Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC)

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento DCI com Advertência na Insuficiência Hepática DCI com Advertência na Insuficiência Renal DCI com Advertência na Condução
O que é
O tetrahidrocanabinol (THC) é um canabinóide encontrado na canábis.
É o principal constituinte psicoactivo da canábis e um dos pelo menos 113 canabinóides totais identificados na planta.
Embora a fórmula química do THC (C21H30O2) descreva vários isómeros, o termo THC refere-se geralmente ao isómero delta-9-THC com o nome químico (-)-trans-Δ9-tetrahidrocanabinol. É um óleo incolor.
Usos comuns
A canábis de uso medicinal consiste numa preparação a partir das flores da planta fêmea Cannabis sativa L e como se destina a fins terapêuticos.
A composição específica determina como a canábis actua e quais os efeitos indesejáveis que podem ser causados.
A canábis medicinal apenas está indicada nos casos em que os tratamentos convencionais não produziram os efeitos esperados ou provocaram efeitos indesejáveis relevantes.
Tipo
Sem informação.
História
Sem informação.
Indicações
A canábis medicinal apenas está indicada nos casos em que os tratamentos convencionais não produziram os efeitos esperados ou provocaram efeitos indesejáveis relevantes.
A canábis medicinal não desempenha um papel na cura de doenças, mas pode atenuar e aliviar os sintomas que estas causam, bem como ajudar a reduzir a dose e os efeitos indesejáveis provocados por outros medicamentos.

Formulações ricas em CBD ou equilibradas (CBD>> THC ou THC ≈ CBD)
Espasticidade associada à esclerose múltipla ou lesões da espinal medula; Náuseas, vómitos (resultante da quimioterapia, radioterapia e terapia combinada de HIV e medicação para hepatite C);
Estimulação do apetite nos cuidados paliativos de doentes sujeitos a tratamentos oncológicos ou com SIDA;
Dor crónica (associada a doenças oncológicas ou ao sistema nervoso, como por exemplo na dor neuropática causada por lesão de um nervo, dor do membro fantasma, nevralgia do trigémio ou após herpes zoster);
Síndrome de Gilles de la Tourette.

Formulações ricas em CBD
Tratamento de epilepsia e distúrbios convulsivos graves na infância, como as síndromes de Dravet e de Lennox-Gastaut.

Formulações ricas em THC (THC >> CBD)
Glaucoma resistente à terapêutica;
Síndrome de Gilles de la Tourette.
Classificação CFT

2.13 : Outros Medicamentos com acção no Sistema Nervoso Central

Mecanismo De Acção
O efeito farmacológico está relacionado principalmente com a acção no sistema endocanabinóide, nos receptores canabinóides (CB1 e CB2), presentes nos sistemas nervoso central e periférico.
O receptor CB1 está presente no sistema nervoso central (por exemplo, córtex cerebral, hipocampo, amígdala, gânglios da base, substância negra, medula, interneurónios espinhais), mas também no baço, coração, pulmões, tracto gastrointestinal, rins, bexiga e órgãos reprodutivos. Os receptores CB2 estão concentrados em células do sistema imunológico, como leucócitos e baço, mas também em astrócitos de células nervosas células. Estes receptores podem desempenhar um papel na actividade imunossupressora do THC.

O receptor CB1 desempenha um papel importante a nível da modulação dos neurotransmissores de forma a manter a homeostase na saúde e na doença, impedindo o desenvolvimento de actividade neuronal excessiva no sistema nervoso central. Os receptores CB1 podem mediar a inibição da libertação contínua de vários transmissores excitatórios e inibitórios diferentes, por exemplo, acetilcolina, noradrenalina, dopamina, 5-hidroxitriptamina (5-HT), ácido -aminobutírico (GABA), glutamato, D-aspartato e colecistocinina. Os endocanabinóides parecem desempenhar um papel como mensageiros sináticos retrógrados.

Os receptores canabinóides são predominantemente localizados pré-sinaticamente em vez de pos-sinaticamente, pelo que modulam respostas através do controlo da libertação de neurotransmissores. Estudos recentes mostraram que o THC diminui a sensibilidade à dopamina no centro de recompensa no cérebro, principalmente no sistema mesolímbico.

