Enflurano


O que é
Enflurano (2-cloro-1,1,2,-trifluoroetil-difluorometil éter) ou Enfluorano é um éter halogenado que foi comummente usado para anestesia por inalação durante os anos 1970 e 1980.
Um anestésico para inalação extremamente estável, que permite ajustes rápidos de profundidade da anestesia com pouca mudança no pulso ou frequência respiratória.
Um anestésico para inalação extremamente estável, que permite ajustes rápidos de profundidade da anestesia com pouca mudança no pulso ou frequência respiratória.
Usos comuns
É indicado na indução de anestesia geral em adultos e crianças.
O produto pode ser usado em anestesias gerais, em obstetrícia.
Pode ser utilizado como analgésico em partos vaginais.
Empregam-se frequentemente outros medicamentos para indução ou suplementação anestésica.
O produto pode ser usado em anestesias gerais, em obstetrícia.
Pode ser utilizado como analgésico em partos vaginais.
Empregam-se frequentemente outros medicamentos para indução ou suplementação anestésica.
Tipo
Molécula pequena.
História
Enflurano foi desenvolvido por Ross Terrell em 1963, foi primeiro usado clinicamente em 1966.
Indicações
Usado para a indução e manutenção da anestesia geral durante a cirurgia e cesariana e também para a analgesia durante o parto vaginal.
Classificação CFT
2.1 : Anestésicos gerais
Mecanismo De Acção
Enflurano induz uma redução na condutância da união, diminuindo a lacuna dos horários de abertura do canal junção e aumentando os tempos de saída dos canais de junção gap.
O enflurano também activa a ATPase dependente de cálcio no retículo sarcoplasmático aumentando a fluidez da membrana lipídica.
Também parece ligar-se a subunidade D da ATP sintase e NADH dehidogenase.
O enflurano também liga-se e antagoniza o receptor de GABA, o grande Ca2 + condutância de canal de potássio activado, o receptor de glicina, e antagoniza o receptor de de glutamato.
Estes originam uma diminuição da despolarização e, por conseguinte, a excitabilidade do tecido que resulta em anestesia.
O enflurano também activa a ATPase dependente de cálcio no retículo sarcoplasmático aumentando a fluidez da membrana lipídica.
Também parece ligar-se a subunidade D da ATP sintase e NADH dehidogenase.
O enflurano também liga-se e antagoniza o receptor de GABA, o grande Ca2 + condutância de canal de potássio activado, o receptor de glicina, e antagoniza o receptor de de glutamato.
Estes originam uma diminuição da despolarização e, por conseguinte, a excitabilidade do tecido que resulta em anestesia.
Posologia Orientativa
Para a indução da anestesia em pacientes adultos pode ser usada uma concentração de 0,5%, administrada em fluxo de oxigénio puro ou através de O2/N2O, aumentando-se gradativamente, após algumas inspirações, com incrementos de 0,5% até se atingir o nível de anestesia cirúrgica.
A concentração mais elevada não deve ultrapassar 4%.
