Estreptoquinase

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento
O que é
A estreptoquinase é uma proteína não-enzimática isolada de estreptococos beta-hemolíticos do grupo C.
Actua sobre o sistema fibrinolítico e promove indirectamente a formação de plasmina ao ser combinada com o plasminogénio para formar o complexo estreptoquinase-plasminogénio, que logo será convertido em um complexo estreptoquinase-plasmina.
Usos comuns
A Estreptoquinase é usada para dissolver os coágulos sanguíneos que se formaram nos vasos sanguíneos.

É usada imediatamente após ocorrerem os sintomas de um ataque cardíaco para melhorar a sobrevivência do paciente.

Estreptoquinase também pode ser utilizado para tratar a formação de coágulos de sangue nos pulmões (embolia pulmonar) e nas pernas (trombose venosa profunda).

A Estreptoquinase é também utilizada para dissolver coágulos de sangue em tubos (cateteres) que são inseridos nos vasos sanguíneos.
Tipo
Biotecnologia.
História
A estreptoquinase foi descoberta em 1933 a partir de estreptococos beta-hemolíticos.
Está na Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial da Saúde.
Indicações
Para o tratamento de enfarte agudo do miocárdio em evolução transmural, embolia pulmonar, trombose venosa profunda, trombose arterial ou embolismo e oclusão de cânulas arteriovenosas.
Classificação CFT

4.3.2 : Fibrinolíticos (ou trombolíticos)

Mecanismo De Acção
O plasminogénio é uma molécula inactiva que se torna em plasmina activa quando o vínculo Arg/Val é clivado.

A plasmina decompõe coágulos de fibrina criados pela cascata de coagulação do sangue.

A Estreptoquinase forma um complexo enzimático 01:01 altamente específico com plasminogénio que converte moléculas de plasminogénio inactivo em plasmina activa.

A plasmina degrada coágulos de fibrina, assim como fibrinogénio e outras proteínas de plasma.

Isto por sua vez conduz à degradação de coágulos sanguíneos.
Posologia Orientativa
Conforme prescrição médica.
Administração
Via intra-arterial; Intravenosa.
Contra-Indicações
Hemorragia interna activa; acidente vascular cerebral recente (dentro de 2 meses), cirurgia intracraniana ou intra-espinhal; neoplasia intracraniana, hipertensão grave não controlada.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Fale com o médico ou enfermeiro imediatamente em caso de algum dos seguintes efeitos secundários:

Mais comum:
visão turva
confusão
tonturas, desmaios ou tonturas ao levantar-se de uma posição deitada ou sentada, de repente
febre
suores
cansaço ou fraqueza invulgar.

Menos comum:
Sangue nas fezes
sangue na urina
sangramentos do nariz
manchas vermelhas ou roxas na pele
nódoas negras
vómito com sangue.

Raro:
dor abdominal ou inchaço
dor nas costas ou dores nas costas
fezes negras
ardor, comichão , vermelhidão ou dor na pele
urina turva
pele fria e húmida
prisão de ventre
tosse
tosse com sangue
dificuldade em respirar
dificuldade em engolir
tonturas
batimento cardíaco rápido
pulso fraco ou rápido
sensação de calor
grande diminuição da frequência de micção ou quantidade de urina
dores de cabeça
urticária ou vergões
grande inchaço do rosto, do tipo picada de abelhas, pálpebras, lábios, língua, garganta, mãos, pernas, pés, ou órgãos sexuais
vertigens
dor muscular ou óssea
náuseas e vómitos
respiração ruidosa
inchaço ou aumento das pálpebras ou ao redor dos olhos, face, lábios ou língua
vermelhidão da face, pescoço, braços, e, ocasionalmente, parte superior do tórax
falta de ar
erupção cutânea
aperto no peito
pieira.
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:Devido a risco de lesões fetais, Estreptoquinase só deve ser administrado durante a gravidez após uma cuidadosa consideração do benefício-risco.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Não existe informação disponível relativamente à utilização de Estreptoquinase durante o aleitamento.
Precauções Gerais
A Estreptoquinase pode causar hemorragia que normalmente não é grave.