O THC é um agonista parcial de ambos os receptores CB1 e CB2 e é responsável pelos efeitos psicoactivos da canábis devido à sua acção central no receptor CB1, sendo o principal responsável pelos efeitos secundários centrais mediados pelo receptor CB1.

O THC também actua em outros alvos como canais iónicos e enzimas com potencial analgésico, antiemético, anticinético, estimulante do apetite e efeitos hipotensivos da pressão intraocular. Existem também outros receptores do sistema endocanabinóide que provavelmente estarão envolvidos na multiplicidade de processos e mecanismos de acção (como TRPA1 e TRPV2).

O CBD não causa comprometimento psicomotor ou cognitivo, pois tem afinidade relativamente fraca para os receptores CB1, mas afecta a actividade de outros alvos como canais iónicos, receptores e enzimas.

Os alvos moleculares de CBD com evidências plausíveis de envolvimento em efeitos terapêuticos são por exemplo, canal 1 aniónico dependente de voltagem (envolvido no transporte de iões, como o cálcio, e múltiplos metabólitos, incluindo o difosfato de adenosina) da mitocôndria, receptor 55-GPR55 acoplado à proteína G, CaV3.x), associados a níveis de cálcio intracelular, seja regulação ou resposta em cascata à mudança dos seus níveis. Como resultado, CBD apresenta potencial anti-inflamatório, analgésico, antiemético, antipsicótico, anti-isquémico, ansiolítico e antiepilético. Um dos principais efeitos de CBD é a capacidade de modular os efeitos ansiogénicos e psicoactivos do THC.

As regiões do cérebro com níveis mais altos de expressão do receptor CB1 incluem bolbo olfatório, hipocampo, gânglios da base e cerebelo. A expressão moderada do receptor CB1 é encontrada no córtex cerebral, septo, amígdala, hipotálamo e partes do tronco cerebral e no corno dorsal da medula espinhal.

Ao interagir no receptor CB1, o THC altera a perceção e o humor, perturba a aprendizagem e a memória. Efeitos centrais adicionais do THC são uma ruptura do comportamento psicomotor, psicose e perda de perceção do tempo, bem como deficiência na coordenação de movimentos.

O sistema endocanabinoide tem um papel importante nas vias nociceptivas: na periferia dos neurónios aferentes primários, no corno dorsal da medula espinal e em múltiplas regiões supraespinhais do cérebro associadas à perceção e modulação da dor, pelo que a canábis medicinal ao actuar no sistema endocanabinóide por meio de agonistas como o THC dos receptores CB1 ou CB2 pode reduzir a transmissão nocicetiva. Parece ser de particular destaque o efeito a nível do núcleo accumbens. O CBD também parece contribuir para a diminuição dos sintomas de dor crónica.

Verificou-se que os receptores CB1 e CB2 são regulados positivamente nas estruturas nervosas envolvidas no processamento da dor em resposta ao dano do nervo periférico, podendo explicar os efeitos benéficos dos agonistas dos receptores canabinóides na dor neuropática. Foi demonstrado que o aumento da expressão de CB2 é acompanhado pelo aparecimento de microglia activada. Tanto a activação da microglia como os sintomas de dor neuropática podem ser suprimidos por agonistas CB2. Além disso, a expressão do receptor TRPV1 também se encontra aumentada. Em diferentes condições de dor neuropática, a administração sistémica de agonistas canabinóides CB1/CB2 produz efeitos antinociceptivos. Os agonistas selectivos de CB2 também se mostram eficazes em vários modelos de dor neuropática, com a vantagem de que os seus efeitos antinociceptivos não são acompanhados de desenvolvimento de tolerância, abstinência física e outros efeitos a nível do SNC que
acompanham o agonismo de CB1.

