Becaplermina

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento
O que é
A Becaplermina é produzida por tecnologia de DNA recombinante através da inserção do gene da cadeia B do factor de crescimento derivado de plaquetas (PDGF) na levedura Saccharomyces cerevisiae.

A Becaplermina tem um peso molecular de aproximadamente 25 KD e é um homodímero constituído por duas cadeias polipeptídicas idênticas, que estão ligadas entre si por pontes de dissulfeto.
Usos comuns
Utilizado para o tratamento tópico de úlceras de pele, Becaplermina tem uma actividade biológica semelhante à do factor de crescimento derivado de plaquetas endógeno, que inclui a promoção do recrutamento quimiotáctica e proliferação de células envolvidas na reparação de feridas e melhoria da formação de tecido de granulação.
Tipo
Biotecnologia.
História
Sem informação.
Indicações
A Becaplermina é utilizada em associação com outras medidas de tratamento de feridas, para estimular a formação de tecido de granulação (cicatrização) de úlceras diabéticas, lesões da pele crónicas ligadas à diabetes.

A Becaplermina é utilizada no tratamento de úlceras neuropáticas até 5 cm2 de tamanho.

As úlceras neuropáticas são causadas por lesões dos nervos (neuropatia) e não por problemas de fornecimento de sangue à área afectada.
Classificação CFT

13.7 : Adjuvantes da cicatrização

Mecanismo De Acção
A Becaplermina, é uma cópia de uma proteína humana denominada factor de Crescimento Derivado das Plaquetas-BB.

Os factores de crescimento são proteínas que estimulam a multiplicação das células.

Os factores de crescimento derivados das plaquetas actuam sobre as células envolvidas na regeneração de feridas.

A Becaplermina é produzida por meio de um método denominado “tecnologia de ADN recombinante”: é produzida por uma levedura que recebeu um gene (ADN) que a torna capaz de produzir o factor de crescimento derivado das plaquetas-BB humano.

A Becaplermina funciona da mesma maneira que o factor de crescimento produzido naturalmente estimulando o crescimento celular e ajudando o crescimento do tecido normal para a cicatrização.
Posologia Orientativa
A dose habitual é uma aplicação uma vez por dia durante 20 semanas, no máximo.
Administração
Via cutânea.

O tratamento com o Becaplermina deve ser iniciado e monitorizado por médicos que tenham experiência no tratamento de feridas diabéticas.

Antes de cada aplicação do Becaplermina, a úlcera deve ser limpa com água ou soro fisiológico (solução salina).

O gel deve ser aplicado em camada fina, em toda a área da ferida, uma vez por dia, usando um suporte de aplicação limpo (por exemplo, um cotonete de algodão).

O local ou locais de aplicação devem em seguida ser cobertos com um penso de gazehumidificado com soro fisiológico para manter a humidade na zona da ferida durante a cicatrização.

O penso não deve ser impermeável ao ar nem à água.
O tratamento com o Becaplermina não deve exceder 20 semanas e deve ser sempre conjugado com outras medidas destinadas a promover a cicatrização, nomeadamente manter a ferida limpa e evitar exercer pressão sobre a mesma enquanto não estiver cicatrizada.

Cada bisnaga de Becaplermina deve ser utilizada exclusivamente num doente, devendo ser tomadas as precauções necessárias de forma a garantir que o gel não seja contaminado por bactérias.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade à Becaplermina.
A Becaplermina não deve ser utilizada em pessoas com qualquer tipo de cancro ou com úlceras infectadas.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Os efeitos secundários mais frequentes associados ao Becaplermina (observados em mais de 1 em cada 10 doentes) são úlcera infectada e celulite (inflamação do tecido cutâneo profundo).
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:Não existem dados suficientes sobre a utilização de becaplermina em mulheres grávidas. Consequentemente, não deve ser utilizado durante a gravidez.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Desconhece-se se a becaplermina é excretado no leite humano. Portanto não deve ser utilizado durante a amamentação.
Precauções Gerais
O médico deve verificar regularmente o seu progresso, em visitas regulares, para se certificar de que a Becaplermina não está a causar efeitos indesejados.

Á medida que a pele ulcerada muda de tamanho, o Médico pode alterar a dose, a cada semana ou a cada duas semanas.

A Becaplermina actua melhor quando utilizada concomitantemente com outros métodos de cuidados da pele com úlcera, como não colocar peso sobre a perna afectada. O médico irá discutir consigo esses métodos.

Consulte o médico acerca da necessiade de continuar a medicação se a úlcera na pele não tiver reduzido em 30% do tamanho original em 10 semanas ou não melhorar após 20 semanas.

Se a úlcera não melhorar, o Médico poderá mantê-lo medicado até que a úlcera esteja completamente curada.

É importante usar a quantidade adequada e que não utilize mais do que o previsto. O uso de Becaplermina em excesso pode aumentar o risco de desenvolver cancro.

O médico poderá decidir se deve ou não continuar a utilizar a Becaplermina baseado na previsível evolução de cura da úlcera.

Se ocorrer ardor, comichão, vermelhidão, erupções cutâneas, inchaço ou dor no local da aplicação, pare de usar Becaplermina e fale com o médico imediatamente.
Cuidados com a Dieta
Não interfere com alimentos e bebidas.
Terapêutica Interrompida
Aplique a próxima dose assim que possível. Contudo, se está quase na hora da próxima aplicação, não aplique a dose esquecida e o tratamento deverá continuar como habitualmente. Não aplique uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de aplicar.
Cuidados no Armazenamento
Conservar a Becaplermina no frigorífico, entre 2 e 8º C. Armazenar longe do calor, humidade e luz.
Não armazenar na casa de banho. Não congelar. Não utilizar o gel após a data de validade indicada na parte inferior da embalagem.

Mantenha todos os medicamentos fora do alcance de crianças e animais de estimação.

Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico, enfermeiro ou farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Usar com precaução

Becaplermina Outros medicamentos

Observações: Não foram realizados estudos de interacção.
Interacções: Recomenda-se que Becaplermina não seja aplicado no local da úlcera em associação com outros medicamentos de aplicação tópica. - Outros medicamentos
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções da Becaplermina
Informe o Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

Não existem dados suficientes sobre a utilização de becaplermina em mulheres grávidas. Consequentemente, não deve ser utilizado durante a gravidez.

Desconhece-se se a becaplermina é excretado no leite humano. Portanto não deve ser utilizado durante a amamentação.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 11 de Novembro de 2021