Aminoácidos + Glucose

DCI com Advertência na Gravidez DCI com Advertência no Aleitamento
O que é
Misturas de macronutrientes.
Usos comuns
É utilizado para fornecer nutrição a adultos e crianças através de um tubo numa veia, quando a alimentação normal pela boca não é adequada.

Só deve ser utilizado sob supervisão médica.
Tipo
Sem informação.
História
Sem informação.
Indicações
Nutrição parentérica nos casos em que a alimentação oral ou entérica é impossível, insuficiente ou contra-indicada.

Nos doentes submetidos a nutrição parentérica prolongada, é possível adicionar uma emulsão lipídica a este medicamento, permitindo assim fornecer tanto calorias como ácidos gordos essenciais.
Classificação CFT

11.2.1.4 : Misturas de macronutrientes

Mecanismo De Acção
Como líquido intravenoso de nutrição parentérica, a solução para perfusão proporciona apoio nutricional para manter o complexo equilíbrio de azoto-energia, que pode ser alterado pela depleção nutricional e pelo traumatismo.

As soluções proporcionam uma fonte biológica de azoto (L-aminoácidos) de hidratos de carbono (sob a forma de glucose) e electrólitos.
Posologia Orientativa
A dosagem é escolhida de acordo com as necessidades metabólicas, o dispêndio de energia e o estado clínico do doente.

Em adultos, as exigências variam entre 0,16 g de azoto/kg/d (aproximadamente 1 g de aminoácidos/kg/d) e 0,35 g de azoto/kg/d (aproximadamente 2 g de aminoácidos/kg/d).

Em crianças, as exigências variam entre 0,35 g de azoto/kg/d (aproximadamente 2 g de aminoácidos/kg/d) e 0,45 g de azoto/kg/d (aproximadamente 3 g de aminoácidos/kg/d).

As exigências calóricas variam entre 25 kcal/kg/d e 40 kcal/kg/d, conforme o estado de nutrição do doente e o grau de catabolismo.

As doses máximas diárias de cada componente de aminoácidos e glucose devem ter por base as necessidades nutricionais totais e a tolerância do doente.

A velocidade de perfusão máxima é de 2,5 ml/kg/hora ou de 150 ml/hora a 175 ml/hora (para um doente com peso corporal entre 60 kg a 70 kg).

A dose diária máxima é 40 ml/kg, por ex. 2400 ml a 2800 ml (para um doente com peso corporal entre 60 kg a 70 kg).
Administração
Via intravenosa.

Destina-se a uma única utilização.
Contra-Indicações
Hipersensibilidade aos Aminoácidos ou à Glucose.
Perturbações do metabolismo dos aminoácidos.
Hiperglicemia grave.
Acidose metabólica, hiperlactatemia.
Efeitos Indesejáveis/Adversos
Caso se desenvolvam quaisquer sinais anormais ou sintomas de reacção alérgica, como pressão arterial anormalmente baixa ou elevada, aparência de uma coloração azul ou roxa da pele, batimentos cardíacos anormalmente elevados, dificuldades respiratórias, vómitos, náuseas, erupções na pele, temperatura corporal elevada, transpiração excessiva, calafrios e tremores, a perfusão será interrompida imediatamente.

Foram detectados outros efeitos secundários, ocorrendo com mais ou menos frequência:
Anafilaxia (uma reacção alérgica grave com inicio rápido e que pode causar morte)
Nível elevado de glucose, amónia e compostos com azoto no sangue
Diminuição das funções hepáticas, exames sanguíneos anormais para a função hepática
Inflamação da vesícula biliar, a presença de cálculos na vesícula biliar
Inflamação da veia no local de administração, irritação venosa, dor, irritação, calor inchaço
Presença de glucose na urina
Coma diabético
Formação de partículas pequenas que bloqueiam os vasos sanguíneos pulmonares
Advertências
Gravidez
Gravidez
Gravidez:Deve-se ponderar a relação benefício/risco antes de administrar este medicamento a mulheres grávidas.
Aleitamento
Aleitamento
Aleitamento:Deve-se ponderar a relação benefício/risco antes de administrar este medicamento a mulheres a amamentar.
Precauções Gerais
Foram notificadas com formulações de deste medicamento reacções de hipersensibilidade/perfusão, incluindo hipotensão, hipertensão, cianose periférica, taquicardia, dispneia, vómitos, náuseas, urticária, erupções cutâneas, prurido, eritema, hiper-hidrose, pirexia e arrepios.