Os efeitos antieméticos do CBD podem ser mediados pela activação indirecta dos receptores somatodendríticos 5-HT1A no núcleo dorsal da rafe; a activação desses auto-receptores reduz a libertação de 5-HT nas regiões terminais do prosencéfalo. O CBD demonstrou também actuar como um agonista no receptor 5HT1A.
Posologia Orientativa
Conforme prescrição médica.
Administração
Via oral.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer canabinóide.
Doentes com antecedentes conhecidos ou suspeitos ou com antecedentes familiares de esquizofrenia, ou de outras doenças psicóticas, antecedentes de perturbação grave da personalidade, de ansiedade grave, história de dependência ou abuso de drogas ou de álcool, ou outra perturbação significativa do foro psiquiátrico com excepção da depressão associada à doença subjacente.
Doentes com menos de 18 anos estão contra-indicados à toma de formulações contendo THC devido aos efeitos potencialmente adversos no cérebro em desenvolvimento.
Mulheres grávidas, que planeiam engravidar ou a amamentar.
Doentes com doenças graves hepáticas ou renais.
Doentes com doença cardiovascular grave instável.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
As reacções adversas são geralmente resultado de uma dosagem alta ou do uso combinado com outra substância como o álcool que intensifica os efeitos indesejáveis.

É importante sublinhar que os efeitos tóxicos e farmacológicos dos canabinóides podem sobrepor-se, devido à pequena janela terapêutica de THC, que é o principal responsável pela maioria dos efeitos indesejáveis.

Reacções adversas agudas:
As reacções adversas agudas mais frequentes da canábis medicinal no início do tratamento são tonturas ligeiras a moderadas, sonolência e cansaço/fadiga.

Outras reacções frequentes são a redução da pressão arterial, aumento da pulsação ou diminuição dos níveis de glicose no sangue.
Os doentes podem sentir um batimento cardíaco ou pulsação acelerada, ou palpitações, desmaios, náuseas, sudorese, tremores, fraqueza por causa da baixa pressão arterial ou baixos níveis de glicemia.

Outras possíveis reacções adversas agudas da canábis medicinal são semelhantes à intoxicação e incluem: perturbação da atenção, memória e capacidade de decisão, equilíbrio e coordenação motora prejudicados, euforia, percepção alterada de tempo e espaço ou sensação intensificada, desorientação, confusão, sentir-se embriagado, ter pensamentos anormais como sentir-se "muito alto" episódios de ansiedade semelhantes a um ataque de pânico, paranoia (perda de contacto com a realidade), alucinações (ver ou ouvir coisas que não existem) quedas, perda de controlo dos movimentos corporais dor de estômago, xerostomia, olhos secos, visão turva, boca seca, irritação da garganta náuseas, vómitos aumento do apetite.

Uma dose alta de THC, pode resultar em sensação de confusão, ansiedade ou pânico.
Doses muito altas de THC podem desencadear psicose/paranoia/alucinações/delírios, especialmente em doentes de risco.

Reacções adversas a longo prazo:
O uso a longo prazo pode aumentar o risco de: desencadear ou agravar transtornos psiquiátricos e/ou de humor (esquizofrenia, psicose, ansiedade, depressão, transtorno bipolar) aumentar o risco de desenvolver infecções respiratórias ou tosse crónica (quando se é fumador) diminuir a contagem de espermatozóides, concentração e motilidade, e aumentar a morfologia anormal do esperma impacto negativo no desenvolvimento comportamental e cognitivo de crianças nascidas de mães que consumiram canábis durante a gravidez afectar negativamente as funções cognitivas (capacidade de pensar e tomar decisões) levar a uma diminuição em um ou mais dos efeitos da canábis (tolerância) levar a sintomas do tipo de abstinência quando o uso é abruptamente interrompido ou descontinuado.

Os sintomas de abstinência podem incluir: raiva ou agressão, irritabilidade, ansiedade, pesadelos, sonhos estranhos, insónia, perturbações do sono, desejo de consumo, dor de cabeça, inquietação, e diminuição do apetite ou perda de peso, humor deprimido, calafrios, dor de estômago, tremores e sudorese - resultar em dependência psicológica, que se caracteriza pela falta de controlo sobre o uso de drogas, uso compulsivo, uso continuado apesar dos danos e desejo de consumo.