Contudo, pode ocorrer hemorragia grave em algumas pessoas.

Para ajudar a evitar uma hemorragia grave, siga atentamente as instruções dadas pelo médico.

Movimente-se o mínimo possível, e não saia da cama sozinho, a menos que o médico lhe diga que o pode fazer.

Fique atento a qualquer hemorragia ou algo a escorrer da sua pele, como do lugar da injecção ou onde o sangue foi retirado do braço.

Além disso, verifique se há sangue na urina ou evacuações.

Se tiver qualquer hemorragia ou lesões, informe o médico ou enfermeiro imediatamente.
Cuidados com a Dieta
Sem informação.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligar para o Centro de intoxicações.
Terapêutica Interrompida
Não aplicável.
Cuidados no Armazenamento
Este medicamento é armazenado em meio hospitalar.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Usar com precaução

Aprotinina Estreptoquinase

Observações: n.d.
Interacções: A aprotinina tem um efeito inibidor, dependente da dose, sobre a acção de agentes trombolíticos, como por exemplo estreptoquinase, uroquinase, alteplase (r-tPA). A aprotinina pode desencadear disfunção renal, em particular em doentes com disfunção renal pré-existente. Os aminoglicosídeos são um fator de risco para disfunção renal. - Estreptoquinase
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Estreptoquinase Anticoagulantes orais

Observações: n.d.
Interacções: Tratamento simultâneo ou prévio com anticoagulantes (fármacos que inibem a coagulação, ex. heparina) ou substâncias que atuam sobre a função ou formação plaquetária (p.ex., inibidores da agregação plaquetária, dextranos) pode aumentar o perigo de hemorragia. Antes de iniciar uma lise sistémica prolongada de tromboses venosas profundas e de oclusões arteriais com estreptoquinase deve esperar-se que desapareçam os efeitos das substâncias que atuam sobre a formação ou função das plaquetas. - Anticoagulantes orais
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Estreptoquinase Heparina

Observações: n.d.
Interacções: Tratamento simultâneo ou prévio com anticoagulantes (fármacos que inibem a coagulação, ex. heparina) ou substâncias que atuam sobre a função ou formação plaquetária (p.ex., inibidores da agregação plaquetária, dextranos) pode aumentar o perigo de hemorragia. Antes de iniciar uma lise sistémica prolongada de tromboses venosas profundas e de oclusões arteriais com estreptoquinase deve esperar-se que desapareçam os efeitos das substâncias que atuam sobre a formação ou função das plaquetas. - Heparina
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Estreptoquinase Dextrano

Observações: n.d.
Interacções: Tratamento simultâneo ou prévio com anticoagulantes (fármacos que inibem a coagulação, ex. heparina) ou substâncias que atuam sobre a função ou formação plaquetária (p.ex., inibidores da agregação plaquetária, dextranos) pode aumentar o perigo de hemorragia. Antes de iniciar uma lise sistémica prolongada de tromboses venosas profundas e de oclusões arteriais com estreptoquinase deve esperar-se que desapareçam os efeitos das substâncias que atuam sobre a formação ou função das plaquetas. - Dextrano
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Eptifibatida Estreptoquinase

Observações: n.d.
Interacções: A eptifibatida pareceu aumentar o risco de hemorragia quando administrado com estreptoquinase, num estudo sobre o enfarte agudo do miocárdio. Num estudo sobre o enfarte agudo do miocárdio em que participaram 181 doentes, a eptifibatida (em regimes posológicos de um bólus injetável de até 180 micrograma/kg, seguida de uma perfusão de até 2 micrograma/kg/min, durante um período de até 72 horas) foi administrado concomitantemente com estreptoquinase (1,5 milhões de unidades durante 60 minutos). Com as velocidades de perfusão máximas (1,3 micrograma/kg/min e 2,0 micrograma/kg/min) estudadas, verificou-se que eptifibatida esteve associada a um aumento da incidência de hemorragia e de transfusões em comparação com a incidência registada nos casos em que a estreptoquinase foi utilizada isoladamente. - Estreptoquinase
Usar com precaução