Com outros produtos de nutrição parentérica tem sido notificada anafilaxia.

É necessário proceder a monitorização clínica especial no início de qualquer perfusão intravenosa.

A perfusão tem de ser interrompida imediatamente se ocorrer qualquer sinal ou sintoma de anomalia, por ex. reacção à perfusão/hipersensibilidade.

As soluções que contêm glucose devem ser utilizadas com cuidado em doentes com alergia conhecida ao milho ou produtos derivados do milho.

Têm sido notificados precipitados nos vasos pulmonares em doentes a receber nutrição parentérica.
Em alguns casos com resultados fatais.

A adição excessiva de cálcio e de fosfato aumenta o risco da formação de precipitados de fosfato de cálcio.
Os precipitados foram relatados mesmo na ausência de sal de fosfato na solução.

Também foram notificados casos de precipitação distal ao filtro da linha e suspeita in vivo da formação de precipitados.

Se ocorrerem sinais de desconforto pulmonar, a perfusão deve ser interrompida e iniciada uma avaliação médica.

Além da inspeção da solução, o conjunto de perfusão e o cateter também devem ser periodicamente inspecionados quanto a precipitados.

Pode ocorrer infecção e sepsia como resultado da utilização de cateteres intravenosos para a administração de formulações parentéricas, má manutenção de cateteres ou soluções contaminadas.

Imunossupressão e outros fatores, tais como hiperglicemia, má nutrição e/ou o estado de doença subjacente, pode predispor os doentes para complicações infecciosas.

Cuidado sintomático e monitorização laboratorial para febre/arrepios, leucocitose, complicações técnicas com o dispositivo de acesso e hiperglicemia podem ajudar a reconhecer infecções precoces.

A ocorrência de complicações sépticas pode ser diminuída com ênfase aumentada na técnica assética na colocação e manutenção do cateter, bem como técnica asséptica na preparação da fórmula nutricional.

A realimentação de doentes gravemente subnutridos pode resultar na síndrome de realimentação que é caracterizada pelo deslocamento intracelular de potássio, fósforo e magnésio à medida que o doente torna-se anabólico.

Também se pode desenvolver deficiência em tiamina e retenção de fluidos.

A monitorização cuidadosa e o aumento lento da ingestão de nutrientes, evitando o excesso alimentar, podem prevenir estas complicações.

As soluções hipertónicas podem causar irritação venosa, quando perfundidas numa veia periférica.

A escolha de uma veia periférica ou central depende da osmolaridade final da mistura.
O limite geralmente aceite para a perfusão periférica é de aproximadamente 800 mOsm/l, embora varie consideravelmente com a idade, o estado geral do doente e as características das veias periféricas.

Não ligar sacos em série, para evitar embolia gasosa devida ao possível ar residual contido no primeiro saco.

Alterações severas no equilíbrio da água e electrólitos, estados severos de sobrecarga de fluidos e alterações metabólicas severas devem ser corrigidas antes do início da perfusão.

As complicações metabólicas podem ocorrer se a ingestão de nutrientes não está adatada às necessidades do doente, ou à capacidade metabólica de qualquer componente da dieta administrada não é avaliada com precisão.

Efeitos adversos metabólicos podem surgir a partir da administração inadequadas ou excessiva de nutrientes ou da composição inadequada de uma mistura para as necessidades particulares do doente.

É necessário proceder a avaliação clínica e determinações laboratoriais frequentes, para uma correta monitorização durante a administração.

Estas avaliações deverão incluir ionograma e testes da função hepática e renal.

As exigências de electrólitos dos doentes tratados com soluções devem ser cuidadosamente determinadas e monitorizadas, em especial no caso das soluções sem electrólitos.