Para a manutenção, os níveis podem ser mantidos com concentrações de 0,5% a 2%, com as quais se obtém relaxamento muscular adequado para a cirurgia intra-abdominal.
Em obstetrícia, pode ser usado de 0,25% a 1% para dar analgesia durante o trabalho de parto, tendo efeito semelhante ao produzido por 30% a 60% de N2O.
Na recuperação, a administração pode ser reduzida a 0,5% ao aproximar-se o final do acto cirúrgico ou por ocasião da sutura da pele.
Ao interromper-se a administração do agente anestésico, convém ventilar o aparelho respiratório do paciente com oxigénio puro, várias vezes até à sua completa recuperação.
A concentração mais elevada não deve ultrapassar 4%.
Para a manutenção, os níveis podem ser mantidos com concentrações de 0,5% a 2%, com as quais se obtém relaxamento muscular adequado para a cirurgia intra-abdominal.
Em obstetrícia, pode ser usado de 0,25% a 1% para dar analgesia durante o trabalho de parto, tendo efeito semelhante ao produzido por 30% a 60% de N2O.
Na recuperação, a administração pode ser reduzida a 0,5% ao aproximar-se o final do acto cirúrgico ou por ocasião da sutura da pele.
Ao interromper-se a administração do agente anestésico, convém ventilar o aparelho respiratório do paciente com oxigénio puro, várias vezes até à sua completa recuperação.
Administração
Via inalatória.
Contra-Indicações
A história ou suspeita de hipertermia maligna contra-indica o uso do enflurano.
A relação risco-benefício deve ser avaliada nas seguintes situações clínicas: pneumotórax, pneumoencefalografia, embolia gasosa, disfunção hepática, icterícia ou lesão hepática aguda após exposição a anestésicos gerais, arritmias cardíacas, diabetes não controladas, disfunção renal, toxemia gravídica, hipertensão intracraniana, miastenia grave e feocromocitoma.
A relação risco-benefício deve ser avaliada nas seguintes situações clínicas: pneumotórax, pneumoencefalografia, embolia gasosa, disfunção hepática, icterícia ou lesão hepática aguda após exposição a anestésicos gerais, arritmias cardíacas, diabetes não controladas, disfunção renal, toxemia gravídica, hipertensão intracraniana, miastenia grave e feocromocitoma.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
O enflurano é um depressor do SNC e, portanto, pode produzir sintomas característicos como depressão respiratória e circulatória, principalmente com doses elevadas.
Podem ocorrer contrações musculares, hepatoxicidade, hipóxia e crise de hipertermia maligna.
Excitação paradoxal do SNC pode surgir com alucinações, ansiedade e nervosismo.
Apesar de raras, podem surgir arritmias cardíacas, náuseas e vómitos.
Podem ocorrer contrações musculares, hepatoxicidade, hipóxia e crise de hipertermia maligna.
Excitação paradoxal do SNC pode surgir com alucinações, ansiedade e nervosismo.
Apesar de raras, podem surgir arritmias cardíacas, náuseas e vómitos.
Advertências

