em conta os estudos toxicológicos com as formas orais, não haverá risco especial, cabe todavia ao médico decidir a sua utilização nas referidas patologias.
Administração
Oral: Solução oral é administrado oralmente.

Diluir o conteúdo duma saqueta num copo de água, e tomar.

Cutâneo: A dose recomendada são 2 aplicações diárias com massagem suave para penetrar e até a pele ficar seca.

Se necessário pode ser aplicado sob ligaduras oclusivas ou elásticas.
Contra-Indicações
Se tem alergia (hipersensibilidade) aos O-(ß-hidroxietil)-rutosídeos.
Não está recomendado em crianças com idade inferior a 12 anos.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Oral:
Em casos raros, pode causar distúrbios gastrointestinais, flatulência, diarreia, dor abdominal, desconforto gástrico, dispepsia, rash, prurido e urticária.

Em casos muito raros, pode causar tonturas, dores de cabeça, cansaço, rubor, reacções de hipersensibilidade, reacções anafilactóides e choque anafiláctico.

Cutâneo:
Foram observados casos raros de sensibilização com reacções cutâneas.

Os sintomas desaparecem com a interrupção do tratamento.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:Recomenda-se, de acordo com a prática clínica aceite, não usar este medicamento nos três primeiros meses de gravidez.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Os vestígios encontrados no feto e no leite (em estudos animais) consideram-se sem relevância clínica.
Precauções Gerais
Oral: Doentes com edema nos membros inferiores devido a doenças cardíacas, renais ou hepáticas não deverão usar este medicamento porque o efeito não está demonstrado nestas situações.

Cutâneo: Não deve ser usado no tratamento de edema de causa cardíaca, renal ou hepática.
Nestes casos o tratamento deve ser dirigido à causa subjacente.

Evitar a aplicação sobre feridas não cicatrizadas e olhos.

Caso os sintomas não melhorem o doente deve recorrer ao médico.
Cuidados com a Dieta
Não aplicável.
Terapêutica Interrompida
Não utilize uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de usar.
Cuidados no Armazenamento
Conservar a temperatura inferior a 30ºC.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Sem efeito descrito

Oxerrutinas (rutosídeo) Anticoagulantes orais

Observações: Não foram referidas quaisquer interações com outros fármacos. Verificou-se que as Oxerrutinas não interferem com os anticoagulantes varfarínicos. Os componentes do Oxerrutinas são derivados da rutina e quercetina (presentes em quantidades vestigiais). A quercetina demonstrou inibir o CYP3A hepático humano e a sulfotransferase in vitro, mas não in vivo. Não foi demonstrada qualquer ação inibitória da rutina sobre as enzimas hepáticas. Deste modo, considera-se que as Oxerrutinas orais não exercem efeito inibitório nem interferem com o metabolismo de outras substâncias ativas.
Interacções: Verificou-se que as Oxerrutinas não interferem com os anticoagulantes varfarínicos. - Anticoagulantes orais
Sem efeito descrito

Oxerrutinas (rutosídeo) Varfarina

Observações: Não foram referidas quaisquer interações com outros fármacos. Verificou-se que as Oxerrutinas não interferem com os anticoagulantes varfarínicos. Os componentes do Oxerrutinas são derivados da rutina e quercetina (presentes em quantidades vestigiais). A quercetina demonstrou inibir o CYP3A hepático humano e a sulfotransferase in vitro, mas não in vivo. Não foi demonstrada qualquer ação inibitória da rutina sobre as enzimas hepáticas. Deste modo, considera-se que as Oxerrutinas orais não exercem efeito inibitório nem interferem com o metabolismo de outras substâncias ativas.
Interacções: Verificou-se que as Oxerrutinas não interferem com os anticoagulantes varfarínicos. - Varfarina
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções das Oxerrutinas (rutosídeo)
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

Foi estudado em mulheres grávidas (22 ensaios clínicos num total de 1431 grávidas).
Nestes estudos não foram referidas anormalidades fetais que pudessem ser atribuidas à toma deste medicamento.
Assim, ainda que não se tenha verificado qualquer anormalidade em estudos de teratogenicidade, recomenda-se, de acordo com a prática clínica aceite, não usar este medicamento nos três primeiros meses de gravidez.

Os vestígios encontrados no feto e no leite (em estudos animais) consideram-se sem relevância clínica.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 11 de Novembro de 2021