A intolerância à glucose é uma complicação metabólica frequente nos doentes que se encontram sob grande stress.

Com a perfusão dos medicamentos, poderá ocorrer hiperglicemia, glicosúria e síndrome hiperosmolar.

A glucose no sangue e na urina deve ser monitorizada por rotina e em diabéticos, se necessário, a dosagem de insulina deve ser adaptada.

Usar com precaução em doentes com insuficiência renal, especialmente se está presente hipercaliemia, devido ao risco de desenvolvimento ou agravamento da acidose metabólica e hiperazotemia se a remoção dos resíduos extrarrenal não está a ser executada.

Nestes doentes deve-se monitorizar o estado dos líquidos e electrólitos.

Em caso de insuficiência renal grave, devem-se utilizar soluções de aminoácidos especialmente formuladas.

Deve-se ter atenção na administração deste medicamento a doentes com insuficiência adrenal.

Devem ser tomados os cuidados necessários para evitar uma sobrecarga circulatória, em especial nos doentes com edema pulmonar, insuficiência cardíaca e/ou falência.

Monitorizar com precaução o equilíbrio de líquidos.

Nos doentes com doença hepática pré-existente ou insuficiência hepática para além dos testes de rotina da função hepática, devem-se controlar os possíveis sintomas de hiperamoniemia.

É conhecido poderem desenvolver-se afecções hepatobiliares incluindo colestase, esteatose hepática, fibrose e cirrose, possivelmente levando a insuficiência hepática, bem como colecistite e colelitíase, em alguns doentes em nutrição parentérica.
Pensa-se que a etiologia destes transtornos é multifatorial e pode diferir entre doentes.

Os doentes que desenvolvam parâmetros laboratoriais anormais ou outros sinais de perturbações hepatobiliares devem ser avaliados no início por um clínico experiente em doenças do fígado, a fim de identificar possíveis factores causais e contributivos, e possíveis intervenções terapêuticas e profilácticas.

Pode ocorrer aumento dos níveis de amoníaco no sangue e hiperamonemia em doentes a receber soluções de aminoácidos.

Em alguns doentes isto pode indicar a presença de uma doença congénita no metabolismo dos aminoácidos ou insuficiência hepática.

A amónia sanguínea deve ser medida com frequência, nos recém-nascidos e bebés, para detectar hiperamonemia, o que pode indicar a presença de uma anomalia congénita no metabolismo dos aminoácidos.

Dependendo da extensão e etiologia, a hiperamonemia pode exigir intervenção imediata.

Uma perfusão de aminoácidos muito rápida pode resultar em náuseas, vómitos e calafrios.
Em tais casos, interromper a perfusão imediatamente.

Em geral, a selecção da dose para um doente idoso deve ser cautelosa, refletindo a maior frequência da diminuição das funções hepática, renal ou cardíaca e de doenças concomitantes ou terapia medicamentosa.
Cuidados com a Dieta
Não aplicável.
Resposta à overdose
Procurar atendimento médico de emergência, ou ligue para o Centro de intoxicações.

Nos casos de administração incorrecta (sobredosagem e/ou velocidade de perfusão superior à recomendada), poderão ocorrer sinais de hipervolémia, desequilíbrio electrólitico e acidose com consequências graves ou fatais.

Nestes casos interrompa imediatamente a perfusão.

Pode ser necessária intervenção médica adequada.

Em caso de perfusão excessiva de glucose, poderá ocorrer hiperglicémia, glicosúria e síndrome hiperosmolar.

A perfusão demasiado rápida de aminoácidos pode provocar náuseas, vómitos e arrepios.

Nestes casos interrompa imediatamente a perfusão.

Em alguns casos graves, poderá ser necessário proceder a hemodiálise, hemofiltração ou hemodiafiltração.

Não existe nenhum antídoto específico para a sobredosagem.