Gravidez:Este medicamento deve ser usado durante a gravidez apenas se for claramente necessário.

Aleitamento:Não se sabe se este medicamento é excretado no leite humano. Como muitos medicamentos são excretados no leite humano, deve-se ter cuidado quando o Enflurano for administrado a uma mulher que amamenta.
Precauções Gerais
O enflurano, como todos os anestésicos inalatórios, produz alterações nos traçados eletroencefalográficos.
Quando a anestesia com enflurano vai além dos limites recomendados, pode ocorrer no EEG um traçado caracterizado por alta voltagem e alta frequência, que progride através de complexos de espículas-ondas, intercaladas por período de silêncio elétrico.
As vezes, tal quadro acompanha-se de actividade motora, a qual quando ocorre, assume a forma de concentrações súbitas de diversos grupos musculares, que costumam desaparecer espontaneamente ou pela redução da concentração do anestésico.
Em registo eletroencefalográfico, observado em níveis profundos de anestesia, intensifica-se pela hiperventilação e consequente diminuição da tensão parcial de CO2.
O seu aparecimento constitui uma advertência de que a profundidade da anestesia é excessiva.
Ao reajustar-se o procedimento anestésico pela redução da concentração e/ou do ritmo da respiração assistida, a actividade motora desaparece.
A cessação imediata pode ser obtida, administrando-se pequena dose de relaxante muscular.
Estudos da irrigação sanguínea cerebral e do metabolismo, efectuados em voluntários normais, durante as alterações eletroencefalográficas não revelam evidência de hipóxia cerebral e a recuperação foi isenta de complicações.
Reitera-se a advertência de que o enflurano intensifica os efeitos dos relaxantes musculares não despolarizantes e que, por conseguinte, as doses habitualmente empregadas devem ser reduzidas aproximadamente para metade.
O enflurano deve ser usado com precaução em pacientes que, por uso de substâncias ou história clínica, demonstrem ser sensíveis à estimulação cortical produzida por essa droga.
Como os níveis de anestesia se alteram frequentemente com a rapidez e facilidade, recomenda-se o uso exclusivo de vaporizadores que proporcionem concentrações previsíveis, com precisão adequada.
Observou-se em alguns casos uma discreta elevação dos níveis séricos de glicose, facto que deve ser levado em consideração em se tratando de pacientes diabéticos.
Entretanto, o moderado aumento de glicemia, que pode ocorrer durante a anestesia com enflurano retorna a níveis normais no período pós-operatório imediato.
Têm sido relatadas disfunção hepática, icterícia e necrose hepática fatal após anestesia com anestésicos halogenados.
Tais reacções parecem representar uma reacção de sensibilidade aos anestésicos.
Cirrose ou outras anormalidades envolvendo disfunção hepática podem ser a base para selecionar um outro anestésico que não um agente halogenado.
Quando a anestesia com enflurano vai além dos limites recomendados, pode ocorrer no EEG um traçado caracterizado por alta voltagem e alta frequência, que progride através de complexos de espículas-ondas, intercaladas por período de silêncio elétrico.
As vezes, tal quadro acompanha-se de actividade motora, a qual quando ocorre, assume a forma de concentrações súbitas de diversos grupos musculares, que costumam desaparecer espontaneamente ou pela redução da concentração do anestésico.
Em registo eletroencefalográfico, observado em níveis profundos de anestesia, intensifica-se pela hiperventilação e consequente diminuição da tensão parcial de CO2.
O seu aparecimento constitui uma advertência de que a profundidade da anestesia é excessiva.
Ao reajustar-se o procedimento anestésico pela redução da concentração e/ou do ritmo da respiração assistida, a actividade motora desaparece.
A cessação imediata pode ser obtida, administrando-se pequena dose de relaxante muscular.
Estudos da irrigação sanguínea cerebral e do metabolismo, efectuados em voluntários normais, durante as alterações eletroencefalográficas não revelam evidência de hipóxia cerebral e a recuperação foi isenta de complicações.
Reitera-se a advertência de que o enflurano intensifica os efeitos dos relaxantes musculares não despolarizantes e que, por conseguinte, as doses habitualmente empregadas devem ser reduzidas aproximadamente para metade.
O enflurano deve ser usado com precaução em pacientes que, por uso de substâncias ou história clínica, demonstrem ser sensíveis à estimulação cortical produzida por essa droga.
Como os níveis de anestesia se alteram frequentemente com a rapidez e facilidade, recomenda-se o uso exclusivo de vaporizadores que proporcionem concentrações previsíveis, com precisão adequada.
Observou-se em alguns casos uma discreta elevação dos níveis séricos de glicose, facto que deve ser levado em consideração em se tratando de pacientes diabéticos.
Entretanto, o moderado aumento de glicemia, que pode ocorrer durante a anestesia com enflurano retorna a níveis normais no período pós-operatório imediato.
Têm sido relatadas disfunção hepática, icterícia e necrose hepática fatal após anestesia com anestésicos halogenados.
Tais reacções parecem representar uma reacção de sensibilidade aos anestésicos.
Cirrose ou outras anormalidades envolvendo disfunção hepática podem ser a base para selecionar um outro anestésico que não um agente halogenado.
Cuidados com a Dieta
Não aplicável.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligar para o Centro de intoxicações.
No caso de sobredosagem, ou quando a situação se assemelhar a uma sobredosagem, deve-se interromper imediatamente a aplicação do produto e promover a ventilação assistida ou controlada com oxigénio puro.
No caso de sobredosagem, ou quando a situação se assemelhar a uma sobredosagem, deve-se interromper imediatamente a aplicação do produto e promover a ventilação assistida ou controlada com oxigénio puro.
Terapêutica Interrompida
Não aplicável.
Cuidados no Armazenamento
Este medicamento é armazenado em meio hospitalar.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.