Estima-se que cerca de 9% dos utilizadores de canábis tenham um "distúrbio do uso", que pode incluir abuso e dependência.
As taxas de abuso são maiores em doentes que iniciaram na adolescência e nos utilizadores frequentes (20%).
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:Este medicamento está contra-indicado durante a gravidez.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:O THC pode passar para o leite materno e afectar o bebé, pelo que é contra-indicado durante o aleitamento.
Insuf. Hepática
Insuf. Hepática
Insuf. Hepática:Contra-indicado em doentes com doenças graves hepáticas.
Insuf. Renal
Insuf. Renal
Insuf. Renal:Contra-indicado em doentes com doenças graves renais.
Condução
Condução
Condução:O THC pode provocar sonolência ou tonturas e afectar as capacidades cognitivas. Tais efeitos poderão afectar a concentração, a coordenação, retardar o tempo de reacção ecassim prejudicar as capacidades motoras. Estes efeitos podem ser ainda aumentados aquando da toma de outros medicamentos.
Precauções Gerais
Tonturas de intensidade ligeira ou moderada ocorrem com mais frequência nas primeiras semanas de tratamento.

Após a introdução da dose inicial de THC, foram observadas alterações da frequência do pulso (taquicardia) e da pressão arterial, incluindo episódios de hipotensão postural, pelo que é essencial precaução durante a titulação da dose inicial e especialmente em doentes com doença cardiovascular pré-existente.

O THC afecta o sistema nervoso central (SNC) e pode desencadear mudanças de humor, alterações cognitivas e na memória, alterações no controlo de impulsos, ansiedade, alteração da percepção da realidade, ou sentido do tempo e ideias paranóides.

THC pode produzir dependência física e psicológica e apresenta potencial de abuso.

Psicose, depressão e outros transtornos psicológicos provavelmente aumentarão em utilizadores de canábis medicinal de longo prazo, pelo que é importante que indivíduos susceptíveis não sejam expostos.

Em doentes com espasticidade diminuída e força muscular insuficiente para manter a postura ou a marcha, existe um risco de aumento da incidência de quedas.

O uso concomitante de produtos de canábis com outros depressores do SNC ou com bebidas alcoólicas pode aumentar o risco de sedação e sonolência.

Nos homens que planeiam ter filhos a curto prazo deve ser ponderada sua utilização, devido ao efeito potencial na fertilidade.

Recomenda-se que mulheres em idade fértil que utilizem contraceptivos hormonais e que estejam a tomar este medicamento, devam utilizar um método contraceptivo adicional durante toda a terapêutica.

Deve ser dada especial atenção a subgrupos específicos com maior risco de reacções adversas ou interacções medicamentosas, tais como os que administram tratamento com agonistas opiáceos, mulheres grávidas, doentes a tomar medicação concomitante e doentes com antecedentes de doença cardíaca ou psicose.

Os doentes com insuficiência hepática ou renal ligeira ou moderada que tomem THC devem ser monitorizados.

Devido ao metabolismo mais lento em idosos, é provável maior sensibilidade aos efeitos farmacológicos.

Não se recomenda a administração de canábis medicinal contendo THC em crianças com idade inferior a 18 anos, no sentido de evitar a exposição e dependência à canábis e qualquer impacto no desenvolvimento cerebral, bem como reduzir o risco de desenvolvimento de sintomas psicóticos ou depressivos.

O consumo a longo prazo de canábis pode levar a uma ligeira dependência psicológica e física.
Cuidados com a Dieta
Os canabinoides orais não devem ser tomados com alimentos.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligue para o Centro de intoxicações.

Os sintomas da sobredosagem com THC podem incluir depressão, ansiedade, pânico, desmaios, diminuição da coordenação motora, letargia, paranoia, delírio, alucinações, alterações do ritmo cardíaco. De uma forma geral, estes sintomas desaparecem em poucas horas.

Em caso de sobredosagem, o tratamento deverá ser sintomático e de suporte,
incluindo a monitorização dos sinais vitais.
Terapêutica Interrompida
Em caso de uma ou mais doses em falta, as doses em falta não deverão ser compensadas. A toma da dose deverá ser retomada de acordo com o calendário de tratamento existente. Em caso de mais de 7 dias de doses em falta, deverá ser iniciada uma nova titulação para a dose terapêutica.
Cuidados no Armazenamento
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Usar com precaução

Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) Citocromo P450

Observações: n.d.
Interacções: Podem ocorrer interacções com medicamentos metabolizados pelo citocromo P450, especialmente com medicamentos substratos, indutores ou inibidores das isoenzimas CYP2C9 (THC), CYP2C19 (CBD) e CYP3A4 (THC e CBD). - Citocromo P450
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) Inibidores do CYP3A4