Os procedimentos de emergência devem incluir medidas corretivas adequadas, com especial atenção para os sistemas respiratório e cardiovascular.
Terapêutica Interrompida
Não aplicável.
Cuidados no Armazenamento
Não congelar.
Manter o recipiente dentro da caixa exterior.
Espectro de susceptibilidade e Tolerância Bacteriológica
Sem informação.
Não recomendado/Evitar

Aminoácidos + Glucose Outros medicamentos

Observações: n.d.
Interacções: As soluções de aminoácidos podem precipitar a deficiência aguda de folatos, devendo ser administrado ácido fólico diariamente. A adição de outros medicamentos ou substâncias a este medicamento deve ser geralmente evitada, a não ser que a compatibilidade seja conhecida. Contudo, se for necessário adicionar fármacos a este medicamento, é imperioso garantir boas técnicas de assépsia, mistura completa e compatibilidade. O mesmo se aplica ao misturar emulsões lipídicas, electrólitos, oligoelementos e vitaminas à solução para misturas NPT. - Outros medicamentos
Não recomendado/Evitar

Aminoácidos + Glucose Lípidos

Observações: n.d.
Interacções: As soluções de aminoácidos podem precipitar a deficiência aguda de folatos, devendo ser administrado ácido fólico diariamente. A adição de outros medicamentos ou substâncias a este medicamento deve ser geralmente evitada, a não ser que a compatibilidade seja conhecida. Contudo, se for necessário adicionar fármacos a este medicamento, é imperioso garantir boas técnicas de assépsia, mistura completa e compatibilidade. O mesmo se aplica ao misturar emulsões lipídicas, electrólitos, oligoelementos e vitaminas à solução para misturas NPT. - Lípidos
Não recomendado/Evitar

Aminoácidos + Glucose Electrólitos

Observações: n.d.
Interacções: As soluções de aminoácidos podem precipitar a deficiência aguda de folatos, devendo ser administrado ácido fólico diariamente. A adição de outros medicamentos ou substâncias a este medicamento deve ser geralmente evitada, a não ser que a compatibilidade seja conhecida. Contudo, se for necessário adicionar fármacos a este medicamento, é imperioso garantir boas técnicas de assépsia, mistura completa e compatibilidade. O mesmo se aplica ao misturar emulsões lipídicas, electrólitos, oligoelementos e vitaminas à solução para misturas NPT. - Electrólitos
Não recomendado/Evitar

Aminoácidos + Glucose Oligoelementos

Observações: n.d.
Interacções: As soluções de aminoácidos podem precipitar a deficiência aguda de folatos, devendo ser administrado ácido fólico diariamente. A adição de outros medicamentos ou substâncias a este medicamento deve ser geralmente evitada, a não ser que a compatibilidade seja conhecida. Contudo, se for necessário adicionar fármacos a este medicamento, é imperioso garantir boas técnicas de assépsia, mistura completa e compatibilidade. O mesmo se aplica ao misturar emulsões lipídicas, electrólitos, oligoelementos e vitaminas à solução para misturas NPT. - Oligoelementos
Não recomendado/Evitar

Aminoácidos + Glucose Vitaminas

Observações: n.d.
Interacções: As soluções de aminoácidos podem precipitar a deficiência aguda de folatos, devendo ser administrado ácido fólico diariamente. A adição de outros medicamentos ou substâncias a este medicamento deve ser geralmente evitada, a não ser que a compatibilidade seja conhecida. Contudo, se for necessário adicionar fármacos a este medicamento, é imperioso garantir boas técnicas de assépsia, mistura completa e compatibilidade. O mesmo se aplica ao misturar emulsões lipídicas, electrólitos, oligoelementos e vitaminas à solução para misturas NPT. - Vitaminas
Identificação dos símbolos utilizados na descrição das Interacções dos Aminoácidos + Glucose
Informe o Médico ou Farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica (OTC), Produtos de Saúde, Suplementos Alimentares ou Fitoterapêuticos.

Deve-se ponderar a relação benefício/risco antes de administrar este medicamento a mulheres grávidas ou a amamentar.
Informação revista e actualizada pela equipa técnica do INDICE.EU em: 28 de Janeiro de 2022