Brometo de ipratrópio + Fenoterol Enflurano
Observações: n.d.Interacções: A inalação de anestésicos de hidrocarbonetos halogenados, tais como halotano, tricloroetileno e enflurano, pode aumentar a suscetibilidade para os efeitos cardiovasculares dos agonistas-beta. - Enflurano

Artenimol + Piperaquina Enflurano
Observações: Não se realizaram estudos farmacocinéticos de interacção medicamentosa com Artenimol / Piperaquina. A avaliação do potencial de ocorrência de interações medicamentosas baseia-se em estudos in vitro.Interacções: A piperaquina tem o potencial de aumentar a velocidade do metabolismo de substratos da CYP2E1 produzindo uma diminuição das concentrações plasmáticas de substratos como o paracetamol ou a teofilina e os gases anestésicos enflurano, halotano e isoflurano. A principal consequência desta interacção poderá consistir numa diminuição da eficácia dos medicamentos administrados concomitantemente. - Enflurano

Besilato de atracúrio Enflurano
Observações: n.d.Interacções: O bloqueio neuromuscular produzido pelo Besilato de Atracúrio pode aumentar devido ao uso concomitante de anestésicos inalatórios tais como o halotano, isoflurano e enflurano. - Enflurano

Besilato de cisatracúrio Enflurano
Observações: n.d.Interacções: Efeito aumentado: Por anestésicos, tais como enflurano, isoflurano, halotano e cetamina, por outros bloqueadores neuromusculares não despolarizantes ou por outros medicamentos como antibióticos (incluindo aminoglicosidos, polimixinas, espectinomicina, tetraciclinas, lincomicina e clindamicina), por antiarrítmicos (incluindo propranolol, bloqueadores do canal do cálcio, lignocaína, procainamida e quinidina), por diuréticos (incluindo furosemida e possivelmente tiazidas, manitol e acetazolamida), por sais de magnésio e lítio e por bloqueadores ganglionares (trimetafano, hexametónio). - Enflurano

Brometo de ipratrópio + Salbutamol Enflurano
Observações: n.d.Interacções: A inalação de anestésicos de hidrocarbonetos halogenados, tais como o halotano, tricloroetileno e enflurano, pode aumentar a susceptibilidade aos efeitos cardiovasculares dos agonistas beta. - Enflurano

Cloreto de mivacúrio Enflurano
Observações: n.d.Interacções: O bloqueio neuromuscular produzido pelo mivacúrio pode ser potenciado pela utilização concomitante de anestésicos inalados como o enflurano, isoflurano, sevoflurano e halotano. - Enflurano

Paracetamol + Fenilefrina + Guaifenesina Enflurano
Observações: n.d.Interacções: FENILEFRINA: O uso concomitante com agentes anestésicos halogenados tais como ciclopropano, halotano, enflurano, isoflurano pode provocar ou piorar arritmias ventriculares. - Enflurano

Lidocaína + Fenilefrina Enflurano
Observações: n.d.Interacções: Agentes anestésicos halogenados O uso simultâneo de agentes anestésicos halogenados, como clorofórmio, ciclopropano, halotano, enflurano ou isoflurano, pode provocar ou piorar as arritmias ventriculares. - Enflurano

Informe o seu Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.
Os estudos de reprodução foram realizados em ratos e coelhos em doses até quatro vezes a dose humana e não revelaram evidência de fertilidade prejudicada ou danos para o feto devido ao Enflurano.
No entanto, não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas.
Como os estudos de reprodução animal nem sempre são preditivos da resposta humana, este medicamento deve ser usado durante a gravidez apenas se for claramente necessário.
Não se sabe se este medicamento é excretado no leite humano.
Como muitos medicamentos são excretados no leite humano, deve-se ter cuidado quando o Enflurano for administrado a uma mulher que amamenta.
Os estudos de reprodução foram realizados em ratos e coelhos em doses até quatro vezes a dose humana e não revelaram evidência de fertilidade prejudicada ou danos para o feto devido ao Enflurano.
No entanto, não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas.
Como os estudos de reprodução animal nem sempre são preditivos da resposta humana, este medicamento deve ser usado durante a gravidez apenas se for claramente necessário.
Não se sabe se este medicamento é excretado no leite humano.
Como muitos medicamentos são excretados no leite humano, deve-se ter cuidado quando o Enflurano for administrado a uma mulher que amamenta.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 27 de Fevereiro de 2025