Triflusal Estreptoquinase

Observações: n.d.
Interacções: Em doentes com enfarte agudo do miocárdio, avaliou-se a segurança da administração concomitante de triflusal com agentes trombolíticos (rt-PA e estreptoquinase). A incidência de hemorragia intracraniana foi menor em doentes tratados com uma combinação de AAS e agentes trombolíticos (0,1% vs 1,1%, p=0,04). O triflusal deverá ser administrado com precaução em doentes em tratamento com anticoagulantes já que potencia a acção destes últimos. O triflusal pode potenciar a acção dos antidiabéticos orais obrigando a uma redução da dose destes últimos. - Estreptoquinase
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Estreptoquinase Antiagregantes plaquetários

Observações: n.d.
Interacções: Tratamento simultâneo ou prévio com anticoagulantes (fármacos que inibem a coagulação, ex. heparina) ou substâncias que atuam sobre a função ou formação plaquetária (p.ex., inibidores da agregação plaquetária, dextranos) pode aumentar o perigo de hemorragia. Antes de iniciar uma lise sistémica prolongada de tromboses venosas profundas e de oclusões arteriais com estreptoquinase deve esperar-se que desapareçam os efeitos das substâncias que atuam sobre a formação ou função das plaquetas. - Antiagregantes plaquetários
Usar com precaução

Tramadol + Dexcetoprofeno Estreptoquinase

Observações: n.d.
Interacções: A administração requer cuidado com Estreptoquinase e outros medicamentos trombolíticos ou fibrinolíticos, ou seja, medicamentos usados para quebrar os coágulos de sangue. - Estreptoquinase
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Ácido acetilsalicílico + Paracetamol + Ácido ascórbico Estreptoquinase

Observações: n.d.
Interacções: A administração concomitante de medicamentos trombolíticos (por ex.: estreptoquinase, alteplase) poderá aumentar o risco de hemorragia dos salicilatos. - Estreptoquinase
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Lepirudina Estreptoquinase

Observações: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: O tratamento concomitante com trombolíticos (por ex., AP-rte (Activador do Plasminogénio recombinante) ou estreptoquinase) pode: Aumentar o risco de complicações hemorrágicas, Potenciar consideravelmente o efeito de Lepirudina ao nível do prolongamento do aPTT. - Estreptoquinase
Usar com precaução

Drotrecogina alfa Estreptoquinase

Observações: n.d.
Interacções: Deve ter-se cuidado quando se utilizar Drotrecogina alfa com outros fármacos que afectam a hemostase incluindo Proteína C, trombolíticos (por ex. estreptoquinase, tPA, rPA e uroquinase), anticoagulantes orais (por ex. varfarina), hirudinas, antitrombina, Ácido Acetilsalicílico e outros agentes antiplaquetários (por ex. anti-inflamatórios não esteróides, ticlopidina e clopidogrel), antagonistas da glicoproteína IIb/IIIa (como o abciximab, eptifibatide e tirofibano) e prostaciclinas como o iloprost. - Estreptoquinase
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Estreptoquinase
Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

Devido a risco de lesões fetais, Estreptoquinase só deve ser administrado durante a gravidez após uma cuidadosa consideração do benefício-risco.
Durante as primeiras 18 semanas de gravidez, o uso de estreptoquinase deve ser limitado apenas a indicações vitais.

Não existe informação disponível relativamente à utilização de Estreptoquinase durante o aleitamento.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 23 de Setembro de 2024