Observações: n.d.
Interacções: Os medicamentos inibidores das isoenzimas CYP3A4 tais como macrólidos (como claritromicina e eritromicina). - Inibidores do CYP3A4
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) Antimicóticos

Observações: n.d.
Interacções: Antimicóticos (como itraconazol, fluconazol,cetoconazol e miconazol), podem levar a um aumento dos níveis plasmáticos de THC. - Antimicóticos
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) Inibidores da proteinase do HIV

Observações: n.d.
Interacções: Inibidores da proteinase do HIV (como ritonavir) e verapamil, podem levar a um aumento dos níveis plasmáticos de THC. - Inibidores da proteinase do HIV
Usar com precaução

Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) Indutores do CYP3A4

Observações: n.d.
Interacções: Medicamentos indutores tais como carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, rifampicina, efavirenz, rifabutina, troglitazona bem como o uso de hipericão (erva de S. João) podem reduzir a biodisponibilidade de THC. Pode ser necessário o ajuste da dose. - Indutores do CYP3A4
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) Inibidores do CYP2C9

Observações: n.d.
Interacções: É possível que fortes inibidores do CYP2C9 (por exemplo, amiodarona, clopidogrel, fluconazol, fluorouracilo, metronidazol, sulfametoxazol e ácido valproico) possam levar a níveis mais altos de THC. - Inibidores do CYP2C9
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) Indutores do CYP2C9

Observações: n.d.
Interacções: É possível que fortes indutores de CYP2C9 (por exemplo, barbitúricos, carbamazepina, fenitoína, rifampicina, rifabutina, erva de São João) possam levar a níveis mais baixos de THC. - Indutores do CYP2C9
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) Inibidores do CYP2C19

Observações: n.d.
Interacções: É possível que fortes inibidores do CYP2C19 (por exemplo, cloranfenicol, clopidogrel, efavirenz, esomeprazol, fluconazol, fluoxetina, fluvoxamina, isoniazida, modafanil, omeprazol, oxacarbazepina, voriconazol) possam levar a níveis mais elevados de CBD. - Inibidores do CYP2C19
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) Indutores do CYP2C19

Observações: n.d.
Interacções: Indutores fortes do CYP2C19 (por exemplo, barbitúricos, carbamazepina, fenitoína, primidona,rifampicina, erva de São João) podem levar a níveis mais baixos de CBD. - Indutores do CYP2C19
Redutora do efeito Terapêutico/Tóxico

Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) Contraceptivos orais

Observações: n.d.
Interacções: Observou-se que a canábis medicinal induz as enzimas metabolizadoras de contraceptivos orais e transportadores in vitro, podendo reduzir a eficácia de contraceptivos hormonais com acção sistémica. - Contraceptivos orais
Usar com precaução

Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) Contraceptivos hormonais

Observações: n.d.
Interacções: As mulheres que usam contraceptivos hormonais com acção sistémica devem usar adicionalmente um método contraceptivo de barreira. - Contraceptivos hormonais
Usar com precaução

Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) Varfarina

Observações: n.d.
Interacções: O THC liga-se fortemente às proteínas plasmáticas e, portanto, podem deslocar outros fármacos ligados a estas proteínas. Deste modo pode ocorrer uma interacção farmacocinética com medicamentos como a varfarina, ciclosporina ou anfotericina B. Em caso de interrupção da utilização de qualquer um destes medicamentos, pode ocorrer um aumento da biodisponibilidade de canábis medicinal, podendo ser necessário ajustar a dose. - Varfarina
Usar com precaução

Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) Ciclosporina

Observações: n.d.
Interacções: O THC liga-se fortemente às proteínas plasmáticas e, portanto, podem deslocar outros fármacos ligados a estas proteínas. Deste modo pode ocorrer uma interacção farmacocinética com medicamentos como a varfarina, ciclosporina ou anfotericina B. Em caso de interrupção da utilização de qualquer um destes medicamentos, pode ocorrer um aumento da biodisponibilidade de canábis medicinal, podendo ser necessário ajustar a dose. - Ciclosporina
Usar com precaução

Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) Anfotericina B

Observações: n.d.
Interacções: O THC liga-se fortemente às proteínas plasmáticas e, portanto, podem deslocar outros fármacos ligados a estas proteínas. Deste modo pode ocorrer uma interacção farmacocinética com medicamentos como a varfarina, ciclosporina ou anfotericina B. Em caso de interrupção da utilização de qualquer um destes medicamentos, pode ocorrer um aumento da biodisponibilidade de canábis medicinal, podendo ser necessário ajustar a dose. - Anfotericina B
Usar com precaução

Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) Depressores do SNC

Observações: n.d.
Interacções: Depressores do SNC: Deve ter-se cuidado com hipnóticos, sedativos, opióides e medicamentos com efeitos hipnóticos potenciais porque pode existir um efeito aditivo sobre a sedação e os efeitos relaxantes musculares, devido à possibilidade de ocorrer uma diminuição do tónus e potência muscular que produz um maior risco de quedas, aumentando o risco ou a gravidade de sonolência, tontura, fadiga e ataxia ou equilíbrio prejudicado. Estão também identificados na toma concomitante de canábis e benzodiazepinas e barbitúricos, com comprometimento da função cognitiva. A descontinuação destes medicamentos ou a redução da dose deve ser um objectivo da terapêutica com canábis medicinal. - Depressores do SNC
Usar com precaução

Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) Álcool

Observações: n.d.
Interacções: A canábis medicinal pode interagir com o álcool afectando a coordenação, concentração e capacidade de responder rapidamente. As bebidas alcoólicas devem ser sempre evitadas durante a utilização de canábis medicinal, sobretudo no início do tratamento ou quando se altera a dose. Os doentes devem ser advertidos de que se beberem álcool enquanto estiverem a utilizar este medicamento estarão a potenciar os efeitos depressores sobre o SNC e o risco de quedas. - Álcool
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) Medicamentos anti-hiperglicémicos

Observações: n.d.
Interacções: Medicamentos anti-hiperglicémicos: A canábis medicinal pode ter um efeito aditivo na redução dos níveis séricos de glicose quando administrada com anti-hiperglicémicos. Pode ser necessário o ajuste da dose de anti-hiperglicémico, particularmente no início do tratamento com canábis medicinal e após qualquer aumento de dosagem. - Medicamentos anti-hiperglicémicos
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) Anti-hipertensores

Observações: n.d.
Interacções: Anti-hipertensivos: A canábis medicinal pode ter um efeito aditivo na redução da pressão arterial quando administrados com anti-hipertensivos. Pode ser necessário o ajuste da dose de anti-hipertensivos, particularmente no início do tratamento com canábis medicinal e após qualquer aumento de dosagem. - Anti-hipertensores
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) Anticolinérgicos

Observações: n.d.
Interacções: Medicamentos anticolinérgicos: A canábis medicinal pode ter um efeito aditivo (por exemplo, aumento da boca seca, sonolência, taquicardia e tonturas), quando administrados com medicamentos anticolinérgicos, como antidepressivos tricíclicos e anti-histamínicos usados para alergias. - Anticolinérgicos
Potenciadora do efeito Terapêutico/Tóxico

Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) Simpaticomiméticos

Observações: n.d.
Interacções: Simpaticomiméticos: A canábis medicinal pode ter um efeito aditivo (por exemplo taquicardia, aumento da pressão arterial), quando administrada com medicamentos simpaticomiméticos, incluindo medicamentos administrados topicamente no nariz ou nos olhos, que têm potencial para absorção sistémica. - Simpaticomiméticos
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções do Delta 9-tetrahidrocanabinol (THC)
Informe o Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

Este medicamento está contra-indicado durante a gravidez.

O THC pode passar para o leite materno e afectar o bebé, pelo que é contra-indicado durante o aleitamento.

Contra-indicado em doentes com doenças graves hepáticas ou renais.

O THC pode provocar sonolência ou tonturas e afectar as capacidades cognitivas. Tais efeitos poderão afectar a concentração, a coordenação, retardar o tempo de reacção ecassim prejudicar as capacidades motoras. Estes efeitos podem ser ainda aumentados aquando da toma de outros medicamentos.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 29 de Outubro de 2024